Recentemente, ouvi mais uma vez a expressão *"FULANO É DONO DE LOJA"* sendo utilizada em tom pejorativo. Isso me levou a uma profunda reflexão: *_qual é, afinal, o erro em ser chamado de DONO DE LOJA?_*
Se o *DONO DE LOJA* é aquele que se dedica a garantir que a loja funcione em harmonia, que zela pela fluidez dos processos, que busca, com imparcialidade, o cumprimento dos ideais fraternos e das leis maçônicas, então, onde está o erro nisso?
Se o *DONO DE LOJA* é aquele que se preocupa com o patrimônio material e simbólico da loja, que trabalha incansavelmente para preservar sua integridade e sua missão, então, por que tantos veem esse título como algo negativo?
A *verdade é* que a loja não deveria ter apenas *UM ÚNICO* dono.
TODOS deveriam ser os ditos *DONOS*.
Onde estão todos aqueles que, um dia, *juraram defender* os interesses da loja?
Onde estão aqueles que prometeram auxiliar o *VENERÁVEL MESTRE em suas múltiplas obrigações?*
A loja não é — e nunca deveria ser — apenas de *UM ÚNICO DONO*. Ela é um patrimônio coletivo, um *espaço sagrado* que pertence a todos os irmãos que nela trabalham e crescem.
Neste ano de eleições em todas as lojas, convido a todos a refletirem sobre o verdadeiro significado de *SER* e não apenas ESTAR em nossos cargos. Não basta ocupar temporariamente uma posição; é preciso *SER aquilo que o cargo exige.* É preciso assumir, com responsabilidade e dedicação, o papel que nos foi confiado. Cada um de nós, independentemente do grau ou da experiência, deve se comprometer a ser mais um *DONO DA LOJA.*
Enquanto eu for parte da loja que frequento, orgulhosamente lutarei pelos seus interesses. E não apenas eu: incentivarei que o mais novo aprendiz, assim como o mais graduado mestre, também se torne um *DONO DA LOJA.*
Se ser DONO DA LOJA significa zelar pela fraternidade, pela harmonia e pelo cumprimento dos princípios maçônicos, então que todos nós sejamos *DONOS DE NOSSAS LOJAS*, DONOS DE NOSSOS RITOS, DONOS DE NOSSA POTÊNCIA e, acima de tudo, DONOS DE NOSSA FRATERNIDADE.
Que possamos, juntos, assumir nossa postura maçônica de forma integral — *DENTRO E FORA* da loja. Que cada um de nós carregue consigo a responsabilidade de construir, preservar e elevar nossa instituição, não apenas como membros, mas como verdadeiros guardiões dos valores que nos unem.
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