maio 28, 2021

UNICIDADE



Existe uma verdade acima de todas: a unicidade.

Duas pessoas podem ter opiniões opostas e pontos de vistas conflitantes e, no entanto, ambas podem estar certas. Podem cultivar amizade e ter respeito recíproco, porque a verdade, assim como os brilhantes, tem muitas facetas. Depende do ponto de vista do qual se olha.

A inimizade e a mágoa podem ocorrer quando as pessoas reagem com intolerância e falta de compreensão quanto à visão do outro, considerando que a sua é a única verdade. A verdadeira espiritualidade não leva em consideração os vagos conceitos de certo e errado.

A espiritualidade aspira por uma verdade mais elevada: a noção de unidade, sensibilidade, compreensão e tolerância com outros pontos de vista. É só o ego que se preocupa em estar certo ou errado.

A única preocupação da alma é a unicidade.
 
Fonte: Academia de Cabala

COMO O TEMPO FUNCIONA PARA A CABALÁ.






A base do conhecimento da Cabalá deriva do Pentateuco,  conhecido como Torá, 
que são os 5 primeiros livros do Velho Testamento.

A Torá representa o corpo, enquanto a Cabalá representa a alma.
Nela observamos o mundo dividido em 2 dimensões, a oculta e a visível.
Enquanto a dimensão oculta representa o mundo infinito, a dimensão visível representa a matéria, a vida finita.

,Mas tudo provém da unidade. Tudo é o GADU.

O grande objetivo da Cabalá é buscar a nossa  comunhão com esta unidade e o entendimento de como funciona, de como se dá a interação entre estas duas dimensões.
A dimensão finita (homem e criação) e infinita (Deus, ou que chamamos de Ein Sof - nada absoluto).

A Sagrada Escritura é uma parte Dele, é a expressão maior do Ein Sof.
Criação – Expressão – Revelação = Luz

A Torá nos traz marcações do tempo...mas o que é o tempo?
O tempo nos define, traz um caminho, para cumprirmos o nosso propósito.
A Torá é um marcador deste tempo, nos afixa a terra.
Forma assim um calendário, não só com datas, festas, marcas, mas suas porções, os ensinamentos semanais marcam o nosso tempo. Assim como as sessões das Lojas.

Cada semana do ano, para a Cabalá, é regida por uma parashá ("porção" da Torá, que é um ensinamento) - às vezes duas, dependendo do ano.
A Cabalá nos ensina, entre outras coisas, que a seqüência das parashiót, isto é, dos ensinamentos, corresponde à medida do tempo no nível de Briá, o mundo da criação da Árvore da Vida.

Vamos entender isto

Cada semana é regida por um código cósmico, que está presente nos versículos da Torá!
A leitura nos coloca em contato com este código e corrige o nosso cõdigo daqui de baixo!
Quer tenhamos consciência disso ou não, tudo o que se passa no mundo da ação (Assiá) é um reflexo do que é emanado de Briá, o mundo da criação, e na medida em que estudamos o verdadeiro s significado de cada porção, nos antecipamos, positivamente, aos acontecimentos de nossas vidas, otimizando as oportunidades e evitando as armadilhas do percurso.

O que faz lá ser diferente do aqui?

Lá é Olam Briah (mundo do código cósmico) e aqui é Olam Assiah (mundo físico). Os véus, as cascas ou clipot em hebraico.  Aqueles veus ou cascas que nos cegam e nos desviam.

Fonte: Escola de Kabbalah de Porto Alegre

maio 27, 2021

QUEBRADOR DE PEDRAS



Era uma vez um simples quebrador de pedras que estava insatisfeito consigo mesmo e com sua posição na vida. 

Um dia ele passou em frente a uma rica casa valiosos e luxuosos e importantes figuras que freqüentavam a mansão. 

"Quão poderoso é este mercador!" - pensou o quebrador de pedras. 

Ele ficou muito invejoso disso e desejou que ele pudesse ser como o comerciante.

Para sua grande surpresa ele repentinamente tornou-se o comerciante, usufruindo mais luxos e poder do que ele jamais tinha imaginado, embora fosse invejado e detestado por todos aqueles menos poderosos e ricos do que ele. 

Um dia um alto oficial do governo passou à sua frente na rua, carregado em uma liteira de seda, acompanhado por submissos atendentes e escoltado por soldados, que batiam gongos para afastar a plebe. 

Todos, não importa quão ricos, tinham que se curvar à sua passagem. 

"Quão poderoso é este oficial!" ele pensou. - "Gostaria de poder ser um alto oficial!"

Então ele tornou-se o alto oficial, carregado em sua liteira de seda para qualquer lugar que fosse, temido e odiado pelas pessoas à sua volta. 

Era um dia de verão quente, e o oficial sentiu-se muito desconfortável na suada liteira de seda. Ele olhou para o Sol. Este fulgia orgulhoso no céu, indiferente pela sua reles presença abaixo.

"Quão poderoso é o Sol!" ele pensou. - "Gostaria de ser o Sol!". Então ele tornou-se o Sol. 

Brilhando ferozmente, lançando seus raios para a terra sobre tudo e todos, crestando os campos, amaldiçoado pelos fazendeiros e trabalhadores. 

Mas um dia uma gigantesca nuvem negra ficou entre ele a terra, e seu calor não mais pôde alcançar o chão e tudo sobre ele. 

"Quão poderosa é a nuvem de tempestade!" ele pensou -"Gostaria de ser uma nuvem!"

Então ele tornou-se a nuvem, inundando com chuva campos e vilas, temor a todos. 

Mas repentinamente ele percebeu que estava sendo empurrado para longe com uma força descomunal, e soube que era o vento que fazia isso. 

"Quão poderoso é o Vento!" ele pensou. - "Gostaria de ser o vento!"*

Então ele tornou-se o vento de furacão, soprando as telhas dos telhados das casas, desenraizando árvores, temido e odiado por todas as criaturas na terra. 

Mas em determinado momento ele encontrou algo que ele não foi capaz de mover nem um milímetro, não importasse o quanto ele soprasse em sua volta, lançando lhe rajadas de ar. 

Ele viu que o objeto era uma grande e alta rocha. 

"Quão poderosa é a rocha!" ele pensou. - "Gostaria de ser uma rocha!" Então ele tornou-se a rocha. 

Mais poderoso do que qualquer outra coisa na terra, eterno, inamovível. 

Mas enquanto ele estava lá, orgulhoso pela sua força, ele ouviu o som de um martelo batendo em um cinzel sobre uma dura superfície, e sentiu a si mesmo sendo despedaçado. 

"O que poderia ser mais poderoso do que uma rocha?" Pensou surpreso. 

Ele olhou para baixo de si e viu a figura de um quebrador de pedras.


Autor: Desconhecido


Conhecer os outros é sabedoria. Conhecer-se a si próprio é sabedoria superior. (Lao-Tsé)

✨✨✨✨✨🌿✨✨✨✨✨

QUEM É O HOMEM? - Dra. Maria Isabel Barillas



➖Um homem é a parte mais bonita da criação de Deus. 

➖O primeiro que chegou a esse mundo.

➖Ele sacrifica seus sonhos por um sorriso na cara de seus pais. 

➖Ele gasta o dinheiro de seu bolso nas necessidades da família. 

➖Ele sacrifica sua juventude inteira para sua esposa e filhos trabalhando até tarde sem se queixar.

➖Ele constrói o futuro de seus seres queridos tomando empréstimos dos bancos e pagando-os pelo resto de sua vida com muito suor e trabalho. 

➖Ele luta muito e todavia tem que aguentar os gemidos, gritos e muitas vezes a incompreensão de sua esposa, seus filhos, seu chefe e sua mãe, mesmo que sua vida seja um total compromisso pela felicidade dos demais. 

➖Se ele sai , é descuidado. 

➖Se fica, é um preguiçoso. 

➖Se repreende a seus filhos, é um monstro.

➖Se não os repreende , é irresponsável. 

➖Se não deixa que sua esposa trabalhe , é inseguro. 

➖Se a deixa trabalhar, é um folgado.

➖Se escuta a mãe, tem mamãezinha. 

➖Se escuta a sua esposa, é pau mandado. 

➖Se cai em tentação é um mulherengo; se resiste, é um marica. 

➖Se chorar é um fraco, se nao chorar é um insensivel.


Portanto; respeite a todos os homens que vc conheça na vida. Nunca saberás tudo e o quanto ele tem sacrificado...

Vale a pena enviar a cada homem para faze-lo sorrir e a cada mulher para recordar o valor que ele tem!!!


Valorize enquanto têm, porquê já está ficando em extinção, depois vão pedir pela volta de Adão.


FELIZ DIA DO HOMEM !!!👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

TEATRO - INGRESSOS ESGOTADOS - Newton Agrella


Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. É um dos mais notáveis intelectuais da maçonaria no país. 


Imagine-se num palco.

Todos numa encenação de uma peça.

Há um script a ser seguido.

O contrarregra orienta a entrada, posturas, falas e a participação de cada ator.

Há uma música de fundo, uma iluminação que se alterna de acordo com o curso de encenação de cada tomada.

Quanto à interpretação cabe ao diretor orientar e tabular o tempo.

O texto, é bem verdade, tem um caráter universal.

As locomoções, movimentos, marchas, toques e palavras obedecem uma dramaturgia ritualística, conforme a roupagem de que se reveste a peça.

Vale lembrar que Todos são rigorosamente  protagonistas, pois a essência do texto estabelece um caráter de Igualdade.

Porém, cada ator tem a Liberdade de expressar seu sentimento dando vida a seu personagem, sem que isso interfira no rumo da história.

A Fraternidade entre os protagonistas é a tônica deste ensaio.

O cenário é a própria concepção do mundo, cabendo a cada intérprete utilizar-se de seus instrumentos, munir-se de seus paramentos e de forma   solene e agradável oferecer o seu ofício em prol da humanidade, sob a égide de um Supremo Arquiteto.

A peça se realiza numa espécie de Acrópole, isto é, num lugar mais alto e nobre, onde "simbólicamente" os Templos são erigidos.

Sustentada por uma Lenda, apoiada pela História, amparada por uma Doutrina Filosófica e obedecendo uma natureza Especulativa que assim se transformou, após sua origem Operativa e Eclesiástica - assim é o Teatro da Vida - em que se revelam os princípios da Maçonaria.

A sessão maçônica é por si só, uma grandiosa peça teatral, plena de conteúdo, mas antes de tudo guarnecida de forte apelo psicológico, antropocêntrico e dotada de um claro objetivo que se constitui em levantar templos à Virtude e ao mesmo tempo combater a Ignorância, posto que a mensagem desta peça de teatro é a de aprimorar o Templo Interior de cada um de nós.

Olhe pra si mesmo e encontre em seu personagem o propósito de sua interpretação.

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UMA SIMPLES LIGAÇÃO - Adilson Zotovici

Adilson Zotovici, intelectual e poeta de SBC é membro da ARLS Chequer Nassif e da Confraria Maçons em Reflexão. 


Liguei  de muito distante

A um novo livre pedreiro

Qual atendeu  radiante

Como se em nosso canteiro


Entusiasmado, falante,

Mas, em tom de voz fagueiro

Percebi naquele instante

Ânsia do isolado obreiro


Que a saudade é gritante

Se pra ele alvissareiro

Para mim extasiante


Entendi quão bom, certeiro

Um ato simples, pujante

Lembrar dum irmão, companheiro !


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maio 26, 2021

AS FERRAMENTAS - Paulo Roberto Marinho de Almeida



Um grupo de ferramentas reuniu-se em assembleia numa Oficina para acertar suas diferenças.

Um Malhete estava exercendo a presidência, mas, alguns participantes exigiram sua renúncia.

A Causa?

O Malhete fazia demasiado barulho, vivia golpeando, não deixava ninguém falar e se achava dono do lugar.

O Malhete, revoltado, disse que ele e que estava sofrendo um golpe e pediu a expulsão da Régua, do Maço e do Cinzel, um grupelho que conspirava contra ele; a Régua queria controlar o trabalho e o descanso físico e espiritual, segundo suas medidas sem dar satisfações a ninguém como se fosse a única perfeita; o Maço e o Cinzel só tratavam de asperezas, e, um sem auxílio do outro não tinha nenhum valor.

A Régua não se conteve e transferiu as acusações para o Esquadro, o Nível e o Prumo, pois, estes, não faziam o trabalho pesado e ainda queriam aferir tudo; o Nível só trabalhava na horizontal – muito descansado; o Prumo dizia que sua visão vinha de cima e não poderia ser contestado; e o Esquadro, queria sempre ver tudo sobre todos os ângulos… que prepotência…

O Esquadro aborrecido asseverou – Faço apenas o que está traçado na Prancheta, que se queixem com o Compasso o Lápis e o Cordel que são os culpados, eles e que maquinam tudo, dizem que juntos, e a partir de um único ponto, projetam uma linha, um ângulo, um plano e um sólido… como é possível?

Neste momento, todos, com respeito, se calaram, pois entrou na Oficina o Mestre da Obra. Este juntou todas as ferramentas e, apresentando a prancheta com o traçado e disse: – hoje vamos dar continuidade a construção projetada pelo do Grande Geômetra.

Com a participação de todos, os trabalhos foram iniciados e realizados em paz – com ordem e exatidão.

Ao final, o Fiscal da Obra constatou que estava tudo justo e perfeito.

Quando o Mestre foi embora as ferramentas voltaram a discussão. Mas, a Prancheta adiantou-se e disse:

– Senhores, ficou demonstrado que todos temos defeitos, mas o Mestre da Obra trabalha com nossas qualidades, ressaltando nossos pontos valiosos… Portanto, em vez de pensar em nossas fraquezas, devemos nos concentrar em nossos pontos fortes.

Então a assembleia entendeu que todos eram necessários, e, como equipe, eram fortes precisos e exatos, por isto, capazes de produzir com qualidade. Uma grande alegria tomou conta de todos pela oportunidade que tiveram de trabalharem juntos. E assim despediram-se, contentes e satisfeitos.

Quando buscamos defeitos em nossos Irmãos, a situação torna-se tensa e negativa. Ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes, florescem as melhores conquistas.

É fácil encontrar defeitos… Qualquer um pode fazê-lo! Mas, encontrar qualidades? Isto é para os sábios!


Nota:

Este texto foi inspirado do Original, “O Marceneiro e as Ferramentas”, de autor desconhecido. Para adaptá-la a feição maçônica, em sua construção, alteramos a narrativa, os nomes das ferramentas e relacionamos a fantasia das contendas, com suas representações maçônicas reais, considerando o simbolismo.

 

O DONATIVO






A doação ou contribuição dada à caridade constitui um ato virtuoso. Quando o maçom coloca no “tronco de beneficência” o seu óbolo não está colocando simplesmente um valor expresso monetariamente,  mas coloca também as energias necessárias para “imantar” esses valores que entregues ao necessitado, produzirão efeito extraordinário; essa é a forma esotérica do Donativo.

Ao mesmo Tempo, quando o maçom retira a sua mão da bolsa, traz com ela as vibrações daqueles Irmãos que o precederam. O óbolo é entregue e ao mesmo tempo retribui.

Em toda expressão caritativa (religiosa), o óbolo é acanhado; dá-se o mínimo, o supérfluo, o que se tem à mão, sem preocupação anterior de planejamento. Isso não é certo pois a beneficência é uma obrigação fundamental do maçom. A caridade  atende aos menos afortunados.

Quem doa o supérfluo não está exercitando a caridade, mas apenas uma ato simbólico vazio.

O maçom, antes de sair de casa em direção à Loja, deve munir-se da importância que deverá ser doada, mas uma importância  reveladora de seu amor ao próximo, pois que esse próximo, muitas vezes um irmão, ou o
familiar de um irmão que necessita de auxílio.

O maçom não deve desprezar a máxima franciscana: “É dando que se recebe”.

ENSINAMENTO MAÇÔNICO SOBRE A ENTRADA NO TEMPLO - Maximiliano Schaefer



Maximiliano Schaefer, M.’.M.’.da ARLS Capela Aparecidense Nº 2923, Aparecida de Goiânia (Goiás) 

De onde vindes

De uma Loja de São João J. e P. rogando proteção ao GADU  para manter nosso coração e espírito puros perante as imperfeições do mundo.  Buscamos evolução e conhecimento e a Ordem corrige nosso rumo e  nos propicia a a oportunidade de evoluirmos como indivíduo.

Buscamos trazer paz ao mundo e tranquilizar os corações sofridos em uma vida de tantas provações. Amizade a todos os irmãos, entendendo-os e relevando as mais diversas situações provocadas por seu grau de evolução, mostrando-lhes o caminho para seu aprendizado individual, refletindo sobre nós mesmos e lembrando constantemente do nosso estágio de aprendiz. 

Prosperar para oferecer conforto a nossas famílias e criar condições de fazermos algo mais pelo próximo.  Contribuindo para tornar o mundo melhor. 

É somente isso trazes consigo?

O Venerável Mestre, aquele cuja responsabilidade é creditada a conduta de seus aprendizes, vos saúda com respeito e admiração, agradecendo em nome de todo seu Templo de origem o privilégio de abrigar com o mesmo carinho que esse filho foi recebido em sua vida e dos irmãos no convívio, fazendo-o ter uma visão diferente, mitigando sua curiosidade a outros fatos que contribuam para o seu aprendizado, razão pela qual de seu glorioso nome… Venerável Mestre.

Quando construímos templos à virtude relembramo-nos dos notáveis cavaleiros templários, figuras fortes e marcantes que tanto contribuíram com a nossa historia, demonstrando garra, robustez e perseverança, trabalhando com denodo e cavando masmorras ao vício. A virtude de fazer o bem e de nos fazer progredir e descobrir que existem muitas coisas que não  conhecemos ainda, aprendendo que os detalhes fazem as diferenças, que é na minúcia que descobrimos a arte.

Nesse momento lembramos de Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni.  Estaria errado ele em tantos progressos nas áreas de engenharia, arquitetura, sociedade, música e artes cênicas de hoje? O nível de detalhe dos seus projetos nos levam a pensar que realmente temos muito a aprender, que realmente somos aprendizes. Muitas paixões foram vencidas, muitas vontades submetidas para realizar um dos trabalhos mais bonitos que a história protagoniza até hoje – a Capela Sistina – que demonstra com suavidade e vigor toda energia despendida por um aprendiz que buscava algo, que tanto criou e contribuiu ao mundo e, talvez, tenha viajado as estrelas e ainda hoje continue buscando algo.

E o que ele queria? Um lugar que a história lhe reservou ou somente um lugar entre nós?

“De tempos em tempos, o Céu nos envia alguém que não é apenas humano, mas também divino, de modo que através de seu espírito e da superioridade de sua inteligência, possamos atingir o Céu.” Giorgio Vasari

E seu venerável mestre lhe concedeu… e o mestre de cerimônia lhe acompanhou ao seu lugar de direito.


maio 25, 2021

DIZEM POR AÍ - Roberto Ribeiro Reis




Roberto Ribeiro Reis é poeta e ensaísta maconico de Rio Casca, MG, membro da Confraria Maçons em Reflexão. 


Essa companhia de homens bons

Tem mania de emitir estranhos sons,

E a chamar por um tal de “ O Zé”;

Nessa confraria tem cadeia (que é de união),

E está sob a chefia de um senhor Salomão,

Por quem demonstram considerável fé.


Quem os representa é uma alma veneranda,

Que os instrui, com calmaria branda

E benemérita atitude;

Um líder, fortalecido, isento de ignorância,

Que está protegido, sob dupla vigilância, 

O que lhe confere distinta plenitude.


Lá, dizem que o bem é algo que exala,

E que há também quem lhes represente a fala,

Da lei sendo o seu guarda;

Há igualmente um escritor ilustre

Que, com primor, zela pelo balaústre,

E que feitos os outros usa o terno como farda.


Lá não se percebe nenhuma querela,

E o mal é algo que não se chancela,

Dado que desprovido de autenticidade;

Lá se vê o milagre terrestre com total parcimônia,

Ao seguirmos um mestre, de inigualável cerimônia,

Cerimônia de pura beldade.


Há um responsável pelo “dízimo” e seu recolhimento,

Que com marcha insopitável e fraterno atendimento,

Pugna por indispensável anonimato;

Existe um obreiro que cuida do erário,

E, embora eles não recebam moeda como salário,

São inspirados por Arquiteto de distinto trato.


O que nos assoma a curiosidade

É sabermos que essa irmandade

Adora a um Bode, o qual, inclusive, aceitam;

Eles têm símbolos - que nos fogem à compreensão, 

E se reconhecem com tamanha distinção,

Obedecendo a um tal GADÚ, que todos respeitam.


Roberto Ribeiro Reis ⛬

A COMISSÃO DE SINDICÂNCIA - Marco Antônio Perottoni




Marco Antônio Perottoni é membro das Lojas Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas e ARLS Cônego Antônio das Mercês de Porto Alegre, RS



Sabemos que a maçonaria é uma sociedade que se iniciou em tempos passados, que muito se tem discutido e pesquisado para se chegar as suas reais origens, e que vem sobrevivendo por séculos, apesar das constantes mudanças ocorridas em nosso mundo.


Esta sobrevivência vem sendo garantida pela constante renovação de seus membros, que mantêm seus segredos mais carismáticos. Rituais, fundamentos e segredos vêm sendo transmitidos de geração para geração num ritual de confiança e fraternidade.


Sendo uma sociedade iniciática, tem o dever de primar pela escolha de seus futuros membros e que darão continuidade à sua perpetuidade.


Se necessitamos de membros ativos e conscientes para perpetuá-la para as próximas gerações, é necessário que sejamos muito criteriosos nas escolhas de futuros Obreiros e que esta tarefa seja entregue a quem efetivamente tenha as qualidades necessárias para o fiel cumprimento da mesma. 


Sem nenhuma dúvida a futuro de nossa Ordem está diretamente ligado a escolha e análise das indicações feitas por seus atuais Obreiros e que fica associada aos padrões éticos-morais e intelectuais dos mesmos, principalmente os padrões éticos.


De todos os trabalhos maçônicos destaca-se, em minha visão, um muito especial e, até diria, extraordinário, em cujo desempenho o maçom há de movimentar-se, tanto no interior do Templo e especialmente fora dele, no mundo profano, que é a “SINDICÂNCIA”.


É, como dissemos, um trabalho especial que muito honra e dignifica o Irmão encarregado do seu desempenho, uma vez que tem excepcional importância para a construção das bases de progresso de uma Loja.


É uma incumbência de grande vulto e estrita consideração para o e com o Irmão escolhido pelo Venerável Mestre.


Não estamos sendo nenhum pouco originais quando dizemos que, quando encarregados de fazermos uma “SINDICÂNCIA”, deveremos ser minuciosos e severos no exame dos candidatos, pois é de nosso desempenho na busca das respostas dos quesitos que vamos gerar o convencimento dos demais Irmãos, na admissão de um profano em nossa Ordem.


Quando estamos examinando um candidato temos que examinar muito mais do que as características indicadas pelo proponente e que giram em torno de boa convivência social, trabalhador, de moral reconhecida e honestidade.





Sem dúvidas são características necessárias para ser aprovado, mas perguntamos, são as únicas? Com toda a certeza temos outros valores e qualidades que têm que ser avaliadas, tais como ética, justiça, sabedoria, inteligência, liderança, perseverança e caridade. 


Quanto mais e precisas as informações que trazemos para a Sindicância, muito menos possibilidades de errarmos na escolha de um novo membro para a Ordem. 


Como vemos, o momento mais importante de um processo de iniciação de um novo integrante da Ordem, é a “SINDICÂNCIA”. É neste momento que será montado o verdadeiro perfil, com os valores e qualidades, do profano.


O Sindicante não pode, jamais, atuar com desleixo nesta atividade, não pode deixar-se levar por afinidades pessoais ou se preocupar em contrariar ou não o Mestre que fez a indicação ou qualquer membro da Loja. Se existirem problemas com o Profano estes devem ser levados ao conhecimento da Assembleia.


Num clube social uma campanha de “mais um” o que interessa é o número. Na Maçonaria, onde os princípios e finalidades são outros, bem diferentes devem ser os processos de admissão deste “mais um”. O que conta, em nossa Ordem, é a qualidade e jamais a quantidade dos candidatos.


Como atingir este objetivo?


Esta seleção, sempre procurada, é conseguida a contento através das “SINDICÂNCIAS” bem elaboradas e levadas a efeito pelos Irmãos escolhidos pelo Venerável Mestre e que prezam a distinção que lhe é dispensada ao serem selecionados para executarem honroso trabalho.


Em razão disso, a “SINDICÂNCIA” assume grau de importância imprescindível para o bom andamento das propostas de iniciação e a garantia de bons resultados nos trabalhos, dai a deferência especialíssima da Loja para com o Irmão que for escolhido como Sindicante.


Ao contrário, àqueles que não apreciam, no devido valor, a enorme importância e responsabilidade dessa missão, ou não estão dispostos há consumir um tempo em benefício do progresso de sua Loja, fornecendo uma informação consistente e exata, é preferível que não aceitem tão honroso encargo, devendo, delicada e honestamente, rejeitar essa missão, porque uma boa “SINDICÂNCIA” deve ser isenta de qualquer resquício de obrigatoriedade, protecionismo, sem nenhum indício de optatividade e traçada com o intuito de iluminar os Irmãos que irão tomar parte da decisão que dela, a “SINDICÂNCIA”, advir.


O Venerável Mestre elege para tão valiosa e nobre tarefa a Irmãos que lhe merecem respeito, consideração e a mais absoluta confiança. Estes formarão a Comissão de Sindicância, confidencial, pois só o é e deve permanecer do conhecimento do Venerável Mestre portanto desconhecida dos demais Irmãos da Loja.




É importante afirmar que o Sindicante deve agir com a máxima lisura e honestidade, jamais utilizando esta condição para constranger ou buscar favores ou Benefícios pessoais em função da condição do Sindicado e deixando de lado qualquer relação com credo, raça ou ideologias nos seus questionamentos ou julgamentos.


Não é por se eleger uma Comissão de Sindicância que os demais Obreiros da Oficina deixam de ter responsabilidade na admissão dos candidatos, pois são tacitamente havidos como sindicantes aditivos ou complementares, que tendo conhecimento de algum fato que venha em benefício ou em desabono do candidato têm o dever de comunicar à Loja.


DA DEVOLUÇÃO DA SINDICÂNCIA


O meio mais discreto de fazer retornar a “SINDICÂNCIA” às mãos do Venerável Mestre, a não ser a entrega direta, é o Saco de Propostas e Informações.


Há o prazo regulamentar que deve ser observado na íntegra, e se encontra estipulado no Regulamento Geral do GORGS, que determina como sendo de quinze dias, após o recebimento da mesma pelo sindicante. Este prazo, entendemos, poderá ser prorrogado por mais um período, a critério do Venerável Mestre, mediante solicitação por parte do sindicante.


É importante que nos conscientizemos da relevância das informações e da honra que nos é deferida no momento que passamos a fazer parte de uma Comissão de Sindicância, pois de nosso desempenho depende, em muito, o progresso de nossa Loja. Lutemos por sindicâncias feitas com qualidade, esclarecedoras e que efetivamente ajudem na decisão da Loja.


Para finalizar, transcrevo um trecho de LUIZ PRADO, cujo livro “ROTEIRO MAÇÔNICO PARA O QUARTO DE HORA DE ESTUDOS” inspirou o desenvolvimento desta peça de arquitetura, e que diz o seguinte sobre o sindicante:


“É a própria Loja curiosa de saber o que ocorre com os candidatos. Seu mister de garimpagem maçônica assemelha-se aos cuidados empregados na escolha das “pedras” preciosas e diamantes embrionários que, tarde ou cedo, irão ser transmutados por meio da lapidação, no caso o processo de iniciação”.



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maio 24, 2021

A POBREZA INTELECTUAL NA MAÇONARIA- Dr. Dario A. Baggieri



Amados irmãos , debatendo em uma loja de estudos maçônicos, pelo ZOOM, virtualmente, com mais 75 irmãos referências em suas Lojas e membros  das Três Potencias regularmente reconhecidas no Brasil sobre o TEMA : ” A POBREZA INTELECTUAL QUE GRASSA NO INTERIOR DA MAÇONARIA BRASILEIRA”.

Ficamos estarrecidos  com a constatação de vários irmãos preocupados com o sombrio futuro de nossa sublime instituição , caso não seja implementado um projeto de revitalização e de doutrinação em moldes planejados e de educação continuada, com quebra de paradigmas e filtragem mais criteriosa dos futuros membro da Ordem.

A Pobreza intelectual aqui ratificada, é a mente desprovida da verdade, do conhecimento de si e do alcance de seus pensamentos e ações.

A escolha deliberada em não conhecer as coisas mais importantes começa quando a mente rejeita todo e qualquer padrão que não seja ela mesma.

Ela vislumbra sua vida espiritual como algo que se edificou a si mesmo, que se construiu sozinho.

A rigor, a mente não pode “fazer” nada errado, pois é ela quem define o que é certo e errado.

Da mesma forma, ela não pode perdoar ou ser perdoada porque isso implicaria que existiria uma fonte e uma medida fora de si.

A pobreza intelectual é a verdadeira origem da pobreza material, filosófica, Teocrática e institucional.

Eis porque a sabedoria maçônica clássica sempre exorta que conheçamos a nós mesmos, que nos ordenemos por um padrão que não criamos.

Nossas mentes trabalham diuturnamente para distorcer a realidade e fazer com que ela se enquadre em nossas escolhas.

Platão dizia que a vida humana não é “séria”.

O homem é um “joguete” dos deuses.

Sua intenção não é nos denegrir, mas louvar nossas vidas por aquilo que são.

Não é “necessário” que existamos.

Mesmo assim, existimos.

Existimos por razões não fundadas no determinismo.

O fato de existirmos de maneira desnecessária expressa a mais profunda verdade sobre nós.

Existimos por escolha, por amor, pela liberdade fundada no que está para além da necessidade.

Significa que nossas vidas devem refletir essa desnecessidade, essa liberdade de sermos receptores de bens e graças das quais não somos a causa.

Após essa pequena dissertação supracitada, observamos que os céticos irmãos definem a Maçonaria como a “Instituição da perda de tempo, nos dias atuais”.

Os Paladinos da Ordem definem que A Pobreza intelectual da Maçonaria, não é sinônimo de marginalidade de ações construtivas individuais e coletivas, mas é o alimento de “intelectuais” canalhas, os profanos de aventais, os vaidosos arrogantes, os pombos arrulhantes que destilam e semeiam a discórdia em nossos Templos.

A pobreza maior do maçom  é a ausência de compromisso do que é fundamental para a vida humana, não somente para  a sua própria, mas também para a de seus irmãos maçons, além de para com a nossa existência, enquanto instituição eclética que somos.

Podemos  ser pobres materialmente falando e também culturalmente em termos acadêmicos.

Ela passa por todos os extratos sociais.

Muitas vezes apontamos como pobre só aquele que não tem o que comer ou que não tem condições de habitabilidade.

Essa é a pobreza mais visível.

Mas, no entanto, existe também outro tipo de pobreza e que passa também por aqueles que são economicamente mais favorecidos, os ricos, se assim quisermos falar, a POBREZA DE ESPÍRITO, essa é a pior que pode ocorrer dentro de um iniciado que recebeu a verdadeira luz. 

Um Irmão  participante  do debate definiu todo o processo  que estamos vivenciando hoje na Maçonaria com a seguinte frase:

A nossa maior pobreza intelectual não é a “pobreza econômica” e, sim, a “pobreza moral”.

Essa colocação deixou a todos estarrecidos, pois a primeira vista parece ser ofensiva, inapropriada  e que não teria sentido em uma reunião virtual daquele nível Constelar.

Em plena era cibernética, onde vemos o adiantado desenvolvimento das variadas faces da ciência, tais como telecomunicações, medicina, engenharia, etc... ainda persistem, em nossa sociedade discreta, A MAÇONARIA, práticas e comportamentos pouco dignos, controversos e antagônicos ao modelo moral proposto para nossa Sublime Instituição; sendo necessário a criação de novas leis para regular as relações sociais e defender direitos naturais.

O uso de “máscaras sociais” é a confissão íntima da nossa personalidade, ou seja, quando usamos as nossas várias “máscaras” para permearmos a sociedade, confessamos para nós mesmos que, nossa personalidade ainda está aquém daquela que nos foi colocada como modelo.

Confessamos para nós mesmos que não somos o que gostaríamos de ser, ou, pelo menos, não conseguimos ser o que nos foi ensinado, desta forma, “fabricamos”, aparências circunstanciais, efêmeras e transitórias, de comportamentos aceitos na vida maçônica, familiar e na comunidade onde vivemos. 

Nossos comportamentos, em verdade, ainda são marcados, de forma indelével, pelo egoísmo, muito embora, às vezes, não o notamos em nossa conduta social, por estarmos totalmente integrados – inconscientemente – em nosso próprio arquétipo evolutivo.

Ou seja o EGOCENTRISMO .

A Pobreza intelectual  é um Estado Moral.

Nunca me habituarei a ser pobre Moralmente Falando.

Chamo essa pobreza de  desamparo Interior.

Confundimos pobreza  moral com desamparo: pois têm o mesmo rosto.

Mas a pobreza é um estado moral, um sentido das coisas, uma forma de honestidade desnecessária.

Uma renúncia a participar no melhoramento global  do mundo, é isso a pobreza moral e intelectual para mim.

Talvez não por bondade , por ética ou por um qualquer ideal elevado, mas por incompetência  de partilhar o que de graça , nos brindou o Grande Arquiteto do Universo. 

Somos, nesse sentido, frades de uma ordem mendicante e talvez agonizante, clamando por um futuro diferente daquele que se anuncia e está se descortinando no horizonte, infelizmente para nossa amada e Sublime Instituição.

Para entrarmos no caminho do progresso moral é necessário que tenhamos em mente as modificações que teremos que fazer em nossas atitudes, em nossos sentimentos e em nossas obras para com o outro.

Se não houver renuncia dos nossos vícios materiais ou morais, não teremos condições de abrir a porta do progresso moral em nossa caminhada, porque só através da mudança verdadeira é que teremos a chave para realmente abrir a porta do progresso moral.

Quando buscamos nossa melhora, mudamos de atitude não pensamos mais de forma egoísta, traçamos o nosso desenvolvimento sempre pensando no desenvolvimento do outro.

Procure em você as modificações necessárias para começar o seu progresso moral, somente você poder corrigir as suas falhas.

Pensemos nisso hoje e sempre!!!!!

Bom dia meus irmãos. 

(Grupo de Estudos Maçônicos “Filhos de Hiram”)

INSONDÁVEL- Newton Agrella

 


Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Um dos mais notáveis intelectuais da maçonaria no país. 


Um pouco de História, sempre faz bem à saúde, sobretudo à saúde mental e intelectual.

Em 1966 o falecido jornalista Sérgio Porto, que se valia do pseudônimo de "Stanislaw Ponte Preta"  - cronista perspicaz, escreveu a canção   Samba do Crioulo Doido, que se constituia numa sátira que ironizava a obrigatoriedade imposta às escolas de samba de retratarem nos seus sambas-enredo somente fatos históricos.

Ao longo do tempo a expressão ganhou um qualificativo semântico, tornando-se uma analogia para se  referir a coisas sem sentido, a textos mirabolantes e sem nexo, a invenções, celebrações e interpretações descabidas que pudessem ensejar e dar uma espécie de consistência real a um mundo imaginário.

Dessa mesma forma, esse Samba do Crioulo Doido foi gradativamente invadindo continentes e áreas indevidas diante do que se queria propagar.  

Infelizmente, esse expediente, sem qualquer legitimidade no campo da Filosofia, das Ciências Iniciáticas, das Doutrinas Dialéticas e do próprio Simbolismo Intelectual, especialmente aqui no Brasil, insiste em se instalar, e através de mecanismos abusivos e obtusos se irrompe sem qualquer cerimônia naquilo que deveria ser preservado com todo esmero e cuidado.

É dessa forma que instituições sérias de natureza especulativa, caráter acadêmico, filosófico e cultural vão perdendo sua identidade, força e beleza.

Algo como se as Colunas J e B tivessem que se sustentar em dobro...

Maçonaria não é mero objeto de vídeos institucionais e de inócuas mensagens de auto ajuda ou de auto promoção.

Muito pelo contrário, a Sublime Ordem pugna pelo incansável exercício da Evolução humana, explorando positivamente todas as potencialidades hominais, tendo como cenário a prática da Virtude e da busca pelo Conhecimento através do Trabalho Árduo, do Estudo, e da Pesquisa subvencionados pelo Espírito Crítico e da Razão.

Toda e qualquer manifestação proselitista, seja no campo religioso, político, doutrinário ou ideologista, sempre encontrará um revés na Sublime Ordem.