Os trabalhos em Loja no grau de aprendiz, são abertos com esta leitura feita pelo Irmão Orador.
Os salmos são cânticos sacros compostos por uma coletânea de 150 hinos religiosos e patrióticos do povo hebreu. O seu conjunto forma um livro chamado Livro dos Salmos.
A palavra Salmo tem sua origem na tradução grega de Setenta, que foi a tradução grega do Antigo Testamento feita por 72 sábios.
Este livro recebeu o nome de Psalmoi, que tem por significado cântico acompanhado por lira ou instrumento de cordas.
Os Salmos foram escritos por diversos autores em épocas diferentes, que incutiam nos hinos sua vivência, seus sentimentos e suas experiências.
Na maioria das vezes o título que precede o salmo indica seu autor, ou a natureza poética da composição ou o seu uso litúrgico, ou a ocasião histórica em que ele foi composto. O compositor da maior parte dos Salmos foi o rei Davi, e o Salmo 133 foi composto por Moisés.
Partindo da análise de todo o texto e do contexto histórico, podemos concluir:
Versículo 1. Oh! Como é bom, como é agradável para os irmãos unidos viverem juntos.
Louva-se a união entre os irmãos, penhor de concórdia, prosperidade e fraternidade, concitando-os a viverem em paz e harmonia.
Versículo 2. É como um óleo puríssimo derramado sobre a fronte, e que desce sobre a barba de Aarão, para correr em seguida até a orla de seu manto.
A união mencionada no versículo anterior é comparada ao óleo puríssimo, óleo sagrado citado no Êxodo, cap. 30-22, 33, com o nome de Óleo da Unção e o Perfume Aromático.
Sabemos que os judeus fugiram do Egito, e permaneceram por muitos anos, guiados pelo GADU. Neste período que vagaram pelo deserto, o GADU ministrava seus ensinamentos ao povo e a seus líderes, entre eles Moisés e seu irmão Aarão.
E disse o Senhor a Moisés:
“Escolhe os mais preciosos aromas: 500 medidas de mirra virgem, 250 medidas de sinamomo, 250 medidas de cana odorífica, 500 medidas de cássia, e um hin de óleo de oliva. Farás com tudo isto um óleo para a sagrada unção, uma mistura odorífica composta segundo a arte do perfumista. Tal será o óleo para a sagrada unção. Ungirás com ele a tenda de reunião e a arca da aliança, a mesa e todos acessórios, o altar de perfumes, o candelabro, o altar dos holocaustos e a bacia com o seu pedestal. Depois que os tiveres consagrado, eles tornar-se-ão objetos santíssimos, e tudo que os tocar será consagrado.
Ungirás a Aarão e os seus filhos e consagrá-lo-ás para que sirvam de sacerdotes. Dirás, então aos filhos de Israel: este será para mim, o óleo da unção sagrada, de geração em geração. Não será derramado sobre o corpo de um homem qualquer, e não fareis outro semelhante, com a mesma composição, porque ele foi santificado, e devereis olha-lo como coisa sagrada. Quem dele fizer imitação, ou com ele ungir um profano, será cortado do meio de seu povo”.
Moisés quando consagrou seu irmão Aarão, como Sumo Sacerdote, não usou o óleo só para ungi-lo, mas derramou-o sobre sua fronte, de tal forma, que o óleo descesse sobre a barba e a orla de seu manto.
A fronte representa também a cabeça, centro vital da existência, comandado pelo cérebro. A barba era o símbolo da honra e do respeito, e as vestes o emblema da honestidade e do pudor.
O simbolismo deste cerimonial, o óleo derramado, espalhando-se, provoca a unidade entre o centro vital da existência, que é a fronte; o respeito e a honra, que é a barba; a honestidade e o puder, que são as vestes.
Nesta tradução da vulgata, entende-se por fronte, o ouvido, a visão, o paladar, o olfato, as mãos e os pés, ou seja o tato. Logo a fronte também simboliza os cinco sentidos, e o óleo derramado a purificação dos mesmos.
Versículo 3. É como o orvalho do Hermon, Que desce pela colina de Sião; Pois ali derrama o Senhor a sua benção e a vida para todo o sempre.
Nas regiões desérticas, apesar do grande calor durante o dia, a evaporação da umidade concentra-se nas montanhas e retorna durante a noite em abundância sob a forma de orvalho, suprindo a falta de chuvas, proporcionando boa colheita, e as condições mínimas para a vida humana.
No contexto histórico e geográfico, o monte Hermon tem aproximadamente 2.800 metros de altura e está localizado na Palestina.
É conhecido como lugar sagrado pelos habitantes originais de Canaã.
A neve nunca desaparece do seu cume durante o ano, proporcionando orvalhos abundantes em contraste com a terra árida da região.
O degelo da neve do Hermon é uma das principais fontes alimentadoras do rio Jordão.
As correntes de ar procedentes da Cordilheira do Hermon levam a névoa para os Montes de Sião, condensando-se ali na forma de orvalho.
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