O vocábulo “polêmica” advém do grego “POLEMIKOS”, cujo significado é agressivo, beligerante.
Referência etimológica ainda é feita ao substantivo “POLEMOS”, que por sua vez significa ‘guerra’, "luta".
O termo no entanto, ao longo do processo histórico da língua portuguesa ganhou num contexto mais atual, o significado de contenda, ou de provocação que possa resultar em conflito de idéias, disputas e divergências nos mais diversos territórios do intelecto.
Sejam na política, na filosofia, na religião, na arte, na literatura ou em qualquer outra atividade do pensamento humano.
Cabe contudo lembrar, que a "polêmica", por si só, não se constitui numa briga, ou em qualquer ato hostil ou violento.
Muito pelo contrário, seu exercício, via de regra, se traduz como um mecanismo, ou dispositivo intelectual, que de algum modo incita o avanço do conhecimento em cada respectiva área.
A polêmica impõe a prática da argumentação e contra-argumentação no campo das idéias.
Ela estimula o raciocício, instiga os debatedores, e é um combustível permanente para insuflar novos pontos de vista e perspectivas diante dos temas que podem ser objeto de mudanças.
A polêmica não se sustenta apenas como mera retórica contestadora.
Ela deve trazer consigo um consistente conteúdo de caráter dialético para que possa se instaurar num foro de debate substantivo.
A inócua citação : "...se hay gobierno soy contra..." - não encontra eco, se não se configurar como um legítimo fundamento para discussão.
A Maçonaria por exemplo, a cada pouco, é objeto de polêmicas, protagonizadas por seus próprios adeptos, que não raro, de maneira frágil e inconsistente, buscam reinventá-la ou imprimir-lhe mudanças, que a bem da verdade, na maioria das vezes, são passivas de seríssimas ponderações, para saber se merecem crédito ou não.
De qualquer forma, reconhecer que a Sublime Ordem, tem como objetivo estimular a Liberdade de Pensamento, isto por si , não é uma condição inequívoca para quebra de paradigmas, preceitos e princípios que fazem dela, uma instituição perene e que subsiste até os nossos dias em razão da magnitude e consistência de todo seu arcabouço e de sua essência especulativa, intelectual e espiritual.
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