Se há uma palavra que possui uma extensão de significados e vertentes sem igual, esta palavra é "Cultura".
As inesgotáveis fontes de pesquisas bibliográficas, indicam sua etimologia como advinda do Latim, do termo "colere" que quer dizer, cultivar, crescer, colher.
Eis inclusive a razão do termo estar associado à palavra agricultura, que refere-se ao cultivo e crescimento das plantações.
Contudo, o substantivo "cultura" ao longo tempo e do próprio processo de evolução humana, ganhou uma gama de significados e até mesmo de reformulações interpretativas no universo semântico, que tornou-a praticamente impossível de definir seu conceito de modo único.
Importante destacar que o termo "cultura" por vezes se confunde e atribui-se seu significado a ideias de: desenvolvimento, educação, erudição, comportamentos sofisticados ou até mesmo de inteligência.
Esse conceito, à propósito, ganhou consistência, especialmente no século XVIII, sobretudo na França e na Inglaterra como resultado dos movimentos conhecidos por Iluminismo, e a Revolução Industrial.
Cabe registrar que com isto a "cultura" assumiu uma dicotomia em sua essência e forma, diagnosticada especialmente no imaginário das sociedades ocidentais. Daí o surgimento das expressões "cultura erudita" e "cultura popular".
Isto, de certa forma, acabou gerando uma espécie de conflito ideológico, sobretudo se partirmos do princípio de que sob o ponto de vista filosófico, a "cultura" é um conjunto de manifestações humanas, intimamente ligado à Moral, à Tradição, às Artes, à Alimentação, à Língua, à Música e a todo um conjunto de conhecimentos práticos e teóricos absorvidos e transmitidos aos contemporâneos e a cada geração vindoura.
Quando a Maçonaria, como exemplo, sedimenta sua base filosófica na Simbologia, isto se deve precipuamente ao fato de que a "cultura" é um sistema de símbolos compartilhados com que se interpreta a realidade e confere sentido à existência humana.
Talvez, a maneira mais transparente para se explicar a *cultura* resida na equação entre a interpretação pessoal da realidade e as exigências globais, uma vez que o ser humano é um agente passivo de mudanças, a partir de suas percepções de valor íntimo, bem como de seu poder de argumentação.
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