As qualidades que se esperam de um profano para que possa ingressar na Maçonaria devem ser as que têm por base as condições morais e a sabedoria, no que diz respeito ao sentimento profundo e altruísta, com relação ao procedimento legítimo de respeito e apreço aos semelhantes.
Em evento realizado na cidade de Campina Grande (PB), ouvíamos falatório de profanos, alusivos à nossa Sublime Ordem, da decadência que atravessava a Instituição em função do grande número de Irmãos iniciados em nossos Augustos Mistérios e, atualmente, que se declaravam ex Maçons. E que, para confirmar tal estado de coisas, bastaria simples pesquisa com os Irmãos adormecidos a fim de indagar sobre quais os motivos que os levaram a abandonar a Ordem Maçônica.
Dentre os motivos alocados suscitaram a falta de cultura dos Maçons, a falta de força moral dos que a dirigem, a realidade de que a Maçonaria é um simples clube de serviço e entretenimento, além de que as bandeiras que defendia na Antiguidade, tais como liberdade, igualdade e fraternidade, estão fora de época, ultrapassadas, sem serventia para os nossos dias. Assim, após presenciar tantos disparates e arrogância, filhas legítimas da ignorância, respeitosamente, pedi licença e solicitei a palavra para expressar a verdade sobre o significado da filosofia maçônica, tão trágica e covardemente agredida, começando pelos seguintes pontos:
1 - Embora todos os candidatos à iniciação sejam honrados e justos, não perseveram na luta íntima de combate aos vícios e às paixões e fogem para continuarem com esses vícios e paixões nos seus corações.
2 - A finalidade primeira da Ordem é melhorar os que lá se matricularam em seres humanos mais dignos e honrados, por meio de boas ações e de estudos edificantes, para poderem contribuir com um futuro melhor para toda a humanidade. 3 - Salvo as exceções, a grande maioria dos que abandonam a Maçonaria o fazem por fraqueza íntima, pois não conseguem suportar a qualidade de vida que lhes é orientada para construir um homem de ideal, humilde, honesto em todos os aspectos, tanto no profissional, no familiar, no cidadão e perante o que seja bom, belo e justo, no mais fiel entendimento de uma estrita moral.
4 - Percebemos que ao saírem da Maçonaria não aprenderam a dominar as más paixões e, consequentemente, não realizaram nenhum progresso na Sublime Instituição.
5 - Ao ingressar na Ordem, o verdadeiro Maçom lança o olhar para a luz, para o alto, para o GADU; ao contrário, em atitude exatamente oposta, o incauto se compraz em continuar alimentando o seu orgulho, olhando para baixo, persistindo em fomentar os vícios e as paixões que o animalizam.
6 - Todo verdadeiro Maçom goza de boa reputação, ou seja, apresenta um som espiritual de evolução. A partir daí identifica-se em qual degrau da escada evolutiva cada um se encontra, falando e exemplificando aquilo que sai da boca em consonância com seu coração.
7 - O bem está em alta, e é a moeda corrente de nossa INSTITUIÇÃO, a qual, em hipótese alguma, está decadente. Ao contrário, decadente está o mal, cabendo aos Maçons a responsabilidade de extirpá-lo definitivamente da face da Terra, a fim de cumprir o seu o objetivo maior que é o de tornar feliz a humanidade.
8 - Não obstante, serve de alerta para todos nós Maçons, que, peremptoriamente, inadvertidamente, muitas vezes, descuidamo-nos de beber da fonte fecunda de nossa Respeitável Ordem.
9 - Percebe-se que a ignorância anda solta a todo vapor. Prudência e cautela nos competem assumir. Enfim, quando Buda foi indagado por um discípulo para que resumisse todos os seus ensinamentos, depois de pensar um momento, respondeu: “cessa de praticar o mal; aprende a praticar o bem; limpa teu coração”. Tal é a religião dos Budas. Nós somos um só. Qualidades para a iniciação maçônica
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