abril 03, 2021

SAÚDE NÃO É SÓ TRATAR A DOENÇA, É CURAR A VIDA.

 

            Até recentemente a saúde era considerada uma preocupação do corpo, eminentemente fisiológica. Os doentes mentais eram vítimas de uma disfunção à parte, trancados em sanatórios e tratados com eletrochoques e poderosas drogas supressoras da vontade.

            Hoje em dia é cada vez maior o número de especialistas que reconhecem o nexo entre o corpo e a mente e o seu papel na cura e prevenção de moléstias.

            A saúde não é mais considerada como “ausência de doenças” ou como tornar a ficar bem depois de uma incapacidade qualquer.

            O conceito de saúde evoluiu para um bem estar permanente, físico e mental, de capacidade física suficiente para as tarefas diárias, com alegria e predisposição para a felicidade.

            “Você precisa curar a vida das pessoas” diz o médico Bernard Sigel da Universidade de Yale. [1] “A questão não é evitar a morte, é aproveitar, da melhor maneira possível, a vida”.

            Segundo Sigel, o corpo tem, além dos cinco sentidos, um sexto sentido de cura, uma aptidão física para buscar por si próprio o equilíbrio fisiológico, se fatores mentais como a auto-estima, o bom humor e um sentido positivo na vida estiverem bem desenvolvidos.. “A cura não é uma questão de mecanismo (fisiológico), é um trabalho de espírito”[2]

            Atualmente é de conhecimento comum que a depressão, a ansiedade, o pessimismo e o estresse são desencadeadores de um sem número de doenças e fatores de agravamento de outras tantas.

            Em pesquisa realizada no Departamente de Psicologia da Universidade de Princenton (EUA), estudantes foram submetidos a testes de concentração de anticorpo pra combate a infecções (imunoglobina A secretora {S-lgA}), 15 dias antes, no dia e 15 dias depois dos exames finais.

            O teor da imunoglobina foi consideravelmente inferior no dia do exame, considerado excessivamente estressante pelos estudantes.[3]

            Três amplos estudos de longo prazo realizdos na Europa e que envolveram milhares de voluntários durante 12 anos, chegaram a conclusão de que pessoas que tinham a tendência a reprimir as emoções son estresse tinham bem maior probabilidade de contrair câncer e que pessoas que exibiam frustração emocional e comportamento agressivo exibiram maior índice de óbitos ligados ao coração.[4]

            Na verdade as variáveis de personalidade foram bem mais preditivas do que o fumo na ocorrência de câncer do pulmão por exemplo. O índice de moratlidade das pessoas estressadas foi 40% superior ao das não estressadas.

            O mesmo estudo de Eysenk e Grossarth-Maticek acompanhou um grupo de 100 pessoas, entre 40 e 65 anos de idade, durante um década. Metade submeteu-se voluntáriamente a terapia comportamental e a outra metade não. Todos apresentavam as características de personalidade que prognosticavam tanto câncer quanto coronariopatias.

            Depois de 10 anos, 31 pessoas do grupo sem terapia psicológica havia morrido, contra apenas 9 do grupo tratado. No primeiro grupo 16 pessoas morreram de câncer e no segundo grupo, nenhum.

            Esses números provam sem a menor sombra de dúvida a relação entre as emoções e as doenças fisiológicas.

            O combate ao estresse envolve muitas atitudes comportamentais que não cabem num simples artigo, mas as ações apresentadas a seguir representam um bom começo. São regras eficazes e fáceis de seguir, e que, se praticadas, podem representar uma significativa melhoria na expectativa e qualidade de vida.

            Os especialistas em terapia por comportamento (behaviorista) consideram como fundamentais os três passos abaixo apresentados:

1)    NÃO RECLAME DO PASSADO!

Não adianta nada dizer que foi assim ou assado. O passado não volta. O que você pode aproveitar, você aproveitou. O que você perdeu está perdido para sempre. Reclamar só faz nos deprimir, cria mau humor, esgota a nossa energia, baixa a nossa auto estima. Pergunta a si mesmo quanto do seu dia você gasta vivendo no passado: - “Ah, no meu tempo era melhor! Antes, as coisas eram mais fáceis! Quando comecei havia melhores oportunidades, etc.”

2)    NÃO TENTE ANTECIPAR O FUTURO!

Sabemos que a única coisa certa com relação ao futuro é a morte. Tudo o mais é pura especulação teórica. O futuro nada tem a ver com o passado, jamais irá reproduzir as mesmas condições ou oportunidades. Viver no futuro também esgota a nossa energia, dispersa a nossa atenção e desperdiça o nosso esforço. – “Ah, amanhã vai ser melhor! Depois das eleições as coisas serão diferentes! Quando a nova lei entrar em vigor, você vai ver...etc”

3)    VIVA O MOMENTO PRESENTE! (Carpe Diem)

Somente agindo no momento presente, agora, você pode moldar o seu futuro. Este é o tempo no qual você estabelece as condições do seu sucesso, da sua felicidade, da qualidade de vida, utilizando tanto as boas quanto as más experiências do passado, para evitar cometer novamente os mesmos erros e para balizar o caminho rumo ao um futuro bem sucedido em todas as áreas. O brocardo romano “carpe diem” ensina há mais de 20 séculos “aproveite o dia!”.

Atendidas as premissas temporais é necessário proceder a uma avaliação madura e detalhada da “qualidade de vida”.

A definição de qualidade, neste caso, tem o sentido de se obter o máximo de benefícios equilibrando harmonicamente as diversas esferas que a vida proporciona: familiar, profissional, amorosa, financeira, estética, sexual, educativa, meritória, etc.

Para facilitar esta auto-avaliação, destacamos do monumental trabalho do Prof. Dr. Antonio Rubbo Müller, do Instituto de Ciências Humanas da USP, intitulado Teoria Geral da Organização Humana, as “quatro dimensões da qualidade de vida”:

1)    EXISTIR COM QUALIDADE

Capacidade de perceber a própria missão na vida (quando se consegue responder a pergunta “quem sou eu?”. Ser capaz de integrar as diversas esferas da vida, afetiva, criativa, familiar, etc.

2)    QUALIDADE DE VIVER

Capacidade de identificar seus pontos fortes e fracos. Desenvolver o seu projeto de vida: onde quero chegar, com quem quero chegar, com quanto dinheiro no bolso, por quê e para que?

3) CONVIVER COM QUALIDADE

A competição exacerbada reduz o homem a sua capacidade de sobrevivência. É preciso resgatar a capacidade de amar, colaborar, transcender. A capacidade de amar não é apenas um sentimento, mas um verbo que indica ação, aquela que nos faz encontrar o outro. Abrir os caminhos da intuição.

4)    SERVIR COM QUALIDADE

Servir com amor, dando valor as necessidades do outro. Permitir o desenvolvimento do potencial das pessoas. Você é cliente de si próprio: faça aos outros, e a você mesmo, somente aquilo de que gosta e jamais o contrário.

Este artigo não é apenas um ensaio teórico. O próprio autor foi vítima de câncer renal, há 20 anos, no auge de sua carreira profissional como executivo-chefe da filial brasileira de poderosa empresa multinacional, devido ao estresse do trabalho cumulado com o da  dissolução de seu casamento.  Felizmente foi diagnosticado a tempo e completamente curado. Mas a doença trouxe uma reflexão a respeito da vida que então levava e mudou completamente o rumo de sua existência. Hoje, aos 70 anos com indicadores médicos de adolescente, deseja que pessoas de bom senso possam seguir seus conselhos e evitar o sofrimento pelo qual passou. É fácil quando se vê de fora, é muito mais difícil quando se vive o problema, mas a verdade é que a coisa mais importante da vida é fazer um esforço para se SER FELIZ! Michael Winetzki

 



[1] In “O livro da pragmágica”, Ferguson, Coleman & Perrin, pg. 140, Ed. Record. 1990

[2] Dr. N. Reuman, diretor do Commonwealth Câncer Help Program, mesma obra, pg. 142

[3] Drs. J. Jemmott e K. Magloire, in “Brain Mind Bulletin”, citado na mesma obra, pg. 149

[4] Drs. Eysenk e Grossarth-Maticek, citado na mesma obra, pgs. 151/152

abril 02, 2021

O CAMINHO DA FELICIDADE (A CABALÁ DA FELICIDADE)

                 



           PUBLICADO NA REVISTA COM  SHALOM EM FEVEREIRO DE 2005

Érica Alvim

Pode parecer pretensão, mas a intenção de Michael Winetzki é realmente nos fazer entender que podemos ser felizes. No entanto, se estranhamos essa proposta, não é porque estamos duvidando da capacidade do autor, mas porque já não acreditamos na nossa capacidade de sermos felizes. Mesmo assim, ler O caminho da felicidade não faria mal nem a mais cética das criaturas porque não encontraremos nele uma defesa formal e declarada de seus objetivos ou de suas idéias. Não é um texto corrido, repleto de argumentos insistentes e repetitivos. É um texto, que defende uma idéia, sim, mas de forma muito peculiar.

Histórias que se encontram
De uma forma que não é nem um pouco cansativa, o autor parte de duas diferentes histórias. A primeira, um tanto autobiográfica, sua história em busca de desenvolver a espiritualidade; a segunda, a história de Nathan Lebenglick e sua descendência, uma família que, como tantas outras, mudou-se da Europa para a América do Sul no começo do século XX, cheia de expectativas e esperança de um futuro melhor.
As duas histórias nos são apresentadas aos poucos, em capítulos que se intercalam e, conforme vamos nos envolvendo tanto com uma história quanto com outra, vamos aprendendo os preceitos da cabala que nos ensinam a ser feliz. Vamos aprendendo como um caminho leva a outro até o ponto em que as duas histórias se misturam e descobrimos seus pontos em comum, descobrimos que, quando nos preparamos bem para algo, é inevitável que nosso caminho siga este rumo, seja para o bem, seja para o mal.

Herança judaica
É um livro que nos aponta a cabala como um meio para atingirmos a felicidade em nossas vidas e a cabala é um tema com o qual nos deparamos por diversas vezes quando o assunto é judaísmo, pois ela é a manifestação de uma postura mais espiritualista no que diz respeito a cultura hebraica.


No entanto, o que este livro tem de peculiar é a forma como se constrói, de uma maneira tão simples e ao mesmo tempo tão inteligente e instigante, que nos leva a um inevitável envolvimento tanto com as histórias que lemos quanto com o conteúdo cabalístico contido nelas. E o que é melhor, a cabala dessa vez é adaptada ao português e ao povo brasileiro, o que não é muito fácil de se encontrar por aí. O caminho da felicidade é uma obra que está por dentro de nossa cultura e de nossa realidade e que, em muitos aspectos (até mesmo no literal), fala a nossa língua.


Brincando, temos acesso não só a uma verdadeira aula sobre cabala, como também conhecemos um pouco da história dos judeus no século XX. Isso sem falar na breve explanação que o amigo de Michael, Max Kaufmann, faz no Prólogo, dando um brevíssimo panorama da história dos judeus através dos tempos, terminando com uma reflexão sobre no que consiste ser judeu hoje em dia. "É uma pesada herança ser judeu, Michael. Não há como abrir mão dela. Você pode mudar de partido político, de time de futebol, até mesmo de religião, mas a condição de judeu é inalienável. Trabalhei para os Rothschild na França e a despeito de ser um dos homens mais ricos e influentes do mundo, meu patrão se mantinha estritamente judeu, dizendo: Max, minha família está há 400 anos neste país, e eu não sou um banqueiro francês, sou um banqueiro judeu. Não sou apenas um homem rico, sou um judeu rico, e não importa o que eu e a nossa família façamos pela França ou pelo mundo, em mecenato ou caridade estou sempre sendo avaliado como judeu e não como colecionador de arte ou fabricante de vinhos. Depois de anos de pesquisa e investimento fiz o melhor vinho que já existiu e ouço no meu clube: - Como é que aquele judeu consegue fazer um vinho tão bom, e a minha família é pelo menos 250 anos mais antiga na França, do que a do homem que fez o comentário. Então se é para ser julgado como judeu, permaneço judeu".

Difícil de definir
Autobiografia, ficção, defesa de uma filosofia de vida - não podemos saber ao certo do que se trata esse livro porque ele tem de tudo um pouco. Se achamos que tudo é ficcional, nos enganamos. Se achamos que tudo é autobiográfico, também. Tudo parece ser escrito com o propósito de defender um ideal, mas também não podemos menosprezar o valor de uma boa história por si própria, excluindo dela qualquer significado ideológico. Ou seja, se tentamos dar rótulos e classificar a narrativa, saímos perdendo, porque com cada um de seus aspectos temos muito a ganhar. Portanto, é melhor deixar a história nos conduzir, sem tentar reduzi-la.


Michael Winetzki é dotado de um currículo que, além de conter numerosas experiências, é também muito variado, sendo empresário, jornalista e consultor de marketing e programas de motivação e Qualidade Total, dando, inclusive, muitas palestras. Além disso, é presidente e fundador da Associação Centro de Arte e Cultura de Brasília, oferece consultorias e é editor da revista mensal BOAS NOTÍCIAS de Brasília (DF) desde 2001. Isso tudo sem esquecer de mencionar sua sólida formação profissional e sua dedicação aos serviços comunitários.


O livro foi publicado por conta própria, o que lhe impede uma grande divulgação ou distribuição. Por isso, para obtê-lo é preciso acessar a internet e aguardar sua entrega pelo correio. O mais interessante é que parte da renda obtida com a venda do livro é remetida a atividades beneficentes na cidade de Brasília, onde o autor reside e trabalha.
Certamente, é uma boa leitura. Agradável, interessante, instigante e que tem uma bela mensagem para nos passar. É mais uma ferramenta para que cada um de nós encontre e trilhe seu próprio caminho, que assim como o livro, rende e renderá muitos outros caminhos, muitas outras histórias. Esperamos plantar boas sementes para que estes caminhos sejam frutíferos. E mais ainda: esperamos ser conduzidos pel'O caminho da felicidade.


abril 01, 2021

A MAIOR HOMENAGEM POSSÍVEL A UM FILHO













 

RELIGIÃO VS ESPIRITUALIDADE




Pierre Teilhard de Chardin ( Orcines, 1 de maio de 1881 - Nova Iorque, 10 de abril de1955),  foi um padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês, que tentou construir uma visão integradora entre ciência e teologia: Este é um dos seus ensinamentos mais famosos.

*"A religião não é apenas uma, são centenas. A espiritualidade é apenas uma.*

*A religião é para os que dormem. A espiritualidade é para os que estão despertos.*

*A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados. A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.* 

*A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.* 

*A religião ameaça e amedronta. A espiritualidade lhe dá Paz Interior.* 

*A religião fala de pecado e de culpa. A espiritualidade lhe diz: "aprenda com o erro"...* 

*A religião reprime tudo, te faz falso. A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!* 

*A religião não é Deus. A espiritualidade é Tudo e, portanto é Deus.* 

*A religião inventa. A espiritualidade descobre.* 

*A religião não indaga nem questiona.  A espiritualidade questiona tudo.* 

*A religião é humana, é uma organização com regras. A espiritualidade é Divina, sem regras.* 

*A religião é causa de divisões. A espiritualidade é causa de União.* 

*A religião lhe busca para que acredite. A espiritualidade você tem que buscá-la.* 

*A religião segue os preceitos de um livro sagrado. A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.* 

*A religião se alimenta do medo. A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.* 

*A religião faz viver no pensamento. A espiritualidade faz Viver na Consciência...* 

*A religião se ocupa com fazer. A espiritualidade se ocupa com Ser.* 

*A religião alimenta o ego. A espiritualidade nos faz Transcender.* 

*A religião nos faz renunciar ao mundo. A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.* 

*A religião é adoração. A espiritualidade é Meditação.* 

*A religião sonha com a glória e com o paraíso. A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.* 

*A religião vive no passado e no futuro. A espiritualidade vive no presente.* 

*A religião enclausura nossa memória. A espiritualidade liberta nossa Consciência.* 

*A religião crê na vida eterna. A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.* 

*A religião promete para depois da morte. A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.*

*"Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual...Somos seres espirituais passando por uma experiência humana..."*

O QUE É UMA EGRÉGORA?




Egrégora,  (do grego egrêgorein, "velar, vigiar"), é como se denomina a força espiritual criada a partir da soma de energias coletivas (mentais, emocionais) fruto da congregação de duas ou mais pessoas. (WIKIPÉDIA) É o padrão vibratório de uma casa, ou de um local como uma igreja, templo ou Loja maçônica, e tem relação direta com a energia e o estado  de espírito de seus moradores ou frequentadores.

É o conjunto de pensamentos, sentimentos, estado de espírito, condições físicas, anseios e intenções dos moradores ou frequentadores e fica impregnado no ambiente criando o que se chama de egrégora. 

 A milenar ciência chinesa chamada FENG CHUI desenvolveu inúmeros estudos sobre isso e ensina que as paredes, objetos e a atmosfera do local tem "memória" e registram as energias de todos os acontecimentos e do estado de espírito de seus frequentadores. Por essa razão é que nós nos sentimos bem quando entramos em um ambiente energeticamente agradável e saímos de ré quando nos deparamos com um local de energia densa. Todos já passamos por sensações como essas.

Por isso, quando pensar na saúde energética de sua casa tome a iniciativa básica e vital de impregnar sua atmosfera apenas com bons pensamentos e muita fé.

Evite brigas e discussões desnecessárias. Evite xingamentos, ofensas ou pragas

Observe o seu tom de voz: nada de gritos e formas agressivas de expressão. Use um tom de voz normal e procure expressar seus sentimentos positivos através da fala.

Não bata portas e tente assumir gestos harmoniosos, cuidando de seus objetos e entes queridos com carinho. Não pense mal dos outros. Evite Xingamentos ou pragas. 

A Cabalá ensina que se você tratar bem o dinheiro ele o tratara igualmente bem, portanto não amasse as notas e as enfie no bolso ou na carteira de qualquer modo. Mantenha as notas dobradas com capricho e com respeito. 

Selecione muito bem as pessoas que vão frequentar sua casa. Uma pessoa maldosa ou invejosa pode impregnar o ambiente doméstico de energias negativas. Plantas sentem isso e algumas até fenecem.

Se você nutre uma mágoa profunda ou mesmo um ódio forte por alguém, procure ajuda para limpar essas energias densas de seu coração.

Alegria, amor, paz, prosperidade, saúde, amizades, belezas já está bom para começar, não é mesmo?


VAIDADE, TUDO É VAIDADE





        O jovem Aprendiz, criado em uma família de maçons, tinha  ambições na ordem: chegar rapidamente ao terceiro grau e  ao  Veneralato.   Iniciado em uma loja antiga, povoada por dezenas de irmãos, estava dominado pela pressa e a vaidade.

        No tempo oportuno  ele  convenceu os irmãos, e foi eleito Venerável Mestre.  No dia de sua posse, todos comemoravam. Seu pai, um dos  mais maçons antigos da loja, lhe  disse: “Meu filho: Dominar o rito e conhecer as leis não o torna um maçom de verdade. É preciso aprender a viver como um maçom fora do templo. Agora suas responsabilidades aumentaram muito, e terá que dar conta delas. 

        O Jovem Venerável deu pouca importância ás  palavras do pai-irmão. Ao invés de refletir sobre elas, afastou-se e foi comemorar com outros. Imaturo, não conseguia compreender a sabedoria por trás daquela  as advertências.

       Alguns meses, a loja passava por transformações: Decisões tomadas unilateralmente; Ameaças e desentendimentos entre os obreiros, aprendizes mal tratados, muitas disputas e intolerância. A loja estava em desequilíbrio, os irmãos já não se entendiam mais, e muitos percebiam  que as belas palavras que eram ditas em loja,  não expressavam a realidade  caótica que viviam ali. Os ideais mais sublimes da ordem, estavam ameaçados. Por isso, muitos irmãos contrariados, se afastaram. Outros porém, continuavam lá, na esperança de que a harmonia voltasse a reinar entre eles.

        Seu pai fez muitas tentativas para mostrar-lhe que algo de muito errado havia em seu modo de agir na  Loja, mas  cansou-se de falar, e  decidiu tomar uma medida drástica: chamou-o na empresa e sentenciou: “de hoje em diante, não terás  mais cargo de diretor, serás demitido, para, se assim desejar, ser readmitido como responsável pelo almoxarifado da empresa!  Além disso, passara a pagar o aluguel do apartamento em que mora, afinal, ele ainda está em meu nome. Também terá que devolver o carro que a empresa lhe cede por conta do cargo que tinha, e não poderá mais entrar em minha casa sem antes se fazer anunciar. “

        O jovem se surpreendeu. Nunca vira seu pai falar daquele jeito. Sem entender por que  ele estava  sendo tão duro,  irritou-se com o que acabara de ouvir, e saiu repentinamente da sala da presidência. Sabia que seu velho e bondoso pai, não iria levar adiante aquelas ideias, que de tão cruéis, nem pareciam ser suas.

        Mas ele cumpriu cada palavra do que havia  dito naquele dia, e em poucos meses, o rapaz estava em péssima situação financeira. Não podia manter os luxos com os quais estava acostumado. Os problemas foram pesando cada vez mais em seus ombros. Desanimado, em Loja ele já não era mais o mesmo Venerável arrogante e intransigente. Chegava às sessões aborrecido e preocupado, e as vezes já nem ia mais.

        Um dia, ele decidiu engolir o orgulho procurar seu pai, com o qual não trocava uma única palavra no mundo profano, desde que fora rebaixado na empresa.

        Cumprindo sua exigência, ele ligou antes para sua secretária, e pediu que esta marcasse uma audiência entre ele e o pai. Dias depois, seu pai decidiu atende-lo: “seja breve por que tenho uma reunião em meia hora” triste, e sem reconhecer a figura doce e compreensiva do pai   naquelas palavras ásperas, ele baixou a cabeça e falou: “Como pode tratar seu próprio filho com tanto desprezo? Se é por causa de meu cargo de Venerável Mestre, eu irei renunciar à ele!” 

        O velho maçom olhou para o filho,, suspirou como se querendo manter as forças para continuar com a dureza que a circunstância pedia e falou: “não podes renunciar ao cargo de Venerável Mestre. Afinal, comprometeu-se com os irmãos e com todas as enormes responsabilidades que o cargo traz. E se deseja ter de volta sua função na empresa, saiba que  que irei  me guiar por sua atuação nele,  para saber se realmente serás um chefe justo quando herdar de mim, o comando da empresa. Afinal, o Maçom deve ser no mundo profano, o que comprometeu-se a ser no templo: um homem justo, livre e de bons costumes. Um homem disposto a enterrar seus vícios e exaltar suas virtudes!

        O jovem, sentou-se. De alguma maneira, aquelas palavras de seu pai, ditas de forma severa,  o tinham despertado do torpor que a vaidade causara-lhe. Passou a refletir com maior clareza sobre  enorme responsabilidade que havia adquirido ao tornar-se Venerável Mestre. Conclui que o egoismo cegara-lhe a mente. Entendeu como o orgulho o havia afastado dos conselhos dos mais sábios. Cabisbaixo, ele pediu que o pai lhe entregasse um ritual de aprendiz, que costumava guardar em sua gaveta. “Mas você já memorizou-o página por página”, retrucou-lhe. “Eu sei, mas há coisas ai  que não enxerguei, preciso ler novamente.” E com o ritual de baixo do braço, ele saiu.

        Meses depois, sem que fosse preciso  a renúncia do Venerável Mestre, a harmonia voltou a reinar em loja. Finalmente, o jovem  Venerável,  entendeu que não ocupava seu cargo na loja  para ser servido e admirado, mas para servir aos sublimes  ideais da ordem. Contam os irmãos que o conheceram, que depois de sua mudança, tornou-se um dos melhores Veneráveis que sua Augusta  E Respeitável Loja Simbólica já teve.

Reflexão: Quando ocupamos um cargo em loja, seja de Venerável ou outro qualquer, e mesmo quando não ocupamos cargo algum, devemos estar desprovidos de vaidade e arrogância. Lembremos que todo e qualquer maçom deve servir aos ideais da ordem de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Que o  amor à família e aos irmãos,  o auto aperfeiçoamento e o auxílio à humanidade, são seus  compromissos perenes. 

março 31, 2021

DEFINIÇÃO DE MAÇONARIA

 



1 – A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica,

filantrópica, educativa e progressista. Proclama a prevalência do espírito

sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da

humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática

desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade.

Seus fins supremos são: a LIBERDADE, a IGUALDADE e a FRATERNIDADE.

 

2 – Condena a exploração do homem, bem como os privilégios e as

regalias, mas enaltece o mérito da inteligência e da virtude, bem como o

valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à

Humanidade.

 

3 – Afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível

com a universalidade do espírito maçônico. Combate a ignorância, a

superstição e a tirania.

 

4 – Proclama que os homens são livres e iguais em direitos e que a

tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que

sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um.

 

5 – Defende a plena liberdade de expressão do pensamento, como

direito fundamental do ser humano, admitida a correlata responsabilidade.

 

6 – Reconhece o trabalho como um dever social; julga-o dignificante e

nobre sob qualquer de suas formas: manual. Intelectual ou técnica.

7 – Considera Irmãos todos os maçons quaisquer que sejam suas

raças, nacionalidades ou crenças.

 

8 – Sustenta que os maçons têm os seguintes deveres essenciais:

amor à Família, fidelidade e devotamento à Pátria e obediência à Lei.

 

9 – Determina que os maçons estendam e liberalizam os laços

fraternais, que os unem, a todos os homens esparsos pela superfície da

Terra.

 

10 – Recomenda a propaganda de sua doutrina pelo exemplo e por

todos os meios de comunicação do pensamento e proscreve

terminantemente o recurso à força e à violência.

 

11 – Adota sinais e emblemas de elevada significação simbólica, os

quais, utilizados nos trabalhos maçônicos, servem também para os maçons

se reconhecerem e se auxiliarem onde quer que se encontrem. ,

março 30, 2021

QUE LÍNGUA FALAVAM OS PRIMITIVOS PEDREIROS?


 

        A história nos conta que a primeira organização documentada de pedreiros foram os "Collegia Fabrorum", criados pelo segundo Rei de Roma, o sabino Numa Pompílio, cerca de 700 anos antes de Cristo. 

    Também conhecemos o extraordinário legado do Império Romano à civilização ocidental. Entre muitos outros a religião cristã, o Corpus Juris Civilis do Direito Romano, a gestão do Estado, a administração das forças militares, a arte e ciência da construção, que deu origem às magníficas obras espalhadas por toda a Europa e a Asia e até os idiomas derivados do latim como o italiano, o portugues, o frances, o espanhol e o romeno.

    Aqui surge uma curiosidade. Que língua falavam aqueles primitivos pedreiros? Ainda não existia o idioma italiano naquela época. O latim clássico de Cícero e Julio César não era conhecido pela maioria dos cidadãos analfabetos do Império e só era utilizado pelas classes letradas, na Igreja e na política. O populacho falava uma língua simples que foi chamada de latim vulgar ou "latino popolare".

    A partir do século 14, na Toscana, os escritores e poetas passaram a utilizar a língua vulgar florentina na literatura. Assim foi com Dante, Petrarca, Boccacio e outros em suas esplendidas obras, mais tarde vertidas para quase  todos os idiomas do mundo.

    O que hoje conhecemos como Itália era uma colcha de retalhos de pequenos reinos, cidades-estado, ducados, condados, etc  que só foi totalmente unificada por Cavour e Garibaldi em 1861.Cada uma destas cidades-estado tinha um regime de governo diferente, falava idiomas diversos bem como eram diversas suas moedas e sistemas de medida.  . Conforme a região falava-se o idioma siciliano, o veneto, o romano, o fiorentino, o napolitano, o piamontese e dezenas de outros, que ainda hoje se mantém como dialetos. 

    Nesta época Florença (Firenze), capital da Toscana, era o centro cultural e econômico da Bota Italiana. A língua florentina não era só a idioma da literatura, mas também do comércio e da política. Os poderosos políticos, os ricos homens de negócios e a classe intelectual usavam este idioma para se comunicarem entre si. Desta forma, a lingua florentina e o idioma italiano passaram a significar quase a mesma coisa.

    Mas quando houve a unificação, depois de anos de violentos conflitos, criou-se um Estado, mas não havia uma língua nacional, uma vez que grande parte dos cidadãos não entendiam o florentino, ou não o falavam com desembaraço. Mesmo hoje apenas 75% da população conhece a versão que se firmou como a língua italiana, e milhões de pessoas ainda usam os seus dialetos regionais. 

    Então podemos imaginar que os pedreiros oriundos das diversas regiões da Bota, com dificuldades da compreensão recíproca, se expressavam e se entendiam por símbolos, que significam a mesma coisa para a maior parte das pessoas, independentemente do idioma que falam. E nós na maçonaria, fazemos a mesma coisa. Em qualquer local do planeta, em qualquer Loja, independentemente da língua falada, conhecemos os símbolos e as alegorias e nos sentimos em casa,

março 29, 2021

COMO FAZER CRESCER E FORTALECER A SUA LOJA MAÇONICA


- Participe de todas as reuniões. Seja um dos primeiros a chegar e um dos últimos a sair.

- Não recuse cargos ou responsabilidades. Seja voluntário e participe de todas as atividades, 

- Estude. Leia e aprenda. Pergunte. Tente decorar o  ritual ou pelo menos a parte da qual você participa.. Se na Inglaterra todos decoram os rituais você também pode.

- Viva a Maçonaria fora e dentro da Loja - 24 horas, 7 dias por semana, 365 dias por ano. Se puder procure ajudar os Irmãos que você conhece.

- Não seja vaidoso ou orgulhoso por ser maçom. Mais que um privilégio é uma oportunidade de , prestar serviço e exercitar humildade. Evite boatos, fofocas e maledicência.

- Convide candidatos a irmãos. Devem ser tão bons quanto aqueles que frequentam a sua casa.

- Pague suas mensalidades em dia. A Loja também é sua e quando alguém não paga penaliza os demais,

- Trate os irmãos como a sua própria família, pois é o que eles são; com consideração, estima e respeito.

- Honre o passado da maçonaria, preserve as tradições e a cultura da Loja.

- Lidere pelo exemplo. Seja a mudança que você deseja ver na Loja.

- Não pergunte o que a Maçonaria pode fazer por você; mas o que você pode fazer pela Maçonaria.

- Siga os Antigos Landmarks,  a Constituição e Regulamentos da Potência, Estatutos, Orientações e os  Rituais da Maçonaria devem ser o seu guia constante.

- Nunca veja uma situação como impossível. Aceite os desafios, supere todos os obstáculos e produza resultados positivos que beneficiam a todos.

- Incorpore ordem e decoro. Siga os rituais. Quando em Loja evite conversas paralelas durante as sessões. 

- Não abrigue ressentimentos contra qualquer irmão. Vá até ele e resolva o problema. Faça as pazes. Cure todas as feridas e fortaleça o vínculo que os une como verdadeiros irmãos.

PRINCIPIOS BÁSICOS PARA O RECONHECIMENTO DE UMA GRANDE LOJA

 



        Em 4 de Setembro de 1929, a Grande Loja Unida da Inglaterra aprovou as seguintes Princípios Básicos para Reconhecimento de Grande Loja, e uma Grande Loja que seja fiel a esses princípios é geralmente considerada regular:

        Regularidade de origem, ou seja, cada Grande Loja deverá ter sido estabelecida legalmente por uma Grande Loja devidamente constituída ou por três ou mais Lojas regularmente constituídas.

        Que uma crença no GADU e Sua vontade revelada será uma qualificação essencial para o ingresso.

        Que todos os Iniciados assumirão sua obrigação sobre ou em plena vista do volume aberto da Lei Sagrada, pelo qual se entende a revelação do alto, que é vinculante para a consciência do indivíduo em particular que está sendo iniciado.

        Que os membros da Grande Loja e das Lojas individuais serão exclusivamente homens; e que cada Grande Loja não terá qualquer relação Maçônica de qualquer tipo de Loja mista ou corpos maçônicos que admitam mulheres como membros.

        Que a Grande Loja terá jurisdição soberana sobre as Lojas sob seu controle; ou seja, que ela será uma organização responsável, auto governada e independente, com autoridade única e incontestável sobre a Ordem ou Graus Simbólicos (Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom) dentro de sua jurisdição; e de modo algum estará sujeita a, ou dividirá essa autoridade com um Conselho Supremo ou outro Poder reclamando qualquer controle ou supervisão sobre esses graus.

        Que as três Grandes Luzes da Maçonaria (ou seja, o Volume da Lei sagrada, o Esquadro, e o Compasso) estarão sempre exibidos quando a Grande Loja ou suas Lojas subordinados estão trabalhando, o principal deles sendo o volume da Lei Sagrada.

        Que a discussão de religião e política dentro da Loja seja estritamente proibida.

        Que os princípios dos Antigos Landmarks, costumes e usos do Ofício sejam estritamente observados.

março 28, 2021

O SEQUILHO COM GOIABADA

        



         Criei o costume de toda semana comprar sequilho com goiabada na padaria perto daqui de casa. Comê-lo bebendo um café sem açúcar tornou-se, sem exagero, um dos momentos mais deliciosos da semana (tirando o dia da coxinha com café). Mas a goiabada me incomodava. Não necessariamente ela, mas sua pouca quantidade. Era um pingo no meio do sequilho. Reclamei na padaria, chamei o padeiro de casquinha e tudo mais. 

        Outro dia, voltando para casa, passei pela padaria e, pra minha sorte, disseram que havia um sequilho especial pra mim. Lá estava, o meu sonho num sequilho de um real. Quase que completamente coberto de goiabada. 

        Chegando em casa, preparado o café e toda a ritualística necessária para consumir o apetecível sequilho, ocorreu que não comi nem a metade. Enjoei na segunda mordida. Doce demais, chegava a dar náuseas. 

        Dia seguinte, cheguei na padaria e lá estava: outro sequilho coberto de goiabada. Me ofereceram e, por vergonha de dizer que odiei o do dia anterior, comprei. Em casa, raspei a goiabada e comi. 

        O problema, o inferno, não era a goiabada nem o padeiro, era eu. Fui eu quem, amando o que amava, queria do meu jeito, sem entender que eu gostava era do jeito que era, porque se do meu jeito fosse, eu rejeitaria, enjoaria e até tentaria fazê-lo voltar a ser como era. 

        Assim fazemos com as pessoas também. No início as amamos como são, depois que estão conosco começamos a criticar, tentamos mudá-las, tentamos "colocar do nosso jeito", sem saber que nosso jeito são nossas projeções, pessoas que não existem, e que se existissem, enjoaríamos delas. 

        Assim fazemos com a maçonaria. Quando somos iniciados, estamos cheios de encanto. Quando viramos mestres apontamos os inúmeros defeitos e queremos mudar tudo.

        Transformamos para descartar, porque quando aquela pessoa muda, muito provavelmente quem gostávamos não está mais lá. 

        Essa semana voltei a padaria, pedi o sequilho sem goiabada e mandei avisar ao padeiro que o próximo texto quem escreve é ele, provavelmente virá algo de bom, ainda que não seja doce.

        Abençoados sejam meus amigos cada qual a sua maneira e o seu jeito de ser.

março 27, 2021

O CAVALO E O PORCO - UMA METÁFORA DE APADRINHAMENTO

 


        A vida corria tranquila na fazenda, os animais confraternizavam e o fazendeiro estava muito feliz até que um virus atingiu o cavalo favorito do dono, que enfraquecia a olhos vistos. O veterinário foi chamado, examinou e diagnosticou: - O cavalo está com grave virose. Vou lhe dar este remédio e aguardar três dias. Caso não melhore será necessário sacrfica-lo para que o virus não se espalhe. - O profissional aplicou o medicamento e foi embora. Enquanto isso, o porco escutava toda a conversa. 

        O porco aproximou-se do cavalo e lhe disse: - Força amigão, trate de reagir senão voce será sacrificado.

        No segundo dia, mais uma vez o porco disse: - Força meu amigo, reaja, eu vou ajuda-lo a se levantar.

        No terceiro dia, o veterinário retornou, examinou o animal e disse ao fazendeiro: - Infelizmente o cavalo não reagiu, Amanha terei de sacrifica-lo, e foi embora.

        O porco se aproximou e disse: - Vamos cara, é agora ou nunca. Coragem. Levante ou você vai morrer. Vamos. Upa! Upa! Força campeão. Vamos lá. Devagar. Isso! Isso! Levante! Ande! Boa! Agora corra! Isso! Você venceu!

        No dia seguinte, quando o veterinário e o dono chegaram viram o cavalo correndo. Muito feliz o dono disse: - Que maravilha, meu cavalo sarou, Isso merece uma festa. Vamos matar o porco.

        Se você já apadrinhou um amigo na Ordem que não honrou o avental, você infelizmente fez o papel do porco. O cavalo correu e ao porco sobra a frustração e o desencanto. Pense nisso cuidadosamente ante de apresentar alguém.. 

A ABREVIATURA NA MAÇONARIA ∴




Para manter os documentos maçônicos a salvo de profanos costuma-se fazer abreviaturas, através da apócope de palavras escritas, colocando-se logo depois do corte na palavra os três pontos em forma de um triângulo equilátero.

Existe um certo número de palavras que, abreviadas, são entendidas pelos Maçons. Não se pode fazer chegar ao excesso de abreviar indiscriminadamente, qualquer palavra, numa prática que vem tornando incompreensíveis os rituais, até para os próprios Maçons do rito.

Para formar as abreviaturas, existem duas regras fundamentais:

1 – O corte das palavras deve ser feito, sempre, entre uma consoante e uma vogal; pôr exemplo: Or∴ = Oriente. A única exceção a essa regra, é a palavra Irmãos, cuja abreviatura costumeira é Ir∴ Alguns autores costumam citar, também, como exceção, a palavra Aprendiz, cuja abreviatura seria Ap∴, ocorre, entretanto, que essa forma é errada, pois a abreviatura correta e mais usual é Apr∴

2 – O plural das palavras é feito através da repetição da letra inicial; pôr exemplo:

OOr∴ = Orientes; VVig∴ = Vigilantes; IIr∴ = Irmãos.

Existe, todavia, outra forma, menos costumeira, mas é usada por algumas Obediências europeias e que consiste em repetir a palavra abreviada, para indicar o plural; exemplos: Or∴Or∴= Orientes; Vig∴Vig∴= Vigilantes; Ir∴Ir∴= Irmãos.

As principais abreviaturas usadas, em Maçonaria, são:

Ac∴ = Acácia;  A∴ou Alt∴ = Altar;  A∴ dos JJur∴ = Altar dos Juramentos

A∴ dos PPer∴= Altar dos Perfumes; Apr∴ = Aprendiz;  Aters∴ = Atersata

Aum∴de Sal∴ = Aumento de Salário; Av∴ = Avental;  Bal∴ = Balaústre

Bat∴ = Bateria; Cad∴de Un∴ = Cadeia de União; Cam∴de Refl∴= Câmara de Reflexão

Chanc∴ = Chanceler;  Cobr∴ = Cobridor; Col∴ = Coluna; Col∴Grav∴= Coluna Gravada

C∴ = Companheiro; Comp∴ = Compasso; Cons∴ de Fam∴ = Conselho de Família

Delt∴ Rad∴ = Delta Radiante; Diac∴ = Diácono; Entr∴CCol∴ = Entre Colunas

Esp∴ = Espada;  Esp∴Flam∴ = Espada Flamejante; Estr∴ = Estrela

Estr∴Flam∴= Estrela Flamejante; Exp∴ = Experto; FF∴dd∴VV∴ = Filhos da Viúva

G∴d∴ L∴ = Guarda da Lei; G∴d∴T∴ = Guarda do Templo; Gr∴= Grande, ou grão

Gr∴M∴ = Grão Mestre;  Gl∴ = Glória; Hosp∴ = Hospitaleiro; Hospit∴ = Hospitalaria

In∴ = Iniciação; Ir∴ ou Irm∴ = Irmão; J∴ e P∴ = Justo e Perfeito; L∴da L∴ = Livro da Lei

Livr∴ ou L∴ = Livro (L∴ sozinho é mais para indicar a Luz)Maç∴ = Maçom

L∴das SS∴ EE∴ = Livro das Sagradas Escrituras; Loj∴ = Loja; Maçon∴ = Maçonaria; 

Maçon∴ Fil∴ = Maçonaria Filosófica; Maçon∴Simb∴ = Maçonaria Simbólica

M∴ de CCer∴ = Mestre de CerimôniasM∴de Harm∴ = Mestre de Harmonia

M∴ I∴ = Mestre Instalado; M∴M∴ = Mestre Maçom; N∴ = Nível; Obr∴ = Obreiro

Ob∴ = ObediênciaOf∴ = Oficina; Ofic∴ = Oficial; Ord∴ = Ordem; Or∴ = Oriente

Orad∴ = Orador; Orat∴ = OratóriaOc∴ = Ocidente; Pain∴ = Painel; P∴de P∴ =  de Passe

P∴S∴= Palavra Sagrada; P∴Sem∴ = Palavra Semestral; P∴M∴ = Past Master;

P∴M∴I∴ = Past Master Imediato (mais recente); P∴Mos∴= Pavimento Mosaico;

Peç∴de Arq∴ = Peça de Arquitetura;  Pot∴ = Potência; Pr∴ = Prancha; Pranch∴ = Prancheta;

Prof∴ = Profano; Prop∴ = Proposta; Perp∴= Perpendicular; Q∴P∴ = Quite-Placet

Reg∴ = Régua; Rit∴= Ritualística; Rit∴ e Lit∴ = Ritualística e Liturgia; Sagr∴ = Sagração;

Sal∴dos PP∴PPerd∴= Sala dos Passos Perdidos; Seren∴ = Sereníssimo; Simb∴ = Símbolo;

Sess∴Br∴= Sessão BrancaSess∴Econ∴ = Sessão Econômica; Saud∴ = Saudação

Sin∴de Ord∴ = Sinal de Ordem; Sin∴Gut∴ = Sinal GuturalSin∴Cord∴ = Sinal Cordial

Sess∴Esp∴= Sessão Especial;  Sess∴Magn∴ = Sessão Magna;  Secret∴= Secretaria

Sin∴ = Sinal; Sin∴ Ventr∴ = Sinal VentralSin∴ Pen∴= Sinal Penal; Sob∴ = Soberano;

Sob∴Gr∴Com∴= Soberano Grande Comendador; Subl∴Ord∴ = Sublime Ordem;

T∴de Del∴ ou T∴de D∴= Tábua de Delinear; Telh∴ = Telhar; Telhad∴ = Telhador

T∴de J∴ = Templo de Jerusalém; Tr∴ = Tronco; Traç∴ = Traçado;

Tr∴de Benef∴ = Tronco de BeneficênciaTr∴Fr∴Abr∴ = Tríplice Fraternal Abraço;

Tr∴GGr∴LL∴EEmblem∴= Três Grandes Luzes EmblemáticasTriang∴ = Triângulo;

Tr∴de Sol∴ = Tronco de Solidariedade; Trolh∴ = Trolhar; Un∴ = Universo;

V∴M∴ = Venerável Mestre; Vig∴ = Vigilante

Além dessas palavras, rigorosamente de acordo com a regra número um, para abreviaturas, existem certas locuções que, embora em desacordo com a referida regra, foram consagradas pelo uso, tais como:

G∴A∴D∴U∴ = Grande Arquiteto do Universo; o correto Seria Gr∴A∴do U∴, ou Gr∴Arq∴do Un∴. Antigos impressos maçônicos registram Gr∴Arch∴do Un∴ (na ortografia antiga, e de maneira absolutamente correta; mais modernamente é que surgiu a forma incorreta).

À∴G∴D∴G∴A∴D∴U∴ = À Glória do Grande Arquiteto do Universo; a abreviatura é duplamente incorreta: primeiramente, porque coloca os três pontos depois da “`a”, onde não houve corte de palavra; e segundo, porque a abreviatura correta de Glória é Gl∴(assim como de Grande é Gr∴). Desta maneira, o correto seria: À Gl∴do Gr∴A∴do U∴, ou À Gl∴do Gr∴Arq∴do Un∴.

T∴e F∴A∴ = Tríplice e Fraternal Abraço; a abreviatura é incorreta, pois o certo seria Tr∴e Fr∴Abr∴ (abreviatura A∴ é mais utilizada para Altar).

A∴R∴L∴S∴ = Augusta e Respeitável Loja Simbólica; a abreviatura é duplamente incorreta, porque elimina o “e” e porque faz o corte da palavra “Augusta” entre duas vogais. Assim, o correto seria Aug∴ e R∴ L∴S∴, ou Aug∴e Resp∴Loj∴Simb∴ (esta última é mais certa, já que o “S” é mais reservado para “Sul” e “L” para “Luz”).

Outras locuções, além de algumas já citadas na relação inicial, totalmente corretas são:

S∴F∴U∴= Saúde, Força, União.

A∴V∴L∴= Ano da Verdadeira Luz (embora o certíssimo fosse A∴da V∴L∴).

A∴L∴= Anno Lucis. (Ano da Luz)

E∴V∴= Era Vulgar.

T∴S∴= Taça Sagrada.

A∴R∴= Arte Real.

R∴E∴A∴A∴= Rito Escocês Antigo e Aceito (embora o certíssimo fosse R∴E∴A∴e A∴).

L∴de S∴J∴= Loja de São João (alguns grafam L∴S∴J∴, forma não corretíssima, pela falta do “de”).

L∴J∴P∴R∴= Loja Justa, Perfeita e Regular (o correto seria L∴J∴P∴e R∴).

Q∴ de O∴= Quadro de Obreiros.

T∴J∴ e P∴= Tudo Justo e Perfeito.

De N∴a S∴, do Or∴ao Oc, do Z∴ao N∴= De Norte a Sul, do Oriente ao Ocidente, do Zênite ao Nadir.

MM∴IIr∴C∴T∴M∴R∴= Meus Irmãos como tal me reconhecem.

C∴do M∴= Câmara do Meio.

L∴I∴Fr∴= Liberdade, Igualdade, Fraternidade (a forma L∴I∴F∴é errada).

T∴do R∴S∴= Templo do Rei Salomão.

S∴F∴B∴= Sabedoria, Força, Beleza.

S∴S∴S∴= Salus, Sapientia, Stabilitas (locução latina, que significa Saúde, Sabedoria e Firmeza, ou Estabilidade). Não é como muitos pensam, dizem e praticam, “Saúde, Saúde, Saúde”.

 

Bibliografia:

Dicionário de Termos Maçônicos - José Castellani