maio 04, 2021

CARPE DIEM - Walt Whitman



Walt Whitman (1819–1892) foi um poeta, ensaísta e jornalista estaduninesense, considerado por muitos como o "pai do verso livre".


Aproveita o dia!

Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.

Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.

Não te deixes vencer pelo desalento.

Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.

Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.

Não deixes de crer que as palavras e as poesias, sim, podem mudar o mundo.

Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.

Somos seres humanos cheios de paixão.

A vida é deserto e oásis.

Ela nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.

Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.

Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.

Não caias no pior dos erros: o silêncio.

A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes, nem fujas.

Valorize a beleza das coisas simples, se pode fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.

Não atraiçoes tuas crenças.

Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.

Isso transforma a vida em um inferno.

Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda adiante.

Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.

Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.

Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.

Não permitas que a vida se passe sem teres vivido!


AS TRES PENEIRAS DA SABEDORIA



Meia noite em ponto. Mais uma jornada de trabalho terminada. Cansado de mais um dia de trabalho, Mestre Hiran recostou-se sob o frescor do Ébano para um merecido descanso.
Eis que, subindo em sua direção, aproximou-se seu discípulo predileto, relatando-lhe:
- Mestre Hiran... Vou lhe contar o que me disseram do segundo Mestre Construtor ...
Hiram, com sua infinita sabedoria responde:
- Calma meu Mestre predileto, antes de contares algo que possa ter relevância, já fizestes passar a informação pelas Três Peneiras da Sabedoria?
- Peneiras da Sabedoria ??? Não me foram mostradas, respondeu o discípulo.
- Sim, respondeu Hiram. Só não te ensinei porque não era chagado o momento. Deves passar toda informação recebida primeiro pela peneira da VERDADE, e eu te pergunto:
- Tens certeza de que o que te contaram é realmente a verdade?
Meio sem jeito o discípulo respondeu:
- Bom, não tenho certeza realmente, só sei que me contaram.
Hiram continua. Então se não tens certeza, a informação vazou pelo furos da primeira peneira e repousa na segunda, que é a peneira da BONDADE. E eu te pergunto.
- É alguma coisa que gostarias que dissessem de ti?
- De maneira alguma, Mestre Hiram ... Claro que não.
Então a tua estória acaba de passar pelos furos da segunda peneira e caiu nas cruzetas da terceira e última peneira, a da JUSTIÇA e te faço a derradeira pergunta:
- Achas necessário passar adiante essa estória sobre teu irmão e companheiro?
- Realmente Mestre Hiram, pensando a luz da razão, não há necessidade.
- Então acaba de vazar pelo furos da terceira peneira, perdendo-se na areia. Não sobrou nada para contar.
- Entendi poderoso Mestre Hiram, doravante minhas palavras serão norteadas por estes ensinamentos.
- Es agora um Mestre completo e terminaste teu aprendizado. Volta a teu povo e constrói teus templos a glória do Poderoso.

ALLAN KARDEC BASEOU SUA DOUTRINA NOS PRINCÍPIOS MAÇONICOS

 


A profunda influencia dos princípios maçônicos sobre a doutrina do Kardecismo é explicada pelo fato de o Irmão Allan Kardec ter sido iniciado em nossos segredos antes de se tornar o edificador do Espiritismo.

Nascido em Lyon, na França, a 3 de outubro de 1804, o Irmão Leon Hyppolite Denizart Rivail, mundialmente conhecido como Allan Kardec, o edificador do Espiritismo, iniciou seus estudos em sua cidade natal e foi concluí-los em Pestalozzi, na Suíça, inicialmente em Ciências e Letras e depois em Medicina.

Em Paris, onde passou ao Oriente Eterno a 31 de março de 1869, foi professor de Física, Química, Fisiologia e Astronomia, no Liceu Polimático. Paralelamente, foi Iniciado na Maçonaria junto à Grande Loja Escocesa de Paris e começou a estudar os fenômenos espíritas, que, na passagem das décadas de 1840 e 1850, era um dos assuntos mais discutidos da América do Norte e da Europa, em razão da descoberta, nos Estados Unidos, da possibilidade de comunicação entre seres daqueles e de outras encarnações.

Dos seus estudos surgiu a sistematização teórica do Espírito, o Kardecismo.

Esta descoberta provocou, naturalmente, ceticismo em uns, a desaprovação de outros e a adesão de um número cada vez maior de pessoas. Com isso, a crença na comunicação com os espíritos se expandia largamente, mas sem nenhuma base teórica. Foi aí que surgiu a valiosa contribuição do Irmão Leon Rivail, que, em 1854, aos 50 anos de idade, passou a frequentar as sessões espíritas, com o objetivo de apurar a legitimidade daqueles fenômenos, com todo o rigor e a objetividade dos métodos científicos, positivistas (já que era adepto do positivismo) e maçônicos.

Impressionado, principalmente, com os casos de escrita mediúnica, o Irmão Rivail reuniu e examinou grande número de mensagens psicografadas, isto é, tidas como escritas pelos próprios espíritos, através dos médiuns espíritas.

Verificando a concordância de inúmeras mensagens, por intermédio de rigorosa análise comparativa, ele concluiu pela verdade da explicação espírita e pela inexistência de fraude. Em seguida, dedicou-se ao estudo e à decodificação das mensagens do além, que continham as bases filosóficas, científicas e religiosas da nova doutrina que ele batizara com o nome de Espiritismo, para deferenciá-la do espiritualismo.

Publicou, então, em 1857, como primeiro resultado de seus estudos, o Livro dos Espíritos, definindo o Espiritismo como a doutrina que tem como princípio a possibilidade e conveniência de comunicações entre o mundo material e o mundo das entidades espirituais desencarnadas.

Com a nova descoberta veio a mudança de nome e uma intensa atividade apostólica. Com base neste princípio, o Irmão Leon Hyppolite Denizart Rivail descobriu que na encarnação anterior teria sido um druida e, por isso, passou a adotar o nome de Allan Kardec e a desenvolver intensa atividade apostólica, divulgando o Espiritismo. 
Dizia, em sua peregrinação, que era apenas o sistematizador e não o inventor do Espiritismo. E, para se justificar, repetia: “Vi, observei, coordenei e procuro fazer compreensível aos outros o que eu mesmo entendi”.

Em 1858 ele fundou a Revista Espírita, com o objetivo de divulgar os fatos e a doutrina espírita, publicando “manifestações materiais ou intelectuais obtidas em sessões a que os colaboradores tiveram ocasião de assistir, pessoalmente; ocorrências de lucidez sonambúlica e de êxtase, bem como de previsões e pressentimentos; fatos relativos a poderes ocultos atribuídos, certa ou erradamente, a determinados indivíduos; lendas e crendices populares; ocorrências de visões e aparições; fenômenos psicológicos especiais que acontecem no momento da morte; problemas morais e psicológicos que pedem solução; fatos morais, atos notáveis de devotamento e de abnegação, cuja divulgação possa ser útil como exemplo”.

Ainda em 1858, o Irmão Allan Kardec fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, para reunião e formação de adeptos, experimentação e estudo das mensagens do além, pesquisa bibliográfica e histórica dos fatos espíritas.

Por volta de 1864, cinco anos antes da passagem do Irmão Kardec ao Oriente Eterno, já floresciam sociedades espíritas em toda a França, Itália e Bélgica.

Esta difusão do Espiritismo ganhou o mundo e chegou também ao Brasil, onde aprofunda influência dos princípios maçônicos sobre a doutrina do Kardecismo aproximou bastante a Maçonaria e o Espiritismo. Grande número de adeptos da nossa Ordem são ao mesmo tempo espíritas. Tanto que há quem afirme que a Maçonaria é um dos maiores centros de divulgação do Kardecismo.

Material transcrito da Revista A VERDADE, de Agosto de 1982.

maio 03, 2021

PALESTRA NA ARLS DEFENDORES DA ORDEM 26 - PORTO VELHO, RO





Hoje eu entendi porque na maçonaria nos somos chamados de PODEROSOS: ter a honra de receber na humilde Defensores da Ordem N 26 da GLOMARON uma palestra INÉDITA do Ir @⁨Michael Winetzki⁩ entendendo, tratando e afagando a loja num momento difícil, e além disso, ser brindado com as participações de @⁨Ir Joel - Floripa⁩ @⁨Ir Marcio Thomé - Curitiba⁩ E meu padrinho @⁨Luis Paulo Nunes Melo⁩ NÃO TEM PREÇO‼️

Obrigado meus IRMÃOS POR SUA GENEROSIDADE!

Flávio Araújo - Venerável Mestre

PROVÉRBIOS E PRAGAS JUDAICAS



Pragas:


1. Que um devore o outro e que os dois se engasguem.

2. Que tenha dois barcos carregados de ouro e gaste tudo com médicos.

3. Que tenha uma enorme loja cheia de mercadorias e que não peçam nada do que tem, e que não tenha nada do que peçam.

4. Que tenha cem casas, cada casa com cem quartos e cada quarto com 20 camas e que você caia em cada cama com convulsões.

5. Que lhe caiam todos os dentes, menos um; que vai doer terrivelmente.

6. Que sejas como lamparina: de dia fique dependurado e de noite ardendo.

7. Que nenhum mau-olhado se esqueça de você.

8. Que tenhas dois empregados; que um saia gritando: um médico, e que o outro vá atrás dizendo: não precisa, é tarde demais.



Provérbios

1. Quando a moça não sabe dançar, diz que os músicos não sabem tocar.

2. Para alguém falta apetite para a comida; para outro falta comida para o apetite.

3. Todos os mudos querem falar muito.

4. Se um judeu não consegue ser sapateiro, sonha em ser professor.

5. Um azarado cai de costas e machuca o nariz.

6. Um gato também pode olhar um rei.

7. Existem segredos dos quais ninguém saberia nada se não fossem segredos.

8. Pobre é aquele que não tem nada além de dinheiro.

9. Quando se tem dinheiro a gente é inteligente, bonito e canta bem.

10. O coração do homem é como uma salsicha: ninguém sabe direito o que tem lá dentro

maio 02, 2021

SEMINÁRIO AS 7 VIRTUDES





Este seminário virtual foi um dos melhores eventos maçônicos já realizados no país. Em cada um dos dias mais de 500 irmãos de todo o Brasil participaram das excelentes palestras, um verdadeiro curso de pós-graduação em maçonologia. Coube-me a grata honra de realizar uma das palestras. Parabéns aos realizadores e que venham outros eventos

*Realização*:

ARLS Virtual Lux in Tenebris n° 47 -GLOMARON

ARLS Virtual Luz e Conhecimento n° 103 – GLEPA

*Apoio*: 

Grupo Lives Maçônicas; Revista Triponto; Site M33

*Programação*: 

*30/04/21* (sexta-feira) - 20h (Brasília): *As Virtudes Teologais*

*Introdução*: Izautonio Machado

*Fé*: Eleutério Nicolau

*Esperança*: Vanderlei Coelho

*Caridade*: Michael Winetzki

*1°/05/21* (sábado) - 20h (Brasília): *As Virtudes Cardeais*

*Fortaleza*: Oduwaldo Álvaro

*Prudência*: Enio Carvalho

*Justiça*: Bento Duailibi 

*Temperança*:  Aldino Brasil


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NÃO ASSOEM O NARIZ NO GUARDANAPO - Walter Celso de Lima

 



O irmão Walter Celso de Lima, professor universitário com pós doutorado e passagens por universidades no exterior é autor de diversos livros e um dos mais renomados intelectuais do país, sem perder o bom humor.

Em 1784, aconteceu em Londres um jantar ritualístico maçônico. Era o Festive Board. Não era Royal Festive Board porque o rei não participava. 

Este jantar ritualístico era um dos primeiros a ser realizados pela Maçonaria. Havia neste jantar um interessante aviso: it is forbidden to use the napkin to blow your nose. (Pasmem: tradução: é proibido usar o guardanapo para assoar o nariz).

O PODER DA EDUCAÇÃO

    



"A única coisa mais cara do que a educação é a ignorância"               
Benjamin Franklin


Conta-se que o legislador Licurgo, de Esparta, foi convidado a proferir uma palestra a respeito de educação. Aceitou o convite mas pediu seis meses para se preparar. O fato causou estranheza, pois todos sabiam de sua capacidade para falar a qualquer momento sobre o tema e, por isso mesmo, o haviam convidado.

Transcorridos os seis meses, ele compareceu  perante a assembléia que aguardava em expectativa. Postou-se à tribuna e logo em seguida, entraram dois criados, cada qual portando duas gaiolas. Em cada uma havia um animal, sendo duas lebres e dois cães.

A um sinal previamente estabelecido, um dos criados abriu a porta de uma das
gaiolas e a pequena lebre, branca, saiu correndo, espantada. Logo em seguida, o outro criado abriu a gaiola em que estava o cão e este saiu em desabalada carreira ao encalço da lebre. Alcançou-com destreza trucidando-a rapidamente.

A cena foi dantesca e chocou a todos. Um grande espanto tomou conta da
assembléia e os corações pareciam saltar do peito. Ninguém conseguia entender o que Licurgo desejava com tal agressão.

Mesmo assim, ele nada falou. Tornou a repetir o sinal convencionado e a
outra lebre foi libertada. A seguir, o outro cão. O povo mal continha a respiração. Alguns mais sensíveis, levaram as mãos aos olhos para não ver a reprise da morte bárbara do indefeso animalzinho que corria e saltava pelo palco.

No primeiro instante, o cão investiu contra a lebre. Contudo, em vez de
abocanhá-la deu-lhe com a pata e ela caiu. Logo ergueu-se e se pôs a brincar.
Para surpresa de todos, os dois ficaram a demonstrar tranqüila convivência,
saltitando de um lado a outro do palco.

Então, e somente então, Licurgo falou; "senhores, acabais de assistir a uma
demonstração do que pode a educação. Ambas as lebres são filhas da mesma
matriz, foram alimentadas igualmente e receberam os mesmos cuidados. Assim
igualmente os cães. A diferença entre os primeiros e os segundos é,
simplesmente, a educação."

E prosseguiu vivamente o seu discurso dizendo das excelências do processo
educativo. "A educação, baseada numa concepção exata da vida, transformaria a face do mundo." Eduquemos nosso filho, "esclareçamos sua inteligência, mas, antes de tudo, falemos ao seu coração, ensinemos a ele a despojar-se das suas imperfeições.

''Lembremo-nos de que a sabedoria por excelência consiste em nos tornarmos cada vez melhores, lapidando a nossa Pedra Bruta." 

..................................................................

Licurgo foi um legislador grego que deve ter vivido no século quarto antes
de Cristo.

O verbo educar é originário do latim educare ou educcere e quer dizer
extrair de dentro.

Percebe-se portanto, que a educação não se constitui em mero estabelecimento
de informações, mas sim de se trabalhar as potencialidades interiores do
ser, a fim de que floresçam, à semelhança de bela e perfumada flor.

UM POUCO DE CIÊNCIA NOS AFASTA DE DEUS. MUITA, NOS APROXIMA.


Um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências . O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos . 

Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou: O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices? 

Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado? 

Respondeu o jovem: - Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda creem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria  conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso. 

- É mesmo? Disse o senhor. E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia? 

- Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência. 

O velho então cuidadosamente abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo sentindo-se a pior pessoa do mundo. 😔

No cartão estava escrito: Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França.  E um pouco mais abaixo a frase estava escrito em letras góticas e em negrito:

"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muita, nos aproxima".

Fato verídico ocorrido em 1892, integrante da biografia de Louis Pasteur...



maio 01, 2021

MAIO, O QUINTO MÊS - Newton Agrella



Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante e um dos intelectuais maçônicos mais respeitados do país. Publicado com a autorização do autor.

O maior dos planetas do sistema solar é Júpiter.

Os romanos ao referirem-se a este planeta, valiam-se da expressão MAIUS (um derivativo de "magnus") - que para a língua portuguesa adveio como "magno" que por sua vez significa "grande".

Há porém, uma corrente de filólogos e etimologistas que defendem a idéia de que o nome do referido mês possa ter se derivado do nome de uma deusa romana chamada "Maia", também conhecida como Bona Dea, deusa da fertilidade, cujas celebrações à mesma ocorriam *neste período do ano* e que por isso o chamam de Maius. 

Daí a adoção deste nome para se referir a este mês.

Apenas como "registro histórico e cultural" , tendo  em vista a importância do Cristianismo, dentre as principais doutrinas religiosas do planeta, o mês de Maio é consagrado à Maria, mãe de Jesus Cristo, segundo a Igreja Católica.

Maio constitui-se no quinto mês do ano civil no calendário gregoriano, composto de 31 dias e no hemisfério sul marca a estação de Outono.

Maio ainda encerra dentre suas comemorações, aqui no Brasil a  celebração à assinatura da Lei Áurea, (13 de Maio de 1888) - que aboliu a escravatura) que seguramente representou o período mais triste e deplorável da História do Brasil, mas que jamais deve ser esquecido.

Por outro lado este mesmo mês registra em sua história mais recente, uma das datas mais importantes para o comércio e a economia, o Dia das Mães,  comemorado no segundo domingo do mês. 

Essa comemoração surgiu nos Estados Unidos, em 1908, e acabou sendo adotada e oficializada no Brasil em 1932, pelo então presidente Getúlio Vargas.

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SALVE TRABALHADOR - Adilson Zotovici


Um dia de fausto valor 

Comemora o mundo inteiro

Do operário ao diretor

Em maio, dia primeiro 


Justo ao fiel lutador 

Diariamente no canteiro

Empregando arte e amor

Obstinado obreiro 


Salve, seja ele quem for 

Quiçá, um livre pedreiro 

Um servente, um construtor... 


Predestinado do Senhor

Estrangeiro, brasileiro,

Mas, honrado trabalhador !!!


Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif 169

O MIOSÓTIS E A MAÇONARIA



        No início de 1934, logo após a ascensão de Adolf Hitler ao poder, ficou claro que a maçonaria alemã corria o risco de desaparecer.

        E breve, a maçonaria alemã, que conhecera dias gloriosos e que tivera, em suas colunas, os mais ilustres filhos da pátria alemã, com Goethe, Schiller e Lessingn, veria esmagado o espírito da liberdade sob o pretexto de impor a ordem e uma supremacia racial.

        Quanto retrocesso desde que Friedrich Wilhelm III, Rei da Prússia, em 1822, impediu que os esbirros reacionários da Santa Aliança de Metternich fechassem as Lojas Maçônicas, declarando peremptoriamente que poderia descrever os Franco-Maçons prussianos, com toda a honestidade, como sendo os melhores dentre os seus súditos… (1)

        As Lojas alemãs, na terceira década do século XX, estavam jurisdicionadas a onze Grande Lojas, divididas em duas tendências.

        O primeiro grupo, de tendência humanista, seguindo os antigos costumes ingleses, tinha como base a tolerância, valorizando o candidato por seus méritos e não levando em consideração sua crença religiosa.

        Constava de sete Grandes Lojas, a saber: Grande Loja de Hamburgo; Grande Loja Nacional da Saxônia, em Dresden: Grande Loja do Sol, de Bayreuth; Grande Loja-Mãe da União Eclética dos Franco-Maçons, em Frankfurt; Grande Loja Concórdia, em Darmstadt; Grande Loja Corrente Fraternal Alemã, em Leipzig; e, finalmente, a Grande Loja Simbólica da Alemanha.

        O segundo grupo consistia das três antigas Lojas prussianas, que faziam a exigência de que os candidatos fossem cristãos. Havia ainda a Grande Loja União Maçônica do Sol Nascente, não considerada regular, mas que também tinha tendências humanistas e pacifistas.

        Voltando a 1934, a Grande Loja Alemã do Sol se deu conta do grave perigo que iria enfrentar. Inevitavelmente, os maçons alemães estavam partindo para a clandestinidade, devido à radicalização política e ao nacionalismo exacerbado. Muitos adormeceram e alguns romperam com a tradição, formando uma espúria Franco-Maçonaria Nacional Alemã Cristã, sem qualquer conexão com o restante da Franco-Maçonaria. Declaravam eles abandonarem a idéia da universalidade maçônica e rejeitar a ideologia pacifista, que consideravam como demonstração de fraqueza e como uma degeneração fisiológica contrária aos interesses do estado!

        Os maçons que persistiram em seus ideais precisaram encontrar um novo meio de identificação que não o óbvio Compasso & Esquadro, seguramente um risco de vida.

        Há uma pequenina flor azul que é conhecida, em muitos idiomas, pela mesma expressão: não-me-esqueças – o miosótis. Entenderam, nossos irmãos alemães, que esse novo emblema não atrairia a atenção dos nazistas, então a ponto de fechar-lhes as Lojas e confiscar-lhes as propriedades.

        Miosótis

        Vergissmeinnicht, em alemão; forget-me-not, em inglês; forglemmigef em dinamarquês; ne m’oubliez pás, em francês; non-ti-scordar-di-me, em italiano; não-te-esqueças-de-mim, em português. Diz a lenda que Deus assim chamou a florzinha porque ela não conseguia recorda-se do próprio nome. O nome miosótis (Myosotis palustris) significa orelha de camundongo, por causa do formato das pétalas.

        O folclore europeu atribui poderes mágicos ao miosótis, como o de abrir as portas invisíveis dos tesouros do mundo. O tamanho reduzido das flores parece sugerir que a humildade e a união estão acima dos interesses materiais, porque é notada principalmente quando, em conjunto, forma buquês no jardim.

        De acordo com uma velha tradição romântica alemã, o nome da flor está relacionado às últimas palavras de um cavaleiro errante que, ao tentar alcançar a flor para sua dama, caíra no rio, com sua pesada armadura e afogara-se.

        Outra história diz que Adão, ao dar nomes às plantas do Jardim do Éden, não viu a pequena flor azul. Mais tarde, percorrendo o jardim para saber se os nomes tinham sido aceitos, chamou-as pelo nome. Elas curvaram-se cortesmente e sussurravam sua aprovação. Mas uma voz delicada a seus pés perguntou: “- E eu, Adão, qual o meu nome?” Impressionada com a beleza singela da flor e para compensar seu esquecimento, Adão falou: “ – Como eu me esqueci de você antes, digo que vou chamá-la de modo a nunca mais esquecê-la. Seu nome será não-te-esqueças-de-mim.”

        Através de todo o período negro do nazismo, a pequenina flor azul identificava um Irmão. Nas cidades e até mesmo nos campos de concentração, o miosótis adornava a lapela daqueles que se recusavam a permitir que a Luz se extinguisse. (2)

        O miosótis como símbolo foi objeto de um interessante estudo do irmão David G. Boyd, no Philaletes de abril de 1987. Ele conta, também, que muitos maçons recolheram e guardaram zelosamente jóias, paramentos e registros das Lojas, na esperança de dias melhores. O irmão Rudolf Martin Kaiser, VM da Loja Leopold zur Treue, de Karlsruhe, quebrou a jóia do Venerável Mestre em pequenos pedaços de tal modo que não pudesse ser reconhecida pela infame Gestapo.

        Em 1945, o nazismo, com seu credo de ódio, preconceito e opressão, que exterminara, entre outros, também muitos maçons, era atirado no lixo da História. Nas fileiras vitoriosas que ajudaram a derrotá-lo, estavam muitos maçons – ingleses, americanos, franceses, dinamarqueses, tchecos, poloneses, australianos, canadenses, neozelandeses e brasileiros. De monarcas, presidentes e comandantes aos mais humildes pracinhas.

        Mas, entre os alemães, alguns velhos maçons também sobreviveram, seu sofrimento ajudando a redimir, de alguma forma, a memória da histeria coletiva nazista. Eles eram o penhor da consciência alemã, a demonstração de que a velha chama da civilização alemã continuara, embora com luz tênue, a brilhar durante a barbárie.

        Em 14 de junho de 1954, a Grande Loja O Sol (Zur Sonne) foi reaberta, em Bayreuth, sob um ilustre irmão o Dr. Theo Vogel, núcleo da Grande Loja Unida da Alemanha (VGLvD, AF&AM). Nesse momento, o miosótis foi aprovado como emblema oficial da primeira convenção anual, realizada por aqueles que conseguiram sobreviver aos anos amargos do obscurantismo. Nessa convenção, a flor foi adotada, oficialmente, como um emblema Maçônico, em honra àqueles valentes Irmãos que enfrentaram circunstâncias tão adversas.

        Certamente, na platéia, estava o Venerável Mestre da Loja Leopold ZurTreue, agora nº 151, ostentando orgulhoso sua jóia recuperada e reconstituída, suas emendas de solda constituindo-se num testemunho mudo e comovente da história.

        Finalmente, para coroar, quando Grão-Mestres de todo o mundo encontraram-se nos Estados Unidos, o Grão-Mestre da recém formada Grande Loja Unida da Alemanha (3) presenteou a todos os representantes das Grandes Jurisdições ali presente com um pequeno miosótis para colocar na lapela.

        O miosótis também é associado com as forças britânicas que serviram na Alemanha, em especial na região do Rio Reno, logo após a guerra. Há uma Loja, jurisdicionada à Grande Loja Unida da Inglaterra, a Forget-me-not Lodge nº9035, Ludgershall, Wiltshire, que adotou a flor como emblema. Foi formada especialmente para receber os militares ingleses que retornavam do serviço na Alemanha.

        Foi assim que essa mimosa florzinha azul, tão despretensiosa, transformou-se num significativo emblema da Fraternidade – talvez hoje o mais usado pelos maçons alemães.

        Ainda hoje, na maioria das Lojas germânicas, o alfinete de lapela com o miosótis é dado aos novos Mestres, ocasião em que se explica o seu significado para que se perpetue uma história de honra e amor frente à adversidade, um exemplo para as futuras gerações Maçônicas de todas as nações.

1. Eugen Lennhoff, Die Freimaurer – The Freemasons, Lewis Masonic, edição em inglês, revisada, 1994.

2. O uso do miosótis como identificação secreta pelos Maçons alemães foi contestado no Square Magazine de setembro de 1988 pelo irmão Cyril Batham, Past Master da Loja Quatuor Coronati nº 2076, mas, em que pese toda a autoridade do irmão Batham, ele apenas negou a autenticidade da história, sem, entretanto, apresentar os motivos da negativa. Além disso, há anos que a casa Ian Alan Regalia, especializada em paramentos maçônicos, exibe o miosótis em gravatas, alfinetes de lapela e pendentes, em prata, ouro e bijuteria. Por que o fariam, se o miosótis não fosse importante?

3. Na formação da Grande Loja unida da Alemanha aparecem 3 das Grandes Lojas existentes antes da II Guerra Mundial: Grande Loja do Sol, em Bayreuth; Grande Loja de Hamburgo; Grande Loja de Hesse, em Frankfurt (antiga União Eclética); Grande Loja de Bremen; Grande Loja Unidade, em Baden-Baden; Grande Loja Nacional de Niedercachse, em Hanover; Grande Loja Nacional de Nordrhein-Westfalen, em Dusseldorf; Grande Loja Nacional de Schleswing-Holstein, em Luberck; e Grande Loja de Wurttemberg-Baden, em Stuttgart. De acordo com o List of Lodges, em 2001 contava com 14.000 irmãos distribuídos em 490 Lojas.