abril 12, 2025

PASSAGEM e TRAVESSIA - Newton Agrella


No universo semântico das palavras, determinados termos que expressam um significado singular como PESSACH e PÁSCOA que querem dizer "PASSAGEM", na sua essência  "alegórica", isto é, como figuras de linguagem, denotam relações distintas.

O termo hebraico *PESSACH* - que se comemora de Hoje para Amanhã -  na cultura  judaica diz respeito  à saída do Egito, liderada por Moisés, após cerca de 400 anos de escravidão, representado pela travessia do Mar Vermelho rumo à Terra Prometida, bem como uma referência a uma das pragas do Egito, quando o anjo da morte passou pela Terra levando os primogênitos egípcios e poupando os judeus, que marcaram as portas de suas casas com sangue de um cordeiro macho e sem defeito.

Por outro lado, a  *"PÁSCOA"* na cultura cristã é marcada pela figura exponencial de Jesus Cristo, reconhecido pelos cristãos como o Cordeiro de Deus, que foi morto para salvar e libertar a humanidade do pecado. 

O significado alegórico é o da  passagem da morte para a vida quando ressuscitou ao terceiro dia, durante o Pessach.

A História explica e revela o surgimento do Cristianismo a partir do Judaísmo.

Os conceitos e idéias que revelam suas identidades se manifestam sob uma gama de diferentes proposituras dialéticas.  Porém inúmeros e inquestionáveis traços comuns se exteriorizam após detidas análises e estudos na sua coexistência.

PESSACH e PÁSCOA são águas da mesma nascente, mas que se tornaram rios que percorrem trajetos com suas próprias características. Cada um deles segue seu percurso geográfico, mas são cultuados em momentos muito próximos um do outro.

Jamais porém, deixarão de se identificarem como passagens ou travessias a que o ser humano se submete no curso da vida.

Sempre oportuno registrar que a MAÇONARIA carrega no seu arcabouço uma vasta quantidade de exemplos e referências históricas, místicas, lendárias e religiosas que dão sustentação à SIMBOLOGIA como a ciência base da Sublime Ordem, sejam nos graus simbólicos ou nos seus graus superiores ou filosóficos.

No final das contas o que importa é que a Passagem seja límpida, fluida e plena de significado no interior de cada um de nós, livre de dogmas ou proselitismos, posto que somos  resultado de nossa consciência.



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