E SE O MUNDO ACABASSE HOJE - Roberto Ribeiro Reis


E se o mundo acabasse hoje? Talvez, essa seja uma das indagações mais constantes em nosso cotidiano.

Temos presenciado tanta coisa ruim acontecendo; temos assistido à banalização da maldade, como se tudo isso fosse normal, como que num filme hollywoodiano.

Fato é que as pessoas parecem ter perdido o senso de indignação face às injustiças, às desigualdades sociais e aos cataclismos de toda espécie.

Se, de fato, o mundo acabasse hoje, o que faríamos: renderíamos culto ao prazer, a tudo aquilo que não tivemos a oportunidade de desfrutar – por falta de tempo ou de condições financeiras – ou nos apegaríamos ao valor espiritual de todas as coisas?

O que valeria mais? Os últimos momentos ao lado da família, dos amigos, buscando uma corrente de forças, ou simplesmente a reverência ao Criador de Todas as Coisas? Ou nossas tendências materiais e animalescas clamariam mais alto em nossa cabeça?

Pode parecer filosofia de botequim, mas não o é! Será que estaríamos preparados, de coração e mente leves para o dia final dessa existência? Será que agiríamos como se (de fato) ela fosse a última, ou se ponderaríamos sobre a ideia de que isso se traduziria –única e exclusivamente- num rito de passagem e de que poderia haver algo maior por trás do véu da morte física?

Amados Irmãos, tais perquirições são típicas de quem é apegado à matéria, e nela vê o substrato de tudo o que existe nesse mundo de provas e expiações; mas será que para nós, Maçons, cuja experiência esotérica e ritualística demonstra que “o outro lado” é algo concreto e iminente, ainda assim podemos insistir em tais pensamentos?

Não pretendemos dar azo a discussões de cunho religioso ou científico, pois essa não é a missão de um Pedreiro Livre; o que desejamos, sofregamente, é despertar a volúpia espiritual em cada um dos Irmãos, de sorte a lhes fazer enveredar, cada vez mais, pelos meandros da Arte Real.

Nossa libido maçônica consiste em fazer com que cada Obreiro possa realizar o seu VITRIOL, diariamente, a fim de que haja uma visita interior rebuscada, e que dela advenham resultados esplendorosos, a partir do momento em que cada um possa se conhecer, verdadeiramente.

Que o conhecimento possa nos libertar, e dar asas à imaginação de cada um de nós; que, ao final, a verdade não se constitua em um mero desiderato a ser perseguido por nós, mas que ela seja se transforme num sentimento que pulule em nossa mente, difunda-se por nossos corações, e extravase-se em nossas ações, sempre em honra e À.’. G.’. D.’. G.’. A.’. D.’. U.’. !!!

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