março 07, 2021
A ARCA DA ALIANÇA
A Arca da Aliança ou Arca do Pacto, é descrita pela Bíblia como o objeto em que as tábuas dos Dez Mandamentos teriam sido guardadas, e o veículo de comunicação entre Deus e seu povo escolhido, os judeus.
E é de cima da tampa, do meio dos querubins que
estão sobre a arca da aliança, que te darei todas as minhas ordens para os
israelitas." (Êxodo cap 25 versículo 10-22).
março 06, 2021
COMO DEFINIR MAÇONARIA
1 – A Maçonaria é uma instituição
essencialmente filosófica,
filantrópica, educativa e
progressista. Proclama a prevalência do espírito
sobre a matéria. Pugna pelo
aperfeiçoamento moral, intelectual e social da
humanidade, por meio do cumprimento
inflexível do dever, da prática
desinteressada da beneficência e da
investigação constante da verdade.
Seus fins supremos são: a
LIBERDADE, a IGUALDADE e a FRATERNIDADE.
2 – Condena a exploração do homem,
bem como os privilégios e as
regalias, mas enaltece o mérito da
inteligência e da virtude, bem como o
valor demonstrado na prestação de
serviços à Ordem, à Pátria e à
Humanidade.
3 – Afirma que o sectarismo
político, religioso ou racial é incompatível
com a universalidade do espírito
maçônico. Combate a ignorância, a
superstição e a tirania.
4 – Proclama que os homens são
livres e iguais em direitos e que a
tolerância constitui o princípio
cardeal nas relações humanas, para que
sejam respeitadas as convicções e a
dignidade de cada um.
5 – Defende a plena liberdade de
expressão do pensamento, como
direito fundamental do ser humano,
admitida a correlata responsabilidade.
6 – Reconhece o trabalho como um
dever social; julga-o dignificante e
nobre sob qualquer de suas formas:
manual. Intelectual ou técnica.
7 – Considera Irmãos todos os
maçons quaisquer que sejam suas
raças, nacionalidades ou crenças.
8 – Sustenta que os maçons têm os
seguintes deveres essenciais:
amor à Família, fidelidade e
devotamento à Pátria e obediência à Lei.
9 – Determina que os maçons
estendam e liberalizam os laços
fraternais, que os unem, a todos os
homens esparsos pela superfície da
Terra.
10 – Recomenda a propaganda de sua
doutrina pelo exemplo e por
todos os meios de comunicação do
pensamento e proscreve
terminantemente o recurso à força e
à violência.
11 – Adota sinais e emblemas de
elevada significação simbólica, os
quais, utilizados nos trabalhos
maçônicos, servem também para os maçons
se reconhecerem e se auxiliarem
onde quer que se encontrem. ,
março 05, 2021
CONHEÇA OS DIFERENTES TIPOS DE AMOR
O antropólogo canadense,
Jonh Allan Lee, se especializou em analisar a capacidade de amar do ser humano,
e assim, em sua obra “Love Styles” (1988), analisa o amor do ponto de vista da
psicologia e apresenta sua teoria afirmando que as pessoas sentem diferentes
tipos de amor.
É importante saber que a palavra
amor é um único termo, tanto na Bíblia como no mundo secular, usado para
denominar diversos estilos e níveis de sentimentos e ações.
Por sua vez, Lee tenta clarificar
sua tese sobre os vários estilos de amor fazendo uma analogia sobre o
extraordinário mecanismo da nossa visão em relação à percepção das cores.
O Dr. Ailton Amélio afirma: “Os
nossos olhos só possuem receptores para três cores: o amarelo, o azul e o vermelho.
São as chamadas cores primárias. No entanto, somos capazes de perceber mais de
8 milhões de variações de cores. A nossa capacidade de perceber essa quantidade
enorme de variações de cores pode ser explicada por um mecanismo muito simples.
Ela é fruto de uma infinidade de combinações entre diferentes intensidades das
estimulações dos três receptores de cores que existem em nossos olhos” – O Mapa
do Amor, p. 24.
De acordo
com Lee, assim também existem três estilos primários de amor: Eros,
Ludos e Estorge. Todos os tipos de amor, de alguma forma, têm
sua origem na combinação desses três tipos básicos de amar.
Segundo o Dr. Ailton Amélio, as
características desses três estilos básicos e de mais três estilos secundários
– Mania (combinação de Eros e Ludos), Pragma (combinação de Ludos e Estorge) e
Ágape (combinação de Eros e Estorge), são as seguintes:
Estilos
básicos de amor:
1) Eros – Pode surgir à primeira vista. Sente
atração imediata, principalmente por causa da aparência da outra pessoa, e é motivado
por interesse sexual. “Não teme se entregar ao amor, mas também não está
ansioso para amar” – p. 25.
2) Estorge – O
amor se desenvolve gradativamente no decorrer de uma relação de amizade. Nesse
período leva-se em conta interesses e semelhanças em comum. “O contato sexual é
menos enfatizado e começa relativamente mais tarde” – p.26.
3) Ludos – É o
tipo de amor em que a relação com o outro é casual e passageiro. É muito bom
enquanto dura. É o principal motivo da onda do “ficar”. A pessoa que é movida
por esse tipo de amor é capaz de flertar com diferentes pessoas no mesmo
período de tempo. O que importa é o prazer da sedução e da conquista. E assim,
o que importa é o momento em que você está com a pessoa que quer, depois
parte-se para outra. “As promessas são válidas apenas no momento em que são
apresentadas, e não no futuro. Afirmação típica de quem tem esse tipo de amor:
‘Eu gosto de jogar o jogo do amor com diferentes parceiros simultaneamente’”-
p.26.
Estilos
secundários de amor:
1) Mania (composto
de Eros e Ludos) – As principais características desse tipo são: insegurança,
possessividade e ciúme. A emoção gerada é quase obsessiva a ponto da pessoa
querer ficar o tempo todo com o outro e está sempre exigindo uma prova de amor.
Está sempre tentando atrair a atenção do outro em busca de afirmação.
2) Pragma (composto
de Ludos e Estorge) – As principais características desse tipo são:
planejamento e avaliação. Antes de começar o relacionamento, leva-se em conta
na escolha, aspectos como, compatibilidade e satisfação mútua das necessidades,
de maneira que “as pessoas desse estilo examinam os pretendentes para ver se
atendem a uma série de expectativas antes de se envolver com eles.” – p. 27.
3) Ágape (composto
de Estorge e Eros) – As principais características desse tipo são: ausência de
egoísmo, cuidado e preocupação em primeira instância com o outro. O impulso
natural de quem sente esse tipo de amor, consiste no seguinte lema: primeiro
ele(a), depois eu. O autor declara que a afirmação típica de quem tem esse
estilo de amor é: “Eu prefiro sofrer a fazer o meu amor sofrer” – p. 27.
Medite:
“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se
ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses,
não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas
regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O
amor jamais acaba…” – I Coríntios 13:4-8
março 04, 2021
BREVE COMENTÁRIO DO SALMO 133 (132).
Primeira tradução
1 Vejam como é bom, como é agradável, os irmãos viverem unidos!
2 É como óleo perfumado sobre a cabeça, descendo pela barba, a barba de Aarão;
descendo sobre a gola de suas vestes.
3 É como o orvalho do Hermon, descendo sobre os montes de Sião.
Pois é por aí que Javé manda a bênção e a vida para sempre!
Segunda tradução
1 Oi, que prazer, que alegria nosso encontro de irmãos!
2 É como um banho perfumado, gostosa é nossa união.
3 Sereno da madrugada, gostosa é nossa união.
É vida que dura sempre, gostosa é nossa união.
Este é o penúltimo dos salmos de romaria. Os
romeiros estão em Jerusalém, já entraram no templo. É festa! Nas romarias, uma
das coisas que mais alegram o romeiro é se sentir acolhido como irmão ou irmã
no meio de tanta gente.
O encontro é vivido como amostra do que se
espera. Uma espécie de profecia viva. Talvez não ensine nada de novo, mas isso
não é o mais importante da romaria.
O que importa é o que dizia um romeiro que
participou de um encontro de comunidades de base: "Coisa nova não aprendi,
mas enchi o tanque para o resto do ano!".
Apresentamos duas traduções. A primeira, com
pequenas diferenças, é da Bíblia
Pastoral. Tradução bonita e fiel. A outra, uma adaptação brasileira
de Reginaldo Veloso. Através de canto e imagens, ela recria em nós a
experiência que o salmo suscitava no povo daquele tempo.
O salmo tem um pensamento que se desenvolve
em três partes: chama a atenção para a alegria da convivência fraterna dos
romeiros no templo (v. 1), traz as comparações do óleo e do orvalho para
expressar o significado dessa grande confraternização (v. 2 e 3a) e conclui que
é através da união fraterna que a benção de Deus desce sobre a vida do povo (v.
3b).
Oi, que prazer, que alegria!
Vejam como é bom, como é agradável os
irmãos viverem unidos! (v. 1)
O salmo 133 canta a confraternização vivida
em Jerusalém na festa da romaria. O povo passa o dia reunido na grande
esplanada do templo.
Gente de todos os cantos do mundo, que mal se
conhece, aqui se encontra como irmãos e irmãs da mesma família e vive a alegria
profunda de estar unida na mesma fé.
É a fé em Javé que faz dessa gente uma grande
família, um povo unido.
Essa união é uma amostra concreta do futuro
que essa gente espera e pelo qual luta.
Bom e agradável
são as palavras com que o salmo define o que se vive em Jerusalém no dia da
festa.
Quem já participou de um encontro assim,
entende a alegria imensa que aí se comunica e percebe a beleza da união que se
transmite como Boa Notícia de Deus a todos.
É como perfume! É como orvalho!
É como óleo perfumado sobre a cabeça,
descendo pela barba de Aarão; descendo sobre a gola de suas vestes. É como o
orvalho do Hermon, descendo sobre os montes de Sião (v. 2-3a).
Essas duas comparações, tiradas da vida, são
como uma pedra que cai num lago: produzem círculos na imaginação criativa do
povo que escuta e reza o salmo.
Óleo e perfume - O óleo era usado
na alimentação e também amolecia os músculos para a luta. O óleo perfumado
enchia a casa quando a visita chegava e enchia o templo em dias de festa.
É como quando o pessoal chega para a festa:
roupa nova, banho tomado, vestido e corpo perfumados com água-de-cheiro.
O óleo era também usado para consagrar o
sacerdote e o rei a serviço do povo de Deus.
O povo todo é visto como ungido, pois é
comparado com o sacerdote Aarão, o irmão de Moisés.
O povo reunido no templo, celebrando os
louvores de Javé, é um povo sacerdotal.
Orvalho do Hermon - Na terra árida da
Palestina, o orvalho é sinal de vida e garante, apesar da falta de chuva, uma
boa colheita.
Naquele tempo, o povo pensava que o orvalho
descesse de modo invisível dos cumes das montanhas para se espalhar pelas
planícies.
O monte Hermon, alto e misterioso, coberto de
neve eterna, situado na fronteira nordeste da Palestina, até hoje é fonte de
vida para toda a região. Quando se produz o degelo, ele alimenta as fontes do
rio Jordão, cujas águas vão descendo, irrigando a terra, trazendo benção e vida
para o povo, pão para comer.
O Hermon é símbolo de fertilidade.
A grande confraternização dos romeiros vivida
no templo durante a romaria é o orvalho do povo, o orvalho invisível do Hermon
que cai sobre os romeiros, irrigando a vida, produzindo fertilidade e frutos
para todos.
Fonte de benção, vida para sempre!
Pois é por aí que Javé manda a benção
e a vida para sempre! (v. 3)
A benção de Javé é muito concreta. Ela se
manifesta na natureza, no óleo, no orvalho, nas chuvas, nas águas do Jordão que
irrigam a terra.
Ela tem a ver com a fertilidade da terra e
com a vida do povo.
Ela se manifesta nessa confraternização
alegre e feliz das romarias.
Quando o povo vive unido, a benção de Deus
desce.
Como diz o canto: "Onde o amor e a
caridade, Deus aí está!".
O caminho para alcançar a benção de Deus e a
vida para sempre é a união de todos em torno da fé em Javé, celebrada e vivida
nos dias de romaria.
Quando todos se unem no templo, antecipam o
futuro por alguns dias, numa intensa alegria.
"Nisso todos saberão que vocês são meus discípulos, se tiverem amor uns para com os outros" (Jo 13,35). ____________________
Frei Carlos Julhoters é biblista, autor de diversos livros. Há anos acompanha a
caminhada das comunidades eclesiais do Brasil. Atualmente, trabalha no
Instituto Bíblico de Angra dos Reis/RJ.
março 03, 2021
LIÇÕES JUDAICAS PARA TEMPOS DE CRISE
março 02, 2021
MAÇONARIA PÓS PANDEMIA
Uma das questões recorrentes trazidas à luz em função da
pandemia que o mundo está atravessando é “o que vai acontecer com a maçonaria
quando a pandemia for controlada?”
Mudanças irreversíveis estão ocorrendo em diversas áreas
como no trabalho, na economia, na medicina, no mercado imobiliário e em muitas
outras. Não poderia ser diferente na nossa Ordem.
Ninguém tem a mínima ideia do fim da Covid-19. Ainda que as
mais de trezentos e cinquenta milhões de vacinas sejam aplicadas em todos os
brasileiros, o que certamente levará alguns anos, não se sabe se novas
variantes se instalarão necessitando de novas vacinas, quando tempo vai durar a
imunidade proporcionada por estas vacinas atuais, se as pessoas que se negam a
tomar as vacinas serão vetores de contaminação, etc. Enquanto o mundo inteiro
não for vacinado pessoas oriundas de outros países poderão continuar
contaminando e talvez aconteça algo como o sarampo atualmente, que se julgava
extinto e está retornando com força.
Essas dificuldades certamente impactarão as Lojas,
considerando que a maioria dos maçons brasileiros, segundo estatísticas informadas
pela CMI - Confederação Maçônica Interamericana, e reforçadas pela CMSB, tem
mais de 60 anos de idade, o que os coloca todos em grupo de risco. Aliás, essa
realidade ocorre no mundo todo, com uma queda significativa no número de maçons
no planeta com relação a quantidade de há vinte anos.
Em função das óbvias dificuldades que os maçons encontrarão
para se reunirem de forma presencial, ainda que com todos os cuidados de
segurança sanitária, a maçonaria vai precisar se reinventar, e aqui e ali estão
surgindo novas possibilidades, algumas possíveis soluções.
Uma dessas novas ideias é a constituição de Lojas Maçônicas
Virtuais. A Grande Loja Maçônica de Rondônia – GLOMARON - através da visão de
seu atual SGM, Ir. Paulo B. Tupan e do Past GM Ir. Aldino Brasil, constituiu a
primeira Loja Maçônica Virtual do país, e uma das primeiras no mundo, intitulada
ARLSV Lux in Tenebris n. 47, que tem aproximadamente 600 membros, um número muito
maior do que todas as Lojas do país, e uma frequência acima de 200
participantes nas sessões que realiza semanalmente, com palestras
espetaculares, que trazem nova luz e extraordinários ensinamentos à maçonaria. Já
houve sessão com a presença de mais de 450 participantes.
A realização foi rapidamente seguida da instalação pela
Grande Loja Maçônica do Pará – GLEPA - da segunda Loja Virtual intitulada ARLSV
Luz e Conhecimento n. 103, que iniciou com mais de 200 membros e cuja adesão
tem crescido de maneira acelerada. Ambas são Lojas regulares com estrutura normal
e irmãos filiados nas cidades sede, Porto Velho e Belém, e membros correspondentes
de todo o país e inclusive do exterior. Um acordo entre ambas permitiu que as
reuniões semanais, aos sábados, sejam alternadas, e todas as palestras são
gravadas e disponibilizadas na internet com senhas de acesso aos seus membros.
É claro que é bom e agradável que os irmãos vivam em
união, em seus encontros presenciais e como os deliciosos ágapes ao final, só
que isso será cada vez mais raro e difícil. Mau filho é diretor em uma das
maiores empresas de TI do planeta, com mais de 25.000 empregados e filiais em
dezenas de países. Ele comentou que a empresa precisou se reinventar para
trabalho em casa – o home office -, entregou centenas de escritórios em muitos
países, e a economia em aluguéis, condomínios, contas de energia, água,
telefone, passagens e hospedagens de funcionários, etc, no ano passado, 2020,
de março a dezembro, foi de sessenta milhões de reais, praticamente dobrando o
lucro da empresa. Este ano se espera uma economia ainda maior e a empresa decidiu
nunca mais montar instalações físicas. Isso lhe permitiu contratar a melhor mão
de obra disponível no mundo, e hoje os funcionários no Brasil, EUA, Índia, Israel,
por toda a Europa e em locais como a Coréia do Sul e Eslovaquia, recebam tarefas
e prazos, ganhem por produtividade, e meu filho administra de Porto Alegre a
instalação da Faculdade de Engenharia de Sorocaba.
No ano passado eu fiz sessenta palestras virtuais. Falei
em muitas cidades brasileiras, de Laranjal, em MG, com 6.000 habitantes, até em
Londres, berço da maçonaria, para minha honra e gaudio. As minhas palestras
tiveram mais de dez mil assistentes e isso jamais seria possível na situação
anterior à pandemia. Um dos reflexos das palestras, minhas e de outros excelentes
palestrantes, foi o incremento da venda de livros. Quase todos eles têm ótimos
livros publicados, as palestras são um excelente canal de vendas e de aprendizado
e os irmãos participantes têm contribuído para manter acesa a chama do conhecimento.
No dia 3 de outubro deste ano de 2021 completo 40 anos de
Ordem. Procuro ser um maçom ativo e estudioso, mas confesso que aprendi muito
mais sobre maçonaria neste último ano do que nas décadas anteriores. Participei
de milhares de sessões ocas e inúteis onde o tema das sessões era a apenas a
leitura das instruções dos rituais, iniciações mal ensaiadas, quando não enveredando
pelas raias do absurdo como uma em que o VM deu alguns tiros para o ar próximo
aos postulantes vendados, discussões sobre o cardápio da próximo evento ou a
obrigação de ouvir trabalhos obviamente copiados do Google e depois elogiados de
maneira hipócrita por mestres que nem haviam prestado atenção na leitura.
Claro que houve também sessões brilhantes e produtivas,
estas em muito menor número. Mais recentemente eu havia observado que muitos
irmãos, inclusive VV:. MM:. ficavam com o com o celular ligado acessando WhatsApp
ou outros aplicativos durante as sessões. Nas sessões virtuais isso não acontece. As
questões e comentários levantados após a palestra mostram o grande aproveitamento
e aprendizado dos participantes.
Talvez o futuro nos traga Lojas híbridas, onde em sessões
presencias poderemos ter o aprendizado virtual proporcionado por esta nova
realidade, através de TVs ou telões. Afinal, como diz o nosso ritual, a
Maçonaria é “um sistema e uma escola, não só de moral como de filosofia social
e espiritual, revelada por alegorias e ensinadas por símbolos, guiando seus
adeptos à prática e ao aperfeiçoamento dos mais elevados deveres do
homem-cidadão...” Assim como nos dias de hoje podemos obter um diploma universitário
com aulas virtuais, a Ordem pode nos
proporcionar a prática da fraternidade, da mútua assistência, da prática das virtudes
e do aprendizado com maior
distanciamento social. Vamos aguardar para ver.
março 01, 2021
A ESTRELA DE SEIS PONTAS
A estrela de seis pontas (hexagrama), feita de dois
triângulos entrelaçados, pode ser encontrada em mezuzot, menorot, estojos de
talit e kipot. As ambulâncias em Israel levam o símbolo da “Estrela Vermelha de
David”, e a bandeira de Israel tem uma Estrela de David azul plantada bem no
meio.
Qual é a origem desse símbolo de seis pontas? -
As seis pontas simbolizam o governo de D'us
sobre o universo em todas as seis direções.
No decorrer da longa e difícil história do povo
judeu, chegamos à percepção de que nossa única esperança é colocar nossa
confiança em D'us. As seis pontas da Estrela de David simbolizam o governo de
D'us sobre o universo em todas as seis direções: norte, sul, leste, oeste, para
cima e para baixo.
Originalmente, o nome Magen David – literalmente
“Escudo de David” – poeticamente refere-se a D'us. Reconhece que nosso herói
militar, o Rei David, não venceu pela própria força, mas pelo apoio do Todo
Poderoso. Isso também é mencionado na terceira bênção após a leitura da Haftará
no Shabat: “Bendito sejas, D'us, Escudo de David.”
Existem várias outras explicações sobre o
significado por trás da Estrela de David. Uma ideia é que uma estrela de seis
pontas recebe forma e substância de seu centro sólido. Este âmago representa a
dimensão espiritual, rodeada pelas seis direções universais. (uma ideia
semelhante se aplica ao Shabat – o sétimo dia, que dá equilíbrio e perspectiva
aos seis dias da semana).
Na Cabalá, os dois triângulos representam as
dicotomias inerentes ao homem: bem vs. mal, espiritual vs. físico, etc. Os dois
triângulos também podem representar o relacionamento recíproco entre o povo
judeu e D'us. O triângulo apontando “para cima” simboliza nossas boas ações que
sobem ao céu, e então ativam um fluxo de bondade de volta ao mundo, simbolizado
pelo triângulo apontando para baixo.
Alguns dizem que a Estrela de David é uma figura
complicada entrelaçada que não tem seis (hexograma), mas sim 12 lados
(dodecagrama).
Pode-se considerá-la como composta de dois
triângulos sobrepostos ou sendo de seis triângulos menores emergindo de um
hexograma central. Como o povo judeu, a estrela tem doze lados, representando
as doze tribos de Israel.
A teoria mais prática é que durante a Rebelião
Bar Kochba (primeiro século), uma nova tecnologia foi desenvolvida para
escudos, usando a estabilidade inerente do triângulo. Por trás do escudo havia
dois triângulos entrelaçados, formando um desenho hexagonal de pontos de apoio.
(Buckminster Fuller mostrou como projetos fortes baseados em triângulos têm
seus geodésicos).
A Estrela de David foi um triste símbolo do
Holocausto, quando os nazistas forçaram os judeus a usarem uma estrela amarela
como identificação. Na verdade, os judeus foram forçados a usar crachás
especiais durante a Idade Media, tanto pelas autoridades muçulmanas quanto
pelas autoridades cristãs, e até mesmo em Israel durante o Império Otomano.
Portanto, não importa se é uma estrela azul
ondulando orgulhosamente numa bandeira, ou uma estrela de ouro adornando a
entrada de uma sinagoga, a Estrela de David se destaca como um lembrete para o
povo judeu… Em D'us nós confiamos.
fevereiro 28, 2021
CABALA - O QUE SIGNIFICA ABRACADABRA?
fevereiro 27, 2021
A EXPRESSÃO MAÇÔNICA: "DO MEIO-DIA À MEIA-NOITE"
Os rituais de Lojas Simbólicas do REAA trazem, na abertura e no encerramento dos trabalhos perguntas acerca do horário de trabalho do Maçom. A resposta é de se trabalha do meio-dia,até a meia-noite. Mas o que significa trabalhar do Meio-Dia à Meia-Noite?
A Maçonaria, na sua passagem de Operativa para Especulativa atraiu intelectuais de diversas correntes de pensamentos, que agregaram elementos místicos e ocultistas tirados da Bíblia, da Cabala, do hermetismo, da Ordem Rosacruz (Amorc), da astrologia e de antigas religiões e processos iniciáticos. Por conta disso, algumas palavras, expressões e frases têm a sua lógica interpretada de acordo com as doutrinas e o simbolismo das ciências ocultas de que tanto se utilizou a Maçonaria entre os séculos XVIII e XIX.
No caso “Do Meio-Dia à Meia-Noite”, a citação não deve ser interpretada no seu sentido literal, mas observado o seu sentido simbólico. Ragon, citado por Boucher (2000), aponta para a astrologia a explicação para a significação esotérica dessa expressão.
A astrologia, segundo ele, da mesma forma em que divide o ano em 12 meses (ou signos), também divide o dia em 12 casas astrais. Cada uma dessas casas possui um caráter determinado. Nesse sistema o Meio-Dia corresponde à 10ª casa. O pôr do Sol está representado pela 7ª casa e a Meia-Noite à 4ª casa.
Ragon explica que ao Meio-Dia o Sol sai da 10ª casa (a casa dos negócios e da situação social) para voltar à 9ª casa (da religião e do impulso espiritual). Portanto, ao serem abertos os trabalhos de caráter filosófico, abandona-se a 10ª casa, indo para a anterior, que tem a essência da religião e das questões espirituais.cDepois da 9ª casa, o Sol atravessa a 8ª - a da morte, da desagregação do antigo e do nascimento em um plano superior. Os astrólogos deram e esta parte do céu o sentido da ‘INICIAÇÃO’.
Depois vem a 7ª casa, a do amor não físico, da dedicação e da vida social. A 6ª casa é a do serviço. A passagem da 7ª casa para a 6ª casa é interpretada como o indício de que o Maçom não espera recompensa da sua ação social, mas que se prepara para encontrar os espinhos da 6ª casa. Daí nasce a criação, síntese da 5ª casa, depois da qual o ciclo termina pela 4ª casa, cujo sentido principal é o fim das coisas.
Esta fórmula ritualística resume a evolução iniciática, lembrando que cada parte do dia possui uma influência real sobre o ser humano. Na tradição chinesa, a Escola de Zoroastro considera que do “Meio-Dia à Meia-Noite”, quando cresce a influência subjetiva do Sol, é o período mais indicado para o estudo e o desenvolvimento intelectual e espiritual do ser humano. Os estudiosos do Zoroastrismo consideravam o período do Meio-Dia à Meia-Noite propício às coisas do espírito.
Possivelmente por conta dessa particularidade a Maçonaria resolveu colocar os seus obreiros para, simbolicamente, trabalharem durante esse período.Mas há também a interpretação de que o Meio-Dia é o momento em que há mais luz e a Meia-Noite é o período de maior escuridão.O início dos trabalhos ao Meio-Dia significa a hora em que o Sol encontra-se no Zênite, na plenitude do seu poder luminoso, significando dizer que o homem está capacitado a trabalhar pelos seus semelhantes.
O encerramento dos trabalhos à Meia-Noite significa dizer a hora em que a luz do dia já não se faz presente, por o Sol estar no Nadir. É a hora em que não se pode mais atuar eficazmente sobre os obreiros. Gedalge (2000) sugere que é preciso ver nessas horas de trabalho o simbolismo do malho batendo sobre o cinzel, no desbaste da pedra bruta, quando realizamos a árdua tarefa de lapidar os nossos próprios defeitos e imperfeições, procurando melhorar o nosso Templo interior e produzir em abundância sentimentos como a fraternidade, carinho, amor, compreensão, verdade, tolerância, harmonia e desapego às coisas materiais, para podermos distribuí-los não apenas no universo maçônico, mas também no mundo profano, entre nossos filhos, amigos, familiares, colegas de trabalho e vizinhos.
Não poderemos repartir essas virtudes se não as praticarmos e não as produzirmos em grandes quantidades.Quem pouco produz, pouco tem a oferecer, a repartir. É preciso ser solidário. Por meio desse sentimento, os Maçons se unem a outros Irmãos, com os quais, a cada dia, do Meio-Dia à Meia-Noite, trabalham material e espiritualmente para cavar masmorras aos vícios, construir a paz e erguer Templos de virtudes e de fraternidade.
fevereiro 26, 2021
A IMPORTÂNCIA DA FREQUÊNCIA MAÇÔNICA
Walter Lima M.'.M.'.
Responsabilidade é a qualidade ou condição de responsável. Sabe-se que responsável é aquele que responde pelos próprios atos ou, pelos de outrem. Responsabilidade moral é a situação de um agente consciente, com relação aos atos que ele pratica voluntariamente.
Uma das responsabilidades mais importantes de um Maçom é a frequência à Loja. Trata-se de uma responsabilidade que tem amparo legal e, também, moral.
Frequência é o ato de frequentar. Em física, frequência significa número de vibrações por unidade de tempo. Frequentar uma Loja causa, realmente, vibrações positivas em nós e em nossos Irmãos.
A frequência deve ser observada não somente como uma questão de quorum, ou um problema legal, mas, sobretudo, como a forma mais eficaz para nos conhecermos melhor, uns aos outros, e nos aproximarmos.
Quando de nossa iniciação, a primeira preleção, feita pelo Venerável Mestre, fala da fidelidade que deve ser exemplificada por uma estrita observância das Constituições, Regimento, Estatutos e demais normas do GOB e da própria Loja.
Também, nesta preleção, o V.’. M.’. fala da obediência que deve ser provada por uma estrita observância de nossas leis e regulamentos, por uma atenção pronta a todas as convocações, além de uma pronta observância das decisões e resoluções aprovadas em Loja.
As leis e regulamentos falam da necessidade de frequência. As convocações às nossas sessões são, em geral, semanais e uma das importantes resoluções aprovadas é o calendário da Loja, que deve ser observado. O Regulamento Geral da Federação trata da frequência em Loja .Tratam, também, de quando o Maçom se torna irregular por não ter frequência.
Nos altos graus, disposições análogas devem ser observadas se não estiverem previstas em regulamentos próprios. Porém, muito mais importante que leis e regulamentos é o inflexível cumprimento do dever: nossa consciência e nossos compromissos e promessas obrigam-nos à frequência.
Quando a Loja não abre por falta de quórum, a responsabilidade, definida no princípio, é de todos: não somente dos faltosos ou do Venerável Mestre.Todos nós somos responsáveis pelo bom funcionamento da Loja. Quando algum Obreiro necessita faltar, por justa causa, deve procurar algum Mestre amigo que o substitua, ou avisar a todos, para que todos se responsabilizem pela existência de quorum. Por isso, somos Irmãos fraternos, nos auxiliando uns aos outros.
Como palavras finais: nós somos construtores (“maçons”, pedreiros) sociais; somos obreiros, cabeças pensantes, pessoas com diferentes formações, opiniões diferentes e, brevemente, seremos mais. Contudo, vivemos numa fraternidade tolerante, respeitamos as ideias, eventualmente, diferentes.
Convergimos em algumas virtudes que adotamos conjuntamente, a exemplo da tolerância e, especialmente, da responsabilidade objeto deste ensaio. A participação responsável de todos fortalece a nossa Loja que busca, insistentemente, a realização do trabalho justo e perfeito de construir nosso templo interior.
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PALESTRA NA ARLS TEMPLÁRIOS DE LARANJAL, MG
Realizei na noite de ontem, 25, a palestra O CAMINHO DA FELICIDADE na ARLS TEMPLÁRIOS DE LARANJAL, em Minas Gerais, cidade de pouco mais de 6.000 habitantes, com uma Loja Maçonica pequena, mas muito ativa, haja vista que esta é a 35a. palestra virtual promovida durante esta pandemia.
Como sempre acontece, os honorários de minhas palestras são a doação de alimentos ou outros materiais, que ficam para a própria Loja encaminhar para beneficência. De 2003, quando iniciamos este trabalho, até hoje, foram arrecadados mais de 200 toneladas de alimentos, material de higiene e limpeza, agasalhos e cobertores, material de construção, mobiliário, fraldas, etc.
Nesta palestra a arrecadação foi de material de higiene e limpeza para ser encaminhada aos desabrigados das enchentes que ocorreram nos últimos dias em Carangola, MG, desabrigando milhares de pessoas. Na foto o fruto da arrecadação das doações encaminhadas pelos irmãos. Ainda virão mais.
Agradeço ao VM João Batista Moreira Carneiro e ao Ir. André Vale Ladeira da Silveira pelo convite e pela arrecadação,
fevereiro 25, 2021
A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA HISTÓRIA DA MAÇONARIA BRASILEIRA
Para o orador romano Cícero, a história era a "mestra da vida". Com esta expressão, Cícero queria dizer que por meio dos exemplos do passado, dos sofrimentos e sucessos, das tragédias e dos grandes feitos das gerações anteriores, podemos extrair lições para nos orientar no presente, diante dos inúmeros problemas que se apresentam.
No entanto, não valorizamos os exemplos do passado ,porque atualmente o estudo da história não é visto como utilitário e de efeito imediato para a vida, quando deve ser visto de forma pragmática, isto é, ,que ela pode fornecer elementos para ação na vida prática, tais como: compreensão alargada da sociedade e da cultura, perspectiva crítica sobre fenômenos políticos, entendimento das diferenças entre as pessoas, os países e as civilizações e uma série de outras contribuições.
A historia é uma ciência que estuda a vida do homem através do tempo. Ela investiga o que os homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres sociais.
A História é feita por homens, mulhere, crianças, ricos e pobres, por governantes e governados, por dominantes e dominados, pela guerra e pela paz, por intelectuais e principalmente pelas pessoas comuns, desde os tempos mais remotos.
Ao estudar a história nos deparamos com o que os homens foram e fizeram, e iso nos ajuda a compreender o que podemos ser e fazer.
Assim, a história é a ciência do passado e do presente, mas o estudo do passado e compreensão do presente não acontecem de uma forma perfeita, pois não temos o poder de voltar ao passado e ele não se repete.
A história não se resume à simples repetição dos conhecimentos acumulados. Ela deve servir como instrumento de conscientização dos homens para a tarefa de construir um mundo melhor e saber a história de uma nação significa resgatar e preservar a tradição daqueles que contribuiram para que chegassemos ao ponto em que nos encontramos.
Assim, também, nós maçons devemos proceder com relação ao estudo de nossa história maçonica, sua gênese, seus primórdios, sua contemporaneidade, sua modernidade e procurar projetar o seu futuro.
Estudar a vida de nossos irmãos que no passado lutaram por um Brasil independente, por uma Maçonaria forte, e que se tornaram heróis da Ordem e da Pátria brasileira, é nossa obrigação.
fevereiro 24, 2021
O QUE É SER UM VERDADEIRO MAÇOM?
S.`. M.`. ? - Não existe um resposta pronta para esta questão, que no entanto, socraticamente, gera outras tantas perguntas - Sois bom pai e bom chefe de família? Sois um bom esposo? Sois bom filho? Respeitais os vossos filhos e vossa esposa como gostaríeis de serdes respeitado? Ajudais aos outros de forma desinteressada e procurais os vossos irmãos maçons no infortúnio? Alguma vez, fizestes alguma coisa para minimizar o sofrimento de uma viúva ou de um órfão? Procurais realmente, cavar masmorras ao vício? Até mesmo, pagais os vossos impostos como se deve?
Será que diante da oportunidade para uma aventura com uma linda mulher , ainda que oculta aos olhos dos outros, agirias como um verdadeiro maçom ou como aquele que disse? “Aqui eu não engano a minha esposa, esta cidade é muito pequena e todos poderiam ficar sabendo. Eu levo a outra para para São Paulo”.
Será que este pseudo-maçom teria a capacidade de ir a São Paulo, satisfazer o seu desejo e lá também deixar a sua consciência? Impossível, pois a consciência é um duro e implacável juiz de nós mesmos, em alguns casos causa uma dor tão profunda para o qual não existe nenhum remédio.
Assim, meus irmãos, pedimos que reflitam sobre seus atos e atitudes. Não estamos aqui julgando irmãos. O que na verdade gostaríamos de ouvir quando perguntarmos a alguém - S.`. M.`. - é que nos respondesse:- M.`.I.`.C.`.T.`.M.`.R.`. - porque sou um verdadeiro maçom e não apenas como tal…
A Maçonaria em seus ensinamentos, emblemas, símbolos e alegorias sempre está nos conclamando à reflexão. Sejamos um símbolo vivo dessa Ordem que nos dá força para enfrentar um mundo às vezes, confuso e conturbado, onde os verdadeiros valores estão sendo a todo o momento questionados e colocados em dúvida.
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