É uma pena que o nosso entendimento sobre as coisas exija um processo tão longo de maturidade.
É o caso da "Aceitação de Críticas" , algo que invariavelmente machuca, incomoda, fere brios e nos deixa muito inseguros.
Porém, o tempo é sem sombra de dúvidas, o melhor remédio, e através dele vamos percebendo que receber Críticas, sejam da natureza que forem, constitui-se num aprendizado para "amortecer os impactos da alma" e "fortalecer nossas estruturas"
As Críticas, sem entrar no mérito de sua essência, de algum modo, contribuem para nos tirar de uma suposta "zona de conforto" , onde em tese nos encontramos quase que permanentemente, tal qual o câmbio no "ponto morto"....
Sem nos dar conta do que nos circunstancia, tendemos a imaginar que tudo o que fazemos obedece um Princípio Natural das Coisas e está sempre certo....
Raríssimamente nos questionamos "pra valer" e abrimos um parêntesis em nossas vidas para fazermos uma espécie de "balanço" de como agimos e de como reagimos.
Seja no aspecto profissional, social, familiar, e principalmente no que se refere aos nossos valores mais íntimos, ou seja, no âmbito anímico e espiritual....
E quando recebemos uma Crítica, nossa primeira reação normalmente é a de espanto e de confrontação.
Sentimo-nos "acuados", e sem qualquer "tomada de fôlego mais profunda" - num arroubo de indignação e de discordância - tendemos a repelí-la, tal qual o "diabo foge da cruz"...
Cabe registrar que as pessoas mais bem sucedidas na vida são aquelas que souberam acatar as Críticas e transformá-las em aliadas para sua evolução.
Aquiescer uma crítica, inobstante parecer justa ou não, demonstra uma capacidade de equilíbrio e de resiliência, que tornam possível a nossa capacidade de estarmos atentos aos sinais que a vida nos impõe.
Só podemos trabalhar o nosso templo interior se estivermos cientes de que sempre estaremos susceptíveis a Críticas, por mais que imaginemos nos encontrar como "a última bolacha do pacote".
Qualificar uma Crítica como construtiva ou destrutiva é uma mera questão formal.
Adjetivá-la significa dissuadi-la de sua natureza cultista.
Crítica é crítica e pronto.
Independente da maneira como ela é feita, sua missão é a de mexer com o nosso íntimo.
A questão reside em como lidar com isso, sem abalar tanto as nossas estruturas emocionais.
Talvez seja aprendendo a ouvir mais do que falar.
E a doar mais do que receber...
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