Nos templos maçônicos, as colunas do Sul e do Norte são elementos de profunda significância simbólica, cada uma representando conceitos e valores fundamentais para a compreensão da filosofia maçônica. Essas colunas não apenas adornam o templo, mas também servem como lembretes constantes dos princípios e lições que os maçons devem internalizar e praticar.
A Coluna do Sul:
Historicamente, a coluna do Sul é associada ao sol no seu ponto mais alto, representando o meio-dia e, simbolicamente, a plenitude da luz, a vitalidade e a sabedoria. Na Maçonaria, esta coluna é comumente ligada ao Primeiro Vigilante, cuja responsabilidade é supervisionar o trabalho dos aprendizes. Ela simboliza a juventude e a força ativa, refletindo a importância da luz da sabedoria e do conhecimento no pleno desenvolvimento das habilidades e do caráter dos maçons.
A coluna do Sul nos recorda a necessidade de trabalho diligente e a busca incessante pelo conhecimento. Ela enfatiza que, assim como o sol atinge seu zênite ao meio-dia, também os maçons devem aspirar ao seu desenvolvimento máximo, utilizando a sabedoria adquirida para iluminar suas vidas e as vidas daqueles ao seu redor.
A Coluna do Norte:
Em contraste, a coluna do Norte, tradicionalmente associada ao crepúsculo ou ao ocaso do sol, simboliza a introspecção, a meditação e o repouso. Na Maçonaria, é frequentemente relacionada ao Segundo Vigilante, cuja tarefa é cuidar dos companheiros. Esta coluna representa a maturidade, a experiência acumulada e a reflexão, destacando a importância de períodos de contemplação e repouso para a assimilação do conhecimento e o fortalecimento do espírito.
Historicamente, o Norte é conhecido como a região da sombra, onde a luz solar é menos presente. No simbolismo maçônico, isso serve como um lembrete de que o verdadeiro entendimento não se limita apenas aos momentos de clareza e atividade, mas também abrange os momentos de reflexão e introspecção. É na escuridão que muitas vezes encontramos as verdades mais profundas e desenvolvemos uma compreensão mais completa do nosso caminho e propósito.
Referência Histórica:
A origem simbólica das colunas do Sul e do Norte pode ser traçada até os tempos das civilizações antigas, como a Grécia e o Egito, onde os templos eram frequentemente alinhados com os movimentos celestes. Na Maçonaria, essa herança foi incorporada e adaptada, preservando o simbolismo e integrando-o na rica tapeçaria dos rituais e ensinamentos maçônicos.
A disposição das colunas também pode ser vista como um reflexo do Templo de Salomão, uma construção repleta de simbolismo e referência central na tradição maçônica. As colunas, assim como muitos outros elementos do templo, são portadoras de múltiplas camadas de significado, entrelaçando história, mito e espiritualidade.
Conclusão:
As colunas do Sul e do Norte nos templos maçônicos são mais do que meras estruturas arquitetônicas; elas são símbolos poderosos da dualidade e da complementaridade na jornada maçônica. Representando luz e sombra, atividade e repouso, juventude e maturidade, essas colunas nos guiam na busca pelo equilíbrio e harmonia em nossas vidas.
Ao contemplar o simbolismo dessas colunas, os maçons são constantemente lembrados da necessidade de equilíbrio entre o esforço diligente e a introspecção contemplativa, um equilíbrio essencial para o desenvolvimento pleno do ser.
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