maio 09, 2021

A HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DO DIA DAS MÂES



A história da criação do Dia das Mães começa nos Estados Unidos, em maio de 1905, em uma pequena cidade do Estado da Virgínia Ocidental. Foi lá que a filha de pastores Anna Jarvis e algumas amigas começaram um movimento para instituir um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. 

A idéia do movimento era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais. Para Anna a data tinha um significado mais especial: homenagear a própria mãe, Ann Marie Reeves Jarvis, falecida naquele mesmo ano. 

Ann Marie tinha almejado um feriado especial para honrar as mães. E Anna jurou terminar o trabalho que ela havia começado.

Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. Em 10 de maio de 1908, ela conseguiu que fosse celebrada um culto em homenagem às mães na Igreja Metodista Andrews, da cidade de Grafton (Virgínia Ocidental). Anna nasceu em 1864 na cidade de Webster, localizada no mesmo Estado, mas mudou-se para Grafton antes de completar dois anos de idade. 

A primeira celebração oficial do dia das mães aconteceu somente dois anos depois, em 26 de abril de 1910, quando o governador William E. Glasscock incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Virgínia Ocidental se tornou o primeiro a reconhecer a data oficialmente. Mas rapidamente outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data. 

Aqui no Brasil, como na Europa, a comemoração é feita na mesma data.

O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Neste mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.

Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa adiante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe. 

 Cravos: símbolo da maternidade

Durante o primeiro serviço religioso comemorativo ao dia das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.

A mãe homenageada

A mãe de Anna, Ann Marie Reeves Jarvis, chegou na West Virginia aos onze anos de idade. À época, o pai dela (avô de Anna), reverendo Josiah W. Reeves, era um ministro da igreja metodista. Ann Marie casou-se com Granville E. Jarvis, filho de um ministro batista, em 1850, aos 17 anos. O casal teve Anna e mais seis filhos, mas somente quatro chegaram à vida adulta. 

A mãe pioneira Anna não foi a primeira a sugerir a criação do Dia das Mães. Antes dela, em 1872, Julia Ward Howe (1819-1910), chegou a organizar em Boston um encontro de mães dedicado à paz. Howe, autora de "O Hino de Batalha da República", era casada com Samuel Gridley Howe, um líder em educação progressiva e também um abolicionista convicto. 

 No Brasil 

O primeiro "Dia das Mães" brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou o feriado.

NÃO ME COLOQUE NO FERRO VELHO DAS ALMAS



Um ferreiro, depois de uma juventude cheia de excessos, decidiu entregar sua alma a Deus. Durante muitos anos, trabalhou com afinco, praticou a caridade, mas apesar de toda a sua dedicação nada parecia dar certo na sua vida. Muito pelo contrário, seus problemas e dívidas se acumulavam cada vez mais.

Uma bela tarde, um amigo que o visitava - e que se compadecia de sua situação difícil - comentou:

– É realmente muito estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas, apesar de toda sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado.

O ferreiro não respondeu imediatamente. Ele já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender o que acontecia em sua vida.

Eis o que disse o ferreiro:

– Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espada. Você sabe como é feito? Primeiro, eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que ela fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico vários golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo ela é mergulhada num balde de água fria, e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente.

O ferreiro deu uma longa pausa e continuou:

– Às vezes, o aço chega até minhas mãos e não consegue aguentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria termina por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada de minha ferraria.

Mais uma pausa e o ferreiro concluiu:

– Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. Tenho aceitado as marteladas que a vida me dá, e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço é: "Meu Deus, não desista até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser, mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas.

maio 08, 2021

A DOUTRINA MAÇONICA "SECRETA"



Costumamos classificar a Maçonaria como sendo uma escola de ética e moral que oferece a seus membros o ensinamento de uma doutrina (do latim docere) maçonica.

Doutrinar significa ensinar ideias filosóficas mas de maneira geral isso se refere mais a  ensinamentos religiosos. As doutrinas podem ser de fé, filosóficas, morais, ocultas, esotéricas, ideológicas, enfim, de qualquer tipo de conhecimento sistematizado.

Tanto no Rito Escocês Antigo e Aceito como em outros outros ritos cada grau constitui uma doutrina em separado. Desta maneira a Maçonaria oferece  múltiplas doutrinas, ou ensinamentos doutrinários, aos seus membros.

Sabemos que as doutrinas qualificadas de "secretas" como os "antigos mistérios" que se supõe ter sido preservados ao longo do tempo são atraentes e despertam muita curiosidade 

 Mas não existem mais doutrinas secretas; a internet contém e revela todo o saber humano. A  Maçonaria, que alardeava manter secretos os seus ensinamentos, hoje nada mais tem para ocultar, seja para os maçons, seja em relação aos profanos.

Logo, a Maçonaria não é uma doutrina secreta. Funciona em endereços conhecidos, seus telefones são publicados em listas e tem o registro de suas atas e estatutos em cartório, bem como contas correntes em bancos. 

Apenas os iniciados conseguem entender os ensinamentos, que dirigidos à mente e ao coração, transformam um homem bom em um homem ainda melhor. Esse é o verdadeiro segredo da Ordem.

maio 07, 2021

ANTROPOMORFISMO E METÁFORAS




Antropomorfismo é a atribuição de características ou aspectos humanos a Divindade, como essa representação do Criador na Capela Sixtina. A terminologia da Cabala e de uma maneira geral das religiões  é altamente antropomórfica.

Os termos são apreendidos de conceitos humanos e do mundo material. A razão é que esses são os únicos tipos de palavras que o homem entende. Os conceitos espaço-temporais são impostos sobre a mente do homem que vive em um mundo espaço-temporal.

É por esse motivo que a Bíblia e os livros que se referem às religiões fazem uso de linguagem antropomórfica. Pois se eles se limitassem a termos e conceitos apropriados a divindade nós não entenderíamos nem os termos nem os conceitos. 

As palavras e ideias empregadas devem ser  adaptadas para a capacidade mental do ouvinte de modo que o assunto penetre primeiro em sua mente, no sentido corpóreo em que os termos concretos são compreendidos. Só então se pode avançar para tentar um entendimento em que a apresentação é apenas aproximada, metafórica. 

O pensador sagaz fará um esforço para remover os significados materialistas da essência e elevará o seu entendimento passo a passo até  alcançar o máximo de conhecimento da verdade que o seu intelecto for capaz de apreender.

É necessário ter sempre em mente que os termos e conceitos precisam ser despojados de conotações temporais, espaciais e corpóreas. Nenhuma noção ou conceito antropomórfico pode ser imputável à Divindade. Mas deve-se notar que a terminologia antropomórfica empregada nos Escritos Sagrados, nos rituais maçônicos e em outros, não é arbitrária. De fato, esses termos são cuidadosamente escolhidos e possuem um significado profundo.

Os escritos cabalísticos e místicos estão repletos de referências à ideia de que o mundo inferior, em geral, e o homem em particular, foram criados à "imagem" do "mundo superior". Todas as categorias que podem ser encontradas no mundo inferior e no homem são representações homônimas e alusões a determinados conceitos e noções sublimes a que eles correspondem.

Certamente não há qualquer semelhança entre Deus e a criação, e nos níveis supremos do plano estritamente espiritual não há coisas tais como olhos, ouvidos, mãos e assim por diante, nem atividades e sensações tais como ouvir, ver, andar, falar e assim por diante.

No entanto, todas essas atividades e conceitos espaço-temporais simbolizam  as categorias originais supremas puramente espirituais. por meio da seguinte analogia: escrever o nome de uma pessoa em um pedaço de papel certamente não cria semelhança, conexão ou relação entre as letras ou palavras escritas no papel e a pessoa que teve o nome anotado. Mesmo assim, essa escrita é um símbolo ou sinal que tem relação com aquela pessoa, trazendo à lembrança e denotando toda a sua entidade concreta. 

O mesmo se dá em relação aos conceitos e termos antropomórficos: Embora não haja nenhuma conexão concreta ou direta nem semelhança entre eles e os significados que procuram expressar, mesmo assim eles são os sinais e símbolos correspondentes que se relacionam e denotam categorias, noções e conceitos específicos que têm natureza estritamente espiritual, não espacial e não temporal. É dessa maneira, portanto, que a terminologia antropomórfica deve ser entendida.


BRINCANDO COM AS PALAVRAS - MATRIX - Newton Agrella



Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Um dos mais respeitados estudiosos da maçonaria no Brasil.


Originária do Latim, a palavra MATRIX, derivou-se do vocábulo  MATER que significa "mãe", "matriz".

No tocante à MATRIZ a relação que se faz com esse termo nos dá conta sobre o lugar onde alguma coisa se gera ou se cria; isto é, a fonte de origem.

É claro que ao longo do exercício da linguagem e no seu curso de expansão de significados, MATRIZ, ganhou como figura de construção gramatical, significado jurídico, matemático, científico e também religioso.

Por outro lado, MATRIX não é somente título de filme, mas antes de tudo, um substantivo muito utilizado no jargão da Filosofia que se referec a uma simulação que elabora um mundo imaginário em que o ser humano é um  prisioneiro da realidade, muito mais como a Caverna de Platão. 

As sombras ou imagens que os presos vêem no muro são tudo o que os presos sabem do mundo exterior.

Observe como é interessante a confluência semântica que se forma a partir da relação íntima destas palavras, mas que de algum modo, acabam seguindo seu próprio destino e protagonismo.

MATER, mãe, útero

MATRIZ, fonte

MATRIX, Simulação do Mundo Imaginário

Todas conversam entre si.

Estabelecem uma profunda relação de coexistência no interior de cada um de nós.

Elas habitam em nós !!!

As três obedecem critérios éticos e morais que se traduzem como elementos para nossa construção íntima.

MATER, nossa referência de vida e o ventre para o qual nos refugiamos e buscamos abrigo.

MATRIZ, como o centro de conexão entre a nossa Alma, Corpo e Espírito, que sintetizam o ser humano.

MATRIX, o exercício dialético entre o Mundo Interior e o Mundo Exterior, que guarnece o sutil exercício da consciência.

Fim do jogo e chega de brincadeira.



CRIME E CASTIGO - Gibran Khalil Gibran

  



 
Gibran Khalil Gibran foi um extraordinário ensaísta, prosador e poeta de origem libanesa, autor de um dos livros mais icônicos do mundo "O Profeta". Dedicou-se também a filosofia e a pintura. Faleceu em Nova York em 1931


Então, um dos juízes da cidade avançou e disse: Fala-nos do Crime e do Castigo.
 
E ele respondeu, dizendo; É quando o vosso espírito vagueia pelo vento que vós, solitários e indefesos, fazeis mal aos outros e também a vós mesmos. E é pelo mal que fazeis que devereis bater à porta dos abençoados e esperar.
 
O vosso eu interior é como o oceano; permanece para sempre imaculado.  E, tal como o etéreo, só ergue os seres alados. O vosso eu interior é como o sol; não conhece os esconderijos da toupeira nem procura as tocas da serpente. Mas o vosso eu interior não habita sozinho dentro de vós. Muito em vós ainda é humano, e muito não o é.
 
Mas um pigmeu disforme que caminha sonâmbulo no nevoeiro à procura do seu próprio despertar. E é do homem em vós que agora irei falar.
 
Pois é ele e não o vosso eu interior, nem o pigmeu no nevoeiro que conhece o crime e o castigo do crime. Muitas vezes vos ouvi falar daquele que comete um crime como se não fosse um de vós mas um intruso no vosso mundo.
 
Mas digo-vos que, tal como os santos e os justos não se podem erguer mais alto do que o mais alto que existe em cada um de vós também os maus e os fracos não podem cair mais baixo do que o mais baixo que existe em vós.
 
E tal como uma simples folha só amarelece em conjunto com toda a árvore, também aquele que comete um crime não o pode fazer sem a anuência secreta de todos vós.
 
Como numa procissão, caminhais juntos em direção ao vosso eu interior.
 
Vós sois o caminho e o caminhante e quando um de vós cai, cai por aqueles que vêm atrás, para os avisar da pedra que encontraram no caminho. E cai por aqueles que vão à sua frente, que, embora mais rápidos e seguros, não estão livres de tropeçarem na mesma pedra.
 
E notai que, embora a palavra vos pese no coração: o assassinado não está isento de responsabilidade pelo seu próprio assassínio, e o roubado não está isento de culpas por tê-lo sido.
 
O justo não está inocente dos feitos do malvado, e o que tem as mãos limpas não está limpo dos atos do culpado. Sim, o culpado é por vezes vítima do ofendido. E ainda mais vezes é o portador do fardo dos inocentes e retos.
 
Não podeis separar o justo do injusto e o bom do mau; pois eles andam juntos ante a luz do sol, tal como juntos são tecidos os fios brancos e negros.
 
E quando o fio negro quebra, o tecelão examina todo o tecido e também todo o tear.
 
Se algum de vós trouxer a julgamento a mulher infiel, que também pese o coração do marido e meça a sua alma. E que aquele que quiser flagelar o ofensor olhe para o espírito do ofendido.
 
E se algum dá vós punir em nome do que é justo e cortar com o machado a árvore do mal, deixe então que se vejam as raízes 
e encontrará as raízes do bom e do mau, do que dá frutos e do que não dá, entrelaçadas no coração silencioso da terra.
 
E vós, juízes, que quereis ser justos, que condenação ireis dar àquele que, embora honesto de corpo, é um ladrão de espírito? Que castigo ireis dar àquele que flagela a carne e também flagela o espírito?
 
Como procedereis com aquele que nos seus atos é falso e opressor, mas que, no entanto, é também enganado e oprimido? E como ireis punir aqueles cujos remorsos são maiores do que os crimes que cometeram?
 
Não será o remorso a justiça que é administrada pela própria lei que quereis servir?
 
No entanto, não podereis impor o remorso ao inocente, nem arrancá-lo do coração do culpado. Subitamente, à noite, ele convocará os homens para que olhem para si próprios.
 
E vós, que deveis entender a justiça, como o podereis fazer a menos que olheis para os fatos à plena luz?
 
Só assim sabereis que o ereto e o caído são um único homem no crepúsculo entre a noite da sua pequenez e o dia da sua espiritualidade 
e que a pedra mãe do templo não é mais alta que a mais funda pedra dos seus alicerces.

A COMUNIDADE JUDAICA NA ROMA CLÁSSICA

 


A comunidade Judaica na diáspora romana remonta ao século II aC e foi relativamente grande. Várias sinagogas e catacumbas são conhecidas e testemunham uma pujante vida Judaica em Roma.

Sabe-se que por volta de 120 aC uma delegação Judaica de Jerusalém visitou Roma e dialogou com a Comunidade local. No entanto a comunidade realmente começou a crescer quando Pompeu foi chamado a ajudar na luta entre duas correntes dos Hasmoneus e como consequência conquistou o Reino da Judeia em 63 aC, restituiu Horkanus ao poder sem dar-lhe autonomia. Pompeu traz a Roma muitos Judeus como escravos.

A partir de 66 CE começa na Galileia a Grande Revolta contra Roma, vencida por Vespasiano em 68 CE. A revolta se espalha para o sul, Tito, filho de Vespasiano assume o comando e conquista Jerusalém. Após a destruição de Jerusalém em 70 CE, milhares de Judeus são trazidos como escravos. Este grande grupo populacional será quem constrói o Coliseu.

Esta comunidade manteve uma certa distância do novo Judaísmo Rabínico da Judeia, mantendo vários traços do Judaísmo arcaico. Um exemplo é que as casas de oração não são chamadas de Sinagogas e sim Casa de Estudos e tampouco há, em Roma antiga, menção de Rabinos, função inexistente na época do Templo.

A história da comunidade Judaica da Roma antiga é conhecida através de várias fontes clássicas, Latinas e Gregas além dos escritos de Flávio José que foi o historiador Judeu do Século 1, conhecido entre os Judeus como Yossef Ben Matitiahu. Algumas informações adicionais sobre práticas de culto em Roma podem ser encontradas no Talmud. As inscrições encontradas nas catacumbas Judaicas são valiosas fontes de informação sobre as “sinagogas”. Grande partes destas lápides se encontra hoje no Museu do Vaticano.

Autores clássicos

Um dos textos-chave é escrito pelo filósofo Judeu Philo de Alexandria, que visitou Roma como membro de uma delegação ao imperador Caligula (40 CE). Em seu relatório, ele faz uma visão geral da vida dos judeus em Roma, mencionando que sua posição havia sido garantida pelo imperador Augusto. Augusto permitiu que eles enviassem seus impostos (os “primeiros frutos”) a Jerusalém, lhes deu cidadania Romana e permitiu estudar leis Judaicas (em vez de Romanas). Ele também decretou que, se um Judeu fosse agendado para receber sua quota mensal de grãos em um sábado, ele ficava autorizado a retornar noutro dia

Esta é uma imagem altamente idealizada. Roma não era o paraíso Judaico que Philo quer mostrar. Por exemplo, a água do aquaduto Aqua Alsietina não era saudável e só podia ser usada para fins de irrigação. No entanto, os Judeus foram forçados a usar este aqueduto, porque ele chegava a seu bairro.

As atitudes dos Romanos não-Judeus são descritas pelo poeta Juvenal. que desdenha os estranhos hábitos dos Judeus em geral e ri da pobreza dos Judeus perto da Porta Capena em particular. A acusação de pobreza é típica do anti-semitismo grego e romano; Entre os hábitos estranhos estão a abstinência da carne de porco, o estudo da Lei de Moisés (considerado como uma recusa de aprender a lei Romana), a circuncisão, o comportamento anti-social e a manutenção do sábado (considerado como preguiça).

O governo Romano não estava realmente interessado nos Judeus, como pode ser demonstrado pelo fato de que mesmo um imperador bem-intencionado como Augusto não sabia que os Judeus podiam comer no sábado, acreditando que eles jejuam.

É possível estimar o número de Judeus Romanos durante o reinado de Augusto. O historiador judeu Flavius ​​Josefo menciona um processo na corte, em que 8 mil judeus de Roma se juntaram a uma das partes. Ora, para participar de um julgamento eles deveriam ser homens adultos, porque as mulheres e os filhos não podiam participar de um processo judicial.

Uma vez que uma família nuclear consistia em pelo menos quatro ou cinco membros, deve ter havido cerca de 40 mil Judeus. É provável que este número tenha aumentado após a deportação em massa de prisioneiros de guerra após a queda de Jerusalém em 70 CE. Isso se reflete no enorme tamanho da catacumba de Monteverde. (NOTA: Até o presente todos os relatos de Josephus Flavius têm se mostrado exatos)

Há ainda algo extremamente forte: 534 catacumbas com inscrições em Hebraico datando desde o século I aC após a batalha de Pompeu em 63 aC, a partir de quando muitos Judeus foram trazidos como escravos. Algumas inscrições mecionam “libertos” o que faz crer que sejam escravos Judeus que conseguiram comprar sua liberdade. A partir do ano 70 CE cresce vertiginosamente a população Judaica de Roma em função da destruição do Templo por Tito e a dispersão que ele ordenou.

O uso de catacumbas por Judeus tem mais de uma explicação. Judeus acreditam na ressurreição e não podem cremar seus mortos. O custo da terra era imenso para escravos e pobres. As catacumbas estão em grutas baratas. Na Judéia era costume difundido enterrar em cavernas (vide Qumran).

A catacumbas Judaicas têm características muito distintas das demais. Os corredores entre os túmulos são amplos enquanto as catacumbas não-Judaicas têm corredores bastante estreitos. Nas grutas há algo como “câmeras” ou “quartos” muito parecidos com o que há na Judéia e que está bem descrito na Mishná.

Muitos dos túmulos mencionam a ‘Sinagoga” (chamadas Casa de Estudos) a qual pertenciam e consegue-se identificar 13 Sinagogas na Roma Antiga, com seus nomes e localização e há mais algumas que não se consegue identificar. Interessante mencionar duas delas: Sinagoga Hebraica e Sinagoga Vernacular. A primeira parece ter sido a primeira Sinagoga de Roma e lá se utilizava o Hebraico. Já a outra, aparentemente, tinha seus ritos em Latim.

Outro fator interessante: 76% dos nomes tinham raízes Gregas e só 23 % Latinas. Isto parece demonstrar que os Judeus carregavam muito mais a cultura Grega que a Latina. Apenas 5 tumbas tinham nomes Hebraicos. Isto se confirma na carta de Paulo aos Romanos (Epístolas aos Romanos 16, 5-16). Nesta carta ele saúda 18 pessoas com nomes Gregos, 4 com nomes Latinos e 2 Hebraicos.

Interessante notar que todos os Judeus que tinham nomes Latinos eram membros da Sinagoga Elaias. Não se sabe a razão, mas aparentemente estes formavam uma minoria com congregação separada das demais. Outra característica interessante: nos escritos Judaicos em Grego há uma série de erros gramaticais básicos. Isto parece indicar um nível educacional mais baixo. Talvez isto corrobore o que disse Juvenal, que os Judeus eram pobres (e daí que não podiam pagar uma boa educação). Nas pedras lapidares mencionam-se filantropos, escribas, líderes de Sinagoga, tesoureiros mas não há nenhuma menção a Rabi, o que parece indicar que Roma não havia ainda aceito os Rabinos pós destruição do Templo. Há uma lápide onde diz ser "um professor da lei” mas nunca Rabi.

O Gueto Judaico

Escondido no coração da cidade, o Gueto Judaico de Roma é uma das melhores atrações da cidade e também um dos seus menos conhecidos. Como a mais antiga comunidade Judaica da Europa, esta área bela e vicejante é tão básica para a história da cidade quanto para a fé Judaica. O Gueto é bem recente em termos históricos.

O Gueto foi estabelecido em 1555 no Bairro de Sant’Angelo, perto do Rio Tibre, na parte sul do Campo de Fiori. Suas fronteiras foram fixadas em uma Bula Papal, juntamente com várias leis discriminatórias sobre o profissões que Judeus podiam e não podiam exercer. Dentre as profissões aceitas estava a de vendedores de peixe, que ainda empresta seu nome a ruas na área do antigo mercado de peixes.

Esta profissão visava marcar os Judeus como pessoas sem asseio. Embora o bairro hoje tenha alguns dos preços de imóveis mais altos da cidade, o Gueto Judaico original (conhecido simplesmente como o Gueto de Roma) era murado em e super-lotado. Foi construído na Terra Baixa, área onde a malária proliferava e era sujeita a inundações regulares do Rio Tibre. A vida era cruel até que as paredes do gueto foram postas abaixo em 1888.

A cultura judaica cresceu e prosperou no Gueto de Roma, mas o bairro também testemunhou um dos episódios mais comoventes e cruéis da ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Após o governo alemão proclamar que os Judeus de Roma seriam poupados de deportação para os campos de concentração se pagassem um “resgate” em ouro – 50 kg – , muitos na cidade, incluindo o Vaticano, doaram seu ouro (embora haja dúvidas sobre se a oferta do Vaticano foi recusada ou não). Ainda que a comunidade judaica tenha juntado a quantidade necessária nas 36 horas ordenadas pelos nazistas, soldados alemães entraram no bairro em 16 de outubro de 1943 e deportaram entre 2.045 pessoas. Apenas 16 sobreviveram.

O governo de Roma afixou uma placa emocionante no local onde os Judeus foram juntados. Deste local foram levados a uma estação de trem, colocados em vagões totalmente fechados por dois dias sem comida ou asseio. Depois de dois dias os trens partiram para o campo de extermínio de Auschwitz, uma viagem de sete dias.

Ao longo dos anos, a área do Gueto se transformou num belo bairro cheio de restaurantes, igrejas e sinagogas que combinam a cultura Judaica com a grandiosidade da arquitetura Romana. As ruínas do enorme pórtico antigo, o Pórtico d’Ottavia, sobem desde 6 metros abaixo do nível da rua, trazendo ao mesmo tempo uma prova da história, bem como as mudanças que o tempo traz. O passado, Augusto havia erguido aí um memorial para sua sofrida irmã, Otávia. Nas ruínas deste portal funcionava o mercado de peixes medieval e a seu lado, o mercado de carnes.

Teatro Marcello

Recebeu o nome em homenagem a Marcus Marcellus, sobrinho do Imperador Augusto que seria seu sucessor mas morreu cinco anos antes da sua conclusão, aos 25 anos. O Teatro foi iniciado por Júlio César e completado por Augusto em 13 aC. Também é conhecido como o Coliseu Judaico por sua semelhança com o Coliseu original. Este antigo teatro ao ar livre podia receber cerca de 11.000 a 20.000 espectadores, e seus assentos ficavam cheios nas apresentações teatrais, de dança ou canto. Localizado no Bairro de Sant’Angelo, ainda hoje é palco de diferentes shows durante todo o verão. Nos andares superiores foram construídos apartamentos elegantes que oferecem belas vistas do centro da cidade e são ocupados por algumas das famílias Judaicas mais antigas da cidade.

A Grande Sinagoga

A Grande Sinagoga de Roma, ou o Templo Maggiore di Roma em italiano, é a maior sinagoga de toda Roma e, possivelmente, toda a Itália. Este edifício impressionante é bastante novo pelos padrões Romanos. Em 1870, com a unificação da Itália, as pessoas de fé Judaica receberam cidadania plena, o direito ao estudo e a qualquer profissão. A Comunidade passa a exercer profissões bem remuneradas, decidem derrubar uma das sinagogas do gueto original e elaborar planos para a Grande Sinagoga. A pedra fundamental foi colocada em 1901 e a sinagoga foi oficialmente completada em 1904, ou seja, é um verdadeiro bebê no horizonte Romano. A Sinagoga, em seu interior, impressiona por sua imensa beleza estética e por suas proporções. A imensa e altíssima cúpula, os mosaicos com passagens bíblicas, a área feminina muito bonita e o imenso pé direito nos chama à reflexão e oração.

Museu Judaico de Roma

O Museu Judaico está localizado sob a Grande Sinagoga. Aberto em 1960, exibe fantásticos adereços da Torá – coroas de prata e os chamados Rimini (peças de prata que cobrem os cilindros de madeira que seguram os pergaminhos). Há um sem número de capas da Torá, datados a partir de 1550 com as datas precisas em que foram usadas e o nome do doador de cada um. Há pergaminhos e esculturas de mármore das coleções da Comunidade Judaica de Roma, duas riquíssimas cadeiras esculpidas com motivos Judaicos usadas nas cerimônias de Breit Mila (circuncisão). Também conta a história dos Judeus e do Gueto Judaico de Roma, com fotos e recortes de jornal. La se aprende que de 1901 a,1907 Roma teve um. Prefeito Judeu – apenas 30 anos depois da emancipação, Judeus já galgaram importantes cargos públicos! Comece suas explorações do bairro aqui e assim terá informações sobre o contexto da região.

Vale mencionar que os Judeus de Roma não são Ashkenazim nem Sefaradim. Sua origem remonta à época do Templo, seus costumes são locais bem como seu rito religioso e de orações. Na verdade a dispersão dos Judeus pelo mundo se inicia com Tito e seguirá com ênfase por Adriano a partir de 132 dC quando Adriano faz com que Judeus sejam incorporados como ajudantes da Legião Romana, seguindo-os. Assim Adriano povoava as regiões conquistadas com estrangeiros e, ao mesmo tempo, evitava que os Judeus permanecessem agrupados, o que leva a a riscos de sublevação. (poderiam fazer parte dos primitivos Collegia Fabrorum).

La Bocca della Verità

A Boca da Verdade, ou Bocca della Verita, é a imagem do rosto de um homem esculpido em mármore. Localizado na entrada da igreja de Santa Maria na Cosmedin desde o século 17 e acredita-se que a escultura seja do século I. Embora saibamos que não esteja ligado ao Judaísmo ou ao Gueto Judaico de Roma, as lendas sobre suas origens variam de ser parte de uma fonte antiga, de uma igreja, de uma tumba, mas o mais estranho de todos é o seu poder como detector de mentiras . Desce a Idade Média os Romanos acreditavam que se você dissesse uma mentira com a mão na boca da escultura, sua mão seria mordida! Ainda que não ligada ao Judaísmo, é uma atração no Gueto.

A Escola Judaica

Localizada bem próxima à Grande Sinagoga, é um prédio imponente. É interessante notar que os edifícios em volta da escola são muito simples e pobres, enquanto a escola é linda, imponente e pujante – uma clara evidência da importância que Judeus dão à educação.

A Fonte das Tartarugas

A Fontane delle Tartarughe é uma fonte da época tardia do Renascimento, no riacho Sant’Angelo. Embora possa ter sido chamada de Fonte dos Golfinhos, já que no passado havia golfinhos onde hoje estão as tartarugas. Os golfinhos foram removidos devido à baixa pressão da água e as tartarugas foram adicionadas para que a fonte pareça completa. Originalmente construída como um bebedouro, a água era proveniente da Acqua Vergine, um dos primeiros aquadutos de Roma – uma grande obra para os Romanos do século VI!

O Coliseu

O Coliseu, que está fora do Gueto, é mencionado aqui por sua ligação com is Judeus de Roma. – afinal, foi construído totalmente por escravos Judeus trazidos por Vespasiano e Tito. Muitos destes escravos encontraram sua morte sendo dados como alimentos a feras famintas para deleite dos espectadores do Coliseu. Apesar de não haver sequer uma evidência de que Cristãos tenham sido martirizados no Coliseu, o Vaticano na idade média proclamou que isto havia ocorrido e assumiu a guarda do Coliseu, onde realiza a famosa Missa de Páscoa em memória aos mártires.
Interessante ressaltar que Judeus Cativos construíram as Pirâmides do Egito e 1400 anos mais tarde, Judeus cativos construíram o Coliseu.

…E quem sabe, até uma Igreja

Um tanto surpreendentemente, considerando todas as coisas, há mais de 15 igrejas na pequena área que compreende o antigo Gueto Judaico. Algumas das mais famosas são a Chiesa di Santa Maria del Pianto, Chiesa di San Tommaso ai Cenci, Chiesa di Santa Caterina dei Funari e Chiesa di San Stanislao dei Polacchi.

Hoje

Hoje Roma tem cerca de 40.000 Judeus. Cerca de 50% são praticantes ortodoxos. Há 18 Sinagogas, todas ortodoxas = não existe comunidade Conservadora e nem Reformista. Há apenas una Sinagoga Ashkenazi, 5 Sefaradim e as restantes do Rio Romano. As Sinagogas Sefaradim Ashkenazim se devem ao influxo de Judeus provenientes de Países Árabes, em especial Judeus da Líbia e Benazir que chegaram numa imensa onda migratória em 1967, após o pogrom de Tripoli. Grande número desta imensa imigração seguiu mais tarde para USA e Canada más ficaram um significativo número que usa estas cinco Sinagogas. Para servir esta comunidade há grande número de restaurantes e pizzarias Kasher bem como lojas, padaria, supermercados etc. O Carrefour tem 8 lojas com áreas Kasher.

 

maio 06, 2021

OBRIGAÇÕES DOS MACONS



Texto publicado pela Casa Real dos Pedreiros da Lusitânia.

_"Quando Deus pretende humilhar uma pessoa (por assim o merecer), Ele lhe nega o conhecimento." (Ali Ibn Abu Talib)_ 

1. Subir a Escada de Jacó pelas Iniciações da Vida, sem ferir os Irmãos neste percurso;

2. realizar o sonho de desbastar pelo pensamento e pelas ações as arestas dos vícios e da insensatez; 

3. socorrer o Irmão nas dificuldades, chorar com ele as suas angústias e saber comemorar aO seu lado as suas vitórias; 

4. reconhecer nas viúvas e nos órfãos a continuidade do Irmão que partiu para o Oriente Eterno;  

5. ver na filha do Irmão a sua filha e na esposa do Irmão, uma Irmã, Mãe ou Filha;  

6. combater o fanatismo e a superstição sem o açoite da guerra mas com a insistência da palavra sã;  

7. ser modelo da eterna e universal justiça para que todos possam concorrer para a felicidade comum; 

8. saber conservar o bom senso e a calma quando outros o acusam e o caluniam; 

9. ser capaz de apostar na sua coragem para servir aqueles que o ladeiam, mesmo que lhe falte o próprio sustento; 

10. saber falar ao povo com dignidade, ou de estar com reis e presidentes em palácios sumptuosos e conservar-se o mesmo; 

11. ser religioso e político respeitando o direito da religião do outro e da política oposta à sua;

12. permitir e facilitar o desenvolvimento pleno das concorrências, para que todos tenham as mesmas oportunidades; 

13. saber mostrar ao mundo que nossa Ordem não é uma Sociedade de Auxílios Mútuos; 

14. estar dominado pelo princípio maior da Tolerância, suportando as rivalidades, sem participar de guerras; 

15. abrir para si e permitir que outros vejam e o sigam, o Caminho do Conhecimento e da Iniciação; 

16. conformar-se com suas posses, sem depositar inveja nos mais abastados; 

17. absorver o sacerdócio do Iniciado pela fé no Criador, pela esperança no melhoramento do homem e pela caridade que abrir-se-á em cada coração; 

18. sentir a realidade da vida nos Sagrados Símbolos da Instituição; 

19. exaltar tudo o que une e repudiar tudo o que divide; 

20. ser obreiro de paz e união, trabalhando com afinco para manter o equilíbrio exato entre a razão e o coração; 

21. promover o bem e exercitar a beneficência, sem proclamar-se doador; 

22. lutar pela FRATERNIDADE, praticar a TOLERÂNCIA e cultivar-se integrado numa só família, cujos membros estejam envoltos pelo AMOR; 

23. procurar inteirar-se da verdade antes de arremeter-se com ferocidade contra aqueles que julga opositores 

24. esquivar-se das falsidades inverossímeis, das mentiras grosseiras e das bajulações humanas; 

25. ajudar, amar, proteger, defender e ensinar a todos os Irmãos que necessitem, sem procurar inteirar-se do seu Rito, da sua Obediência, da sua Religião ou do seu Partido Político; 

26. ser bom, leal, generoso e feliz, amar a Deus sem temor ao castigo ou por interesse por recompensas; 

27. manter-se humilde no instante da doação e grandioso quando necessitar receber; 

28. aprimorar-se moralmente e aperfeiçoar o seu espírito para poder unir-se aos seus semelhantes com laços fraternais; 

29. saber ser aluno de uma Escola de Virtudes, de Amor, de Lealdade, de Justiça, de Liberdade e de Tolerância; 

30. buscar a Verdade onde ela se encontre e por mais dura que possa parecer; 

31. permanecer livre, respeitando os limites que separam a liberdade do outro; 

32. saber usar a Lei na mão esquerda, a Espada na mão direita e o Perdão à frente de ambas, e 

33. procurar amar o próximo, mesmo que ele esteja distante, como se fosse a si mesmo.

VOCE CONHECE O SIGNIFICADO DA PALAVRA "NOITE"?



Meus irmãos.

Eis uma curiosa explicação da origem e significado da palavra NOITE. 

Em muitas línguas européias, a palavra NOITE é composta pela letra "N" e seguida pelo número 8, em cada uma das línguas de cada país.

 A letra N é o símbolo matemático de um número alto ( já te falei *N* vezes) e o número 8 (deitado) simboliza o infinito.

Assim, em todas as línguas, NOITE significa UNIÃO COM O INFINITO (N + 8).

Quando este fato foi descoberto é óbvio que não entendíamos como não o havíamos notado antes ... Aqui estão alguns exemplos:

PORTUGUÊS: 

noite = n + oito (8)

INGLÊS: 

night = n + eight (8)

ALEMÃO: 

nacht = n + acht (8)

ESPAÑOL: 

noche = n + ocho (8)

ITALIANO: 

notte = n + otto (8)

FRANCÉS: 

nuit = n + huit (8)

Interessante, não é?  Como conselho: durmam oito horas todas as noites. 

OLHE-SE NO ESPELHO DAQUELES A QUEM CRITICA



A Cabalá nos ensina uma coisa muito interessante.

Qualquer comportamento incômodo que você veja em outra pessoa esta em você mesmo. Isso vale a respeito daquele irmão que você critica na Loja, ou daquele conhecido ou parente.

Essa pessoa é um espelho que lhe mostra o que você precisa corrigir na sua vida.

Em algum lugar da sua consciência, na superfície ou até num nível profundo, você tem exatamente a mesma característica que está criticando.

Já sabemos que as pessoas são espelhos mas vamos além.

Você precisa assumir a responsabilidade de mudar o que existe dentro de você e precisa saber com certeza que as pessoas não mudarão enquanto você mesmo não mudar.

Você é responsável por todas as pessoas com que se relaciona sua vida e uma vez que tenha aceitado esta responsabilidade, redirecionando o julgamento para o seu próprio comportamento e fazendo a transformação interna, verá a mudança refletida neles.

As pessoas que fazem parte de sua vida também são responsáveis pelo que acontece dentro de você mas você não pode usar isso como desculpa para não ter que assumir os 100% de sua própria responsabilidade.

O GADU em sua infinita sabedoria, organiza tudo, para que as pessoas que precisamos confrontar estejam em nossa vida.

Pense duas vezes a respeito da pessoa que tanto te incomoda. 
Pode ser que você não consiga parar de criticar de imediato, mas pode começar a estar consciente do mecanismo de julgamento.

Use as seguintes frases  como uma arma na guerra contra seu próprio egoísmo.

Olhe para dentro.
Assuma responsabilidade.
Faça algumas mudanças nesses próximos sete dias.

Quando voce o fizer, se sentirá muito bem não somente por ter mudado, mas principalmente por se aliviar do fardo pesado do julgamento e do ódio.

A METÁFORA DA LUZ

            



            O termo LUZ é  usado em nossa Ordem como metáfora para descrever as  emanações da Divindade, por uma série de razões que podem ser analogamente relacionados ao GADU. 

1) A existência da luz não pode ser negada;

2) A luz não é corpórea; 

3) A luz permite a visão das cores; 

4) A luz encanta a alma; 

5) A visão de um corpo luminoso é agradável e prazerosa;

6)  Não se suporta a visão de uma luz intensa.  Ao fazê-lo  a visão escurece até não se enxergar mais nada, nem mesmo aquilo que normalmente é visível.

        Possuidora de todas essas qualidades, a luz tem  semelhança  com as entidades  livres de matéria que por esta razão são comparadas à luz para que o assunto fique mais compreensível. Pode-se citar ainda as seguintes razões:

a) A luz é a mais sutil e tênue de todas as percepções sensoriais.

b) A luz possui numerosas qualidades características das emanações Divinas, como, por exemplo:

         (i) Ela é emitida por uma luminária sem jamais separar-se dela. Mesmo quando a sua fonte é ocultada ou removida — deixando de emitir luz perceptível — os raios prévios não perduram como entidades separadas da luminária; eles se retiram com ela. Essa é uma qualidade única da luz. 

         (ii) Ela se expande instantaneamente. 

        (iii) Ela ilumina os objetos físicos e penetra em objetos transparentes. 

        (iv) Ela não se mistura nem se combina a qualquer outra substância. 

        (v) A luz nunca muda. A percepção de uma luminosidade mais ou menos intensa ou de luzes de cores diferentes não se deve a nenhuma mudança da própria luz, e sim a fatores externos. 

        (vi) A luz é essencial à vida em geral. 

        (vii) A luz é recebida e absorvida conforme a capacidade do receptor; etc.

         Obviamente essa."análise descritiva" da luz se baseia na percepção sensorial humana, sem qualquer "análise científica"  Assim essa metáfora se qualifica para qualquer dos casos  citados mas são as percepções empíricas que tornam atraente o uso dessa analogia e fazem com que ela seja útil para o nosso contexto de ensinamentos maçônicos.

        Porém, uma vez mais, esse termo é apenas uma aproximação homônima, utilizada a título de metáfora e analogia. Ele não deve ser considerado em seu sentido pleno e literal. Nunca é demais enfatizar que todos os termos e conceitos relacionados com o GADU devem ser despojados de todas as conotações temporais, espaciais e corpóreas, e devem ser entendidos apenas em um sentido estritamente espiritual

maio 05, 2021

A VIDA DO IR.'. Sir ALEXANDRE FLEMING FOI UMA VERDADEIRA OBRA MAÇÔNICA





Os dois foram grandes e ardorosos Maçons da história da Inglaterra. Sir Winston Leonard Spencer Churchill foi Iniciado em 24 de maio de 1901 na Studholm Lodge Nº: 1501, de Londres, sendo Maçom militante até o fim da sua vida.

Sir Alexander Fleming foi Venerável Mestre da Santa Maria Lodge Nº: 2682, no ano de 1925 e, posteriormente, em 1936, também foi Venerável Mestre da Misericórdia Lodge Nº: 3286; em 1942 serviu como Grande Diácono da Grande Loja Unida da Inglaterra. Sua descoberta científica da penicilina nunca foi por ele patenteada, assim como ele nunca aceitou dinheiro para seu uso pessoal.

Os polpudos honorários advindos das firmas produtoras da penicilina eram canalizados para organizações de caridade maçônicas ou outras entidades beneficentes. Ao Real Colégio de Cirurgia, onde Fleming trabalhava e lecionava, foi doada a importância equivalente a 5,5 milhões de libras, para novas investigações científicas. A elevada importância foi arrecadada unicamente entre os Maçons ingleses. Este fato nunca foi revelado ou publicado pela imprensa profana.

Outras curiosidades não reveladas: para obter o máximo de dinheiro para auxiliar as vítimas da última guerra, os Maçons ingleses graduados mandaram fundir suas medalhas e condecorações de ouro, no ano de 1940, obtendo a soma equivalente a 337.572 libras para tal fim.

Mas a mais interessante de todas as coincidências é que o Irmão Alexander Fleming salvou o Irmão Winston Churchill por duas vezes. Vejamos como: a primeira salvou-o da morte por afogamento, no lago Lockfield, na Escócia; a segunda, quando Winston Churchill já era Primeiro-Ministro inglês e ficou gravemente enfermo, às vésperas de participar da Conferência de Yalta. Sua saúde foi então plenamente recuperada graças ao uso da penicilina, descoberta por Fleming, podendo assim comparecer à citada Conferência.

“Como se verifica, o destino uniu curiosamente a vida de dois grandes Irmãos da Maçonaria Inglesa”

5 DE MAIO - DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA ! - Newton Agrella e Adison Zotovici



Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante, um dos notáveis intelectuais da maçonaria brasileira. Adilson Zotovici é um poeta que consegue transformar a aridez dos ensinamentos maçônicos em pura beleza poética.

Eis uma data que invariavelmente passa desapercebida, mas que deveria ser comemorada de forma solene e  respeitosa, pois a Língua é um dos mais legítimos, senão o mais legítimo símbolo de nossa identidade.

"...A pátria não é a raça , não é o meio, não  é o conjunto dos aparelhos econômicos e  políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo ! Olavo Bilac...."

Cabe uma ilustração interessante: A expressão *"Última flor do Lácio"* é utilizada para se referir  ao nosso idioma pelo fato da língua portuguesa ser considerada como a última das filhas do Latim. *Lácio*  advém do Latim:  "Latium" - uma região histórica da Itália Central na qual a cidade de Roma foi fundada e cresceu até tornar-se capital do Império.

É por essa razão inclusive que há o clube de futebol *LAZIO*, na Itália.

Portanto a derivação linguística desencadeou: LATIUM  - LATIM - LAZIO - LÁCIO 

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LÍNGUA   PORTUGUESA - Adilson Zotovici - ARLS Chequer Nassif - 169


Parece nela haver magia

Cada vocábulo a beleza

Orações em sintonia

Entre a dúvida e a certeza


Do povaréu à realeza

Idioma que inebria

Um verbete traz tristeza

Ou que apraz, com  alegria


Ao literário  riqueza

Desde a  etimologia

Linda “língua Portuguesa “

Qual transforma poesia

Com rigor, com sutileza,

Em sonora melodia !