Veja como é instigante nosso processo de relação e familiaridade com a expressão:
"...Assim na Terra como no Céu..."
Ainda que destituído de qualquer verbo que possa ensejar as idéias de estado, ação, ligação ou qualquer tipo de transitividade direta ou indireta , ou mesmo de intransitividade "Terra e Céu" simplesmente se confluem e interagem entre si.
O sal da Terra sugere a idéia de origem no sentido mais bruto da expressão e o Céu exerce as funções do paraíso idealizado de um ciclo que sugere um fim.
A cada ação que a Terra manifesta o Céu reage no âmbito de sua magistratura.
Assim na Terra como vivemos, há um estágio superior que nos aguarda e cuja crença da maioria dos seres humanos se reveste de uma nova oportunidade de nosso aprimoramento.
Nada impede que possamos sentir e imaginar que o conteúdo da expressão "Assim na Terra como no Céu" seja o cultivo e a relação mais íntima entre o nosso espírito e o nosso corpo.
Afinal, se a nossa concepção é baseada num Princípio Criador e Incriado do Universo, cada um de nós se constitui numa ínfima fagulha desse mesmo sistema.
Somos o acabamento mais perfeito da imperfeição.
Seja no exercício da elevação espiritual quando buscamos semear a Virtude ou quando tomamos atitudes vis e rasteiras ao praticarmos o Mal, os dois polos se chocam em Força e Beleza.
Some-se a tudo isso que "Assim na Terra como no Céu" não impõe necessariamente um gênero divinal.
Esta expressão é tão somente o espelho de nosso significado.
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