abril 08, 2024

REGULARIZAÇÃO


Em direito puro, se um membro de uma obediência não reconhecida decidir demitir-se dela e associar-se à Franco Maçonaria regular, deve ser "reiniciado", exatamente como qualquer outro profano, e essa é, aliás, a regra, a ser entendida estritamente, da Grande Loja da Inglaterra.

Por razões de ordem prática, principalmente desde que, em 1965, várias centenas de membros de obediências irregulares pediram em bloco a sua admissão na Maçonaria regular francesa, foi-se obrigado a recorrer a um procedimento simplificado, a fim de não se deixar candidatos à espera durante um lapso de tempo, de talvez vários anos. É a Regularização.

A ideia que orientou a redação do ritual de regularização é a de que deve haver uma diferença entre "a comunicação dos segredos" e o engajamento propriamente dito religioso do candidato. Abster-se de comunicar-lhe uma segunda vez o que ele já sabe, ainda que irregularmente pode ser tolerado. Em compensação, como, em sua obediência precedente, o candidato nunca jurou sua crença em Deus, parece essencial um juramento solene e ritual, de joelhos e com a mão sobre o Livro da Lei Santa. Na prática, o candidato é introduzido sem avental (mesmo que tenha atingido o mais alto grau de uma hierarquia irregular), e o juramento lhe é deferido no grau em que ele possui. Se já é Mestre, ele lhe é deferido em três graus sucessivamente, o avental correspondente a cada grau lhe sendo colocado a cada juramento.

Observação: Se um membro da Maçonaria "mista" se apresentasse, esse procedimento não seria, certamente, válido, pois, nesse caso, ele seria considerado não como irregular, mas como não tendo jamais sido Franco Maçom, já que a pseudo obediência "mista" jamais teve esse caráter.

Fonte: Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons. Alec Mellor. Martins Contes. São Paulo. 1989.

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