Segundo Carl Gustav Jung, sempre que estivéssemos divididos deveríamos permanecer entre os dois lados, suportando o conflito, até encontrarmos uma terceira opção que seja capaz de unir a oposição.
Se simplesmente escolhermos um dos lados, cedo ou tarde sentiremos falta do outro.
É aí que, com criatividade, surge espaço para a tolerância, aceitação, conciliação e paz.
Porém, somos limitados quanto à compreensão dos extremos, tanto principio quanto fim.
O mundo que percebemos é apenas um ínfimo ponto no universo que nos rodeia.
Não conhecemos nem a nós mesmos.
Mesmo assim somos intolerantes com ideias que não coadunam com as nossas.
O intelecto humano é ainda muito limitado.
Entendemos muito pouco do presente, do que somos;
quase nada de onde viemos e muito menos do futuro para onde caminhamos.
Será que enquanto estivermos presos ao fato de sermos finitos, nos será dado conhecer o infinito?
Quando deixaremos de viver e agir apenas dentro dos limites que nossa parca visão física delimita?
Quando nosso limitado saber conseguirá harmonizar matéria e espírito em seu devido e justo contexto?
Talvez em relação ao nada sejamos tudo e, em relação ao tudo, sejamos nada.
Porém, se conseguíssemos conviver pacificamente com as nuances e dualidades de nosso mundo, compreendendo e tolerando as diferenças, quem sabe pudéssemos ser nós mesmos, seres livres, porém unidos em um ideal comum de prosperidade e felicidade.
Mesmo algumas vezes não concordando com a dualidade que a nós se apresenta, deveríamos procurar entende-la, criando uma síntese, ou seja, a terceira opção de Jung.
Aí sim, estaríamos livres de dogmas e preconceitos, prontos a trilharmos qualquer caminho, limitados apenas pela ética e pela nossa consciência, gerando o espaço para a criatividade e abrindo nossas mentes para o infinito.
Quem sabe, a partir daí, passaríamos a conhecer a nós mesmos e entender de onde viemos, o que somos e para onde vamos.
Talvez assim voltemos a unicidade Divina e a Paz, A Harmonia e a Concórdia voltem a imperar em nossas reuniões.
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