janeiro 06, 2025

O TAMANHO É ASSIM...- Newton Agrella


 

A cada dia, mais me convenço de que o nosso limitado conhecimento sobre tudo à nossa volta se restringe aos modestos confins que conseguimos divisar entre o Céu e a Terra.

Há um hiato infinito para se compreender a Razão e a Fé, como dois, dentre os mais importantes atributos humanos.

A RAZÃO, como uma afirmação inequívoca e exata sobre toda e qualquer matéria, objeto de senso comum e que não impõe dúvidas, ainda que, invariavelmente submetida a provas e contra provas, como atestado de sua legitimidade.

E a FÉ, que por sua vez, consiste no entendimento e adoção incondicional de uma tese, princípio, conceito ou hipótese, como sendo uma verdade ou afirmação irrefutável, destituída da necessidade de qualquer condição, prova ou critério objetivo de verificação, pela única e indiscutível confiança que se deposita nela ou num agente transmissor.

Grosso modo, parece improvável dissociar duas disposições tão significativamente humanas, até mesmo nas mais difusas correntes filosóficas.

Quando trabalhamos no exercício de nossa capacitação interior, com o claro desejo de ganhar mais alguns pontos para o aprimoramento de nossa consciência, de algum modo sentimos-nos  impotentes ao nos darmos conta de que ainda não sabemos formular as perguntas, para obtermos respostas que nos convençam ou que ao menos nos satisfaçam.

A Filosofia Especulativa Maçônica tem como propósito examinar e se possível eliminar as eternas oscilações antinômicas, ou seja; a contradição entre proposições, princípios ou ideias.

Esse processo especulativo se instaura por meio de uma concepção dinâmica e relacional entre atualidades e virtualidades, relacionalidade e existência. 

Destacando que a existência não é uma categoria vazia e destituída de forma e conteúdo. E a ferramenta mais adequada de que dispomos chama-se "inteligência". 

Esta sim, permite-nos transitar pels tênue linha entre a Razão e a Fé, de modo que possamos sedimentar nossa construção simbólica com alicerces cada vez mais consistentes.

Somos Razão quando pensamos. 

Somos Fé quando sentimos.



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