O mito de Prometeu narra a generosidade do titã que roubou o fogo dos deuses, escondendo algumas chamas em um caule oco de erva-doce. O fogo, interpretado como símbolo da razão, segundo John Locke em 'Um Ensaio Sobre o Entendimento Humano' (1690), é descrito como: "A razão é uma revelação natural, por meio da qual o eterno pai da luz e fonte de todo o conhecimento transmite à humanidade a porção de verdade que ele a considera capaz de absorver."
Enfrentando a ira de Zeus, Prometeu foi castigado ao ser acorrentado no monte Cáucaso, onde diariamente uma águia (ou abutre) se alimentava de seu fígado em regeneração eterna.
Outro mito que trata do mesmo tema é o mito da caverna de Platão, em 'A República', retratando uma sociedade acorrentada, percebendo a realidade pelas sombras projetadas.
Somos lembrados, no mito de Prometeu acorrentado, e no mito da caverna, que por vezes estamos acorrentados às paixões os preconceitos e os erros que corrompem nossa essência, aprisionados nas sombras da ilusão da caverna, enquanto uma extraordinária força permanece adormecida em nosso interior, como canta o poeta: "Cada um de nós compõe a sua história, E cada ser em si carrega o dom de ser capaz, De ser feliz".
Bibliografia:
*Classical Mythology A to Z: An Encyclopedia of Gods & Goddesses, Heroes & Heroines, Nymphs, Spirits, Monsters, and Places*
Excelente!
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