Tal qual o enfadonho alto-falante do veículo que transita lentamente pelas cidades, repetindo sua ladainha a ouvidos que não querem mais ouvir, analogamente pode-se fazer um exercício comparativo sobre tipos que promovem palestras mundo afora.
Não há como deixar de destacar as figuras dos inúmeros Palestrantes que frequentemente transformam a apresentação num verdadeiro martírio.
Palestrantes vaidosos que fazem de tudo para tornarem-se o centro de atenção ao invés de fazer do "tema", o verdadeiro protagonista do evento.
Palestrantes que por vezes, valem-se quase que exclusivamente de cansativos power points, lendo para a platéia, tudo o que vai pelas telas, num insuportável ritmo oral monocórdico que faz com que um enorme contingente de pessoas comece a bocejar, cochilar e em muitos casos até dormir...
A sensação que dá é a de que a platéia não sabe ler e precisa de alguém para fazê-lo por ela...
Outros Palestrantes, preferem o uso de uma linguagem empolada, densa de adjetivos e raquítica de substantivos.
Há os que esgotam o tema em alguns minutos e preferem abrir a palavra à platéia, que na grande maioria das vezes acaba desvirtuando o assunto divagando por temas completamente fora do que se esperava.
Outra figurinha muito frequente é a do Palestrante super humorado, que pensa que está num "stand up show" e imagina que fazendo piadinhas e gracejos repetidamente, estará cativando a platéia...
E assim vai, diante de tantos outros "tipos" que se exibem, seja presencialmente ou virtualmente.
O que se espera de fato, é o bom senso e o comedimento, e sobretudo um consistente conteúdo a ser oferecido ao público.
Cabe registrar que entre platéia e palestrante há um elemento substancial chamado "bom senso" - que é o território que abriga a capacidade e a percepção de avaliar e compreender situações.
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