abril 14, 2021

D. PEDRO II E OS JUDEUS

 



Com a chegada da Corte portuguesa ao Brasil, país hospitaleiro por excelência, processaram-se diversas e rápidas mudanças e uma grande modernização na cultura estabelecida da época. Desde o início do século XIX, tais mudanças já vinham sendo observadas e viriam a favorecer os imigrantes de diferentes religiões, proibidas ou mal recebidas até então.

Em 1810, foi assinado o Tratado de Aliança e Amizade com o Reino Unido, o maior parceiro comercial de Portugal, para favorecer os súditos ingleses que professavam a religião protestante. No artigo XII do decreto rezava que:

-A religião católica apostólica romana continuará a ser a religião do Império.

-Os vassalos de sua Majestade Britânica não serão molestados por causa de sua religião.

-Todas as religiões serão permitidas, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de Templo e semelhantes a casas de habitação.

-Ninguém pode ser perseguido por motivo de religião, uma vez que respeite o Estado, e não ofenda a moral pública.


Se desde 1808, judeus marroquinos, fugindo de humilhações e até de confisco de bens, já haviam começado a se estabelecer na Amazônia. O novo decreto veio incentivar a vinda de mais e mais imigrantes judeus de várias nacionalidades, principalmente ingleses e franceses. Além de Samuel & Philips, firma inglesa cujos proprietários judeus faziam parte de um grupo de elite, composto por industriais, profissionais liberais e comerciantes, Bernard Wallerstein, o mais famoso deles, fundou na Rua do Ouvidor, Rio de Janeiro, uma elegante casa de moda feminina que vendia desde calçados a jóias de grande valor, tornando-se o maior fornecedor da Casa Imperial, por isso mesmo festejado e admirado.


Pouco a pouco os judeus foram ocupando o seu lugar na sociedade, sendo que em 1824, com a independência do Império do Brasil, e com a nova Constituição, que garantia total liberdade religiosa, abriram-se as possibilidades aos imigrantes de se estabelecerem definitivamente na nova pátria.


No segundo Império, D. Pedro de Alcântara Imperador do Brasil, estudioso de línguas e grande admirador da cultura judaica, cultivava várias amizades entre os judeus. Poliglota que era, além do hebraico (que dizia ser sua língua preferida), falava francês, inglês, italiano, grego, árabe e conhecia o sânscrito e a língua tupi.


Consta que o seu interesse pelo hebraico, veio por acaso, quando encontrou em um banco do Jardim do Palácio São Cristóvão, uma gramática hebraica esquecida por um missionário sueco, que sendo convocado ao Palácio, aceitou iniciá-lo na língua. Porém o seu primeiro professor de hebraico foi o judeu sueco Aker Blom, por volta de 1860. Fazendo progressos extraordinários, costumava dizer que, dedicava-se ao estudo do hebraico para melhor conhecer a história, a literatura judaica e os livros dos Profetas.


Em 15 de novembro de 1873, foi agraciado com o Grande Diploma de Honra por seus trabalhos, por intermédio do Grão-rabino Benjamim Mossé, Oficial da Instituição Pública Francêsa de Avignon, que o considerava um filósofo e um sábio.

 Mosséh e o Barão do Rio Branco, mais tarde, foram autores de uma de suas biografias.


 Em 1887, recebeu no Palácio, com uma bela recepção, uma delegação de judeus da Alsácia e Lorena. Na ocasião o imperador surpreendeu a comitiva, falando-lhes em hebraico clássico, que nem todos conheciam.
Visitou a Palestina, esteve em Jerusalém três vezes e escrevendo a amigos, assim a descreveu:


- Jerusalém, Jerusalém, pela sua posição elevada, domina quase toda a Terra Santa e produz o efeito mais surpreendente, qualquer que seja o lado pelo qual se lhe aproxima.

Anotando também em seu diário:
-Vou ao Monte das Oliveiras, ver os judeus orando junto à Muralha do Templo.


D. Pedro foi o precursor dos estudos hebraicos no Brasil e mesmo depois de abdicar, continuou suas pesquisas. Fez versões de Camões para o hebraico e traduziu parte do Velho Testamento para o latim, dentre elas o Cântico dos Cânticos, Isaías, Lamentações e Jó.


Em 1891 publicou um livro com versões de poesias judaicas. No Museu Imperial de Petrópolis, existe um excelente acervo de documentos, trabalhos manuscritos com versões do Hebraico para o grego, inglês, português e outras tantas línguas, e registros em seu diário, contando das grandes amizades que cultivava nos meios judaicos.


O imperador viajava sempre que possível e em todos os lugares por onde passava procurava conhecer e visitar as sinagogas, fazendo anotações e assistindo ao Shabat. Conta-se que, em uma dessas sinagogas, na América do Norte, quando abriram a Torá, ele não só a leu com desenvoltura, como traduziu o texto do livro de Moisés, e com tanto desembaraço que surpreendeu a todos.

A morte de D. Pedro em 05 de dezembro de 1891 provocou um momento de tristeza para muitos judeus de todo o mundo, com os quais se correspondia e tinha como amigos.


Dele falou o rabino Mosséh:
- D. Pedro foi uma das mais admiráveis figuras de nossa época moderna... Ele não somente amava nossa língua, mas nos amava, elogiava as virtudes do nosso povo e indignava-se com o antissemitismo.
E assim a história de D. Pedro II é mesclada à história dos judeus no Brasil do século XIX e, como muitos deles, teve que morrer longe de sua terra natal.

SABE DE ONDE VEM O SEU SOBRENOME ?




Você com certeza já ouviu falar do famoso cientista judeu Alberto Pedroso ou do pai da psicanálise, Sigismundo Alegria. Se for brasileiro, certamente já ouviu falar do famoso Rabino Henrique Oliveira. Em tempos mais antigos os nomes e sobrenomes normalmente eram traduzidos quando você mudava de pais, embora hoje, já não tenhamos mais tal costume.

Alberto Pedroso é a tradução do nome Albert Einstein, Sigismundo Alegria é a tradução de Sigmund Freud, e Henrique Oliveira é a tradução do nome do famoso Rabino Henry Sobel. Como você pode ver, em suas línguas originais, estes nomes e sobrenomes não são tão cheios de pompa como parece para nós, à primeira impressão. Em seus países de origem estes nomes soam exatamente como nesta tradução para o português.

É engraçado que quando um judeu (Ben Anussim) com sobrenome Oliveira, Machado, Moraes ou Guimarães aparece, as pessoas duvidam de sua judaicidade e chegam a pensar, de primeira impressão que são católicos. Entretanto é fato histórico, que muitos, pra não dizer a maioria, dos brasileiros e portugueses com estes sobrenomes tem tanto ou até mesmo mais sangue judeu que os famosos Hoffman (Lavrador), Mayer (Fazendeiro), Goldstein (Minerador de ouro), Zimmermann (Carpinteiro), Silverstein (Pedra de prata), Roth (Vermelho), Krantz (Coroa), Baumann (Agricultor) ou Handel (Comerciante).

Assim como muitos Oliveira ou Pereira não tem uma só gota de sangue judeu, também incontáveis Hoffman ou Goldstein a não tem. Muitos dos sobrenomes germânicos e de outras origens ashkenazi tem equivalentes a sobrenomes muito comuns em descendentes de judeus portugueses. Exemplos muito interessantes são nomes como Pedroso (Einstein), Rocha (Stein) ou mesmo Oliveira (Zait, Zaiten, Zeiti, Zveibel, Zeituni, Zvibel, Svibel, Sobel). Nenhum destes se encontra no Tanach (Bíblia Hebraica) e nem mesmo entre os sobrenomes dos judeus na Antiguidade (até porque os judeus não usavam necessariamente algo que se possa chamar de sobrenome). Todos estes são nomes adaptados com o tempo (ou forçados com as circunstâncias, em especial com a Inquisição), que não tem nada de essencialmente "judaico". O que muda destes sobrenomes tidos por judaicos e os portugueses? Apenas o idioma.

De acordo com a tradição da família Oliveira (Olivarez, Oliva, Benveniste, Bienveniste, Benvenist, Del Medico, Epstein, Horowitz e Segall), pouco antes da destruição de Jerusalém em 70 E.C., uma família de Levitas descendentes de Corá, filho de Yitzhar (Izar), filho de Qehat (Coate), filho de Levi, descendente do profeta Samuel, fugiu de Arimatéia (antiga Ramatayim Tzofim, hoje Rantis, Cisjordânia) e se dirigiu para a península ibérica (Hispania Romana ou Sefarad, para os judeus), fixando-se no que viria a ser conhecido como Gerona, atualmente na Catalunha. Com o passar de vários séculos, e com o irrompimento da Inquisição na Idade Média, essa família, que na ocasião tinha o sobrenome BENVENISTE, mudou-se para Cávia (Oliva-Cávia) e posteriormente para o norte de Portugal, região do Minho, e, para marcar o local de origem e o clã levítico ao qual pertencia a família, idealizaram um sobrenome parecido a um criptograma: oLiVeYra, ou Oliveira, por tem as consoantes de LEVY. Por serem descendentes de Yitzhar (Izar) ou Izaritas (Yitzhar, em hebraico, que está relacionado ao óleo de oliva), e pelo fato de que a oliveira produz o fruto do qual de extrai o azeite antigamente utilizado na unção sacerdotal, tal sobrenome OLIVEIRA era bastante apropriado.

A seguir, vejamos a árvore genealógica da família de Levitas descendentes de Yitzhar, de Ramatayim Tzofim, região de Efrayim, da qual provém a família OLIVEIRA, contada de Shmuel (Samuel) para trás:

"Shmuel (profeta Samuel), filho de Elqanah (Elcana) e sua esposa Hanna (Ana), filho de Yerohham, filho de Eli'el, filho de Toahh, filho de Tzif, filho de Elqanah, filho de Mahhat, filho de Amasai, filho de Elqanah, filho de Yo'el, filho de Azariah, filho de Tzefanyah, filho de Tahhat, filho de Assir, filho de Aviasaf, filho de Qórahh (ou Corá) Ha-Levy, filho de Yitzhar (Izar), filho de Qehat, filho de Levy, filho de Ya'aqov (Yisra'el), filho de Yitzhhaq (Isaac), filho de Avraham, filho de Térahh, filho de Nahhor, filho de Serug, filho de Re'u, filho de Péleg, filho de Éver, filho de Shélahh, filho de Qeinan, filho de Arpakhshad, filho de Shem (Sem), filho de Noahh (Noé), filho de Lámekh, filho de Metushélahh (Metusalém), filho de Hanokh (Enoque), filho de Yéred, filho de Mahalal'el, filho de Qeinan, filho de Enosh (Enos), filho de Shet (Sete), filho de Adam (Adão), filho de Deus."




A REGULARIDADE MAÇÔNICA E A CRENÇA EM DEUS





         Desde 1877 o Grande Oriente de França e o Grande Oriente da Bélgica, embora suavizando a sua posição relativa à crença em Deus e em sua revelação, mantêm vivos os princípios que levaram estas duas Potências à "SUMMA DIVISIO", que separou em definitivo a nossa Ordem em duas: uma regular, e outra irregular. Uma, que mantém o dogma da crença no Grande Arquiteto do Universo e outra que, em nome - falso, como veremos - da Constituição de Anderson, aceita em suas Lojas ateus, irreligiosos e mulheres.
 
           Recapitulando, em seu artigo primeiro, sub-dividido em dois parágrafos, a Constituição de Anderson diz:
 
        "Um maçom é obrigado a obedecer à lei moral; e se ele bem entender da arte, jamais será um estúpido ateu nem um libertino irreligioso".

        "Posto que nos tempos antigos os maçons tivessem a obrigação de seguir a religião do próprio país ou nação, qualquer que ela fosse, presentemente julgou-se mais conveniente obrigá-los a praticar a religião em que todos os homens estão de acordo, deixando-lhes plena liberdade às convicções particulares. Essa religião consiste em serem bons, sinceros, honrados, de modo que possam ser diferenciados dos outros. Por este motivo, a Maçonaria é considerada como o CENTRO DE UNIÃO e faculta os meios de se estabelecer leal amizade entre pessoas que sem ela não se conheceriam".
                                                          
      É a este Artigo da Constituição de 1723 que franceses,  belgas e simpatizantes se agarram para continuarem praticando a sua Maçonaria particular e irregular.
 
      O que acontece é que eles se apegam ao segundo parágrafo da Constituição de Anderson e esquecem totalmente do que diz no primeiro parágrafo, isto é: o maçom não pode ser nem ateu, nem irreligioso.
 
          Baseiam-se no segundo parágrafo, que também não os ajuda. Se não vejamos:
 
        "Nos tempos antigos, os maçons tinham a obrigação de seguir a religião de seu país ou nação". No ocidente, esta religião era cristã: católica, anglicana ou protestante. Todas estas versões do cristianismo têm como dogma a crença em Deus.
 
        O que acontece é que desde o final do sec. XVIII e, sobretudo, no começo do sec. XIX, por influência dos filósofos iluministas houve uma natural tendência para o ateísmo: "Do cristianismo ao deísmo, do deísmo à neutralidade simpática, da neutralidade simpática à neutralidade hostil, da neutralidade hostil ao laicismo, do laicismo ao ateísmo declarado". Foi justamente esta escalada descendente o que aconteceu em algumas Potências maçônicas da Europa e da América Latina, no séc. XIX, sobretudo no Grande Oriente de França, líder incontestável deste movimento que desembocou na mudança da sua Constituição em 1877. Na realidade, este foi o resultado da ação de uma facção minoritária, mas ativa que, sendo minoria, conseguiu impor suas idéias a maioria acomodada.
 
        Este processo começou pela infiltração nas Lojas do GOF das idéias dos Iluminados da Baviera, seguidos dos Filadelfos e dos Carbonários, seguidos pelos irreligiosos e ateus, como por exemplo Littré, Proudhon, que era ateu, e que a partir de determinado momento, conseguiram impor as suas idéias. Proudhon, por exemplo, durante sua iniciação, respondeu assim à pergunta ritualística que lhe fizeram: "Quais são os seus deveres para com Deus"? A sua resposta não deixou margem para dúvidas: "A guerra". Apesar disso, foi iniciado em 8.06.1847. Estes e outros fatos semelhantes acabaram arrastando o GOF para fora da Tradição da Ordem, quando eliminou de sua Constituição, em 1877 o seu artigo primeiro que exigia a fé em Deus e na imortalidade da alma.
 
          As Grandes Lojas Unidas da Inglaterra, Escócia e Irlanda, e todas as demais Obediências a elas aderentes, romperam relações com o GOF, e estas relações permanecem rompidas até hoje, não tendo sido nunca mais restabelecidas, apesar das várias tentativas do mesmo Grande Oriente de França em restabelecê-las. 
    
        Assim ocorreu o grande CISMA, do qual se originaram duas grandes correntes maçônicas. Tanto numa corrente quanto na outra existem maçons cultos, de destaque e de boa vontade. Cada um deles apresenta sempre fortes argumentos para defender os seus pontos de vista.
 
        A verdade é que em 1877 ocorreu o CISMA, com a introdução da "VOIE SUBSTITUTÉE", isto é, a eliminação oficial de Deus - o teicídio - da Constituição do GOF, em Assembléia Geral desta Potência, começada em 10.09.1877, estando presentes 180 delegados das Lojas da Obediência. Na quinta sessão desta Assembléia foi posto na Ordem do Dia o pedido de alteração do art. 1º da Constituição, que suprimia a declaração nela contida de que "a Maçonaria francesa professa como princípio fundamental a crença em Deus e na imortalidade da alma". 

        Imaginem agora se o relator desta proposta poderia ser, como de fato foi, o pastor protestante Frederico Desmons, a quem se atribui esta supressão. Sob o argumento de que a Maçonaria deveria "proclamar a absoluta liberdade de consciência", este pastor negou tudo aquilo que pregava em sua igreja. Na verdade, este radical tornou-se apóstata em sua igreja e na sua morte não teve exéquias maçônicas, só as puramente civis, tendo sido a sua carreira política a de um radical da III República.
 
            A nova redação do art. 1º da Constituição do GOF ficou assim:
 
        "A Maçonaria não exclui ninguém por suas crenças. A Maçonaria, instituição essencialmente filantrópica, filosófica e progressista, tem por finalidade a busca da verdade, o estudo da moral universal, das ciências e das artes e o exercício da beneficência. Tem por princípio a liberdade absoluta de consciência e a solidariedade humana. Tem por divisa: liberdade, igualdade, fraternidade".
 
       O "TEICÍDIO", isto é, a morte da exigência na crença em Deus  foi aprovada por dois terços da Assembléia votante.  Deste modo, foram eliminados dos rituais do GOF todas as orações e alusões a Deus, o Grande Arquiteto do Universo. Como conseqüência imediata, ocorreu o rompimento com a Maçonaria autêntica, ortodoxa e universal que tem a sustentá-la as três Grandes Lojas Unidas da Inglaterra, da Escócia e da Irlanda e todas as demais Potências que proclamam a crença em Deus.
 
    Aqui no Brasil, o Grande Oriente do Brasil, em 1908, submeteu à apreciação das Lojas a seguinte tese:
"O atual momento histórico exige a simplificação dos rituais, de modo a que domine no interior de todos os templos o princípio da mais larga tolerância, abrigando no meio da Maçonaria os deístas e os ateus, os sectários de quaisquer religiões e os livres-pensadores".
 
É claro que esta "tese" não passou de uma tentativa dos adeptos do Rito Moderno, o Rito Oficial - e único - do Grande Oriente de França, de seguir os mesmos passos daquela Potência e de suas aderentes de então, principalmente os Grandes Orientes da Bélgica, da Hungria e da Itália.
 
Todos sabemos o que pensa a grande maioria dos maçons brasileiros a respeito de Deus e da imortalidade da alma.
 
Este meus Irmãos é um breve resumo da história dos fatos que racharam a Maçonaria de Anderson, de Desaguilliers (principalmente deste) e de Frederico Desmons. Todos três pastores de igrejas cristãs.

 
Antonio Rocha Fadista - MI

PALESTRA NA ARLS SÃO VICENTE 306

 



            No dia 13 de abril retornei à ARLS São Vicente 306, na bela cidade do mesmo nome, aliás a primeira cidade do Brasil, para realizar a palestra virtual "O caminho da felicidade", a convite do VM Nelson da Costa Filho. Eu havia estado há onze meses na mesma Loja para outra palestra, "Maçonaria de Isaac Newton à internet" e os irmãos do quadro me honraram com este
novo convite para nova palestra. Agradeço ao Venerável Mestre Nelson da Costa Filho pela fidalga recepção. 




abril 13, 2021

PALESTRA NA ARLS MONTANHESES LIVRES DE JUIZ DE FORA, MG




Realizei na noite de ontem, dia 12 de abril de 2021 a palestra O Caminho da Felicidade na ARLS Montanheses Livres da bela cidade de Juiz de Fora, a convite do VM Ilan Caiafa Soares, a quem agradeço a gentl recepção.

Cerca de 50 irmãos, de várias cidades, participaram da live. A Loja se comprometeu a fazer uma doação a instituições de beneficência da cidade, como agradecimento pelo evento.

O irmão poeta Adilson Zotovici, assistiu a palestra e escreveu em um grupo: "...aprendi mais uma com o Mestre Michael, ao explicar-nos o porque de ele usar "acrósticos", sublimando a força das letras, das palavras", e ato contínuo compos um poema, que muito me honra  referente à palestra, que apresenta a Cabalá através do Notariqon cabalistico, ou seja, da vibração e misticismo da letras iniciais, dos acrósticos, com a dedicatória: De Adilson Zotovivi ao Mestre Michael Winetzki, pela forma de enfatizar "o verbo em seus sábios escritos.

Assimila obreiro erudito
Com sapiência notória
Regular feito, bom rito
Onda verbal, vibratória,
Saída d'algum escrito
Tornada declamatória
Inda que inaudito
Com força peremptória..
O Verbo, poderoso, bendito

Por sua vez, o erudito irmão Newton Agrella, comentando o poema, escreve:

"Nosso poeta maior Adilso Zotovici, sempre nos brindando com seu talento, criatividade e sabedoria.
Desta vez, inspirado em nosso notável Ir.; MICHAEL, ele consstruiu versos a partir de uma estrutura poética e literária chamada Acróstico.

E cabe lembrar nessa história que o termo acróstico tem sua origem no grego "akrostikhis", cuja tradução, literalmente significa "verso na extremidade"

É exatamente nessa construção de imagem, na justaposição das letras e na arquitetura e disposição das mesmas, que se consegue com rara inteligência, empreender uma mensagem a partir de uma imagem.

Só nos resta aplaudir."

DESEJO E ESFORÇO


Muitas vezes nós fazemos a ação física necessária para fazer com que as coisas aconteçam, mas a questão principal que nos impede de progredir é não ter o desejo verdadeiro.
Podemos desejar ser bem-sucedidos ou felizes, mas não desejamos participar do trabalho que é preciso para chegar lá.
Podemos desejar emagrecer ou nos libertar de vícios, mas não desejamos fazer o esforço queé preciso para vencer os nossos desafios.
 Podemos até desejar a grandeza, mas não desejamos risco e vulnerabilidade, então preferimos continuar pequenos e presos.
Nós desejamos coisas poderosas, mas será que desejamos a responsabilidade que vem com isso?
Por quê?
A falta é um catalisador para o desejo verdadeiro.
E o desejo verdadeiro é a chave para se alcançar o nosso propósito neste mundo.
Então, você tem duas tarefas:
1) Nas áreas de sua vida em que lhe falta desejo – aprecie o que você tem em vez de se concentrar naquilo que você não tem. A apreciação aumenta suas benções. A falta de apreciação faz com que elas se dissipem.
2) Nessas mesmas áreas em que lhe falta desejo – chegue à questão principal.
Você está fugindo da responsabilidade? Com medo do fracasso? Com preguiça?
Se você conseguir trabalhar na questão principal, seu desejo vai aumentar com grande velocidade.
Você muito provavelmente vai ver que seu esforço e risco valem a pena.
 
Por: Yehuda Berg

abril 12, 2021

QUAL É A VERDADEIRA CURA?




Antes de entendermos a cura, temos que entender a doença, para nunca mais ficarmos doentes de novo.
Segu
ndo a Cabala, toda e qualquer doença, desde do pequeno resfriado até o câncer mais terrível, se origina no mundo espiritual.
Quando nos comportamos negativamente – pessimismo, dúvida, medo, baixa auto estima, raiva, orgulho, egoísmo, estado de vítima, etc. – nós nos desconectamos da Luz do Criador, e essa desconexão cria um “espaço” onde a doença pode entrar e plantar dor, caos e sofrimento na vida da gente.
Olhemos para alguma área da nossa vida hoje que esteja com algum tipo de caos. Achamos que isso começou quando?
Quando nosso chefe nos colocou pra fora do emprego? Ou quando nosso filho conheceu um “amiguinho” e começou a usar drogas? Quando nosso amigo nos roubou? Quando a nossa pressão subiu demais?
Não.
A Cabala ensina que Nada que acontece nesse mundo físico pode ser considerada a Causa, apenas o Efeito! Tudo que vemos acontecer conosco aqui no mundo físico é considerado apenas o efeito.
Então, o que ou quem pode ser considerado a causa?
Nossas ações. Nossos pensamentos. Nossas palavras.
Somos 100% responsáveis por tudo que acontece conosco.
Tudo começa em nossa mente. E tudo termina em nossa vida.
Falamos da doença (que é uma desconexão com a Luz do Criador) e agora falemos da cura.
A Cura, segundo os Cabalistas, é a conexão Constante e Progressiva com a Luz! Temos que não só nos mantermos conectados com a Luz, mas também, aumentarmos e melhorarmos essa conexão a cada dia, a cada momento!
Quanto mais conectado mais bênçãos, proteção, boa sorte e plenitude poderemos ter em nossas vidas.
Quando estamos conectados com a Luz do Criador, nada em nosso corpo, mente e qualquer área da nossa vida pode ficar doente

abril 11, 2021

A OBEDIENCIA CEGA É INÚTIL E INGLÓRIA


        A obediência cega aos rituais sem o entendimento dos princípios da maçonaria é inútil e inglória.

        Por seus princípios e  história a Maçonaria é uma instituição admirável. Destacam-se como seus princípios fundamentais o culto permanente à virtude e o combate  incessante aos vícios.

        Na história de muitas nações  a maçonaria participou ativamente das lutas pela liberdade e pela independência e pela defesa aos direitos humanos.

        A defesa permanente da fraternidade universal e o combate sem trégua as ideologias e ações que atentem contra a dignidade do homem e à ética nas relações de convivência, dentre outras, justificam a sua existência.

        Por isso é fundamental que todos aqueles que através da Iniciação penetram nos mistérios da Maçonaria, possam conhecer e interpretar seus símbolos e alegorias. Não se pode entender que o Maçom não saiba o significado da ritualística que pratica e da liturgia dos diversos atos maçônicos.

        Se o Maçom não sabe o significado real de sua Iniciação e o que significam os símbolos que ornamentam o interior de uma Loja Maçônica; jamais poderá fazer progresso na Sublime Ordem e o que é pior inapelavelmente, por não saber o que está fazendo na Maçonaria, seu desinteresse e sua inércia só concorrerão para a fragilização da Instituição.

       O iniciado deve cumprir os sagrados juramentos que faz e os compromissos a que se submete, tem que tomar posse de seus postulados, e precisa conhecê-la bem para poder amá-la e contribuir para o fortalecimento de sua existência.

        A Maçonaria não é mais aquela sociedade secreta que gerou intrigas, inveja, perseguição  e até a condenação da Igreja Católica Apostólica Romana. Conseguimos preservar a forma de comunicação entre os Maçons e apesar da devassa da Internet, o ritual e o desenrolar das sessões ainda estão preservados. Mas principalmente, é uma Escola de Conhecimento.

        Os conhecimentos adquiridos conduzem o Maçom à senda da Perfeição, da Justiça, da Moral e dos Bons Costumes; se praticados dentro de um Templo interior, que denominamos de Cátedra Maçônica, que em nossa interpretação é o Templo Sagrado onde o Irmão eleva-se espiritualmente, em presença do Ser Onisciente e Onipotente, e isso é o que difere de uma cátedra comum no mundo profano.


abril 10, 2021

FIZ ISSO PORQUE EU SOU MAÇOM




Certa vez um velho maçom estava indo para o interior em seu carro, para visitar uma tia doente. A viagem estava tranquila até que ao cair da noite seu carro teve problemas mecânicos. O velho maçom abriu o capô mas nada pode fazer, ao sacar o celular notou que estava sem sinal de rede.

 Quase sem saber o que fazer surge um farol ao fundo na estrada, para o seu alívio.

  Aparece um senhor, vestimenta humilde e rústica. E se dispõe a ajudar o velho Maçom.

O Anfitrião rebocou o carro do Maçom e o levou até sua casa.

 Chegando la preparou o Jantar e deu de comer e beber ao velho Maçom. Beberam um vinho e conversaram até tarde. O indicou para que tomasse um banho e depois lhe mostrou o quarto para descansar e dormir.

No dia seguinte ao acordar, o velho maçom encontra o café da manhã na mesa. Então sentou-se fez a refeição.

 No término da refeição matinal ele escuta o barulho típico de seu carro e vai para fora. E ficou espantado e feliz pelo fato do amigo anfitrião ter arrumado seu carro.

 Ao sair o velho Maçom agradeceu pela acolhida e pelo conserto do carro. Mas uma dúvida lhe veio a mente e Então ele perguntou:

 -Meu Amigo, fizeste tudo isso por mim pois notaste em meu anel e no adesivo do carro que Eu Sou Maçom?

E então o velho sujeito do interior, de modo simples lhe responde:

-Não meu caro, eu fiz isso porquê EU SOU MAÇOM. 

abril 09, 2021

JESUS ERA MAÇOM ? - A IMAGINAÇÃO DELIRANTE...




Por José Castellani, um dos maiores maçonólogos do Brasil

Emanuel foi o nome dado a Jesus ao vir ao mundo. Era um menino possuidor de alta inteligência, Q.I. bastante alto. Na ordem maçônica dos essênios só era permitido iniciar candidatos com idade mínima de dezessete anos: Emanuel, com doze anos de idade, procurou ingressar na Ordem Maçônica, mas como não era permitida Iniciação com aquela idade, os padres essênios levaram-no para educa-lo numa escola na Alexandria. Quando completou dezessete anos, Emanuel foi iniciado na Ordem Maçônica dos essênios. 

Os Maçons receberam nomes simbólicos em suas Iniciações, Elevações e Exaltações a depender do Ritual utilizado pela Loja. Emanuel, em sua Iniciação, recebeu o nome simbólico de Jesus que quer dizer JUSTO, e na Exaltação recebeu o nome simbólico de CRISTO, que significa PERFEITO. Até a idade de dezessete anos só era conhecido pelo seu nome profano, Emanuel.

 A Exaltação de Jesus ou seu ingresso no terceiro Grau, da Ordem Maçônica dos essênios ocorreu no dia vinte e cinco de dezembro do ano trinta. 

Os Reis Magos também eram maçons. Os seus nomes simbólicos eram: Gaspar, Melchior e Baltazar. Gaspar era Rei da Índia, Melchior, Rei do Egito, Baltazar, Rei da Babilônia. Eles estiveram presentes às solenidades de Exaltação de Emanuel. 

Emanuel nasceu em vinte e três de dezembro do ano um. Os Reis Magos não estiveram presentes no nascimento de Emanuel e sim em sua Exaltação na Ordem Maçônica. Jesus foi um grande maçom. Tudo foi tão JUSTO E PERFEITO com Jesus Cristo, que tornou-se muito mais conhecido na história da humanidade pelos seus nomes simbólicos --- Jesus, Cristo --- do que pelo seu nome profano, Emanuel.

 A Iniciação na Maçonaria dá-se no primeiro Grau, a Elevação no segundo Grau e a Exaltação no terceiro Grau. Já sabemos que no primeiro Grau, Emanuel recebeu o nome simbólico de Jesus e de Cristo no terceiro. O segundo Grau era também conhecido como o Grau de profeta. Nesse Grau Jesus recebeu o nome simbólico de Issa. 

Jesus foi nosso Irmão, iniciado numa Loja essênia 

* * 

O primeiro texto está inserido no certificado de presença de uma Loja brasileira, sem que conste o nome de qualquer autor, ou bibliografia. O segundo texto fez parte de uma palestra feita por um antigo maçom. Asas à imaginação!

* * *

A REALIDADE HISTÓRICA 

Dificilmente são vistas tantas informações sem qualquer compromisso com a verdade histórica, que vive apenas de fatos e não de especulações. Alguns tópicos merecem uma análise mais profunda:

1. Emanuel foi o nome dado a Jesus ao vir ao mundo. Era um menino possuidor de alta inteligência. Q.I. bastante alto.

Inicialmente, cabe perguntar como é que se media o Q.I. há 2000 anos, já que essa prática é recente, do século XX. Em segundo lugar, é necessário esclarecer que Emanuel --- que, realmente, significa Deus conosco--- foi o título pelo qual o profeta Isaías chamou o Messias que viria, como se pode constatar em Isaías, 7 14 e em 8-8 e em Mateus 1 23:

O nome do Messias, na realidade, era mesmo Jesus, forma latina da palavra hebraica Ieshua, que significa Salvador. E existiram, na História hebraica, outros homens com esse nome: um Jesus, sumo sacerdote, depois do exílio na Babilônia (538 a.C.); um Jesus, chamado o Justo, louvado por Saulo (S. Paulo) como auxiliar no reino de Deus: e um Jesus, filho de Sirac, autor do Eclesiastes.

2. Na ordem maçônica dos essênios só era permitido iniciar candidatos com idade mínima de dezessete anos; Emanuel, com doze anos, procurou ingressar na Ordem Maçônica, mas como não era permitida iniciação naquela idade, os padres essênios levaram-no para educa-lo numa escola de Alexandria: quando completou dezessete anos, Emanuel foi iniciado na Ordem Maçônica dos essênios.

A maçonaria, mesmo que os místicos fantasistas e sem base histórica desejem o contrário, é uma ordem que surgiu na Idade Média. Não havia, portanto, maçonaria no início do Universo, na Pré-História, no Parque dos Dinossauros, no Paraíso, ou no início da era atual. Falar, portanto, em ordem maçônica dos essênios, é absoluta heresia histórica. Além de tudo, os essênios foram bem conhecidos, historicamente, graças a Flávio Josefo e Filon, historiadores contemporâneos de Jesus, os quais nos dão conta de que eles --- que nem são citados no Evangelho--- formavam uma comunidade de homens e mulheres, que levavam uma vida austera, praticavam o celibato e tinham os seus bens em comum. Nada, historicamente, autoriza a afirmação de que eles possuíam ritos iniciáticos para a sua seita, simplesmente contemplativa, e muito menos de que havia uma idade mínima --- 17 anos --- para a iniciação. De onde foi tirado isso? Existe, sim, a iniciação religiosa do menino e da menina judia --- o bar-mitsvá e o bat-mitsvá, respectivamente --- aos 13 anos de idade.

Os hebreus e --- a partir do exílio na Babilônia --- judeus, tinham de maneira geral, os seus sacerdotes, da tribo dos Levitas, os quais oficiavam os serviços do templo de Jerusalém. Mas os essênios, que não participavam dos serviços litúrgicos do templo, não possuíam sacerdotes (muito menos padres, que são sacerdotes católicos), segundo os historiadores, já citados, da época.

A afirmação de que Jesus foi levado, para ser educado numa escola de Alexandria, é altamente temerária, por incidir em improbabilidades. Em primeiro lugar, Alexandria foi fundada pelo macedônio Alexandre Magno, em 332 a.C., no Mediterrâneo, a 206 quilômetros do Cairo, e disputava, com Roma, o título de maior cidade do mundo, sendo um grande centro da cultura grega. Mas a Judéia era província romana, o que tornava, portanto, muito mais lógico e racional que alguém, de lá saindo, fosse estudar em Roma e não na Alexandria grega.

Em segundo lugar, muitos levantam dúvidas sobre a existência real de Jesus, que teria nascido no ano 749 de Roma, ou ano 4 antes da era atual. Porém, a sua existência histórica é amplamente aceita pela comunidade científica, por comparação do contexto político, religioso e social de sua vida com os documentos e as informações arqueológicas. Embora Flávio Josefo e os historiadores romanos Tácito e Suetônio não o mencionem, suas descrições dos locais, dos costumes e das pessoas da época confirmam os dados dos evangelhos, escritos por contemporâneos de Jesus. Existe, todavia, uma fase oculta em sua vida, a qual não é abordada nem por esses contemporâneos, por ser absolutamente desconhecida. Seu nascimento e infância são descritos nos evangelhos, principalmente no de Lucas, terminando no regresso da família a Nazaré, depois da fuga para o Egito. O período da vida oculta de Jesus compreende os anos passados em Nazaré, após o retorno do Egito, e, dele, os evangelistas apenas abordam o episódio da peregrinação a Jerusalém --- ao templo --- quando ele tinhadoze anos de idade. Depois disso, só há registro de sua vida pública, cerca de vinte anos depois, quando ele iniciou a sua pregação e a divulgação de suas idéias, como se pode ver no Evangelho segundo Mateus.

É exatamente esse período, por não ter nenhum relato --- por isso é chamado de vida oculta --- que é altamente explorado pelos fantasistas, cujas elucubrações não têm nenhum compromisso com a realidade. Assim, segundo alguns, Jesus teria estado no Tibete; ou, segundo outros, na Índia, onde, entre budistas, teria o nome de Jesse; ou, ainda, no Egito, ou......, ou......... . e até numa escola em Alexandria e na ordem maçônica dos essênios!!!

3. Emanuel, em sua iniciação, recebeu o nome simbólico de Jesus, que quer dizer Justo, e, na Exaltação, recebeu o nome simbólico de Cristo, que quer dizer Perfeito.

Como já foi visto, Ieshua (Jesus) significa Salvador, ou Deus é o seu auxílio. Existiu um outro Jesus, que foi cognominado o Justo --- não que o nome significasse Justo --- mas não se devem misturar alhos com bugalhos.Já a palavra Cristo é originária do grego Khristos, que é a tradução do termo hebraico Meshiakh, que significa Messias, ou Ungido. Não tem nada de justo e Perfeito. Parece que o texto do certificado quer ligar Jesus a essa expressão, que era típica dos canteiros --- operários que esquadrejavam a pedra de cantaria --- medievais e que chegou à moderna maçonaria. Entre os canteiros, um Zelador, ou Vigilante, media a horizontalidade da pedra, com o nível, enquanto o outro media a sua verticalidade com o prumo, anunciando, depois, ao proprietário (ou o master): tudo está justo e perfeito; isso era feito no início e no fim dos trabalhos, para surpreender possíveis sabotagens do trabalho, coisa comum, diante da rivalidade das organizações profissionais de canteiros, que eram muito requisitados e considerados, já que, da perfeita forma cúbica das pedras, dependia a estabilidade das construções.

4. A exaltação de Jesus, ou seu ingresso no terceiro grau, da Ordem maçônica dos essênios ocorreu no dia 25 de dezembro do ano trinta. Alguém deve ter visto a ata dessa sessão de Exaltação!

E por que falar de ano trinta, se o calendário atual estava longe de ser inventado? Por que não 3791 da era hebraica, já que os essênios eram judeus, como Jesus?

Fantasia, imaginação e mistificação! Seria bom que o desconhecido redator do texto conhecesse um pouco da História maçônica, para saber que o terceiro grau só foi introduzido no século XVIII e o segundo, no século XVII. E para saber que só se afirma alguma coisa à luz de documentos, ou de bibliografia fidedigna e não sonhando. Seria interessante conhecer, também, a situação político-religiosa da época de Jesus:

Desde a reconstrução do templo de Jerusalém, após o exílio na Babilônia --- 586 a 538 a.C. --- por Zorobabel, a vida religiosa em torno dele sempre foi muito intensa e vibrante, com a finalidade de preservar a pureza e a autenticidade das tradições hebraicas, constantemente ameaçadas pelos invasores. Existiam, todavia divergências teológicas e rivalidades políticas, que iriam originar três seitas, ou, na realidade, verdadeiros partidos de política religiosa: a dos saduceus, a dos fariseus e a dos essênios.

Os saduceus compunham o partido sacerdotal e dos poderosos, baseando toda a sua atividade na fidelidade intransigente aos textos da Torá --- os cinco primeiros livros bíblicos : Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio --- e lutando pela supremacia do povo eleito e pela grandeza espiritual do templo. Para os saduceus, somente as disposições legais e as crenças explícitas na Torá é que determinavam o rumo da fé de Israel. Daía sua extrema severidade nas leis penais e o fato de não aceitarem interpretações e especulações sobre o texto da lei, que teria sido recebida por Moisés, no monte Horeb, no Sinai. Por isso, eram adversários dos fariseus, que defendiam princípios não formulados, explicitamente, na Torá. Aferrados ao templo, os saduceus desapareceriam junto com ele, quando da destruição de Jerusalém, no ano 70 da era atual (3830 da era hebraica), pelas tropas romanas do imperador Tito, no dia 9 do mês av.

Os fariseus (do hebraico: perushin = separados), cuja importância havia crescido a partir do século II a.C., admitiam, além da tradição escrita da Torá, uma extensa tradição oral, que, segundo eles, autorizava, aos doutores da Lei, a interpretação do texto e a adaptação dele às diversas circunstâncias concretas da História. Compondo uma ordem religiosa, contemplativa e docente, os fariseus definiram as estruturas básicas do judaísmo, as quais iriam ser, em larga escala, absorvidas pelo cristianismo: a justiça de Deus e a liberdade do homem; a imortalidade pessoal: o julgamento após a morte; o paraíso, o purgatório e o inferno; a ressurreição dos mortos; o reinado de glória. Tais conceitos doutrinários seriam levados, ao cristianismo, por Saulo --- canonizado como São Paulo --- que se proclamava fariseu, filho de fariseus.

No primeiro século antes da era cristã, o movimento farisaico dividia-se em duas facções rivais: a de Shamai, rigorosa e intransigente na interpretação da Torá--- a ala extremista dos zelotes, que inspirou a revolta contra Roma era dessa facção --- e a de Hilel, o Velho, mais moderada. Quando o templo foi definitivamente destruído, foi a corrente de Hilel que manteve a unidade doutrinária do farisaísmo e que, por meio dele, proporcionou a sobrevivência do judaísmo. Com o conhecimento, que se possui, sobre a doutrina farisaica e sobre o aproveitamento desta pela Igreja, não se compreende o grosseiro conceito que se faz dos fariseus, o juízo pejorativo, geralmente injusto e que não considera a função fundamental que eles exerceram na vida religiosa judaica e, por extensão, na de toda a humanidade, através do aproveitamento de sua doutrina por outras religiões. O conceito pejorativo, que deles se faz, deve-se, fundamentalmente, à interpretação clerical dos Evangelhos, a qual os rotula como fanáticos e hipócritas, em geral, embora fanáticos e hipócritas existam em qualquer grupo religioso, ou seita.

Os essênios, embora sua atividade fosse descrita por Flávio Josefo e Filon, tornaram-se mais conhecidos a partir da descoberta dos manuscritos de Cumrán, ou manuscritos do Mar Morto. Eles formavam comunidades que praticavam um monaquismo, através do qual homens e mulheres, provindos de diversas regiões de Israel, agrupavam-se, para uma vida consagrada ao ideal de uma vida religiosa de isolamento, contemplação e silêncio. O ingresso na comunidade implicava o voto de viver, de acordo com os preceitos da Torá, uma existência de oração, pobreza, obediência e pureza, através da submissão à vontade de Deus. Isolados e quase enquistados, não participavam das atividades do templo, tendo pouca influência na vida religiosa judaica, embora alguns de seus hábitos, exclusivamente religiosos, tivessem sido aproveitados, chegando até à Igreja : preces e estudos em comum, preparando a alma para a eternidade; ressurreição dos mortos; purificação pela água; e a comunhão da confraria no vinho e no pão consagrados, origem da eucaristia. A comunidade dos essênios também iria desaparecer com a derrocada nacional, após a destruição de Jerusalém e do terceiro templo.

5. Emanuel nasceu a 23 de dezembro do ano um.

Eureka! Fez-se a luz! Ninguém, até hoje, sabia a data exata do nascimento de Jesus, nem mesmo os mais profundos estudiosos da História e da Arqueologia. Agora já se sabe, graças à sábia informação contida nesse folheto!

Sabe-se --- ou seria melhor dizer sabia-se? --- que a data de 25 de dezembro, para o nascimento de Jesus, é completamente fictícia e foi baseada no mitraismo persa, adotado pelos romanos. Como a noite de 24 para 25 de dezembro é a mais longa --- e, geralmente, a mais fria --- do ano, no hemisfério Norte, os adoradores do deus Mitra (o Sol), realizavam uma cerimônia , Natalis Invicti Solis(Nascimento do Sol Vitorioso), onde, durante a longa e fria noite, eram realizados cultos propiciatórios, pela volta da luz do Sol e do calor. O cristianismo, aproveitando essa cerimônia mitraica e assimilando Jesus àluz do mundo, fixou essa data, como se fosse a do nascimento de Jesus, já que não se sabe nem o dia e nem o ano em que isso ocorreu. Ou melhor, não se sabia!!!!

6. Gaspar era rei da Índia; Melchior, rei do Egito; Baltazar, rei da Babilônia.

Nada prova que os três personagens eram, realmente, reis, embora sejam tidos, popularmente, como tal. As Escrituras, em momento algum, fornecem informações suficientes para que se possa estabelecer qual é o país de cada um, destacando, apenas, que eram do Oriente. Até o número dos reis magos é motivo de controvérsia, pois já se falou em 3, 4, 5, 6 e até 12! O número de três se deveu à tradição, segundo a qual eles se apresentavam como representantes das três raças: branca, negra e amarela.

Os nomes pelos quais ficaram conhecidos também são duvidosos, pois resultam de uma tradição tardia e não da época em que os fatos teriam acontecido. E é mais provável que tais personagens fossem meros viajantes, com conhecimentos de ciências naturais e de astrologia. Quem disse que eles eram, respectivamente, reis da Índia, do Egito e da Babilônia? Da Babilônia, seria impossível! Depois do domínio persa, iniciado com Ciro, o Grande, em 539 a.C., a Babilônia conheceu o período helenístico, quando entrou em decadência, desaparecendo antes do início da era cristã. O termo babilônia surge, no Novo Testamento, apenas de forma metafórica, para designar a Roma pagã, ou o próprio mundo. Como Baltazar poderia ser rei de um Estado desaparecido? E como Melchior poderia ser rei do Egito, se o Egito, desde 30 a.C., era província romana? E nem se fale da Índia, que, na época, estava tão dividida, que nem se poderia falar em um governo único. Conclusão: invenção!

7. O segundo grau era também conhecido como o grau de profeta. Nesse grau, Jesus recebeu o nome simbólico de Issa.

Abstraindo essa história fantástica de segundo grau, sem qualquer comprovação --- o segundo grau, na maçonaria, surgiria no final do século XVII --- a própria explicação sobre esse nome, a mais aceita, é, também, mera especulação: Issa teria sido o nome de Jesus, quando de sua permanência nos claustros do Tibete. Isso, obviamente, é mera suposição, embora Raul Silva, um místico sem bagagem histórica, em seu antigo livro Maçonaria Simbólica --- da editora ocultista Pensamento --- diga que um nosso irmão russo, de nome Nicktowysk, compulsando esses documentos da antiguidade, neles encontrou a permanência de Jesus, durante anos, no convento do Tibete, sendo ali conhecido com o nome de profeta Issa. Só que ninguém sabe quem é Nicktowysk e tais documentos nunca foram exibidos, o que leva à conclusão de que se trata de mais uma farsa. Mais uma!

Acrescente-se, porém, que, para o Islã --- a religião fundada por Mohammed ibn Abdallah (Maomé), no século VI da era atual ---- Adão foi o primeiro profeta e Jesus, um dos profetas mais perfeitos. Daí a origem desse título, que nada tem a ver com o Tibete e nem com uma eventual e fantástica maçonaria dos essênios.

8. Os Reis Magos também eram maçons.

IMAGINAÇÃO DELIRANTE...........SEM COMENTÁRIOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


abril 08, 2021

CONHEÇA UMA UTILIDADE ESCONDIDA EM SEU CELULAR.


 

 
Emergência  *#06#
Para conhecer o número de série do seu celular, (imei), pressione os seguintes dígitos: *#06#


Um código de 15 dígitos aparecerá. Este número é único. Anote e guarde em algum lugar seguro. Se seu celular for roubado, ligue para sua operadora e dê esse código. Assim eles conseguirão bloquear seu celular e o ladrão não conseguirá usá-lo de forma alguma. Talvez você fique sem o seu celular, mas pelo menos saberá que ninguém mais poderá usá-lo. Se todos fizerem isso, não haverá mais roubos de celular.
 
PS: Essas informação não é conhecida, por isso repasse para seus amigos e familiares.

 

 

CABALÁ E POLÍTICA


        Porque será que cada vez mais pessoas de bem encaram a atividade política como um assunto que incomoda, que beira o crime, que até mesmo enoja.

        O ideal da  atividade política é que o povo possa eleger representantes que sirvam aos interesses da comunidade, que criem novas leis para beneficiar a todos e possam discutir ideias para a nação ir cada vez melhor.

        Mas existe um forte adversário neste jogo: a vaidade ou o ego. Tudo é vaidade!
Este cria divisôes, separações, desentendimentos, inimigos, exatamente como está acontecendo agora, jogando uns contra os outros. O ego quer  "se dar bem", ainda que seja à custa do próximo.

        Movido pela vaidade, pelo ego, pelo poder, pelas benesses, o político deixa de servir ao seu eleitor e passa a buscar se perpetuar no poder em busca de cargos e cada vez mais poder.

        Existe solução? Sim, mas não basta mudar os políticos a cada eleição.

        O Zohar diz que os líderes de uma nação representam a consciência coletiva daquele povo, são o retrato de quem os elegeu. Desta forma nós que temos que mudar, e quando a consciência coletiva muda para melhor automaticamente a atividade política se torna melhor e deixa de ser corrupta.


abril 07, 2021

AKHENATON E NEFERTITI - O CULTO MONOTEÍSTA SOLAR




        Catorze séculos antes de Cristo, quando a civilização do Egito ainda vivia o seu auge, reinava a XVIII dinastia de faraós, na qual se destacaram as linhagens dos Tutmés e dos Amenófis.

        O culto religioso egípcio de então era dedicado a Amon, politeísta, de natureza lunar, portanto anímico, sendo então comandado por uma corte privilegiada de sacerdotes corruptos e fanáticos.

        Nesse cenário, assumiu o trono egípcio Amenófis IV, em aproximadamente 1.370 A.C., ainda adolescente e na mesma época ele se casou com a princesa Nefertiti.

        Durante o seu reinado, que durou menos de duas décadas, Amenófis IV promoveu uma grande reforma religiosa, ao adotar o culto solar, monoteísta, a Aton, cujo emblema é o próprio disco solar, destituindo o clero amonita e acabando com os seus privilégios.

        Por conta disso, Amenófis IV adotou o nome de Kunaton (ou Akhenaton)e assumiu o papel do comando temporal e espiritual do Egito, acumulando, assim, as funções de rei e de sacerdote supremo.

        Transferiu a capital do país de Tebas para uma região então desabitada, que recebeu o nome de Aketaton (que significa o Horizonte de Aton), onde ordenou a construção de grandes palácios e imponentes templos dedicados a Aton.

        A cosmogonia de Aton, solar, era baseada na verdade, na consciência, na emancipação intelectual, e partia de uma concepção universalista, pacifista e, portanto, humanitária.

        Tratava-se de uma religião verdadeiramente espiritualista e iniciática, estruturada, sobretudo, no amor-sabedoria.

        Conforme essas premissas, podemos perceber, assim, que existe uma grande identidade entre a religião monoteísta solar instituída por Kunaton, e o cristianismo, que surgiria apenas 14 séculos depois, com o advento de Jeoshua (o Jesus bíblico), na Palestina.

        E certamente essa semelhança não é casual.

        Assim como Jeoshua (o Jesus bíblico), Kunaton foi um Avatara, ou seja, a própria manifestação antropomorfizada do Logos Solar, do Espírito da Verdade, da LEI (Dharma).

        E, assim como Jeoshua, Kunaton teve missão sobretudo sinárquica, isto é, de restabelecer a Satya Yuga (Idade de Ouro), tal como florescera outrora no auge da 4ª Raça-Mãe atlante e cujos mistérios até hoje permanecem resguardados na Agartha, de onde promanam as diretrizes do G.O.M (o Governo Oculto do Mundo).

        Antes de ascender ao trono, Kunaton já havia sido iniciado em uma fraternidade oculta e iniciática egípcia, que era conhecida no mundo profano como Heliópolis (a Cidade do Sol).

        O florescimento do Egito como a primeira grande nação e civilização com vistas ao Ocidente foi propiciado pelo fato de os egípcios serem descendentes diretos de parte dos povos que foram poupados das tragédias e cataclismos que provocaram a submersão da maior parte dos continentes onde se desenvolveram as 7 sub-raças da 4ª Raça-Mãe atlante, assim como pela razão de serem depositários da magna ciência atlante, agora reservada apenas aos iniciados na fraternidade de Heliópolis, como Hermes, o Trismegisto, e o próprio Kunaton.

        Como tratam os compêndios teosóficos, as manifestações avatáricas ocorrem ciclicamente, em determinadas regiões e entre certos povos, de Oriente a Ocidente e de Norte a Sul, conforme o misterioso Itinerário de IO e sempre se dão de forma dual, masculina e feminina.

        Os Avataras, portanto, quando se manifestam, sempre de modo dual, são conhecidos iniciaticamente como gêmeos espirituais ou parelha manúsica; trata-se da mesma consciência, ou seja, da mesma essência, polarizada em dois seres, um masculino e um feminino.

        Assim, a rainha Nefertiti não era somente a esposa do faraó, mas a contraparte feminina de Kunaton, refletindo, assim, o mistério dos gêmeos espirituais, que nada mais é do que a avatarização da consciência do Logos Solar manifestada em dois seres, representando os princípios masculino e feminino.

        Kunaton e Nefertiti fundaram uma nova ordem secreta, denominada de Ordem Lapis Faraoni, a fim de preservar, ocultamente, a tradição e a simbologia do novo culto solar; tal Ordem, já de feitio claramente maçônico, originou a Maçonaria Egípcia e foi a precursora das futuras fraternidades maçônicas e rosacrucianas surgidas na Europa no decorrer dos séculos.

        O trabalho e o empenho de Kunaton e Nefertiti para a fixação do monoteísmo solar no Egito, contudo, foi em vão, pois, com as suas mortes prematuras, os sacerdotes amonistas puderam pôr em prática suas tramas para trazer de volta os cultos politeístas de Amon.

        Tanto foi assim que Tutankâmon, sucessor de Kunaton no trono egípcio, restabeleceu o velho culto e rompeu definitivamente com o monoteísmo solar, tendo a tradição do culto a Aton remanescido apenas ocultamente no seio da Ordem Lapis Faraoni.

        A cidade de Aketaton e seus majestosos templos dedicados a Aton foram destruídos e iniciou-se o mister de apagar para sempre o nome de Kunaton e da tradição a Aton dos anais históricos egípcios.

        Conta a tradição que, quando da sua morte, o corpo de Kunaton foi colocado em um sarcófago de ouro puro, no qual constava o seguinte epitáfio: “O Belo Príncipe, o Eleito do Sol, Rei do Alto e do Baixo Egito, vivendo na VERDADE, Senhor do duplo país, Ahkenaton, o Belo Filho do Vivo ATON, cujo nome permanecerá para sempre…Chama-me por meu nome pela eternidade e jamais deixarei de responder.”