Ainda que sob o ponto de vista filosófico, o Tempo encerre em sí um caráter subjetivo, sua complexidade de significados passa por uma extensa gama de teorias, o que torna sua definição padronizada, algo sujeito às nossas diferentes percepções.
Essa percepção é produto da maneira como cada um avalia a relevância da medida do tempo diante das situações e experiências vividas.
Há correntes filosóficas que defendem a ideia de que o curso do tempo consiste numa mera ilusão; e aquilo que se convenciona como passado, presente e futuro têm a mesma realidade.
Em outras palavras, para este segmento filosófico o tempo é simplesmente infinito e que a transformação temporal não se constitui numa característica objetiva da realidade.
Outrossim, no que diz respeito particularmente à Maçonaria, o conceito filosófico sobre o tempo está longe de se restringir ou de se pautar pelo critério dos interstícios entre os graus. Este processo é na verdade, uma convenção protocolar e didática que serve como parâmetro para se conferir gradativamente a porção de instruções que se revelam através de seus rituais.
A rigor o conceito de Tempo na Maçonaria está associado ao acúmulo de experiência, de leitura, de compartilhamento de conhecimentos e à própria percepção intelectual e espiritual que o maçom consegue absorver e aquilatar durante toda sua jornada.
O tempo maçônico é aquele em que o maçom ocupa-se de investir em sí mesmo, explorando todo seu potencial especulativo, buscando o entendimento de sua existência e seus propósitos na vida.
O tempo para a Maçonaria não se explica ou se define pela faixa etária do Obreiro, mas sim, pelo conjunto da obra social que ele consegue edificar para sí mesmo e em favor de seus semelhantes.
O Tempo Maçônico está relacionado a uma cronologia hominal e ontológica, ou seja; na investigação teórica do ser.
O Tempo talvez seja a propriedade mais intrínseca que há no Universo, pois ele repousa e se move ao mesmo tempo, parece lento e lépido conforme a circunstância e se manifesta favorável ou contrário conforme a subjetividade de nossas vontades.
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