Não se turbe o vosso coração, amado Irmão! Por mais que a vida se vos apresente, momentaneamente, um vendaval de aflições, tudo, absolutamente tudo nessa vida, passa.
O que nós temos de mais comum é a capacidade de eternizarmos nossos sofrimentos, em detrimento das maravilhas e bênçãos que nos são dadas pelo Supremo Arquiteto do Universo. Os momentos de glória, as vitórias, os (re) nascimentos são facilmente esquecidos; já as agonias, as separações, as dores de parto e as angústias se nos parecem jamais ter fim.
Não se turbe o vosso coração, honrado Obreiro! Vosso fardo parece ter a dimensão e o peso de um edifício de trinta e três andares, mas, a bem da verdade, o Excelso Criador vos deu a força necessária (não somente para suportá-lo), mas também para que vos reerga, dignamente.
Que nós nos espelhemos em tantos irmãozinhos que padecem em aflições, mundo aforas, mas que nem por isso perdem sua esperança em dias melhores; a fé de alguns parece inabalável, como aquela fé preconizada nos textos bíblicos, entoadas em cânticos, salmos e louvores de todos os matizes.
Não se turbe o vosso coração, paladino da Arte Real! Buscai cinzelar todas as asperezas e imperfeições que vos conduzem ao sentimento de mágoa, ressentimento ou excessiva lamúria. Lavar a vossa alma com o choro é imperioso, mas a prática desinteressada do bem em prol de vosso semelhante há de ser um exercício que minorará vossas dores.
Que nos apossemos, com determinação, dos instrumentos necessários para nos tornarmos pessoas menos fúteis, mais produtivas, menos suplicantes e mais agradecidas. A beleza e o esplendor do sol nos concitam, diariamente, a recebermos a luz que nos orientará a caminhada, seja ela leve ou espinhosa, seja ela pacífica ou extremamente beligerante.
Não se apoquente vossa alma, Pedreiro livre e de bons costumes! Vosso Edifício Real está sendo erigido à base de muito suor, muita luta e demasiado esforço interior. Ele ainda encontra-se inacabado. Sua conclusão só depende de vós, através da dedicação e das visitas interiores diárias.
Não vos chateeis com a ingratidão dos próximos, nem buscai granjear o aplauso das multidões. O conhecimento que vós deveis almejar vem do Altíssimo, das instâncias do Inefável, onde somente os verdadeiros Justos têm permissão de se aproximarem. Enquanto os homens buscam a (pseudo) glória entre os seus pares, procurai vos contentar com o anonimato, pois as boas obras hão de ser feitas sem a presença dos holofotes.
Meus valorosos Irmãos, que a egrégora a nos envolver seja aquela permeada de luz, de sabedoria e de conhecimento. Que nos dispamos de todos os sentimentos de vaidade, orgulho, soberba, ciúmes, enfim, de tudo aquilo que é de somenos e que não tem valor algum para nossas vidas. Vivamos, sempre, À.’. G.’. D.’. G.’. A.’. D.’. U.’. e nada mais!
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