*O TEMPLO DE SALOMÃO - HISTÓRIA E LENDA QUE HABITAM O IMAGINÁRIO E A CONSCIÊNCIA*
A Maçonaria vale-se da Simbologia, como a ciência que oferece a base interpretativa histórica, lendária e filosófica para sua compreensão.
Neste sentido o "Templo de Salomão", sob a égide maçônica, constitui-se num símbolo e numa alegoria que representam o Universo.
Seja no sentido do Cosmos como um todo, bem como do próprio ser humano.
Isto se traduz como resultado a partir de um Princípio Criador e Incriado, ou seja, a que que os Maçons se referem como G.'. A.'. D.'. U. '. - princípio dialético que se manifesta como referência para tudo o que existe à nossa volta.
Cabe contudo, ponderar que a existência sobre o Templo de Salomão está envolta numa Lenda.
E como se sabe, a Lenda é uma narrativa de caráter maravilhoso em que um fato histórico se amplifica e se transforma ganhando magnitude sob o efeito da evocação poética ou da imaginação humana.
Há também um caráter mítico que cerca toda esta narrativa, cuja fundamentação encontra subsídios em grande parte, nos testemunhos e relatos orais dos Antigos, cuja essência e significados estão sempre sujeitos às mais variadas interpretações.
Para a Maçonaria o Templo de Salomão, sob o ponto de vista especulativo, demonstra o simbolismo geométrico-arquitetônico utilizado para exprimir o conteúdo do conhecimento esotérico e filosófico.
A propósito, a condição e o caráter filosófico da Maçonaria se explicam e se justificam porque em seus atos e cerimônias ela trata da essência, propriedades e efeitos das causas naturais.
A Maçonaria Investiga as leis da natureza e relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura.
O Templo de Salomão detém um aspecto protagonista esotérico no arcabouço da Ordem.
Ele assume, através de sua configuracão estética, uma metáfora com a própria construção do templo interior humano, que busca a partir de sua Iniciação na Sublime Ordem, criar uma base sólida de sustentação de valores morais e éticos.
A lavra deste templo, tem como objetivo aparar arestas e imperfeições humanas, devotar-se ao trabalho intelectual e espiritual como elementos base para oferecer consistência no processo de aprimoramento da consciência.
Tudo isto, tendo nas ferramentas, instrumentos de funções simbólicas que concorrem para a construção do Edifício Social.
Este arquétipo não se submete a qualquer religião, ou a qualquer dogma.
Ele é fruto da investigação, pesquisa e estudo a que o Maçom Especulativo se dedica como obreiro incansável ao longo de sua jornada de vida.
Esta abordagem tem o mero propósito de trazer à Luz, o discernimento quanto a literalidade na forma de entendimento e o simbolismo como sentido analógico do que se pretende transmitir.
*NEWTON AGRELLA*
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