William Hogarth foi um brilhante artista no seu tempo, conhecido pela temática social, muitas vezes satirizada. É autor do conjunto de “Os Quatro Períodos do Dia” de 1736, sendo que aquele que se refere à “noite”, diz respeito à maçonaria, porque contém elementos com ela relacionados.
O quadro a óleo encontra-se na colecção da National Trust´s Upton House, no condado inglês de Warwickshire, mas foram as suas gravuras executadas por Charles Spooner em 1738, feitas em sentido oposto ao do original, que se espalharam por vários cantos do mundo, podendo o quadro ser visto como uma crítica ou sátira não só aos usos e costumes da época em Londres, como a um dos membros da primeira loja maçónica a que o autor pertenceu (Lodge at the Hand & Apple Tree, na Little Queen Street).
Vemos uma personagem ébria, vestindo um avental e usando ao pescoço o esquadro, emblema de venerável, apoiada no seu escudeiro que leva a espada no braço. Tal personagem refere-se a Sir Thomas de Veil, membro da citada loja que se reunia na Vine Tavern, e da qual fazia parte Hogarth, com quem não tinha boas relações. Tudo está dito quando se vê que o autor decidiu pintar um penico a ser vertido sobre a cabeça da personagem. Tempos em que os irmãos maçons não se reconheciam como tal.
Como maçom, o seu nome figura nos arquivos da Grand Lodge of England em 1725 a propósito da reunião de uma loja reunida na Hand and Apple Tree na Little Queen Street; cinco anos depois, o seu nome volta a aparecer registado numa reunião de loja na Bear and Harrow em Butcher Row, Temple Bar; por último, em 1735 era o Grand Steward (Grande Mordomo) da festa anual da Grand Lodge of England, tendo desenhado uma jóia para esse cargo, composta por um esquadro, um nível e um prumo, a qual antes de 1735, não tinha o círculo e era maior, sofrendo transformações ao longo dos tempos, vendo-se em 1835 no seu interior um compasso e uma cornucópia
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