Quem lembra do bom pinhão ?
Daquele quentão na chaleira
Da paçoca feita em pilão
Daquela pipoca caseira
Os vizinhos em união
De cada qual uma assadeira
Com bolinhos em profusão
Pamonha à mão, costumeira
A cidade tornando em rincão
Sanfona ronca noite inteira
Quanta “Luz” na escuridão
Noite fria, estrelada, fagueira
Como um sonho, quase ilusão
As crianças em fileira
Arteiras, felizes, no clarão
Ordeiras, pulavam a fogueira
Nas cinzas sobradas no chão
A batata doce grosseira
Caia apagado balão
Findava noite sobranceira ...
Era sim uma tradição
Com a turma companheira
Que habita hoje o coração...
A família verdadeira
Inda algum som de rojão
Fim da estação passageira
Saudade de “São João” !
Inesquecível noite festeira !
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