Não é preciso ser um abastado para experimentar a verdadeira felicidade. Se isso se consubstanciasse em verdade, não haveria bilionários infelizes, ou padecendo em aguda depressão. A verdadeira riqueza, sem sombra de dúvidas, não é deste mundo!
Pode parecer simples figura de retórica, mas o grande êxtase espiritual não está atrelado à efemeridade material e à fugacidade dos prazeres que a permeiam, mas à construção de um patrimônio singular, integrado por tesouros d’alma, de riquezas singulares e não aquilatáveis pelo homem de raciocínio médio.
A vida nos oferece um potosí de oportunidades, as quais muitas vezes passam despercebidas aos nossos olhos; prendemo-nos àquilo que nos impressione a visão, somos ludibriados pelas superficialidades, e, geralmente, esquecemo-nos de que a maior riqueza advém da essência das coisas.
A Maçonaria é um manancial farto de possibilidades sublimes. Dada a sua matriz veementemente filosófica, oferece-nos um arcabouço de imprescindíveis instruções, que nos auxiliarão na pavimentação de um caminho sólido, firme e ideal para a concretização de objetivos altaneiros.
Ela detém uma fonte inesgotável de conhecimento e sabedoria, capaz de alimentar o nosso espírito de luz e esclarecimento, mantendo-se resoluta na consecução de sua principal meta, como seja a de resgatar os homens das cavernas lúgubres da ignorância.
É mister que nos embebedemos dessa rica fonte, sorvendo dela todas as benesses que se encontram ao nosso dispor; é fundamental que nos refresquemos nas sombras frondosas da árvore da vida, que é a nossa Magnífica Ordem.
A nossa existência é abençoada dádiva, pela qual temos que lutar, infatigavelmente; por mais que os homens continuem flertando cada vez mais com a morte, através das guerras, da cobiça desmesurada pelo poder e da intolerância sem precedentes, temos o dever de reverenciar a vida e toda sua grandeza, e de rendermos glória e respeito ao Grande Criador de Tudo.
A difícil tarefa tem sido a de nos apegarmos menos ao que é fugaz, efêmero, fútil e vulgar, e de nos interessarmos mais por aquilo que realmente possa nos engrandecer o interior. O fato de o homem querer sempre a aprovação alheia, reproduzindo os gestos e ações comuns do próximo, acaba se tornando um enorme obstáculo à sua evolução.
Em suma, vive-se o estado de coisas da superficialidade, da perecibilidade dos bons sentimentos e práticas, com ênfase visceral no poder da matéria. O homem, inevitavelmente, só perceberá isso no fim de sua vida, quando verificará que pôs tudo a perder, por não ter atendido aos reclames e súplicas de sua consciência.
Queridos Irmãos! Agradeçamos ao Arquiteto Maior pela parte material necessária que Ele tem proporcionado às nossas vidas; não nos desfaçamos do conforto ou daquilo que fartamente temos recebido, pois isso seria uma flagrante hipocrisia; todavia, jamais nos olvidemos que o nosso verdadeiro legado diz respeito às coisas do espírito, sem as quais nos tornamos pessoas ocas, ignóbeis e verdadeiramente pobres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário