O Aprendiz recebe, quando de sua iniciação, dois pares de luvas brancas: um par masculino e outro feminino.
Em vários cultos prescreve-se que se cubra as mãos para o cumprimento de funções sagradas.
Na Igreja Católica, por exemplo, quando da consagração, os bispos e cardeais recebem luvas litúrgicas de seda, bordadas de ouro e com símbolos e monogramas, representando a pureza de coração e das obras.
Na Maçonaria, as luvas brancas simbolizam a distinção, a pureza e a inocência.
As luvas masculinas, para uso do Aprendiz, simbolizam a sua admissão no Templo da Virtude e indicam, pela sua brancura, que nunca deverá ser manchada com as águas lodosas do vício, pois seus atos devem ser puros e imaculados.
As luvas femininas são destinadas à mulher que o Aprendiz considera mais digna de sua estima e afeto, sua inspiradora de todas as obras grandes e generosas.
Goethe, iniciado em Weimar em 23 de junho de 1780, ofereceu o par de luvas brancas que recebera à Condessa Von Stein e fê-la ver que, se o mimo era de aparência insignificante, apresentava contudo a singularidade de não poder ser oferecido por um Maçom senão uma única vez em sua vida.
Oswald Wirth afirma: As luvas brancas, recebidas no dia de sua iniciação, evocam ao Maçom a lembrança de seus compromissos. A mulher que lhas mostrar quando ele estiver a ponto de desfalecer será como uma consciência viva, a guardiã de sua honra. Que missão mais elevada poderia ser confiada à mulher que mais se estima?
Jules Boucher in A Simbólica Maçônica, dá às luvas um sentido esotérico: Sabemos, com certeza, que um magnetismo real emana da extremidade dos dedos e que as mãos enluvadas de branco só podem deixar filtrar um magnetismo transformado e benéfico. De uma assembléia de Maçons, onde todos usam luvas brancas, desprende-se uma ambiência muito particular, que aliás pode ser sentida muito nitidamente pela pessoa menos atenta. Uma impressão de apaziguamento, de serenidade, de quietude, constituem a sua consequência natural.
O uso das luvas na Maçonaria é bastante antigo.
Na Maçonaria operativa, os Talhadores de Pedra recebiam luvas para o seu trabalho manual e isto fazia parte do seu contrato.
Mais tarde introduziu-se o costume do novo Aprendiz oferecer um par de luvas a cada membro de sua Loja.
Atualmente, este hábito mudou e a Loja é quem passou a oferecer as luvas ao Aprendiz.
Excerto do livro O que um Aprendiz Maçom deve saber - Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350
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