junho 28, 2021

GRÃO MESTRE - Sérgio Quirino



Sérgio Quirino é um respeitado intelectual maçônico que foi eleito e empossado Grão-Mestre da GLMMG 2021/2024

Saudações, estimado Irmão!

Eleito, Proclamado, Diplomado e Empossado como 25º Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais. E agora?

Chegou o momento de honrar os mais de oito mil votos a mim confiados e continuar no caminho que tenho trilhado ininterruptamente, há quase vinte anos: Trabalhar em prol dos Irmãos.

Sou membro justamente da 25ª Loja de nossa Potência, a ARLS Presidente Roosevelt. Nela, ainda como Aprendiz, percebi e vislumbrei como deveria atuar um Grão-Mestre.

O Irmão Quirino nunca teve em mira a ambição ao título de Grão-Mestre. Minha ascensão à atual condição é o resultado de um projeto institucional desenvolvido em Loja. Iniciado o dedicado trabalho dos Irmãos, incorporei a missão, estudei e trabalhei muito para honrar as graves responsabilidades, que ora cingem sobre meus ombros no cargo de Sereníssimo.

Em uma longínqua segunda-feira, meu padrinho, o Irmão Antônio Milton de Araújo Melo, ajustando meu avental branco, profetizou:

- “Um dia você vai usar um avental dourado! Bem brilhoso. O brilho pode iluminar ou lhe cegar.”

No que eu lhe indaguei: - E o que faço para não ficar cego? De pronto, ele respondeu:

- “Tudo passa, tudo é transitório, e assim deve ser. Apenas três coisas você não pode deixar no passado: A vontade, o Amor e a Inteligência”

Aprendi assim a pautar a minha vida na interação inseparável destes três pontinhos e de que meu nome pudesse representar a fidelíssima cópia dos seus valores.

Tenho plena consciência de que a vontade não é o suficiente para cumprir a missão de Grão-Mestre. Assim como os Irmãos que me antecederam, a energia da Vontade estará ancorada na Inteligência, na procura de fazer o melhor pelas Lojas e na prática do Amor para com os Irmãos.

Permanecerei atento para que a Inteligência não se aparta da emoção, sem me abster da consciência do dever, evitando a passividade e os devaneios diante das adversidades.

Creio no Amor que transcende o sentimento, no carinho e no afeto, que nos mantém fraternalmente unidos na Serena Sabedoria, a subjugar minhas paixões, submeter meu desejo com Vontade e Inteligência para o fortalecimento da nossa amada Grande Loja.

Não será uma tarefa fácil diante da realidade da pandemia. Mas, todos nós já passamos por circunstâncias difíceis e sobrevivemos. As Potências Maçônicas são reflexos do trabalho das Lojas. As Lojas são as formadoras do Maçom como Obreiro. A Sociedade é o nosso canteiro de obra. Seguiremos na senda do construtor social e, a partir dos novos desafios, construiremos uma grande Irmandade.

O Irmão Quirino já ocupou diversos cargos e acumulou vários títulos. Mas, sempre visualizou na brancura do avental de Aprendiz a honra de ser Maçom e a obrigação de servir. Por essas razões, o símbolo da nossa gestão será a Flor de Lis, que representa Soberania, Honra e Lealdade. E o nosso lema será inspirado na conhecida sentença de Mahatma Gandhi:

“QUEM NÃO VIVE PARA SERVIR, NÃO SERVE PARA VIVER"

Atingimos quinze anos de compartilhamento de instruções maçônicas. Nosso propósito fundamental é incentivar os Irmãos ao estudo, à reflexão e tornar-se um elemento de atuação, legítimo Construtor Social.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente! Fraternalmente




Grão-Mestre Empossado​ - GLMMG 2021/2024

PRECEITOS DIALÉTICOS NA MAÇONARIA - Newton Agrella



Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Um dos mais respeitados intelectuais da maçonaria no país.

A Dialética em sentido genérico consiste no conceito de  oposição, conflito proveniente da contradição entre princípios teóricos ou fenômenos empíricos.

A palavra advém do grego "dialektiké" que significa a arte do diálogo, a arte de debater, persuadir ou raciocinar.

Na Maçonaria é muito frequente o exercício desta disposição intelectual, uma vez que ela sugere um debate onde há ideias diferentes, em que  um posicionamento ou ponto de vista possa ser defendido e contradito.

No seu conceito original a Dialética consistia em separar fatos, dividir as ideias para poder debate-las com mais clareza.

A dialética também consiste  numa legitima maneira de filosofar.

Grandes pensadores da Humanidade como Sócrates, Platão, Aristóteles, Hegel, Marx, e outros, valem-se da Dialética como exercício constante do poder de argumentação.

Há porém, um aspecto menos nobre deste princípio, isto é;  quando a Dialética assume um caráter "pejorativo", como um uso exagerado de sutilezas.

Na Maçonaria é frequente que correntes doutrinárias defendam linhas interpretativas e conceitos  variados na busca da verdade, através do que a alma se eleva, gradativamente, das aparências sensíveis às realidades inteligíveis ou ideias.

A própria Lógica aristotélica que se fundamenta no chamado "raciocínio lógico" embora coerente em seu encadeamento interno, está calcada em ideias do "apenas prováveis", e por esta razão traz em sua essência a possibilidade de ser repelido ou negado.

A Dialética também denota um conjunto de premissas e de admissibilidade de postulados  que facultam ao Livre Pensador arquitetar idéias, compor um arsenal de conjecturas intelectuais e  permitir que estes conceitos possam ser revistos ou revisitados sem prejuízo às suas manifestações.

Não é nenhuma falácia afirmar que a Dialética se traduz como a Arte das Palavras aliada ao Caminho entre as Ideias.


junho 27, 2021

A GENTE VAI EMBORA...- Heitor Rodrigues Freire





Heitor Rodrigues Freire é ensaísta, advogado, corretor de imóveis, past GM da GLEMS e atual presidente da Santa Casa de Campo Grande. Colabora frequentemente com este blog.

Nestes momentos, todos estamos sendo confrontados com a realidade da morte, da transição, da mudança de estado da materialidade para a espiritualidade. O que nos causa, naturalmente, grande desconforto e sofrimento pelo desconhecimento de sua aceitação. Mas a morte é um fato. Inexorável! 

Quantos amigos e parentes que não víamos há muito tempo estão partindo. E isso nos provoca a saudade da ausência e também, de certa forma, nos cobra a consciência da distância em que vivíamos. Quantas vezes dissemos “Puxa, faz tanto tempo que não vejo o Fulano e agora ele se foi. Nunca mais vou vê-lo”. Mas no fundo, sabemos que não é assim. 

Pois é. Ele se foi. E nós também iremos. A separação entre os que se amam nunca acontece. A vida no plano físico é apenas um dos muitos estágios que o espírito vive em sua caminhada para Deus.

“Não somos humanos passando por uma experiência espiritual. Somos espíritos passando por uma experiência humana.”

Na realidade, todos continuamos a existir. Em outra dimensão. Ou como dizia Santo Agostinho, em seu poema A morte não é nada:

“A morte não é nada. 

Eu somente passei 

para o outro lado do Caminho.

...

Eu não estou longe,

apenas estou

do outro lado do Caminho.

Você que aí ficou, siga em frente, 

a vida continua, linda e bela

como sempre foi”. 

Circula pela internet um vídeo apresentado por Celso Portiolli, com sua bela voz de barítono, com o título deste artigo, demonstrando de forma muito clara o que vai acontecer com cada um de nós. 

Toda importância que nos damos vai embora. A vida continua sem a nossa presença, e se vai num estalo, pois seremos substituídos rapidamente. Todos estamos na fila. Mais cedo ou mais tarde, “A gente vai embora...”

Então a questão que se apresenta é a oportunidade representada pelo momento presente, no aqui e agora. Não dá mais para deixar para depois. O perdão que devemos pedir, o perdão que devemos dar, o abraço e o sorriso que ficaram pelo caminho.

O  livro Vigiai e Orai, do Irmão José, psicografado por Carlos A. Bacelli, também trata desse assunto:

“Ecoará para sempre

Terás uma vida brilhante, mas passarás – passarás como aqueles que viveram na obscuridade.

Como tantos outros, serás esquecido pelo que foste e o teu nome será apenas um a mais na galeria dos que nada fizeram que os imortalizasse no mundo.

Sim, porquanto após a morte do corpo, os homens continuam a viver na Terra somente através daquilo que concretizaram no bem dos semelhantes.

O que fizeres de bom ecoará para sempre.

Mesmo que te desconheçam, as futuras gerações te abençoarão o esforço.

E, onde estiveres, experimentarás indefinível sensação de paz, oriunda do dever cumprido no anonimato.

As tuas boas obras hão de sobreviver contigo, nas vibrações de simpatia e de fraternidade que espalharão, eternidade afora, o sinal de tua passagem pela Terra”.

Assim, da aceitação e do entendimento dessa condição verdadeira da morte, que não é definitiva, alcançaremos a paz que decorre disso e teremos uma visão verdadeira da realidade e da dimensão da eternidade. Depende de cada um buscar essa condição que concorrerá para a nossa libertação. 

Aprendi que a encarnação é uma oportunidade. Quem puder, que aproveite. Muitos dizem, depois de alguns anos, que estão realizados, que fizeram tudo, etc. etc. No meu entendimento essa é uma visão equivocada. Temos, na realidade, muito a aprender sempre. E a disposição e vontade, aliada à consciência, fazem a diferença.

“Se compreendes, as coisas são como são; se não compreendes, as coisas são como são”.


JOÂO GUIMARÃES ROSA - A VOZ UNIVERSALIZANTE DO SERTÃO - Adriana de Paula










 João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, Minas Gerais, em 27 de junho de 1908. 

Quando menino, ouvia os muitos “causos” contados por vaqueiros que passavam pelo armazém de seu pai e que, certamente, lhe serviram de inspiração para a composição de sua obra. Aos 10 anos, mudou-se para Belo Horizonte para estudar, formando-se médico, em 1930, na Universidade de Minas Gerais. Poliglota, falava alemão, francês, inglês, espanhol, italiano e russo, além de ler em sueco, holandês, latim e grego.

 Após um concurso para o Itamaraty, tornou-se cônsul e viajou pelo mundo exercendo essa profissão. Durante a Segunda Guerra Mundial, juntamente com sua segunda esposa, D. Aracy, protegeu e facilitou a fuga de diversos judeus perseguidos pelo nazismo.

 Publicou seus primeiros contos em 1929, para um concurso literário da revista “O Cruzeiro”, mas foi em 1946, com a publicação de “Sagarana”, que alcançou o sucesso literário. Publicando, em seguida, obras como: “Corpo de baile”, “Grande sertão: veredas”, “Primeiras estórias” e “Tutameia”, as quais o consagraram como um dos grandes nomes da literatura brasileira. Em sua obra, Guimarães Rosa deu uma perspectiva universal ao sertão, refletindo sobre questões que vão além de uma fronteira regional e recriando a língua portuguesa, através de muitos neologismos e de uma linguagem fortemente poética. Para ele, “o sertão é o mundo”, desse modo, sua obra pode ser um caminho fecundo para compreender esse mundo, através das histórias dos homens simples que compõem os caminhos por que passam seus personagens.

 Ele morreu aos 59 anos de idade, em 19 de novembro de 1967, vítima de um infarto fulminante. Sua morte aconteceu três dias depois de ter tomado posse da Cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras, quatro anos após ter sido nomeado. Segundo ele, a demora para assumir a vaga, devia-se justamente ao medo de morrer diante de uma emoção tão forte. Mas, como o próprio autor afirma em seu discurso de posse, “As pessoas não morrem, ficam encantadas… a gente morre é para provar que viveu.”, sendo assim, embora tenha partido fisicamente, Guimarães Rosa continua vivo através da grandiosidade da obra que deixou e da vida plena que teve ao longo de seus 59 anos.

 É difícil definir quem foi Guimarães Rosa e qual o legado de sua obra, tamanha a complexidade de tudo que viveu e dos textos que construiu. Em um poema em sua homenagem, Carlos Drummond de Andrade questiona: “João era tudo?/ tudo escondido, florindo/ como flor é flor, mesmo não semeada?”. Como médico, segundo sua filha Vilma, ele era extremamente emotivo e humano, escolhendo trabalhar no interior de Minas Gerais justamente em uma cidade que não tinha médicos. Como diplomata, era meticuloso e dedicado, além de muito solidário. 

 Mas, foi com a literatura que o escritor mineiro deixou seu nome registrado na história. Através de sua obra, ele produziu uma interpretação original do Brasil, inventando uma linguagem que fazia a ponte entre a tradição letrada e a tradição popular do sertão brasileiro, que, segundo ele, “era o mundo”.

 Retratando um país marcado por “mil-e-tantas-misérias”, conforme suas palavras, Guimarães Rosa mostrou a beleza do sertão, seu misticismo, seus muitos homens e mulheres com histórias de miséria, mas também de muita luta. Mesclando prosa e poesia, ele leva seus leitores a atravessarem com ele esse sertão que rompe com fronteiras geográficas e caminha pelo mundo, alcançando a “terceira margem do rio”, embarcando com Riobaldo em sua busca pela decifração “das coisas que são importantes”, descobrindo com Miguilim o que é enxergar de verdade depois de passar a vida vivendo com miopia, acompanhando com Augusto Matraga o processo de transformação de um homem e seu caminho em busca da redenção, enfim, com cada personagem de Guimarães Rosa percebemos que a vida é marcada por desafios, decifrações, desejos, acasos, razão, encantamentos e que, como ele dizia, “o correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.



junho 26, 2021

TRABALHOS DE BANQUETE - PRELIMINARES HISTÓRICAS




                          Os povos da antiguidade celebravam seus banquetes místicos e religiosos; os egípcios e os gregos celebravam os banquetes sagrados; os romanos celebravam os “Lectisterniun” ou festim realizado defronte dos deuses que adoravam; os judeus reuniam-se em refeições religiosas prescritas por Moisés; os primeiros cristãos celebravam suas refeições de amor e caridade, com o nome de ágapes, durante os quais, por último, houve tantos excessos e desordens que foi necessário suprimi-los; no entanto, entre os maçons tem sido conservado em toda a sua pureza.

                         Os banquetes maçônicos são essencialmente místicos por suas formas, e filosóficos por seus princípios. A tradição não nos legaria uma cerimônia que tivesse um fim frívolo. Nossos ágapes completam a grande alegoria que se desenrola nos diferentes graus.

                         A forma de nossa mesa lembra o círculo do Zodíaco, cujos pontos equinociais são ocupados pelos Vigilantes e o solsticial pelo Venerável Mestre, no verão correspondente ao superior e no inverno ao inferior. As tangentes paralelas ao diâmetro solsticial são ocupados pelos demais Obreiros. O Orador e o Secretário a 50 graus, respectivamente, do Venerável Mestre.

                        Os materiais, que ocupam a mesa, lembram os três reinos da natureza e os utensílios têm nomes guerreiros, para lembrar as lutas que nossos antepassados tiveram que enfrentar para que a Liberdade, Igualdade e Fraternidade viessem a ser um fato.

                       Os equinócios e solstícios receberam o nome de portas do céu ou das estações do ano. Os dois solstícios de inverno e verão ou das duas portas (janua) ou festas solstíciais maçônicas, deram origem aos dois santos: João Batista e João Evangelista.

                      Solstício é a época em que o Sol passa pela sua maior declinação Boreal (Norte) ou Austral (Sul), ou seja, período durante o qual o Sol cessa de afastar-se do Equador.

                      Situa-se nos dia 22/23 de junho para a maior declinação Boreal e 22/23 de dezembro para a maior declinação Austral.

                      No Hemisfério Sul, a primeira data se denomina solstício de inverno e a segunda solstício de verão, e como as estações são opostas nos dois Hemisfério essas denominações invertem-se no Hemisfério Norte.

                     Em nossos banquetes há sete brindes cujo número é igual ao dos sete planetas conhecidos na antiguidade e, como representam deuses, os antigos lhes ofereciam sete libações, hoje substituídos por sete brindes maçônicos a diferentes poderes. Hoje, os planetas conhecidos são nove, porém a Maçonaria conserva sua antiga tradição. 

                      A primeira libação era ao Sol. Hoje é substituída pelo brinde ao Chefe da Nação e sua família.

                     A segunda libação era a Lua. Hoje substituída pelo brinde à Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso do Sul, a seu Grão Mestre e sua família.

                    A terceira Libação a Marte, divindade que entre os antigos presidia os conselhos e os combates. Hoje é substituída pelo brinde ao Venerável Mestre da Loja e sua família.

                   A quarta libação era a Mercúrio, o Deus que vigia. Hoje é substituída pelo brinde aos Vigilantes.

                   A quinta libação era à Júpiter, dito também o Deus da hospitalidade. Hoje substituída pelo brinde aos visitantes e Lojas irmãs/co-irmãs.

                   A sexta libação era à Vênus, o símbolo da Natureza. Hoje substituída pelo brinde aos Oficiais e todos os membros da Loja e, em especial aos novos iniciados, cuja principal ocupação é o estudo da Natureza.

                  A sétima libação era à saturno, cuja imensa órbita parece abarcar a totalidade do universo. Hoje é substituída pelo brinde a todos os Maçons espalhados pelo Universo.

                 O ágape fraternal é uma festa que pertence à categoria das mais antigas solenidades e a Maçonaria conserva até hoje, o que de mais belo há nelas.

                    Simbolicamente os Trabalhos são abertos ao meio dia e termina à meia noite, para indicar que o homem chega à maturidade antes de poder ser útil aos seus semelhantes, mas desde esse momento até seus últimos instantes, deve trabalhar, sem descanso, para a felicidade comum. Há, no entanto, outras razões, uma das quais é que Zoroastro, um dos fundadores dos mistérios da antiguidade, recebia os seus discípulos ao meio dia e se despedia deles à meia-noite, após o ágape fraternal com que terminavam os trabalhos.

DESCUBRA TUDO O QUE VOCÊ QUERIA SABER SOBRE O UISQUE. - Walter Celso de Lima




Walter Celso de Lima é professor universitário aposentado com doutorado no exterior, autor de inúmeros livros sobre maçonaria e ciência, um dos mais respeitados intelectuais da maçonaria no país e um entusiasmado apreciador do uísque, que ele, morador muitos anos na Inglaterra, grafa em inglês.

O WHISKY EM GERAL E O SCOTH EM PARTICULAR, É UM DOS MELHORES AMIGOS DO HOMEM. DESCUBRA TUDO O QUE VOCÊ QUERIA SABER SOBRE ELE. MAS NINGUÉM QUERIA RESPONDER POR QUE ESTAVA BEBENDO COM OS AMIGOS.

Em 1494, o rei Jaime IV da Escócia encomendou “oito recipientes de malte” ao frade John Cor, da abadia de Lindores, com os quais mandaria fazer água vitae, produzida por destilação em um tipo primitivo de alambique.

O pedido, que equivaleria a 400 garrafas, esta arquivado no Registrodo Tesouro Público Escocês e é a primeira menção ao whisky na história. Mas a intenção do monarca jamais foi de organizar uma festa open bar com os chegados da corte. Isso porque pelo menos ate 1500 o whisky era restrito ao uso medicinal e produzido somente por médicos e monges.

 Conhecida por seu nome em latim, aqua vitae (água da vida), a bebida ganhou tradução em gaélico, uisge beatha, que virou uiskie e depois, whisky por volta de 1708. Hoje o whisky não é considerado uma bebida medicinal, o que é uma lastima, mas, pela tradição e qualidade, continua sendo a “água da vida” para os homens de bem.

 ESCÓCIA, A TERRA DA DESTILARIA.

Regiões produtoras de scotch e suas peculiaridades.

HIGHLANDS

As terras altas do norte produzem as bebidas mais cultuadas no país. Seus whiskies tendem

a ser robustos e aromáticos.

SPEYSIDE

Com cerca de 50 destilarias, é a maior produtora de scotch do país. É cortada pelo rio Spey, e os whiskies aqui produzidos tem toques florais e frutados.

 Glenffidich Distillery

ISLAY

Lagavulin Whisky Distillery

Lê-se aila. A costa oeste da Escócia produz um whisky seco e defumado por causa do solo vulcânico e da turfa abundante.

CAMPBELTOWN

Springbank distillery

As únicas duas destilarias das ilhas do sul garantem um whisky com sabor encorpado e defumado.

LOWLANDS

Strathisla distillery

Com apenas quatro destilarias os whiskies do sul caracterizam-se pelo sabor mais doce e suave.

 SÓ SCOTCH É SCOTCH

Para ser considerada um scotch, a bebida deve seguir as regras da Scotch Whisky Order de 1990, a saber: deve ser destilada na Escócia e maturada naquele país por pelo menos três anos em barril de carvalho. Ou seja, nenhum scotch que chega a um copo tem menos de 3 anos de vida. Além disso, o whisky escocês não pode ter nada além de água e caramelo em sua coloração e deve ser engarrafado com no mínimo 40% de teor alcoólico.

SINGLE MALT

É feito com cevada maltada em uma única destilaria

BLENDED MALT

É a mistura de dois ou mais maltes de diferentes destilarias.

SINGLE GRAIN

É feito com base em cereais maltados ou não, como cevada, milho e trigo.

BLENDED GRAIN

Mistura de dois ou mais whiskies de grão.

BLENDED

Combinação de whiskies de grão e de malte. Um blended pode reunir mais de 60 tipos de whisky.

 TODOS OS WHISKIES PRODUZIDOS FORA DA ESCÓCIA SÃO GRAFADOS COMO “WHISKEY”, COM UM “E” NO FINAL, APENAS O SCOTCH PODE SER CHAMADO DE ”WHISKY”.

É PRECISO SABER BEBER

Para apreciar a bebida, preste atenção a estes quatro fatores

COR

A cor dá algumas pistas sobre o whisky. Cores escuras indicam notas de nozes e damasco

AROMA

Oito termos descrevem os aromas: de cereal, vinoso, turfado (leia-se esfumaçado), amadeirado, picante, floral, frutado e sulturoso. Mas nada o impede de evocar amoras selvagens.

SABOR

Procure notar o equilíbrio entre os quatro sabores principais: doce, amargo, ácido e salgado. Adjetivos como refrescante, viscoso, caloroso, picante ou enjoativo também podem ser usados para descrever o scotch.

RETROGOSTO

Depois de beber, avalie se o retrogosto é persistente na boca. Um final duradouro é apreciável, mas whiskies mais leves podem ter um agradável final curto.

 COMO SE FAZ UM WHISKY.

1 – MALTAGEM

A cevada é mergulhada em tanques, depois é exposta no chão, onde germina e se transforma em malte.

2 - MOAGEM

O malte então é moído e produz uma farinha áspera que será misturada com água quente, gerando o mosto.

3 – FERMENTAÇÃO

O mosto e misturado com a levedura, que se alimenta dos açúcares, liberando gás carbônico e gerando álcool, em um processo que leva de dois a três dias.

4 – DESTILAÇÃO

O líquido é fervido e, como o álcool entra em ebulição mais rápido que a água, ele se separa na forma de vapor. Esse processo é repetido geralmente duas vezes.

5 – MATURAÇÃO

Envelhecendo em barris de carvalho, esta é a etapa responsável por dar aroma e sabor ao líquido incolor que sai da destilação.

QUANDO O SCOTCH SAI DO BARRIL, SUA MATURAÇÃO É INTERROMPIDA. OU SEJA, NÃO ADIANTA GUARDAR A GARRAFA POR MAIS 15 ANOS, POIS O LIQUIDO NÃO VAI ENVELHECER.

junho 25, 2021

... SÃO JOÃO ...- Adilson Zotovici





Adilson Zotovici da ARLS Chequer Nassif 169 de S. Caetano do Sul é um festejado poeta e intelectual maçônico

A prumo está o braseiro

Flameja a madeira, o carvão,

Peculiar doce cheiro

Rumo à alegria, emoção!


Um sentimento fagueiro

Inefável  inspiração

Qual Isabel no terreiro

Noticiou com o clarão


Glória ao homem festeiro

E a toda  população

Como ao livre pedreiro


Cada qual com sua razão

Tal d’obreiro, Padroeiro,

Nesse “dia de São João”  !


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ESFINGE OU CIÊNCIA - Francesco Bacone


Eles afirmam que a Esfinge era um monstro com muitos aspectos: do rosto e da voz de uma virgem, das penas de um pássaro com as garras de um grifo e então ocupou uma canga de montanha no campo de Tebas e impediu suas vias de acesso, porque costumava representar armadilhas para os viajantes pegá-los e, tendo-os em seu poder, propor enigmas obscuros e insolúveis que se dizia serem oferecidos e ditados pelas musas. Se os pobres capturados não puderam desamarrá-los e interpretá-los e ficaram hesitantes e confusos, ele os separou com grande ferocidade. Durando por muito tempo esta calamidade, os tebanos ofereceram como recompensa o mesmo domínio de Tebas ao homem que pudesse desvendar os enigmas da Esfinge, já que não havia outra maneira de superá-la.

Édipo, homem astuto e prudente, movido por tamanha recompensa, mas com os pés feridos e furados, aceitou o pacto e decidiu tentar sua sorte. Depois que ele se colocou diante da Esfinge com uma alma corajosa e confiante, ela perguntou a ele qual animal era aquele que quadrúpede no momento do nascimento torna-se bípede, depois tropeça e novamente finalmente quadrúpede. Édipo, com presença de espírito, respondeu que era o homem que, assim que nasceu e durante a infância, se arrasta como um quadrúpede, mal tenta engatinhar, e não muito depois anda ereto e sobre os dois pés; na velhice apoia-se e apoia-se em uma vara que se dá para parecer um tripé; depois, na velhice extrema, um velho decrépito sem os nervos mais o sustentando, ele cai de quatro e deita-se na cama.

Assim, tendo obtido a vitória com a resposta, ele matou a Esfinge cujo corpo colocado sobre um burro foi conduzido em triunfo: e de acordo com as alianças foi criado rei de Tebas.

A fábula é elegante e não menos sábia; e parece escrito para a ciência, especialmente aquela aplicada à prática. A ciência pode, de fato, ser chamada de monstro sem sentido, sendo causa de admiração para os ignorantes e inexperientes. Em termos de figura e aparência, é multiforme devido à imensa variedade de temas em que se move. Ela é representada com rosto e voz femininos por sua graça e loquacidade; asas são adicionadas porque as ciências e suas descobertas escapam e voam em um instante, a comunicação da ciência sendo como a luz que é comunicada de uma luz a outra.

Unhas afiadas e em forma de gancho são atribuídas a uma elegância extraordinária; visto que os axiomas e argumentos da ciência penetram na mente e a retêm e a roubam de forma que ela não pode se mover nem escapar, o que o santo filósofo observou: "As palavras do sábio - disse ele - são como ferroadas e pregos cravados no alto" ( Eclesiastes , 12, 11-12).

Além disso, toda ciência parece estar situada nas alturas e cumes das montanhas, pois é justamente considerada uma coisa sublime e sublime, que menospreza a ignorância, que também varre e observa em toda parte como é costume fazer desde o topos das montanhas. Além disso, a ciência parece impedir qualquer fuga, pois nessa jornada ou peregrinação da vida humana, onde quer que haja ou seja mostrada matéria ou oportunidade de estudo. A Esfinge apresenta várias e difíceis questões e enigmas aos mortais que recebeu das Musas. Esses enigmas, enquanto permanecerem com as Musas, talvez carecem de crueldade. Na verdade, enquanto nenhum outro fim nos for proposto a partir da meditação e da especulação que não seja o mesmo conhecimento, o intelecto não é atormentado ou colocado em gargalos, mas ele vagueia e varre e na mesma variedade e dúvida ele sente uma certa alegria e deleite. Mas quando esses enigmas são transmitidos das Musas para a Esfinge, ou seja, para a prática, porque ação, escolha e decreto são prementes e urgentes, então os quebra-cabeças começam a se tornar problemáticos e cruéis e, se não forem resolvidos e explicados, eles atormentar e sobrecarregar as almas humanas de mil maneiras e distraí-las em várias direções, e quase torturá-las.

Portanto, nos enigmas da Esfinge sempre se propõe uma dupla possibilidade: a laceração do intelecto por quem não os resolve; poder para quem os resolve. De fato, quem é prático em sua atividade apodera-se de seu objetivo, assim como todo artesão é o mestre de sua obra. Existem dois tipos de enigmas da Esfinge: aqueles sobre a natureza das coisas e aqueles sobre a natureza humana. Da mesma forma, dois poderes diferentes seguem como recompensa pela solução: aquele sobre a natureza e aquele sobre os homens. O objetivo final e apropriado da verdadeira filosofia natural é de fato o domínio sobre as coisas naturais: corpos, medicamentos, coisas mecânicas e outras coisas infinitas; embora a filosofia da Escola esteja contente com o que tem e cheia de sermões, despreza e quase rejeita as coisas e as obras. Na verdade o

Algo que foi bem dito sobre as artes romanas: “Lembre-se, ó Romano, de que governará os povos com o império, estas serão as suas artes” (Virgílio, En. , VI, 851-852).

E aqui vale lembrar que César Augusto, tanto por acaso quanto por arte, usou uma esfinge como foca. Na verdade, ele (se é que alguma vez o foi) se destacou na política e, durante o curso de sua vida, felizmente resolveu muitos novos quebra-cabeças sobre a natureza humana. Se ele não os tivesse resolvido como um homem certo e pronto, várias vezes ele não estaria longe de perigos iminentes e mortais.

Na fábula, é adicionado que o corpo da Esfinge assassinada foi colocado em um burro. Certamente de uma forma muito elegante, porque não há nada tão sutil e confuso que tão logo seja claramente compreendido pelo intelecto, não seja então divulgado, e não possa ser explicado mesmo em data posterior. Também não devemos descurar aquele detalhe de que a esfinge foi conquistada por um homem com os pés furados: na verdade, os homens costumam abordar os enigmas da esfinge com um passo rápido e rápido, de modo que (a esfinge prevalece) em vez de dominar as obras e o na verdade, eles acabam rasgando suas almas e seu juízo em disputas.

 

Este artigo vem de Esonet.it-Selected pages of Esotericism - http://www.esonet.it - retirado de Philosophical Writings - Ed. UTET - editado por Paolo Rossi) O URL para esta história é:http://www.esonet.it/modules.php?name=News&file=article&sid=1330

junho 24, 2021

RELAÇÕES HISTÓRICAS - MAÇONARIA, SOLSTÍCIOS E PADROEIROS - Newton Agrella



Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Um dos mais respeitados intelectuais da maçonaria no país.

A Simbologia que a Maçonaria traz consigo está intimamente relacionada aos próprios Usos e Costumes  do comportamento humano ao longo da História.

A relação e a adoção de um Santo Padroeiro na Maçonaria deve-se à questão da comemoração dos Solstícios, e ao período das Colheitas.  

Além disso, a uma analogia aos Romanos, que faziam suas adorações e agradecimentos ao deus Saturno pela safra exitosa.

Da mesma forma, indícios e relatos históricos dão conta de que esta prática era igualmente promovida pelas antigas guildas e corporações de ofício que já se constituíam nas primeiras levas da Maçonaria Operativa na Europa.

Cabe registrar que nesse período da história, chamado de Idade Média - também conhecido como Período Obscurantista - o Pensamento se constituía basicamente na Religião, sobretudo nos preceitos doutrinários e dogmáticos do cristianismo.

Há fortes indícios de que a Maçonaria Especulativa - que ganhou corpo a partir do chamado "Período Iluminista" que se  constituiu no movimento intelectual caracterizado pela racionalidade crítica do questionamento filosófico no século XVIII -  como forma de preservar as datas comemorativas dos Solstícios e de São João Batista (24/06) e de São João Evangelista (27/12) e ao mesmo tempo não viesse a se indispor contra a Igreja -  tenha adotado a figura do padroeiro, até como um meio de proteger a Sublime Ordem, num período em que a Inquisição, o Fanatismo e a Tirania ainda guardavam fortes influências na Europa.

Esse expediente interpretativo portanto, pode nos levar à compreensão de que se trata mais do que uma mera casualidade do porquê os Santos de nome João permaneceram no universo literário maçônico, e se instalaram inclusive no seu âmbito ritualístico na maior parte da Maçonaria.


Adaptar-se às circunstâncias é também um exercício de perspicácia e inteligência que sem dúvida alguma, a Maçonaria Especulativa nos deixou como legítimo legado.



HOJE É DIA DE S. JOÃO - PADROEIRO DA MAÇONARIA :



É de conhecimento público que o Padroeiro da Ordem Maçônica é São João.

A questão que surge naturalmente é qual S. João seria o padroeiro da uma vez que existem vários, como por exemplo: São João Batista; S. João da Escócia; São João de Patmos,  o autor do Apocalipse e tradicionalmente identificado como sendo São João Evangelista; São João Crisóstomo;  São João, o Jejuador;  São João Clímaco e pelo menos outros dez santos com o mesmo nome.

Existe um consenso de que a Ordem tem DOIS padroeiros que seriam  São João Batista e São João Evangelista, sobre os quais iremos discorrer. O nome João significa “Deus é propício”.

“Sou a Voz que clama no deserto: aplainai o caminho do Senhor”

Vestido simplesmente com uma pele de cordeiro atada com um cinto de couro batizava (batismo significa banho) multidões no Rio Jordão mergulhando suas cabeças nas águas do rio para limpa-los espiritualmente. Segundo nos relata o Sagrado Livro, S. João Batista era filho de Isabel, prima de Maria e, portanto primo segundo de Jesus Cristo. Ele dizia ser “a voz que clama no deserto: aplainai o caminho do Senhor”. Essa citação aparece em todos os Evangelhos: Isaías 40:3; Mateus 3:3; Marcos 1:3; Lucas 3:4 3 João 1:23.

 Foi o primeiro a identificar Jesus como o Salvador. Quando Jesus apareceu para ser batizado João disse que não era digno sequer de atar as suas sandálias, mas ante a insistência do Nazareno procedeu ao batismo e consta que ouviu-se uma poderosa voz que disse “esse é meu Filho amado sobre o qual ponho toda minha complacência”.

Comemora-se o seu dia em 24 de Junho, solstício de Câncer ou de inverno (no nosso hemisfério) data que coincide com a fundação da Grande Loja da Inglaterra em 1717.

Há dois solstícios no ano, em junho e dezembro e significam o início das estações, inverno ou verão. No hemisfério sul as datas variam entres 21 a 24 de Junho para o solstício de inverno e 21 a 24 de dezembro para o solstício de verão. No hemisfério norte é o contrário.

 Nas culturas antigas, o solstício de inverno, o dia mais curto do ano, a partir de quando a duração do dia começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão. Com o tempo essa data passou a simbolizar o Natal, como forma de incorporar essa festa pagã nas novas comunidades cristãs.

São João Evangelista, o Teólogo

Foi o discípulo mais jovem e consta ter sido o mais amado por Jesus. Foi o único que acompanhou Cristo até a sua morte. O Evangelho de João menciona que Jesus confiou sua mãe Maria aos seus cuidados, antes de seu sacrifício. 

Foi o autor do quarto Evangelho, de três Epístolas e do Apocalipse. O seu Evangelho difere dos outros três, pois enfoca mais o aspecto espiritual de Jesus, ou seja, a vida e a obra do Mestre em comunhão e meditação.

Apesar de muitas vezes perseguido e martirizado a tradição diz que viveu puro e casto até o fim de seus dias e a sua vida é um exemplo de inocência, lealdade, amizade e dedicação à obra de Jesus. Recebeu da Igreja o título de “Teólogo”.

Comemora-se a sua data em 27 de Dezembro, que coincide com o nosso solstício de verão, ou de inverno no hemisfério norte. Também chamado de Solstício de Capricórnio.

O Apóstolo escreve em João 3:5 “Em verdade, em verdade, vos digo, quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino do Céu. O nascimento na Terra, a purificação pela água e pelo fogo (espírito) e a ascensão (ar) ao Reino, transformando o homem comum em um maçom justo e perfeito, pronto para a construção do Templo Interior em Honra e Glória ao Grande Arquiteto do Universo. 

Michael Winetzki

junho 23, 2021

VAIDADE, TUDO É VAIDADE!



Conta uma lenda que, morreram dois maçons, irmãos de uma mesma loja.

Um deles tinha todos os graus existentes,  comendas, títulos honoríficos e recitava todos os rituais com uma precisão incrível. Não havia assunto que não dominasse, era um doutrinador mesmo. Leis, códigos, livros, regulamentos, postura, nomes e símbolos era com ele. Sua oratória durava horas e rebuscada.

O outro maçom era discreto, calado, chegou até o terceiro grau  e ficava sempre ouvindo atentamente.  Apesar de estar há muito tempo na ordem não ostentava nenhum título e falava só o necessário.

Terminada a reunião raramente alguém o via, estava sempre ocupado atendendo aos menos favorecidos, participava pouco se festas e ágapes, mas era muito respeitado e não falavam mal dele.

Um dia ambos passaram ao Oriente Eterno. No céu, diante do G∴A∴D∴U∴ o segundo maçom foi recebido com tantas honrarias que parecia ter chegado lá um Rei.

O primeiro maçom entrou e foi recebido naturalmente, como todos. Então, o GADU que tudo vê, sondou o coração do primeiro maçom e percebeu sua indignação, então perguntou: 

O que te aborrece?, - ele respondeu, - "Eu na terra fui o mais mais de todos, o top dos top, e ao chegar aqui, quase não perceberam minha presença. O outro que, nem do grau 3 passou, foi recebido e ovacionado por toda a hierarquia celestial. Eu sabia tudo da arte real, pregava, falava!" Esse outro, nem a boca abria". 

 O GADU em sua paciência infinita disse:- "Lembra quando ele sumia? Ninguém o via? Pois é, ele estava praticando tudo o que aprendeu na Loja".

O DÍZIMO CONECTA COM A LUZ


Muitas pessoas não consideram que o dinheiro pertença ao domínio da espiritualidade, mas ele pertence. O dinheiro é uma das formas mais puras de energia que existe, porque dinheiro é energia em potencial - pode ser uma semente, e se for utilizado de forma positiva e proativa, pode revelar imensa Luz.

A Cabalá oferece uma maneira bem específica e poderosa de proteger o dinheiro que você possui e de trazer mais sustento para sua vida. Chama-se dízimo. 

A expressão "dar o dízimo" relaciona-se com a palavra hebraica “eser”, que significa "dez". Dar o dízimo significa doar 10% do seu lucro líquido. Doar 10% do seu lucro líquido pode parecer uma forma estranha de aumentar sua riqueza, mas dar o dízimo é a tecnologia que assegura que o dinheiro que você tem esteja protegido. Este é um conceito complexo; entendam agora.

O fundamento para o dízimo é baseado no princípio cabalístico de que a realidade é dividida em dez níveis de consciência. O nível mais baixo é a realidade material, chamada malchut, que é uma expressão do desejo somente para si mesmo. 

Esses dez níveis existem dentro do seu sustento financeiro; assim, dar 10% dos seus ganhos lhe permite se desconectar do desejo de receber somente para si mesmo, o nível de malchut - e se conectar somente com os níveis elevados de energia espiritual em seu dinheiro. 

Dar o dízimo na verdade nem mesmo é dar no sentido que você possa inicialmente entender. É mais se livrar da presença negativa em seus ganhos, a porção malchut. 

Desta forma, os 90% restantes da sua renda são injetados com o poder da Luz e não podem ser tocados pela escuridão e pelo caos. 

É como entrar em uma parceria silenciosa com a Luz. E a verdade é que o lado escuro tem uma maneira de fazer você dar o dízimo, quer você esteja consciente disso ou não. 

Pense em todo o dinheiro que você perde por mês - em multas de trânsito, consertos na casa, pagando mais por uma coisa que você encontra em liquidação em outra loja, ou perdendo aquela promoção de viagem pela qual você acabou pagando mais depois. 

Você pode ou compartilhar pró-ativamente e disseminar Luz pelo mundo, ou o dízimo pode acontecer a você. É comum resistir à ideia do dízimo. À primeira vista não faz sentido, e certamente tira a pessoa da sua zona de conforto. 

Ainda assim, o dízimo tem sido uma prática aceita pelo menos nos últimos 2000 anos (conforme escrito nos textos sagrados da Cabala), e constitui uma prática comum em muitas tradições espirituais. 

Sugiro que você tente. 

E como ocorre com todo o resto na espiritualidade, você tem que experimentar por si mesmo para compreender verdadeiramente seu poder. Existem inúmeras organizações dignas que precisam de ajuda em todos os níveis. Mas antes de dar seu dízimo, é essencial que você pense na instituição ou pessoa para quem esteja doando. 

O Zohar ensina que seu dízimo se transforma em Luz, então você precisa saber que sua Luz será usada para disseminar mais Luz da forma mais eficiente possível. 


Fonte: Academia de Cabala

junho 22, 2021

MAÇONARIA BRASILEIRA: A HISTÓRIA OCULTADA



Conheça o livro “MAÇONARIA BRASILEIRA: A HISTÓRIA OCULTADA”

Nesta obra, o professor universitário e historiador Kennyo Ismail abre e revela o conteúdo da caixa-preta de oito décadas da Maçonaria brasileira.

Foram centenas de documentos analisados, que revelam uma verdadeira e longa guerra fria travada nacional e internacionalmente nos bastidores da Maçonaria brasileira, ocultada dos olhos da base.

São revelados detalhes dos bastidores dessa guerra, também envolvendo os Supremos Conselhos do REAA, os Ritos Adonhiramita, Brasileiro e Moderno, a CMI, a GLUI, e como tudo isso aconteceu por tantos anos, sem que os maçons brasileiros da base soubessem.

Você pode adquirir o livro impresso no link https://www.noesquadro.com.br/loja/