“Vaidade, vaidade, tudo sob o céu é vaidade.”
“... 2 Vaidade de vaidades! — diz o pregador, vaidade de vaidades! É tudo vaidade. 3 Que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol?.” (Eclesiastes1: 2,3)
O filósofo Mathias Aires, na sua obra "Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens", diz: “Se a vaidade fosse uma virtude, só nos havia de inspirar meios virtuosos" e, "o homem nasce e morre vaidoso, a vaidade lhe segue e ele a ela, em todos os momentos de sua vida, do nascimento à morte". Contudo, saber pontua-la, toureá-la, é uma virtude a ser cultivada.
A Vaidade, quando equilibrada, pode ser um estímulo ao aprimoramento pessoal, à busca pelo conhecimento e ao zelo pela própria imagem. No entanto, quando se torna desmedida, transforma-se em um mal corrosivo, que afasta o homem da humildade e do verdadeiro propósito da existência.
E nós, os Maçons? Estamos imunes a essa praga? Infelizmente, não.
Em nossas Lojas, vemos Irmãos que se julgam superiores, ostentando títulos, medalhas e aventais como se fossem sinais de grandeza, esquecendo-se de que a verdadeira distinção de um Maçom não se encontra no brilho de suas insígnias, mas na retidão de seu caráter e na sinceridade de seus atos. A prepotência se disfarça de sabedoria e aqueles que deveriam ser exemplos de fraternidade e humildade tornam-se meros aduladores de si mesmos.
Quantos não buscam a Maçonaria não para se tornarem homens melhores, mas para alimentar seus egos, acumulando graus e distinções sem jamais compreender a essência dos ensinamentos simbólicos? Criam um pedestal imaginário, de onde olham os demais com desprezo, julgando-se mais esclarecidos, mais dignos, mais importantes.
No mundo profano, maçons que deveriam ser luz no mundo tornam-se soberbos, esquecem a humildade que deveriam cultivar. Em suas profissões, em seus círculos sociais, "arrotam" grandeza, dão-se importância exagerada como se isso os fizesse superiores, ignorando que a verdadeira superioridade está na capacidade de servir e de se colocar ao lado do outro como um igual.
A Maçonaria nos ensina que a maior glória não está em ostentar títulos, mas em agir com justiça, humildade e amor fraterno. Não é o avental mais ornamentado que faz um verdadeiro Maçom, mas a sinceridade do seu compromisso com a Ordem e com a sociedade.
Que cada um de nós reflita sobre isso e busque combater diariamente a vaidade e a prepotência em nossos corações. Sejamos, de fato, construtores do nosso próprio templo interior, onde a humildade seja a pedra fundamental e a fraternidade, o alicerce inabalável de nossas ações.
Que O G.: A.: D.: U.:, a todos nós ilumine por igual.
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