"Por mais que exista um mundo de sentimentos maçônicos, ainda assim ele pode ser um mundo onde ela (a Maçonaria) está ausente.
Ainda que há um sentimento vago de caridade maçônica, generosidade e desprendimento, falta a prática ativa da virtude, da bondade, do altruísmo e da liberdade.
A Maçonaria assemelha-se aí às luzes frias, embora brilhantes.
Há clarões ocasionais de sentimentos generosos e viris, um esplendor fugaz de pensamentos nobres e elevados, que iluminam a imaginação de alguns.
Mas não há o calor vital em seus corações." (Albert Pike - Morals and Dogma).
Com isso Albert Pike faz uma radiografia da Maçonaria da sua época, não diferente e até com contornos mais expressivos na Maçonaria de hoje.
Numa definição mais coloquial: "Muita conversa, muita pompa, pouca atitude".
Os elementos do conhecimento inseridos no Rito Escocês Antigo e Aceito, conforme afirmou o próprio Pike, apontam na direção de uma outra Maçonaria: "Maçonaria é ação, não inércia.
Ela exige de seus iniciados que trabalhem, ativa e zelosamente, para o benefício de seus Irmãos, de seus país e da Humanidade.
É a defensora dos oprimidos, do mesmo modo que consola e conforta os desafortunados."
E ele não para por aí, ao diagnosticar a inércia do Maçom: "Se isto for negligenciado, todo o refinamento, a cortesia e o conhecimento acumulado nas classes superiores parecerão mais dia menos dia, tal como capim seco no fogo da fúria popular."
E, por fim, afirma:
"Não é a missão da Maçonaria engajar-se em tramas e conspirações contra o governo civil.
Ela não faz propaganda fanática de qualquer credo ou teoria; nem se proclama inimiga de governos.
Ela é o apóstolo da liberdade, da igualdade e da fraternidade.
Não faz pactos com seitas de teóricos, utopistas ou filósofos.
Não reconhece como seus iniciados aqueles que afrontam a ordem civil e a autoridade legal, nem aqueles que se propõem a negar aos moribundos o consolo da religião.
Ela se cola à parte de todas as seitas e credos, em sua dignidade calma e simples, sempre a mesma sob qualquer governo".
Então, se não se opõem, como combater o mal?
- Sendo o agente da causa do Bem, quer no seio familiar, na comunidade, na nação, em toda a humanidade.
Portanto, não combate porque age, chama para si a responsabilidade.
É ação executora do bem.
Não brada, não critica, não julga, não acusa, não questiona, não se inflama.... Apenas age, ocupando o espaço da crítica, distribuindo e servindo a todos do seu conhecimento através da sua própria conduta, tomando para si as rédeas da carruagem.
Isso é o que se espera do Maçom.
Moral E Dogmas, de Albert Pike
Leitura quase obrigatório para os iniciados no REAA.
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