O ÓBVIO - Sidnei Godinho


Volta e meia, em qualquer discussão ideológica, em dado momento, a falta de argumentação se vale da máxima: Isso é óbvio. 

Quantas e quantas vezes o debate se torna acalarodo e até foge ao controle da sensatez, para no final ouvir o óbvio. 

Há quem se valha do termo sem mesmo se dar conta do seu significado, daquilo que é Axiomático, notório, inquestionável, um verdadeiro dogma. 

E por quê então tantos relacionamentos se desfazem, sejam contratos trabalhistas os sociais (casamentos), já que seu conteúdo é pré-estabelecido e de comum acordo? 

Simples, porquê o óbvio na natureza humana não é o saber, mas o com ele conviver. 

E o bom convívio requer mais que a racionalidade crua do conhecimento; requer, em igualdade, admnistrar as emoções que afloram no se entregar e o ímpeto do instinto de autopreservação no se não baixar a guarda. 

Ainda que trabalhar ou casar envolvam riscos conhecidos e retratados, nem todos são habilidosos o suficiente para, em um primeiro momento, decidir com a precisão de que será eterno o que se jura durar até a morte. 

..."Amar a Deus sobre todas as coisas e ao Próximo " COMO" a SI mesmo"...

O mandamento não é egoísta, apenas esclarece que DEUS é soberano e que você é único e não deve se amar menos que a outros. 

Sendo assim, não se recrime por interromper o que te amargura e buscar a paz em outras realizações. 

A consciência da dúvida move a busca do equilíbrio entre razão e emoção e neste jogo o eterno é o enquanto dure e a morte que separa é a da ignorância, do desconhecido. 

E isto não é o ÓBVIO??? 





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