De repente nos damos conta de que ser expectador é uma excelente oportunidade para olhar a vida como relevantes passageiros da história.
É a chance de percebermos como as coisas acontecem e de que forma podemos aprender ou desaprender seus significados.
O papel de espectador nos faculta exercer o direito das escolhas com mais esmero e a avaliar o peso e as medidas das ações, bem como de rever conceitos que trazemos arraigados dentro de nós, e que muitas vezes deixamos de fazê-los até por uma questão de acomodação.
Como é gostoso sentar-se junto à janela e observar que cada um, a seu modo, segue seu próprio ritmo, obedece ao seu próprio ritual e impõe seu timbre pessoal de maneira única e singular.
Reconhecer que cada um tem o direito de entender e interpretar seu personagem ao sabor de seus critérios, de algum modo significa respeitar a individualidade humana.
O livre arbitrio se associa ao livre pensamento na medida em que o que se busca seja o bem estar comum.
A proclamação da Liberdade, como o atributo mais digno e notável das disposições da alma é o que nos torna perfeitos dentro do nosso universo de imperfeições.
Talvez a elaboração no plano de aprimoramento de nosso interior, através da prática das virtudes, seja a versão mais consistente que agregue o maior valor de nossa experiência como seres humanos.
Bem, vamos continuar aqui ao lado da janela, debruçados sobre o seu parapeito, assistindo a essa grande aventura, que não precisa de títulos, nomes ou legendas.
Basta perceber que é vida que segue, sem retoques ou vestígios.
É simples
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