A prerrogativa da promoção da "Cadeia de União" na Maçonaria obedece a um critério particular de acordo com a Potência Maçônica, bem como do Rito de que dela se vale.
Todavia, cabe destacar que ela não possui caráter universal do ponto de vista maçônico.
Interpretada de acordo com as condições circunstantes como um procedimento ritualístico seu significado simbólico está atrelado a algumas situações e ritos.
Para o *Rito Escocês Antigo e Aceito*, que se constitui amplamente, no mais praticado aqui no Brasil, a "Cadeia de União" basicamente é evocada para a transmissão da Palavra Semestral, cuja finalidade administrativa é a de conferir o nível de regularidade do Maçom, no que tange à sua frequência em Loja, porém executada de maneira litúrgica e ritualística, como herança das corporações de ofício na Idade Média, (Cantarias) onde os Maçons Operativos davam-se as mãos formando uma corrente, e conforme o Rito, cruzando ou não os braços.
Esse costume que acabou sendo adotado pela Maçonaria Especulativa e cuja prática se materializa ao encerramento dos trabalhos de Loja - no caso da transmissão da Palavra Semestral - a mesma ocorre, a partir do Venerável Mestre e se resume apenas e tão somente aos Obreiros do Quadro.
Para o Grande Oriente de São Paulo, por exemplo, o Ritual de Aprendiz para o R.'.E.'.A.'.A.'. prevê que a Cadeia de União trata-se de um adendo à Sessão Ordinária para a transmissão da Pal.'. Sem.'. podendo ocorrer somente no Grau de Apr.'.Maç.' ,
Excepcionalmente, conforme deliberação do Venerável Mestre a Cadeia de União pode vir a ser evocada, no caso de que se entenda conveniente, estabelecer um clima apaziguador, ou para se restaurar um ambiente de animosidade, se porventura a Sessão tenha se revestido de tensões ou adversidades.
Cabe entretanto, deixar claro que nestes casos, a despeito da busca de um ambiente harmônico e de energias positivas, não se procedem orações, rezas, cantos ou quaisquer manifestações de caráter religioso.
São descabidas no arcabouço cultural e acadêmico maçônicos, práticas excêntricas que possam ferir a própria essência dialética da Sublime Ordem.
É inequívoco que interpretações distintas, idéias contraditórias e entendimentos difusos fazem parte da própria heterogeneidade humana, porém o Maçom deve sempre trazer consigo a marca de um Livre Pensador, apoiado antes de tudo no bom senso e no discernimento, como legítimos instrumentos de sua caminhada.
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