setembro 08, 2024

A PALAVRA PERDIDA...REDESCOBERTA -


(Cada irmão recebeu um envelope com os dizeres “Não abra o envelope até que seja solicitado”.) 

Senhores:  Tenho um anúncio emocionante. Encontrei a palavra perdida de um Mestre Maçom! Ela está no envelope diante de você – mas não o abra ainda! 

Armados com a palavra perdida, nossos irmãos, no passado, eram reconhecidos, honrados, e bem recebidos em todo o mundo. Eles eram líderes em e de suas comunidades. Eram policiais, empresários, médicos, operários, advogados e estadistas. Cada cidadezinha tinha uma Loja Maçônica no seu centro, e cada capital tinha suas Lojas fortemente unidas. Os maçons alimentavam os famintos, vestiam os nus, alojavam, educavam, e protegiam os órfãos. 

Nossos irmãos históricos eram a nata de suas comunidades. Eles sabiam quem eram, e todo mundo sabia quem eles eram. 

Tudo por causa de uma única palavra! Em algum lugar ao longo da linha, a palavra foi perdida. Os maçons esqueceram sua palavra. Eles não a passaram adiante. Os novos nunca a aprenderam. 

No espaço de poucos anos, ao que parece, ninguém mais sabia a palavra. Hoje, muitos maçons parecem não perceber que tal palavra sempre existiu. Mas existiu – e existe! 

A palavra era uma parte do alicerce sobre o qual a Maçonaria foi construída. É uma parte da organização – guardada em um cofre subterrâneo. 

Embora a palavra possa ter desaparecido da mente dos maçons, ela se encontra ali até que gerações futuras a descubram. 

Eu não alego uma genialidade ou astúcia especial por tê-la descoberto. Em vez disso, sinto-me um pouco como o Huno que descobriu a Grande Muralha da China, na revista em quadrinhos de Gary Larson, “Far Side”, (um cavalo e o cavaleiro pregados contra a muralha, e um homem pensando “diabos, de onde veio ISSO?”) 

A hora chegou, senhores, de cada um de vocês agora redescobrir a palavra perdida. 

Abram seus envelopes, por favor. 

“RELEVÂNCIA”, meus irmãos, é a palavra perdida do Mestre Maçom. Há muito tempo atrás, nossa Fraternidade era relevante. 

Fazíamos um bom trabalho, e os homens se atropelavam para se juntar a nós. Nós ajudávamos os pobres. Nós ajudávamos os desesperados. Nós o fazíamos, juntos, e fazíamos bem! Nós éramos uma Irmandade e não uma burocracia...

Hoje, infelizmente, o inverso está mais perto da verdade. Temos linhas de Oficiais da Grande Loja, linhas de Oficiais de loja, linhas disso, comissões daquilo, conselhos de alguma outra coisa, mas onde nos conduzem essas linhas? 

Será que elas nos conduzem a algum lugar? Será que elas realmente nos conduzem? 

Tudo se resume a três pequenas palavras, e uma um pouco maior: COMO NÓS SOMOS RELEVANTES? 

Hoje, podemos reunir 25 homens para presentear uma comenda de 50 anos de maçonaria. Que diabos! 25 homens vão procurar UM Irmão para lhe dar uma comenda de 50 anos! 

Enquanto isso, o Joãozinho na escola do fim da rua NÃO SABE LER, o seu parque de diversões está caindo aos pedaços em torno dele, e ele tem medo de ir para casa porque os ratos saem de suas paredes durante a noite! 

É verdade, no seu estado atual, nossa Fraternidade não pode corrigir todas estas coisas, nem sequer a maioria delas, mas o QUE ESTAMOS FAZENDO? 

Estamos preocupados com o buraco na tela da porta da viúva Harrison, e no próximo mês estamos dando uma bolsa $ 100 para o filho de algum maçom que vai entrar na faculdade, independente se ele ganha ou não ganha o dinheiro. 

Ah, e então, naturalmente, vamos nos dar uma palmadinha nas costas e aplaudimos alguns mais que outros. 

Agora, não me interpretem mal; nada há de errado em ajudar Maçons com mais freqüência que não-maçons. 

No entanto, se vamos nos perguntar por que os membros de nossas comunidades não estão mais nos procurando, temos de tentar nos ver da forma como eles nos vêem. 

O que os Maçons fazem que seja relevante para as pessoas em suas comunidades? 

Ok – vamos ajudar a comprar UTIs de câncer, ou talvez fazer uma campanha de coleta de sangue de vez em quando, e, algumas vezes, convidamos os escoteiros para uma reunião, mas hei! Quem não faz isso? 

O que diferencia a Maçonaria de outras organizações? Por que nós esperamos que os homens se juntem a nós em vez do Lion’s Club, o Rotary Club e outros clubes de serviço? 

No momento, a nossa melhor resposta parece ser: _Segredos! _Grandes Segredos! _Grandes segredos Importantes! 

Francamente, acho que temos vivido das glórias de nossos irmãos no passado por um longo tempo. Acho que os homens se juntam a nós hoje, porque eles querem participar de um clube social, e eles ouviram falar do passado glorioso da maçonaria. 

Acho que se candidatos potenciais soubessem da confusão em que se encontra a Fraternidade neste momento, estaríamos em maiores apuros do que estamos agora… 

A investigação realizada pela Força Tarefa de Renovação Maçônica que foi convocada, e em seguida ignorada pela Conferência dos Grãos-Mestres nos EUA indica o que os homens querem: eles querem oportunidades sociais – tanto para si quanto para suas famílias, eles querem oportunidades para servir suas comunidades, eles querem meter a mão na massa, não apenas emitir cheques. 

Eles querem aprender a se tornar melhores líderes, e eles querem, com o tempo, tentar assumir uma liderança. 

ISTO É RELEVÂNCIA! 

ISTO É O QUE OS HOMENS QUEREM! 

E porque não estamos oferecendo essas coisas agora, poucos homens estão aderindo – e eles não vão ingressar até nós lhes ofereçamos isso! 

Hoje, os homens não querem que percamos seu tempo lendo atas e apresentando convidados. 

Nossas pesquisas mostram que não querem ritual, eles não querem receber pregações, eles não querem “refletir sobre as lembranças felizes produzidas por uma vida bem vivida e morrer na esperança de uma imortalidade gloriosa”. 

ELES QUEREM VIVER! 

Aqui!

Hoje! 

Agora! 

Eles vêm até nós porque querem que lhes proporcionemos a oportunidade de se reunir, servir e liderar – e, se a nossa Fraternidade quer sobreviver, vamos ter que lhes fornecer essas oportunidades. 

É ESTE O NOSSO DESAFIO! ISTO É SER RELEVANTE! e ISSO é o que nos vai levar para o século XXI e além..

Por Gary D. Colby. Loja Union Station, Washington, DC - Tradução José Antonio de Souza Filardo

Nenhum comentário:

Postar um comentário