Ah... como te vejo em diferentes formas...
altaneira...suave...bela.
Da janela do meu quarto, vejo-te Acácia.
Compartilho contigo teus estágios
em diferentes mutações das estações.
Perpassam em meus pensamentos
teus valores religiosos,
tua tradição e teus inúmeros símbolos.
Ao contemplar-te recordo do que representou
a arca da aliança, a coroa de espinhos.
Ainda, aquele que foi plantado
no túmulo de Hiram e
todo o pensamento judaico-cristão.
Símbolo solar de renascimentos e imortalidade.
Ao olhar-te percebo a tua fortaleza
ante as vicissitudes da vida.
Sinto tua sede quando todas as tuas folhas
tombam no inverno.
Compreendo que te despedes
para adubar as plantinhas
que nascem ao teu redor e deixar,
por algum período,
que o sol as revitalize com a tua energia.
Estou sempre a reverenciar-te e,
muitas vezes, com sentimentos de gratidão
e misericórdia; outras, com ternura, amor e esperança.
Procuro aprender contigo as lições da perseverança e da
obediência às leis naturais que vem transmitindo através dos tempos.
Aos poucos estou entendendo, com o teu exemplo, que é preciso saber
morrer para renascer...
a cada estação, a cada emoção,
a cada encontro,
a cada decepção,
a cada sonho
e a cada adeus...
Nenhum comentário:
Postar um comentário