Muito se fala e se ouve a respeito da expressão "Pensamento Crítico", porém definí-la ou explicá-la de maneira clara e direta parece um exercício relativamente indigesto.
Valendo-se de um critério simples para a sua explicação, o Pensamento Crítico constitui-se na capacidade de avaliar os acontecimentos e as situações de maneira crítica.
Para tanto é necessário que entendamos que a palavra "crítica" advém do grego *kritikē significa "a arte de julgar" (Dicionário Etimológico Japiassu & Marcondes, 1990).
Em filosofia, "crítica" tem o significado de análise.
O Pensamento Crítico portanto, requer que o ser humano consiga deixar de lado suas crenças e opiniões subjetivas e pessoais para fazer sua análise pura e impessoal.
Algo como se a pessoa fosse capaz de ver as coisas de fora, sem participar, ou seja; apenas analisando de maneira isenta, sem qualquer tendência ou proselitismo.
Se transpusermos essa disposição para a Maçonaria, verificamos que a mesma encerra dentre seus princípios a ausência de qualquer "partidarismo político" ou de qualquer "proselitismo religioso" como base filosófica para a elaboração do Pensamento Crítico.
O foco analítico deve se pautar no racional, sem permitir que as emoções influenciem no julgamento final.
Essa prerrogativa porém, não é qualquer impeditivo para que o Homem possa crer num Princípio Criador do Universo nem tampouco professar um exercício de Fé naquilo que possa conectá-lo a uma inspiração ou força divinal ou transcendental.
O Pensamento Crítico é baseado em conceitos e emprega não somente a lógica (formal ou, mais frequentemente, informal) , mas "critérios intelectuais amplos" como clareza, credibilidade, precisão, relevância, dentre outros.
Na Maçonaria esse exercício demonstra o caráter antropocêntrico e especulativo, como meio de construção dos valores mais caros e edificantes de nosso templo interior.
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