Neste 1º de maio, pensando no
inevitável tema o futuro do trabalho, ficou me retornando à cabeça um gráfico
que relaciona as profissões existentes em 1940 e as criadas a partir de então,
e como estas novas profissões representam a maior parte do crescimento do
emprego.
Demorei um pouco para
resgatá-lo. Estava em um relatório publicado no ano passado pelo Goldman Sachs,
líder mundial em investimentos, que analisa os efeitos potenciais da
inteligência artificial sobre crescimento econômico global.
Vale um olhar mais atento, pois
acho que ele mostra caminhos para as mudanças que se desenham, além de
despertar (em mim pelo mesmo) a curiosidade de como e quando as supernovas
ocupações, como engenheiro de prompt, por exemplo, impactarão este tipo de análise.
Como este relatório sobre os
efeitos potenciais da IA sobre o crescimento econômico não disponível em nenhum
link, faço um breve resumo para quem quiser se aprofundar mais no tema, que com
certeza vai voltar aqui muitas e muitas vezes.
Segundo este paper elaborado
pela área de pesquisas econômicas do banco de investimentos, o recente
surgimento da inteligência artificial generativa indica que estamos rumando a
uma rápida aceleração na automação de tarefas, que deve levar a uma enorme redução
dos custos de trabalho e aumento da produtividade.
E, com a IA generativa desenvolvendo mais seu potencial, o mercado de trabalho poderá passar em breve por uma disrupção. Com dados sobre trabalho nos EUA e Europa, os analistas inferem que cerca de dois terços dos empregos atuais estariam expostos a algum grau de automação, e que a IA generativa pode substituir até um quarto dos postos de trabalho atuais. Ao extrapolar essas estimativas globalmente sugerem que a IA generativa poderia expor 300 milhões de empregos à automação.
A boa notícia é que,
historicamente, deslocamentos de força de trabalho causados por avanços
tecnológicos como a automação têm sido compensados pela criação de novos
empregos. E as novas ocupações decorrentes dessas inovações têm sido as
responsáveis pela maior parte do crescimento do emprego no longo prazo.
A combinação de economia nos
custos laborais, criação de novos empregos e maior produtividade dos
trabalhadores cujas habilidades não são substituíveis pela automação, deve
gerar um boom de produtividade, que vai alavancar o crescimento econômico.
Estimam que a IA pode aumentar o PIB global anual em 7% ao longo de um período
de 10 anos após a adoção generalizada.
Estes impactos positivos da IA
dependem de inúmeros fatores como a velocidade de sua adoção ou nível de
dificuldade das tarefas que será capaz de realizar, e ainda como muitas tarefas
e funções serão automatizados. O que torna difícil prever o momento de tal boom
econômico. Mas é fácil entender que as transformações no mercado de trabalho já
acontecem, só devem acelerar cada vez mais.
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