A confiança é um sentimento que desperta forças invisíveis que agem naturalmente em favor de quem a manifesta conscientemente. Desta forma, a confiança ativa a esperança e cria um ambiente de forças positivas, mobilizando os mecanismos da lei, da Lei do Amor, que agem em benefício de quem a possui.
A confiança é uma sublime força de atração, que remove os mais pesados obstáculos, age com sutileza, gera as forças energéticas e influencia quem se encontra sob o seu raio de ação. Mesmo para quem estiver em adversidade, a confiança anula os efeitos contrários que poderiam neutralizar sua ação.
E, sobretudo, a confiança tranquiliza, porque sabe que a solução de qualquer problema está a caminho, estimula a esperança e ensina que saber esperar é tão importante quanto saber agir, evitando decisões precipitadas que acabariam comprometendo uma situação aflitiva.
O que o mundo nos mostra hoje é a ausência de confiança porque, infelizmente, há um vírus invisível – o vírus da discórdia – que gera situações de sofrimento por sua ação deletéria em toda a humanidade.
A nossa incrível e milenar capacidade de acreditar em fofocas, intrigas, e modernamente em fake news – quando partimos de uma base falsa e embarcamos em suposições infundadas –, faz parte do nosso imaginário, criando divisões de todo tipo, seja pela discussão política – que vem separando famílias que brigam por pessoas que nem sabem da nossa existência –, seja por divergências hereditárias, dissidências comerciais, etc.
Jesus ensinou que toda casa dividida não sobreviverá: “Todo reino dividido internamente será destruído. Da mesma forma, uma família dividida contra si mesma se desintegrará”. (Marcos, 3:24-27).
Muitas empresas foram constituídas com sacrifício por seus fundadores, mas quando passam para os herdeiros, instala-se esse vírus mortífero que acaba com os afetos, gera divisões e sepulta os ideais de união e trabalho que nortearam sua criação, concorrendo para sua dissolução, sem medir as consequências.
E por que isso acontece?
Pela ausência do amor e da tolerância entre as pessoas, pela falta de confiança entre os irmãos, só preocupados consigo mesmos, e empenhados em levar vantagem de qualquer maneira, perdendo a dimensão da eternidade e da continuidade da vida humana na espiritualidade, sem levar em conta o sacrifício de seus pais ou avós na construção de uma empresa, voltados que estão unicamente para seus interesses imediatos.
“O amor não é uma relação entre duas pessoas. É um estado de paz, dentro de ti ... o amor é uma experiência espiritual” (Osho).
A grande diferença entre os seres humanos e os animais é que estes só vivem no presente, cuidando unicamente de sua subsistência, enquanto o homem deixa de viver o momento presente e passa a provocar situações ou supor atitudes que podem vir a se mostrar falsas, causando discórdias, às vezes, inconciliáveis.
“Faça o que fizer, o segredo da felicidade é muito simples: não deixe que o passado se interponha, não deixe que o futuro o incomode. Porque o passado já não existe e o futuro ainda não chegou. Viver na memória, viver na imaginação, é viver no que não existe.” (Osho).
A vida é uma oportunidade única de aprendizado e de sabedoria, criando situações que concorrem para a evolução da espécie humana, dependendo unicamente de suas ações.
É mais que necessário que aprendamos a viver com amor e confiança.
(*) Artigo inspirado no livro Vigiai e Orai, do Irmão José, psicografado por Carlos A. Bacelli, fonte permanente de aprendizado e inspiração.
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