Difícil negar que o exercício mais profundo e consistente do ser humano é o Pensamento.
O final do Século 18, a abrangência do Século 19 e o início do Século 20 que testemunharam a Revolução Francesa, a Revolução Industrial, e o Iluminismo são marcos delimitadores no processo que desencadeou uma ruptura de valores na história da civilização humana.
O reflexo cultural desse período teve um impacto significativo na Maçonaria.
Foi na verdade uma revolução de costumes, em que mudanças intelectuais, sociais, políticas, literárias e econômicas refletiram-se na gradual racionalização em todos os aspectos da vida social e do pensamento humano.
Os acontecimentos acima citados representaram a superação do Pensamento, da Elucubração e do Especulativo sobre as tradições dogmáticas da Idade Média.
Idade Média que por sinal é reconhecida como o Período Obscurantista da História.
Além disso, a ruptura com o dogmatismo e os preceitos teológicos intrínsicos à Igreja Católica, ensejaram o uso da Razão, como uma forma de construção do Pensamento e por conseguinte do Conhecimento, desvinculado de fundamentos teológicos.
A base do Iluminismo estabeleceu uma fronteira dialética à Maçonaria, que ao passar a contar em suas fileiras com novos Aceitos, como filósofos, escritores, pensadores, artistas, dentre outros humanistas, foi ganhando um caráter "Especulativo"; onde através do empirismo iluminista, estabelece-se que a razão e a ciência, assumem um protagonismo dentro da Ordem, como uma verdadeira forma de explorar, desvendar e de se conhecer o mundo, rompendo com estruturas arraigadas ao absolutismo real.
A Maçonaria Especulativa ganhou um revigorante sustentáculo ideológico, que se multiplicou com o advento de correntes filosóficas como o Positivismo e o Liberalismo.
Todo esse processo e estas relevantes mudanças contribuíram inequivocamente para que o Maçom passasse a se preocupar com os seus valores mais íntimos, a trabalhar o seu interior, bem como o seu lado espiritual, na busca do entendimento de sua origem e existência, sem se deixar levar apenas pelos aspectos divinais e eclesiásticos, como se fazia na Idade Média.
Especular, pensar, estudar, analisar e refletir, tornaram-se os verbos mais consistentes no arcabouço da arquitetura maçônica em busca da Evolução.
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