abril 09, 2024

DIÁRIO DE UM ADORMECIDO - Roberto Ribeiro Reis





Quantas saudades de meus Irmãos,

Que sempre me estenderam as mãos

Nos momentos de glória e de dor;

Ainda que hoje esteja adormecido

Dos Obreiros carinho tenho recebido,

Pra dizer a verdade, eles dão é amor!


Por onde for, saúdam-me com afeto,

Se precisar de um abrigo, dão-me teto,

O que nunca vi em outra Instituição!

Afastei-me pelas agruras do cotidiano,

O que, de per si, não me torna profano,

E hoje bem frágil está meu coração.


Não são simples problemas apenas,

Mas sério quadro depois das safenas

E de sequelas em minha frágil saúde;

Hoje penso no Irmão que falta (infeliz)

Dando desculpas vãs, é o que ele diz,

Por causa de jogo e churrasco, amiúde.


Desprezar nossos trabalhos e a plenitude

É falta de entusiasmo e péssima atitude

Que demonstra um total descompromisso;

Ó GADU! Quisera estar no lugar do ocioso,

Para vivenciar esse ambiente harmonioso,

Só Tu sabes o quanto clamo por isso!


Participo das sessões de modo imaginário,

E vivo das lembranças tidas no meu diário,

O que me mantém vivo e com esperança;

Fico triste pelo Ir.’. que, agora ou depois,

Há de estar arrependido. Maçom sois?

A fatura da vida vem com grande cobrança.

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