(R.'.E.'.A.'.A.'.) O ambiente é o Templo Maçônico.
A referência é o postulado filosófico contido no procedimento para a circulação ritualística no Ocidente de uma Loja Simbólica aberta.
O enfoque, neste exercício, está centrado no Rito Escocês Antigo e Aceito, que é o majoritariamente praticado no Brasil.
A analogia que se faz ao processo de circulação no templo é empreendida com base na marcha solar, isto é; no movimento destrocêntrico, obedecendo o "sentido horário".
No ainda um tanto desconhecido universo que nos envolve, o Sol constitui-se no ponto de referência para o nosso planeta e para a nossa orientação.
Com base nesse pressuposto, isto significa que o Obreiro Maçom, cuja propósito é desenvolver e aprimorar seu espírito especulativo, está permanentemente buscando a Luz, ou seja, deslocando-se continuamente pelo seu aprimoramento interior, no âmbito moral, espiritual e intelectual.
Há também que se destacar que grosso modo, o Homem inicia sua jornada ao romper do dia, diante dos primeiros raios do sol até o seu poente.
Considere-se aí, o transcurso de todo o ano, a marcha ou circulação ritualística, percorrendo analógicamente ao Sol, as doze constelações zodiacais.
O Sol revela seu constante e aparente movimento do Oriente para o Ocidente.
É sob a égide desse firmamento, que subsidiado pela Luz, sinônimo de Sabedoria, que o operário maçom desempenhara seu trabalho especulativo.
O trabalho calcado nesse sentido horário pelo Ocidente, do Setentrião para o Meridiano e do Meridiano para o Setentrião contém uma alegoria do Obreiro se deslocando ao redor do mundo, ao que se entende como o caráter da "universalidade maçônica" da Sublime Ordem.
Ainda no ambiente de uma loja que obedece o Rito Escocês Antigo e Aceito, no que se refere ao movimento diário do Sol, destaque-se a figura proeminente do Segundo Vigilante, o qual observa sua transição pelo Meridiano do Meio-Dia, que se constitui na hora Simbólica e protagonista na dialética maçônica.
O início dos trabalhos ao "Meio-Dia" significa que este é o horário em que o Sol se encontra no Zênite, ou seja; no estágio pleno de sua força luminosa, o que vale dizer que o homem está apto a trabalhar por si mesmo e pelos seus semelhantes.
Neste diapasão, esse breve exercício especulativo é uma tênue dinâmica para exemplificar o caráter evolucionista da dinâmica maçônica.
Referências a relevantes autores maçons como, Jules Boucher e J.Castellani foram feitas para que se pudesse dar consistência a este fragmento.
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