junho 22, 2021

JOÃO BATISTA, O PROFETA ESSÊNIO - Fiore Trisi Jr.

 


Conforme alguns dados vinculados à história e à tradicional literatura semítico-cristãs, o profeta João Batista, primo de Jesus Cristo e filho do sacerdote Zacarias, nasceu no século I a.C., provavelmente na desértica região da Judeia e na época do rei edomita Herodes I, o Grande.

Para o historiador romano Titus Flavius Josephus, João foi, sem dúvida alguma, uma emblemática personagem bíblica ligada aos valores éticos, morais e espirituais do judaísmo, do essenismo, bem como do cristianismo primitivo, uma vez que esse pregador batizou Jesus de Nazaré nas águas do sagrado rio Jordão. Nesse sentido, o apóstolo Mateus realmente ensina-nos que: “Então veio Jesus da Galileia a João, junto do Jordão, para ser batizado por ele” (Mt 3:13).

Não obstante algumas polêmicas teóricas, esse profeta semita, que preparou espiritualmente a vinda do Cristo, é, de fato, considerado um grande seguidor e divulgador da cultura espiritual essênia, a qual possivelmente surgiu durante o século II a.C., como consequência de algumas divergências teológicas proporcionadas pela diversidade de cultos e de crenças judaicas que havia naquela época.

Assim, os essênios podem ser definidos, em síntese, como uma seita espiritualista asceta, isto é, uma filosofia iniciática e esotérica caracterizada, sobretudo, pela renúncia aos prazeres da carne e ao mundo material. Além disso, essa linha religiosa também se caracterizava pela incessante busca da evolução espiritual e moral por meio da prática de alguns rituais considerados iniciáticos, como, por exemplo, a mutilação genital, o batismo, o jejum, o celibato, a comunhão, o vegetarianismo, bem como a mortificação do corpo físico como forma de demonstrar santidade e amor incondicional a Deus. 

Segundo ainda o historiador Flavius Josephus, os essênios viviam realmente em áreas geográficas muito isoladas no antigo deserto da Palestina e seguiam, de forma rigorosa, várias regras religiosas pertinentes ao Antigo Testamento. Por conseguinte, os essênios e, sobretudo, João Batista, profetizavam a vinda do Messias, ou seja, do Filho de Deus, o que é, indubitavelmente, comprovado pelos Evangelhos canônicos, vejam: “E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3:17). 

Recentemente, o povo essênio voltou a ser objeto de sérias pesquisas antropológicas porque foi descoberto, em Qumran, os Pergaminhos do Mar Morto. Em virtude dessa importantíssima descoberta científica e literária, as cavernas habitáveis de Qumran, em Israel, são consideradas, na pós-modernidade, prova inequívoca e irrefutável da existência desse povo esotérico, bem como de seus escritos sagrados.

Lamentavelmente, e por causa de algumas divergências sociorreligiosas e políticas, João Batista, o precursor, foi preso no antigo povoado de Pereia e, posteriormente, sentenciado à morte por decapitação a pedido de Salomé e por ordem do rei Herodes Antipas. 

 

junho 21, 2021

ESTAMOS FICANDO MENOS INTELIGENTES ?- Christophe Clavé



*Um feliz Mundo 🌎 Novo a cada um de nós*

 “O QI médio da população mundial, que sempre aumentou desde o pós-guerra até o final dos anos 90, diminuiu nos últimos vinte anos ...

É a inversão do efeito Flynn.

Parece que o nível de inteligência medido pelos testes diminui nos países mais desenvolvidos.

Pode haver muitas causas para esse fenômeno.

Um deles pode ser o empobrecimento da linguagem.

Na verdade, vários estudos mostram a diminuição do conhecimento lexical e o empobrecimento da linguagem: não é apenas a redução do vocabulário utilizado, mas também as sutilezas linguísticas que permitem elaborar e formular pensamentos complexos.

O desaparecimento gradual dos tempos (subjuntivo, imperfeito, formas compostas do futuro, particípio passado) dá origem a um pensamento quase sempre no presente, limitado ao momento: incapaz de projeções no tempo.

A simplificação dos tutoriais, o desaparecimento das letras maiúsculas e da pontuação são exemplos de "golpes mortais" na precisão e variedade de expressão.

Apenas um exemplo: eliminar a palavra "senhorita" (agora obsoleta) não significa apenas abrir mão da estética de uma palavra, mas também promover involuntariamente a ideia de que entre uma menina e uma mulher não existem fases intermediárias.

Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar emoções e menos capacidade de processar um pensamento.

Estudos têm mostrado que parte da violência nas esferas pública e privada decorre diretamente da incapacidade de descrever as emoções em palavras.

Sem palavras para construir um argumento, o pensamento complexo torna-se impossível.

Quanto mais pobre a linguagem, mais o pensamento desaparece.

A história está cheia de exemplos e muitos livros (Georges Orwell - "1984"; Ray Bradbury - "Fahrenheit 451") contam como todos os regimes totalitários sempre atrapalharam o pensamento, reduzindo o número e o significado das palavras.

Se não houver pensamentos, não há pensamentos críticos. E não há pensamento sem palavras. Como construir um pensamento hipotético-dedutivo sem o condicional?

Como pensar o futuro sem uma conjugação com o futuro?

Como é possível captar uma temporalidade, uma sucessão de elementos no tempo, passado ou futuro, e sua duração relativa, sem uma linguagem que distinga entre o que poderia ter sido, o que foi, o que é, o que poderia ser, e o que será depois do que pode ter acontecido, realmente aconteceu?

Caros pais e professores: *Façamos com que nossos filhos, nossos alunos falem, leiam e escrevam.( isso não está fora do contexto).

Ensinar e praticar o idioma em suas mais diversas formas. Mesmo que pareça complicado. Principalmente se for complicado. Porque nesse esforço existe liberdade.

Aqueles que afirmam a necessidade de simplificar a grafia, descartar a linguagem de seus "defeitos", abolir gêneros, tempos, nuances, tudo que cria complexidade, são os verdadeiros arquitetos do empobrecimento da mente humana. Não há liberdade sem necessidade.

Não há beleza sem o pensamento da beleza. 

https://libplus.it/non-ce-liberta-senza-necessita-non-ce-bellezza-senza-il-pensiero-della-bellezza/ 

https://it.m.wikipedia.org/wiki/Effetto_Flynn#:~:text=L'effetto%20Flynn%20consiste%20nell,indipendente%20dalla%20cultura%20di%20appartenenza.


O SOLSTÍCIO - Bruno Macedo




O solstício corresponde ao instante em que o Sol atinge a sua declinação máxima ou mínima, dependendo do hemisfério em questão.

No solstício de Verão o Polo Norte apresenta uma inclinação de 23,5º em direção ao Sol, enquanto no solstício de Inverno o Polo Norte fica afastado do Sol com uma inclinação de 23,5º. 

No hemisfério sul (onde se encontra o Brasil), o solstício de verão acontece nos dias 21 ou 23 de dezembro e o solstício de inverno nos dias 21 ou 23 de junho.

Inversamente, no hemisfério norte, o solstício de verão acontece nos dias 21 ou 23 de junho e o solstício de inverno nos dias 21 ou 23 de dezembro.

Por ser o dia de maior noite no ano, o solstício de Inverno (21 de Dezembro, no hemisfério Norte e 21 de Junho no hemisfério Sul) é associado à morte, ao desconhecido ou à escuridão, enquanto que o dia de maior claridade (21 de Junho, no hemisfério Norte e 21 de Dezembro no hemisfério Sul) é associado a Vida ou à Luz (solstício de Verão).

Na antiguidade, as iniciações eram feitas sempre no solstício de Inverno, porque sendo o ultimo dia de maior noite, significava a marca do inicio do ciclo de dias de luz cada vez maiores; significava ainda a saída do mundo dos mortos (a noite, a escuridão), ou a entrada no mundo dos vivos (o dia, a Luz).

As iniciações tinham assim o significado de renascer, ou nascer de novo para a Luz; o renascimento assume assim o significado simbólico da vida que se renova, após a grande noite (morte).

No Egito antigo, os Faraós eram reiniciados a cada novo solstício de inverno.

As Pirâmides foram construídas em alinhamento para receber o Sol de frente à porta de entrada, exatamente no dia do solstício de Inverno.

Em diversas outras civilizações, as grandes obras de arquitetura foram construídas com este alinhamento e com este objetivo.

Acredita-se que, assim como os Romanos observavam o Solstício de Inverno, em homenagem ao deus Saturno, posteriormente chamado de “Sol Invencível”, esse costume também era observado pelas Guildas Romanas, os antigos Colégios e Corporações de Artífices, que nada mais eram do que a Maçonaria Operativa.

Porém, há fortes indícios de que a Maçonaria Especulativa, formada por europeus de predominância cristã e preocupados com a imagem da Maçonaria perante a “Santa Inquisição”, aproveitou a feliz coincidência das datas comemorativas de São João Batista (24/06) e São João Evangelista (27/12) serem muito próximas dos Solstícios, para relacionarem a observância dos Solstícios com os Santos de nome João, e assim protegerem a instituição e sua observação dos Solstícios da ignorância, tirania e fanatismo.

João Batista é o profeta que anuncia e prepara, no sistema iniciático, a vinda da Luz.

Ele ensina a humildade, a renúncia ao ego, sem as quais a iniciação e o progresso espiritual são impossíveis: "É preciso que ele cresça e que eu diminua" (João 3:30). 

Haverá expressão mais profunda deste sentido do que esta?

Pobre do Mestre que não aspire a ser ultrapassado pelo seu discípulo! 

São João Batista simboliza, assim, o grande iniciador, o Mestre sábio que prepara, humildemente, o caminho ao Aprendiz.

São João Evangelista, em contrapartida, representa o Irmão que recebeu a Luz e que a dimana na sua sabedoria, identificando-a com o Verbo e com o Amor. 

Tradicionalmente, tanto para o mundo oriental, quanto para o ocidental, o solstício de Câncer, ou da Esperança, alusivo a São João Batista (verão no hemisfério Norte e inverno no hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas mortais e, por isso, chamada de Porta dos Homens, enquanto que o solstício de Capricórnio, ou do Reconhecimento, alusivo a São João Evangelista (inverno no hemisfério Norte e verão no hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas imortais e, por isso, denominada Porta dos Deuses.

Nesse sentido, na Inglaterra, onde a primeira Obediência Maçônica do mundo, como se sabe, foi fundada em 1717, no dia de São João Batista, o antigo símbolo maçônico de um círculo ladeado por duas linhas paralelas, talvez um dos símbolos mais antigos da humanidade ainda em uso, teve a simbologia das linhas paralelas dos Trópicos de Câncer e Capricórnio, que possuem ligação direta com a observância dos Solstícios, transformados em São João Batista e São João Evangelista.

Ou seja, não são Lojas Solsticiais, mas sim e antes de tudo, Lojas de São João.

Bom dia de solstício meus irmãos. 

Bruno Macedo M.'.M.'.

junho 20, 2021

OPERAÇÃO ZEGOTA (RESGATE) - Newton Agrella


Contribuição do escritor e intelectual maçônico Newton Agrella

Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena Sendler conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações. Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazis relativamente aos judeus (sendo alemã!).

Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de aniagem na parte de trás da sua caminhonete (para crianças de maior tamanho).

Também levava na parte de trás da camioneta um cão, a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto. Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.

Enquanto pôde manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.

Por fim os nazis apanharam-na. Souberam dessas atividades e em 20 de Outubro de 1943 Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak, onde foi brutalmente torturada. Num colchão de palha, encontrou uma pequena estampa de Jesus com a inscrição: “Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.

Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Já recuperada foi, no entanto, condenada à morte.

Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, ele gritou-lhe em polaco: "Corra!".

Esperando ser baleada pelas costas, Irena, contudo, correu por uma porta lateral e fugiu, escondendo-se nos becos cobertos de neve até ter certeza de que não fora seguida. No dia seguinte, já abrigada entre amigos, Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados que os alemães publicavam nos jornais.

Os membros da organização Żegota ("Resgate") tinham conseguido deter a execução de Irena, subornando os alemães e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.

Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, guardadas num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.

Depois de terminada a guerra, tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais, ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.

Em 2006 foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... mas não foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por sua campanha sobre o Aquecimento Global.

Não permitamos que alguma vez esta Senhora seja esquecida!!

Estou transportando o meu grão de areia, postando e divulgando esta história. Espero que faças o mesmo.

Passaram já mais de 60 anos, desde que terminou a 2ª Guerra Mundial na Europa. Esta história será reenviada como uma cadeia comemorativa, em memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos (inclusive 1.900 sacerdotes católicos ), 500 mil ciganos, centenas de milhares de socialistas, comunistas e democratas e milhares de deficientes físicos e mentais e que foram assassinados, massacrados, violados, mortos à fome e humilhados, com os povos do  mundo muitas vezes olhando para o outro lado...

Agora, mais do que nunca, com o recrudescimento do racismo, da discriminação e os massacres de milhões de civis em conflitos e guerras sem fim em todos os continentes, é imperativo assegurar que o Mundo nunca esqueça gente como Irena Sendler, que salvou milhares de vidas praticamente sozinha.

A intenção deste relato é chegar a 40 milhões de pessoas em todo o mundo. 

Una-se a nós e seja mais um elo desta cadeia comemorativa e ajude a distribuí-la por todo o mundo... Por favor, envie este relato às pessoas que conhece e peça que não interrompam esta cadeia. 

"A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância.

Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade." - Irena Sendler

 Divulgue, compartilhe. Você, com certeza, não vai ganhar nada com isso, mas estará lembrando uma ação de humanidade feita por esta mulher e com isso, mostrando ao mundo que ainda existe tempo de mudanças...

O SÃO JOÃO - Adilson Zotovici



Adilson Zotovici da ARLS Chequer Nassif - 169 de S. Caetano do Sul é um notável intelectual e poeta maçônico.

Muitas  são as referências!

Herdadas por tantas culturas

Que as opções mais seguras

São as pessoais preferências  


Todas tem semeaduras 

Um bom motivo ou razão 

Fazem brotar do coração

Das intenções, as mais puras 


Cada qual com sua missão

De amor e caridade porém,

Voltadas  às  sendas do bem

Que reverenciam  um “ São João ” 


Não um, nem dois, muito além

O Profeta,  o  Bizantino,

O Evangelista genuíno,

O Esmóler ou de Jerusalém.....


Quiçá, aquele que o destino

Por seus princípios, zeloso, 

Levou-o a um final doloroso... 

O Batista de Jesus Divino ?!


Relevante e  imperioso,

Talvez seja crer que a maneira,

À uma resposta sobranceira,

É buscar um consenso ditoso 


Abrasando o coração na  fogueira

Qual “Isabel” acendeu no terreiro

À Mãe do Inefável Obreiro

A levar noticia  alvissareira


Comemore livre pedreiro

Honrando-o  seja  em qual decisão 

Hoje e n`outros dias que virão

A SÃO JOÃO...NOSSO PADROEIRO !!!


Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif - 169

junho 19, 2021

TALES DE MILETO RESPONDE



Um sofista se aproximou de Tales de Mileto e tentou confundi-lo com perguntas difíceis. 

Mas o Sábio de Mileto estava 'a altura da prova, porque respondeu a todas as perguntas sem a menor vacilação e com a maior exatidão.

 1 - O que é mais antigo? - Deus, porque sempre existiu.

 2 - O que é mais belo? -  O Universo, porque é obra de Deus.

 3 - Qual é a maior de todas as coisas? - O Espaço, porque contém tudo do Criador.

 4 - O que é mais constante? - A Esperança, porque permanece no homem, mesmo depois de ter perdido tudo.

 5 - Qual é a melhor de todas as coisas? - A Virtude, porque sem ela não existiria nada de bom.

 6 - Qual é a coisa mais rápida de todas? - O Pensamento, porque em menos de um minuto nos permite voar até o final do Universo.

 *7 - Qual é a mais forte de todas as coisas?  - A Necessidade, porque é com ela que o homem enfrenta todos os perigos da vida.

 *8 - O que é mais fácil dentre todas as coisas? - Dar conselhos.

Mas quando chega a nona pergunta, nosso sábio fala através de um paradoxo. Dá uma resposta, quiçá não entendida por seu interlocutor. 

       A pergunta foi esta: 9 - O que é mais difícil? - 

O Sábio de Mileto replicou: - Conhecer-se a si mesmo"

A FILOSOFIA CONTIDA NO SIMBOLISMO DOS VIGILANTES... - Newton Agrella

 


Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Um dos mais notáveis intelectuais da maçonaria no Brasil.

Inobstante o rito que seja praticado por uma Loja maçônica, há por trás disso uma filosofia contida no simbolismo que guarnece as funções de 1o.e 2o. Vigilantes.

O 1o.Vigilante protagoniza o significado da Força.  

Seja ela a força de caráter, moral, ética, mental e espiritual, bem como a força consistente das ações e empreendimentos humanos, para que possam existir por si só.  

Ela simboliza ainda a determinação e voluntariedade do homem para erigir seu templo interior com firmeza   e base arquitetônica dos princípios de uma construção sólida.  

Diante disso o Nível é a joia que   representa esse exercício filosófico, posto que este simboliza a Igualdade social e a Retidão de juízo. 

O Nível maçônico se constitui de um Esquadro de cujo ângulo desce uma uma Perpendicular.

Por outro lado, o 2o. Vigilante protagoniza o significado da Beleza das virtudes morais, bem como a beleza como  atributo estético de padrões comumente aceitos pelo homem, no processo de elaboração em tudo que se constrói, valendo-se do sentido oculto das Alegorias e dos Símbolos.

Dentro desta perspectiva, a joia do 2o.Vigilante é o Prumo, posto que esta joia, na linguagem semântica e na simbologia maçônica sugere a ideia de se agir com prudência, perspicácia e juízo. 

O Prumo sob a égide filosófica maçônica, traz consigo o símbolo da Pesquisa e da Investigação da Verdade.

Do ponto de vista Dialético, o Prumo aliado ao Esquadro sugere o caminho ao aprimoramento humano e permite desta forma a perfeita construção do Templo.

Registre-se que essa equação tem um sentido manifestadamente especulativo, de caráter intelectual e antropocêntrico. 

O homem buscando o autoconhecimento em si e por si.


junho 18, 2021

A CADEIRA DE SALOMÃO - Rui Bandeira




Denomina-se de Cadeira de Salomão a cadeira onde toma assento o Venerável Mestre da Loja quando a dirige em sessão ritual.

Em si, não tem nada de especial. É uma peça de mobiliário como outra qualquer. É como qualquer outra cadeira. Porventura (mas não necessariamente) um pouco mais elaborada, com apoio de braços, com maior riqueza na decoração, com mais cuidado nos acabamentos. Ou não...

Como quase tudo em maçonaria, a Cadeira de Salomão tem um valor essencialmente simbólico. Integra, conjuntamente, com o malhete de Venerável e a Espada Flamejante (esta apenas nos ritos que a usam), o conjunto de artefatos que simbolizam o Poder numa Loja maçônica. Ninguém, senão o Venerável Mestre usa o malhete respectivo. Ninguém, senão ele utiliza a Espada Flamejante. Só ele se senta na Cadeira de Salomão.

A Cadeira de Salomão destina-se, pois, tal como os outros dois artefatos referidos, a ser exclusivamente utilizada pelo detentor do Poder na Loja. Assim sendo, importante e significativo é o nome que lhe é atribuído. Não se lhe chama a Cadeira de César ou o Trono de Alexandre. Sendo um atributo do Poder, não se distingue pelo Poder.

Antes se lhe atribui o nome do personagem que personifica a Sabedoria, a Prudência, a Justiça aplicada. Ao fazê-lo, está-se a indiciar que, em Maçonaria, o Poder, sempre transitório, afinal ilusório, sobretudo mais responsabilidade que imperiosidade, só faz sentido, só é aceite, e, portanto só é efetivo e eficaz se exercido com a Sabedoria e a Prudência que se atribui ao rei bíblico.

Quem se senta naquela cadeira dispõe, no momento, do poder de dirigir, de decidir, de escolher o que e como se fará na Loja. Mas, em Maçonaria, se é regra de ouro que não se contraria a decisão do Venerável Mestre, porque tal compromisso se assumiu repetidamente, também é regra de platina que, sendo-se livre, não se é nunca obrigado a fazer aquilo com que se não concorda.

O Poder do Venerável Mestre é indisputado. Mas, para ser seguido, tem de merecer a concordância daqueles a quem é dirigido. E esta só se obtém se as decisões tomadas forem justas, forem ponderadas, forem prudentes. O Poder em Maçonaria vale o valor intrínseco de cada decisão. Nem mais, nem menos.

A Cadeira de Salomão é, pois o lugar destinado ao exercício do Poder em Loja, com Sabedoria e Prudência. Sempre com a noção de que não é dono de qualquer poder, que só se detém (e transitoriamente) o Poder que os nossos Irmãos em nós delegaram, confiando em que bem o exerceríamos.

Não está escrito em nenhum lado, não há nenhuma razão aparente para que assim tenha de ser. Mas quase todos os que se sentaram na Cadeira de Salomão sentem que esta os transformou. Para melhor. Não porque esta Cadeira tenha algo de especial ou qualquer mágico poder. Porque a responsabilidade do ofício, o receber-se a confiança dos nossos Irmãos para os dirigirmos, para tomar as decisões que considerarmos melhores, pela melhor forma possível, por vezes após pronúncia dos Mestres da Loja em reunião formal, outras após ter ouvido conselho de uns quantos, outras ainda em solitária assunção do ônus, transforma quem assumiu essa responsabilidade.

A confiança que no Venerável Mestre é depositada pelos demais é por este paga com o máximo de responsabilidade. Muito depressa se aprende que o Poder nada vale comparado com o Dever que o acompanha. Que aquele só tem sentido e só é útil e é meritório se for tributário deste.

A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão não lhe permite distinguir se é confortável ou não. Não é apta a que sinta que se encontra num plano superior ou central ou especial em relação aos demais. A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão vê todos os rostos virados para ele. Aguardando a sua palavra. Correspondendo a ela, se ela for adequada.

Calmamente aguardando por correção, se e quando a palavra escolhida não for adequada. A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão o faz instantaneamente compreender que está ali sentado... sem rede!

E depois faz o seu trabalho. E normalmente faz o seu trabalho como deve ser feito, como viu outros antes dele fazê-lo e como muitos outros depois dele o farão. E então compreende que não precisa de rede para nada. Que o interesse é precisamente não ter rede...

Quem se senta na Cadeira de Salomão aprende a fazer a tarefa mais complicada que existe: dirigir iguais!

Matéria Retirada do Boletim Informativo " O Pelicano", da Aug.·. Resp.·. Benf.·. Loj.·. Simb.·.ESTRELA DA GUANABARA n° 1685 - GOB-RJ

A CAVERNA, O CANDIDATO E O APRENDIZ - Luiz Marcelo Viegas

Autor: Luiz Marcelo Viegas - Fonte: Grupo Memórias e Reflexões Maçônicas

No Mito da Caverna, Platão nos faz imaginar gerações de homens, mulheres e crianças, acorrentadas pelos pés, mãos e pescoços, no interior de uma caverna, onde nasceriam, viveriam e morreriam sem nunca vislumbrar sua entrada.

O mundo dessas pessoas é um campo distorcido, formado por sombras dantescas projetadas nas paredes pela forte luz proveniente da entrada, sendo essa a única visão daqueles que lá vivem, e por sons guturais, criados por obra do eco em sua estrutura.

Até que então, um dos membros do grupo desperta da inércia generalizada que acomete seus pares, rompe os grilhões e foge para conhecer o terreno exterior.

Quando retorna percebe que não mais consegue se comunicar com os que lá permaneceram, sendo até mesmo agredido por pensarem que suas histórias sobre como é a vida do lado de fora de fato, nada mais são que mentiras descabidas.

Ele decide então se manter calado quando lá estiver, uma vez que não estão preparados intelectualmente para assimilarem sua descoberta, já que foram condicionados durante gerações a uma determinada “verdade”.

O candidato, que deseja conhecer os Augustos Mistérios da Maçonaria, também se encontra em uma caverna. Acorrentado, desconhece a verdade sobre o globo terrestre, sobre seu corpo e sobre o SEU EU.

Preso ao mundo profano as imagens que lhe chegam por sombras na parede da vida lhe enganam, e os sons distorcidos que vão até seus ouvidos ajudam na criação do engodo promovido pelo Establishment, privando-o do conhecimento do EU Verdadeiro.

Na Câmara de Reflexões, com a tênue luz que lhe é oferecida, ele começa a romper as correntes que teimam em lhe negar o advento da Verdade. Decidido a morrer e nascer para uma nova vida, após meditar sobre seus atos, redige seu testamento.

Durante a cerimônia, o ainda candidato, privado da visão é instado a se utilizar de seus outros sentidos, como preparação da jornada que está prestes a iniciar rumo à liberdade.

Já como Aprendiz, mas na escuridão do Norte, ele inicia todo o processo de conhecimento do Verdadeiro EU, começando os trabalhos de cavar masmorras ao vício e levantar templos à virtude.

Livre dos grilhões, das sombras e dos ecos, ele pode agora mergulhar na viagem do autoconhecimento, preparando seu espírito para o caminho que o levará à Verdadeira Luz.


junho 17, 2021

GOB - 199 ANOS




A Maçonaria, no Brasil, nasceu em 17 de junho de 1822, quando foi, oficialmente, fundado o Grande Oriente do Brasil. Para entendermos como isso se processou, voltemos um pouco no tempo...

Em 1815, deu-se a fundação da Loja Maçônica Comércio e Artes (ainda não havia Potência Maçônica, apenas uma Loja).

Esta Loja, fundada por Maçons comprometidos com a causa de nossa Independência, funcionou até 1818, portanto 3 anos, quando foi fechada por lei imperial que proibia o funcionamento de sociedades secretas no país. Mas restabeleceu-se, reerguendo suas colunas em 1821, com o nome de Comércio e Artes na Idade do Ouro.

Um ano depois (1822), a Loja cresceu tanto que houve o seu desdobramento em 3 Lojas distintas: Comércio e Artes, Esperança de Nichteroy, União e Tranqüilidade. Os Irmãos foram distribuídos entre as 3 Lojas por sorteio. E nesse mesmo dia elas se reuniram, se agregaram numa Federação, numa Potência Maçônica denominada Grande Oriente do Brasil. Isso aconteceu no dia 17 de junho de 1822... e esta data é considerada a data oficial de fundação do GOB.

Nestas três Lojas, conforme as Atas que chegaram até nós, só seriam iniciadas pessoas comprometidas com o ideal da Independência do Brasil... E sua ação foi tão eficaz que, nesse mesmo ano, três meses depois, ouviu-se, nas Margens do Riacho do Ipiranga, o brado de "Independência ou Morte"...

Mas isso já é outra história.


junho 16, 2021

OS TRÊS PONTINHOS



Fonte: Obreiros do Irajá, publicado no Grupo G10 - Mestre Maçom 

Três Pontos; triângulo; é símbolo com várias interpretações, aliás, conciliáveis: luz, trevas e tempo; passado, presente e futuro; sabedoria, força e beleza; nascimento, vida e morte; liberdade, igualdade e fraternidade.

Muitos não iniciados (que se convencionou chamar de profanos) ficam intrigados com as abreviaturas encontradas nos escritos da Maçonaria, as quais consistem em substituir parte das palavras nos textos por três pontos. Ao contrário do que muitos imaginam os Três Pontos dispostos em triângulo, usados pelos Maçons em seus documentos e impressos, não são um símbolo.

São um sinal gráfico adotado em abreviaturas e no final do “ne varietur”;  no primeiro caso identificam as abreviaturas de termos Maçônicos, e, no segundo, servem como forma de identificação do maçom.

Embora, no início, os três pontos fossem apenas sinais de abreviaturas, não demorou muito a se transformar em símbolo, ao qual foram dadas as mais variadas interpretações.

Não somente para os não maçons, mas também, para muitos iniciados na Sublime Ordem, os Três Pontos indiciam a ideia subjetiva de segredo, expressa através do número três, algarismo muitíssimo ligado à simbologia e hermenêutica maçônicas. Sua origem, na verdade, está nas abreviaturas, tradição antiquíssima que a Arte Real trouxe para o seu seio e que se mantém até os dias de hoje.

Não obstante, os Três Pontos foram relacionados com os inúmeros símbolos Maçônicos e que acabaram tendo interpretações esotéricas e simbólicas, culminado com o uso nas assinaturas dos Maçons.

Entretanto, essa prática de apor os três pontos na assinatura não é de uso universal, como por exemplo, a Maçonaria inglesa que não adotou. Seu uso, porém, estendeu-se, gradativamente, nos Estados Unidos. À medida que entrava em uso geral nas Potências Latinas.  Como todas as coisas ligadas à Maçonaria, não faltaram aos Três Pontos exegetas e hermeneutas para dar os mais variados significados.

De acordo com várias citações que foram feitas através dos tempos podemos observar as mais variadas colocações, onde os três pontos se tornaram ainda mais importantes dentro do conceito maçônico. Os três pontos, na posição de vértices de um triângulo equilátero, podem constituir o símbolo da divisa maçônica, que é a Liberdade, Igualdade e Fraternidade e para muitos outros simbolizam o Passado, o Presente e o Futuro.

O exemplo do triângulo, uma das mais simples figuras geométrica que tornou a sua representação gráfica uma ideia ternária à qual foram ligados, os Três pontos, igualmente, tem a sua figura assimilada á várias significados: Liberdade, Igualdade e Fraternidade; Vontade, Amor e Sabedoria; Fé Esperança e Caridade; Espírito, Alma e Corpo; Passado, Presente e Futuro;  e outros.

De acordo com indicações do Rito Escocês, os três pontos devem estar em esquadro nos ângulos, sendo um no ângulo oriente meio-dia, outro no ângulo ocidente meio-dia e o terceiro no ângulo ocidente setentrião, formando assim também o simbolismo dos três pilares da loja, Sabedoria, Força e Beleza.

Para Oswald Wirth, os três pontos representam a Tese, a Antítese e a Síntese, isto é a ideia que se defende, a oposição que lhe é feita e a harmonia das idéias opostas.

Em nossas atividades normais, isto é, fora da maçonaria, o uso de abreviaturas está bem codificado e não prejudica em nada o seu  emprego. Ao contrário: Há certas palavras e expressões, convencionalmente representadas pelas respectivas letras iniciais, ou por essas iniciais seguidas de outras letras, cujo conhecimento oferece enorme utilidade.

Abreviaturas não são novidades. Desde a Antiguidade, gregos e romanos já delas se utilizavam.  Elas chegaram a ser proibidas, como em Roma, no tempo de Justiniano I (483-565), por gerarem confusão. O mesmo ocorreu na França da Idade Média, e, em 1304, o Rei Felipe, o Belo, interditou o seu uso nas atas jurídicas. É visto, por exemplo, nos objetos celtas do Século IX a.C e muito antes nas cerâmicas egípcias, cretas e gregas. Os Três Pontos têm, pois, origem bem antiga. Costuma-se relacionar os Três Pontos, dispostos em triângulo, como uma das expressões comuns da luz interior e do espírito que presidiu à criação do mundo.

Afirma-se que a abreviatura com Três Pontos foi utilizada na maçonaria, pela primeira vez, em 12 de Agosto de 1774, quando o Grande Oriente da França comunicou o novo endereço á todas as duas Lojas jurisdicionadas.

Há, contudo, outras versões, como que o início da utilização do Triponto deu-se em 1764, na Loja Besaçon, também na França, e a de que teria surgido com o companheirismo, por representar o triângulo. E há até que declare, categoricamente, que o seu uso vem da arte hieroglífica dos egípcios.

Naturalmente, para cada versão existem os seus contestadores. Alguns autores apontam que os Templários faziam uso dos Três pontos, e, que no calabouço, onde Jacques de Molay esteve preso durante oito anos, nas paredes havia grafitos e um deles era o Triponto.

As abreviaturas, usualmente, empregadas na Maçonaria são do tipo “por suspensão”  ou “apócope” que consiste em suprimir letras ou sílabas no final da palavra que se quer abreviar.

A abreviação tripontada nem sempre é disposta na forma de um triângulo que repousa sobre sua base, pode ser encontrada sob outras formas e podemos dizer com bastante certeza que a abreviação maçônica dos três pontos nos vem da arte hieroglífica egípcia, onde era praticada.

Por regra, essas abreviaturas só deveriam ser usadas nas palavras de vocabulário Maçônico e jamais para as palavras profanas. A má aplicação das abreviaturas chega a provocar textos incompreensíveis até em rituais, o que prejudica, sobremaneira, a sua leitura e entendimento.

Não há uma regra quanto à disposição dos Três Pontos, um em relação aos outros. As disposições encontradas são das mais variadas, tanto no formato do triângulo delata (eqüilátero), como nos formatos isósceles e retângulos em diversas posições, aparecendo, até como sinal de reticências…

Quanto ao uso em si, é costume empregar abreviaturas nas palavras suprimindo-lhes alguma ou algumas das letras finais e conservando as que forem necessárias para a leitura fácil e de boa compreensão do sentido da frase.

,

A TAÇA SAGRADA - Sergio Quirino

 


Sérgio Quirino é o Grão-Mestre Eleito da GLMMG 2021/2024

Saudações, estimado Irmão! QUE A DOÇURA DO MEL SE CONVERTA EM AMARGOR

A vida é uma grande Taça Sagrada, que nos é apresentada ao primeiro choro e a esgotamos junto ao ultimo suspiro

O que ha em seu conteúdo é resultado da alquimia de pensamentos, sentimentos e ações a nos permear a todo instante. O Hedonismo, traduzido de forma radical, que compreende a doutrina moral de estar no prazer o único bem possível, pode nos conduzir polos perigosos caminhos da doçura.

Não seria natural, até mesmo digno, aspirarmos a uma "doce vida"? Naturalmente, mas pode, de fato, se transformar em uma doce ilusão.

Simbolicamente, a vida material é composta por quatro elementos Há ainda quatro ditos populares que nos alertam contra este equivoco:

"A coragem do bombeiro e forjada no fogo" "Um mar tranquilo não forma marinheiros habilidosos" "São as terras altas que fortalecem as pemas do viajante". "Não são as brisas que inflam as velas dos navios".

O cerne desta reflexão não está na doçura ou no amargor, mas na conversão de um para o outro.

Três coisas conservam nossa integridade: Silêncio - Coragem - Compromisso

Três coisas envenenam nossa dignidade: Curiosidade-Mentira-Traição

O destino não é um tempo no futuro distante, mas no imediato próximo segundo. É algo tão presente, que temos E laços de Irmandade, mas somos conduzidos pelo Irmão Terrível.

Ele apenas nos apresenta a Taça Sagrada, mas são nossas mãos que a conduzem. Quantas vezes nos deliciamos com a doçura, e quantas outras alteramos nosso semblante diante da amargura que nós mesmos ingerimos?

O envenenamento causado por ausência de reflexão sempre sera prejudicial e, muitas vezes, não temos tempo para recuar ou recuperar o perdido.

A analogia da vida como uma taça e a do viver como um solver representa e resulta na boa e na má sorte A sorte não tratada como uma força dirigida a um rumo, mas, o modo como chegamos ao destino.

OS PRAZERES DA VIDA SÃO AS DOCURAS. MAS, É FUNDAMENTAL GOZÁ-LAS VIRTUOSAMENTE E PROCURAR INCESSANTEMENTE COMPARTILHA-LAS.

ESTEJAMOS CONSCIENTES DE QUE TEMOS DE ESGOTAR O AMARGOR DO FEL DOS VICIOS QUE ABASTECE NOSSA TAÇA SAGRADA; E SOMENTE O FAREMOS SOLITARIAMENTE. Atingimos quinze anos de compartilhamento de instruções maçônicas. Nosso propósito fundamental é incentivar os irmãos ao estudo, à reflexão e tomar-se um elemento de atuação, legitimo Construtor Social.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!


,

junho 15, 2021

TRANSITANDO POR FALÁCIAS E SOFiSMAS - Newton Agrella




Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Um dos mais notáveis intelectuais da maçonaria no país. 

O cenário chama-se "argumento". 

As distorções desse argumento se caracterizam por dois expedientes que se entrelaçam e geram apreensão, inquietude e insegurança.

O primeiro é a FALÁCIA que se constitui numa espécie de mentira, que se sustenta sob uma lógica frágil e inconsistente de um conceito que se pretende provar. 

Via de regra, por meio da persuasão com o claro propósito de convencimento.

O segundo expediente é o SOFISMA cuja essência é uma mentira, propositalmente disfarçada e maquiada por argumentos consistentes e verdadeiros, para que possa parecer real.

Nos estudos da lógica, a FALÁCIA é um erro de raciocínio ou argumentação, mas que parece estar correto. ...

Por outro lado o SOFISMA é um engano, um argumento inválido, uma ideia equivocada ou ainda, uma crença falsa.   

Em resumo, um processo de argumentação é uma forma de convencer da verdade de modo legítimo e correto. 

No entanto, existem formas de convencimento a partir de argumentações incorretas ou ilegítimas. 

Tais formas nos convencem, mas não necessariamente da verdade e recebem o nome de Falácias ou Sofismas, dependendo das circunstâncias em que se prevalecem.

Caso fôssemos  transitar pelo universo jurídico da matéria caberia deixar no ar a seguinte interrogação:

A culpa ou o dolo seriam respectivamente atinentes à Falácia ou ao Sofisma ?