Por Armando Righetto*
Antes, há muito tempo, todos os Maçons se precaviam e se protegiam contra inimigos externos.
O Clero, governos extremistas e outras forças ameaçavam, constantemente, a sobrevivência da Instituição,
perseguindo, prendendo e julgando os maçons como criminosos.
Estes tempos já passaram, o que não quer dizer que não poderão voltar.
A inquisição dorme apenas, daí a necessidade de permanente vigilância.
Se analisarmos, com isenção, o quadro atual, aceitaremos sem reservas que os maiores inimigos da Maçonaria,
hoje, são os próprios Maçons.
Mal selecionados, não convictos e invigilantes, legam perigo constante à nossa Ordem.
A falta de instrução e de estudos maçônicos, portanto, o desconhecimento de nossa Filosofia, dificultam ou até
mesmo impedem, a reforma íntima de cada um, prevalecendo "vícios" como vaidade, orgulho, arrogância e tantos
outros.
A indisciplina tem causado sérios problemas em Loja.
Alguns Irmãos se dão ao luxo de ignorar Leis e Regimentos Internos.
A omissão, a conivência e a tolerância excessiva têm feito da Moral um código adaptável ao momento, às
circunstâncias e às conveniências de cada um.
Há a necessidade de uma conscientização intensa e geral.
Entramos para a Ordem por vontade própria.
Não fomos obrigados a nenhum juramento.
Quando o fizemos não foi sem antes nos oferecerem inúmeras oportunidade de recuo.
Ainda há tempo para uma atitude menos indigna: se nos sentirmos decepcionados, desiludidos ou desapontados
afastemo-nos da Maçonaria com a mesma espontaneidade com que entramos.
Se, decididos a continuar, lembremo-nos de todas as nossas obrigações, especialmente a de cumprir e fazer cumprir
a obrigação jurada.
Convençamo-nos, somos os atuais inimigos da Maçonaria.
Reformemo-nos, eliminando em nós próprios muitos dos inimigos internos da nossa Instituição e, assim,
estaremos combatendo, natural e intensamente, os inimigos externos.
Lembremos e pratiquemos todos os nossos deveres maçônicos.
Afastem-se os derrotistas, os omissos e os acomodados.
“LUTEMOS, TODOS, POR UMA MAÇONARIA DE MAÇONS!”
*Armando Righetto é Maçom e Escritor. Extraído de seu livro "Maçonaria, uma Esperança"
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