I
Essa geração de ferro,
Tá morrendo lentamente,
Saindo, dando passagem,
Para geração presente,
A geração de cristal,
Chega dum jeito informal,
Mudando a vida da gente.
II
Tá morrendo a geração,
Que mesmo sem ter estudo,
Educava os seus filhos,
Sem saber, porém, contudo,
Mostrava o caminho certo,
O exemplo, sempre por perto,
Da vida, ensinava tudo.
III
Tá morrendo a geração,
Que quase tudo faltava,
Sem conforto e celular,
Na luta, não descansava,
Só tinha o indispensável,
O seu mundo era saudável,
Diariamente trabalhava.
IV
Só nos ensinou valores,
Como amor e respeito,
O valor de uma mulher,
Amamentação no peito,
O respeito aos mais velhos,
Que serviam de espelhos,
Nesse mundo imperfeito.
V
Tá morrendo lentamente,
Quem viveu dificuldade,
Mas com muita honradez,
Viveu na dignidade,
Sem conhecer a riqueza,
Valorizou sua pobreza,
Com respeito e verdade.
VI
Tá morrendo a geração,
Que tinha conhecimento,
Que mesmo sem saber ler,
Pra tudo tinha provimento,
Tinham sapiência no ser,
Conheciam o bem viver,
Nos passando ensinamento.
VII
Tá morrendo a geração,
Que sobrevivia da terra,
Quando chovia no sertão,
Toda tristeza se encerra,
Dando vaga, no presente,
Pra geração prepotente,
Que só sabe fazer guerra.
VIII
Geração com mãos vazias,
Mas seguia com testa erguida,
Tá morrendo a geração,
Que nos deu, a nossa vida,
Que nos ensinou bem cedo,
A viver sem sentir medo,
Nessa via desconhecida.
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