Cremos, porém que esse “adormecer” tem várias nuances, como por exemplo: “estar sonolento”, nem desperto nem em sono. O maçom que se afasta de seus Irmãos e de sua Loja estará dando um passo impensado e cruel, uma vez que, com sua ausência, atingirá toda a Loja, rompendo a Cadeia de União, por ser ele um elo indispensável; sua ausência “enlutará” sua comunidade.
O maçom afastado sofre desgaste espiritual; mesmo que não se dê conta disso, o seu templo interior estará vazio e, assim, não poderá louvar o Criador do Universo.
Mesmo que surjam divergências entre os Irmãos, o afastamento prejudicará a quem se afasta; os demais suprirão a ausência com a admissão de novos candidatos.
Necessitamos do convívio permanente.
Se estiver afastado, por qualquer motivo, retorne e será devidamente qualificado em todos os pontos da Maçonaria e encontrará uma plêiade de Irmãos prontos a recebê-lo e abraçá-lo, dizendo: Entre, tomai vosso assento. Nós esperávamos por vós...!
Não interrompa o destino; participe da corrente da Fraternidade. Será tão difícil olharmos nos olhos de nossos Irmãos e dizermos humildemente? “Perdão, eu me excedi, voltemos a viver fraternalmente no seio da Maçonaria?”
A prudência e o interesse de nossas Corporações Filosóficas, Academias, Lojas de Pesquisas, CÍRCULOS HERMÉTICOS, etc, lhes impõe o rigoroso dever de exigir a regularidade do candidato em suas Lojas Simbólicas, vetando a participação em seus Mistérios ao Obreiro (placetado) ou a coberto por falta de pagamento de suas obrigações junto a tesouraria de sua loja.
Venham os que realmente além de serem dignos da acolhida, sejam “regulares” consoantes às regras maçônicas, capazes de contribuir ao fim proposto. (Regular,sinônimo de obediência, de cumprimento dos deveres que aceitou).
Regularidade Maçônica faz com que como filiado de uma potência e Loja regular esteja amparado espiritualmente e reconhecido por toda a Fraternidade Universal.
Assim será filiado (readmitido) e não mais “tolerado” como ex-Obreiro, mas sim RECONHECIDO como Irmão.
Volte a ser participante do grupo, mas doravante participe ativamente, esteja presente quando um Irmão precisar de sua ajuda; saiba usar as palavras certas de apoio e de estímulo, no momento certo; saiba respeitar o espaço do outro; saiba escutar e ajudar; se tiver de criticar, que seja com educação e bom senso, respeitando a opinião do outro; discorde sem magoar. Lembre-se que do outro lado alguém vai ler, refletir, tirar ensinamentos, seguir nosso conselho, nossa sugestão, isso se estiver conforme.
Entenda que somos uma comunidade de Irmãos e amigos e que esta amizade pode deixar de ser virtual e transformar-se em real. Enfim, participar de uma lista de discussão, de um círculo hermético, é plantar uma semente que irá crescer e dar frutos e receber amor.
O Grande Arquiteto do Universo que tudo fez; que tudo sabe e que tudo vê; que me fez Maçom, porque não me fiz, nem sequer me tornei – simplesmente sou – porque ELE o quis e os meus irmãos então me reconheceram como tal! Somos simples elos – parte de um todo que se faz UM – um por todos e em cada um.
Vejo em mim esta Força magna brotando intacta, surgindo, crescendo, fazendo-me Força, tornando Bela a vida que trago em meu corpo, em meu ser pequeno; tão grande, contudo, feito a cinzel, esquadro e compasso, nível e prumo, alavanca, régua e maço, talhado, trabalhado passo a passo em viagens, leituras, trabalhos...
Devo embeber-me do espírito da Fraternidade!
E olho para o lado, vejo Irmãos. Às vezes os vejo – às vezes não os reconheço.
Deixo de vê-los, às vezes, porque nos tornamos pequenos demais frente à grandeza da Ordem que representam.
Nem os percebo quando a tolerância deixa de ser norma de conduta, quando querem provar que são cultos e superiores aos demais imaginando que suas opiniões, crenças e opções são as melhores. Os Irmãos já notaram que muitos acham ter muito a ensinar aos outros?
E que, em geral, quase não se dispõem a ouvir? Dão opiniões sobre tudo, impõem seu modo de ver, de pensar, de deliberar.
Nem os noto quando a Caridade em seu sentido maior se vê substituída pela Vaidade, pela rigidez excessiva, que obedece mais o desejo de autoridade que à verdadeira busca espiritual.
É o profano que passou pela Câmara de Reflexão e não morreu, ingressou na Maçonaria, mas não renasceu, pois o espírito dela, sua filosofia, não entendeu.
Passou o dia em brancas nuvens, não serviu e nem viveu...! Quero vê-los, mas não consigo. Quero senti--los, mas eles se fizeram tão longe. Longe demais para estender a mão.
Tarde demais para senti-los IRMÃOS!
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