A igualdade Maçónica consiste em não levar em consideração, o poder financeiro dos homens; os seus privilégios sociais; a sua posição no mundo profano; de postos públicos conquistados nem sempre de forma digna; de castas; raças ou de crenças religiosas. Ser detentor de grandes fortunas não assegura a ninguém, diante da Maçonaria, privilégios especiais, principalmente quando esse dinheiro não é colocado a serviço da humanidade. Nesse caso, o que se destaca não é o dinheiro em si. O que se observa são as benfeitorias realizadas.
O conceito mais alto na Maçonaria, não é a do homem rico, endinheirado. Este conceito toma corpo com as benfeitorias e o aprimoramento das suas qualidades Maçónicas. Leva-se em conta a proporcionalidade entre aquilo que um possui e o que ele oferta para tornar a humanidade melhor, em todos os sentidos.
Muitas vezes, um homem dando o dobro do que o outro ofertou, ainda é pouco, analisando-se a disponibilidade das suas posses. Não nos devemos distanciar de uma verdade que diz: “Nem sempre, a acumulação de riqueza foi feita de modo honesta e honrosa, sem o sacrifício dos mais humildes e pobres, cujas situações são desumanamente exploradas por imensuráveis ganâncias”. Pelo simples facto de uma pessoa descender de famílias ricas e tradicionais, não pode ter assegurado a sua entrada na Maçonaria, nem muito menos acesso de grau.
O Maçom deve impor-se pelo seu valor, pelos seus próprios méritos e não invocando o nome dos seus antepassados e o que eles fizeram. É preciso que ele também pratique ações que o torne digno da família e da Instituição. Mérito excepcional é daquele que, partindo do nada, consegue elevar-se a ponto de se transformar em orgulho da família e da Maçonaria. Nenhum valor tem para a Maçonaria, o ocupante de um elevado cargo, se esse cargo não é exercido com dignidade. Não são os cargos que honram os homens e sim os homens que necessitam de cargos para, com o seu trabalho, serem honrados e engrandecidos.
A Maçonaria não reconhece castas sociais porque está firmemente convencida de que os homens nascem iguais e só se distinguem pelos seus méritos. Para a Maçonaria tem tanto valor um operário honesto, livre e de bons costumes, quanto um magnata financeiro ou de qualquer outro segmento produtivo da sociedade.
A história Maçónica traz-nos um fato extraordinário:
“Quando Félix Faure foi eleito presidente da França, era Venerável da sua Loja, ele tinha um auxiliar subalterno da Presidência da República que era Maçom: Na primeira vez que Félix Faure compareceu a Loja, depois de Presidente da República, o seu subalterno quis passar-lhe a Presidência da Loja”. “Félix, recusou, declarou que a Presidência não poderia estar em mãos mais dignas, disse ainda que era Presidente da República fora daquele recinto, mas ali, era um Irmão como os outros e estava pronto para cumprir as ordens do Venerável, que com justiça fora elevado ao cargo pelos méritos Maçónicos”.
Este exemplo é encontrado em diversas literaturas Maçónicas. A Maçonaria não estabelece distinção entre raças, como também, combate todos os preconceitos, sejam eles raciais, políticos ou religiosos. Discorda frontalmente e formalmente de algumas Lojas norte-americanas que se negam a receber negros, numa atitude antimaçónica. Este comportamento é um atentado contra todos os princípios maçónicos de igualdade. Os méritos dos homens não podem ser aferidos pela cor ou pela sua raça. A Maçonaria não seleciona os homens pela sua religião. Ela não é órgão de nenhuma seita, religião ou confissão. Ela respeita a crença de todos e acolhe homens de todas as religiões, justamente porque não é antirreligiosa.
A Maçonaria exige de todos os seus membros que tenham uma crença, que acreditem num SER SUPERIOR, a quem, devemos respeitar, e que nos oriente a praticarmos atos que não prejudiquem à moral; aos bons costumes e aos nossos semelhantes.
https://www.freemason.pt/a-igualdade-proclamada-pela-maconaria/
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