março 20, 2025

A IGUALDADE PROCLAMADA PELA MAÇONARIA - Carlos Lima


A igualdade Maçónica consiste em não levar em consideração, o poder financeiro dos  homens; os seus privilégios sociais; a sua posição no mundo profano; de  postos públicos conquistados nem sempre de forma digna; de castas; raças  ou de crenças religiosas. Ser detentor de grandes fortunas não assegura  a ninguém, diante da Maçonaria, privilégios especiais, principalmente  quando esse dinheiro não é colocado a serviço da humanidade. Nesse caso,  o que se destaca não é o dinheiro em si. O que se observa são as  benfeitorias realizadas.

O conceito mais alto na Maçonaria, não é a do homem rico,  endinheirado. Este conceito toma corpo com as benfeitorias e o  aprimoramento das suas qualidades Maçónicas. Leva-se em conta a  proporcionalidade entre aquilo que um possui e o que ele oferta para  tornar a humanidade melhor, em todos os sentidos.

Muitas vezes, um homem dando o dobro do que o outro ofertou, ainda é  pouco, analisando-se a disponibilidade das suas posses. Não nos devemos  distanciar de uma verdade que diz: “Nem sempre, a acumulação de riqueza  foi feita de modo honesta e honrosa, sem o sacrifício dos mais humildes e  pobres, cujas situações são desumanamente exploradas por imensuráveis  ganâncias”. Pelo simples facto de uma pessoa descender de famílias ricas  e tradicionais, não pode ter assegurado a sua entrada na Maçonaria, nem  muito menos acesso de grau.

O Maçom deve impor-se pelo seu valor, pelos seus próprios méritos e  não invocando o nome dos seus antepassados e o que eles fizeram. É  preciso que ele também pratique ações que o torne digno da família e da  Instituição. Mérito excepcional é daquele que, partindo do nada,  consegue elevar-se a ponto de se transformar em orgulho da família e da  Maçonaria. Nenhum valor tem para a Maçonaria, o ocupante de um elevado  cargo, se esse cargo não é exercido com dignidade. Não são os cargos que  honram os homens e sim os homens que necessitam de cargos para, com o  seu trabalho, serem honrados e engrandecidos.

A Maçonaria não reconhece castas sociais porque está firmemente  convencida de que os homens nascem iguais e só se distinguem pelos seus  méritos. Para a Maçonaria tem tanto valor um operário honesto, livre e  de bons costumes, quanto um magnata financeiro ou de qualquer outro  segmento produtivo da sociedade.

A história Maçónica traz-nos um fato extraordinário:

“Quando Félix Faure foi eleito presidente da França,  era Venerável da sua Loja, ele tinha um auxiliar subalterno da  Presidência da República que era Maçom: Na primeira vez que Félix Faure  compareceu a Loja, depois de Presidente da República, o seu subalterno  quis passar-lhe a Presidência da Loja”. “Félix, recusou, declarou que a  Presidência não poderia estar em mãos mais dignas, disse ainda que era  Presidente da República fora daquele recinto, mas ali, era um Irmão como  os outros e estava pronto para cumprir as ordens do Venerável, que com  justiça fora elevado ao cargo pelos méritos Maçónicos”.

Este exemplo é encontrado em diversas literaturas Maçónicas. A  Maçonaria não estabelece distinção entre raças, como também, combate  todos os preconceitos, sejam eles raciais, políticos ou religiosos.  Discorda frontalmente e formalmente de algumas Lojas norte-americanas  que se negam a receber negros, numa atitude antimaçónica. Este  comportamento é um atentado contra todos os princípios maçónicos de  igualdade. Os méritos dos homens não podem ser aferidos pela cor ou pela  sua raça. A Maçonaria não seleciona os homens pela sua religião. Ela  não é órgão de nenhuma seita, religião ou confissão. Ela respeita a  crença de todos e acolhe homens de todas as religiões, justamente porque  não é antirreligiosa.

A Maçonaria exige de todos os seus membros que tenham uma crença, que  acreditem num SER SUPERIOR, a quem, devemos respeitar, e que nos  oriente a praticarmos atos que não prejudiquem à moral; aos bons  costumes e aos nossos semelhantes.

https://www.freemason.pt/a-igualdade-proclamada-pela-maconaria/

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