O entendimento comum dá conta que a Antropologia é a ciência humana cuja missão é a de investigar as origens e as características do ser humano da maneira mais ampla possível.
Seu vínculo com as ciências sociais visa entender a formação da humanidade, por seus múltiplos aspectos culturais, físicos, filosóficos, históricos, linguísticos, religiosos e sociais.
Especialmente no que concerne à Antropologia Maçônica cumpre destacar que a mesma ocupa-se de estudar e explorar a origem dos símbolos e seus vários significados dentro da tradição da Maçonaria.
A Antropologia Maçônica propõe possibilidades de como a Sublime Ordem reúne condições de interagir com a sociedade nos mais diversos aspectos que dizem respeito aos interesses humanos nos contextos culturais, comportamentais, sociais e mesmo nos contextos políticos sem incidir num viés partidário e proselitista.
A Antropologia Maçônica ainda analisa de que forma os Maçons interpretam símbolos com vários significados e de que maneira estes símbolos atuam como códigos ou chaves para a compreender o mundo.
Somado a isto, aplicam-se descobertas antropológicas ao estudo da história da Maçonaria, tais como "símbolos antigos", bem como "símbolos encontrados na Arte e na Arquitetura nas mais diferentes culturas".
Relevante destacar o papel da Antropologia Maçônica, dentro do escopo das instituições filosóficas e iniciáticas.
Neste sentido cumpre ao Maçon seguir um código de comportamento ético, moral e social, cuja meta é o aprimoramento da consciência e a própria superação pessoal com o objetivo de melhorar a sociedade, atuando como um vigoroso agente propulsor em prol da felicidade e do exercício inequívoco da fraternidade universal.
Há várias tendências em Antropologia, propostas pelas escolas filosóficas, que as classificam, resumindo-as, seguindo diversos critérios.
No caso da Antropologia Maçônica, a mesma tem como base a ideia de um Princípio Criador e Incriado do Universo - até mesmo como prova irrefutável de inteligência - como referência para se explicar a própria existência humana e tudo o que a cerca.
A Antropologia Maçônica pode ser identificada como "secular" porque promove o estudo de um aspecto particular do homem, enfatizando o aprimoramento ético do mesmo, enquanto ainda considera outras qualidades que o caracterizam.
Imperativo esclarecer que a expressão "secular", neste caso, designa o processo de mudança pelo qual uma instituição deixa de ser reconhecida pelo aspecto sagrado e divinal, apoiando-se sobretudo na pesquisa, na racionalidade, na investigação, no cultivo do intelecto e claro no processo especulativo na busca do Conhecimento e da Evolução.
Tudo isto sem se deixar levar por dogmas estabelecidos que impedem o direito da liberdade de pensamento, da divergência e da contra argumentação.
A despeito de sua relevância e de inúmeras influências históricas e religiosas, que fazem parte de seu arquétipo estrutural - trazidos desde a época da chamada Maçonaria Operativa - não se constitui em nenhum impeditivo que se reconheça que a Sublime Ordem foi criada pelo homem e para o seu próprio benefício - e isto por si só é uma base de sustentação para a sua configuração antropológica.
Em síntese, a Antropologia Maçônica consiste numa matéria complexa e instigante que tem como base uma uma perene tradição cultural e filosófica, cujo protagonismo histórico se estende até os nossos
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