julho 19, 2021

O MEDO



Quando os vikings invadiram a França em 845, eles derrotaram facilmente todas as tropas enviadas pelo rei Luís.

Como o exército do rei tinha uma vantagem de 10 para 1, espalhou-se entre os francos o mito de que os vikings não conheciam o medo.

-Claro que conhecemos o medo, Ragnar disse, nós simplesmente não o encorajamos.

O medo leva à servidão, obediência e escravidão, que é um destino muito pior do que morrer em batalha.

Não adoramos um chefe, ele é mais um, eleito momentaneamente, discutimos tudo em assembleias e nossas mulheres são livres.

6.000 anos atrás, os manipuladores descobriram que o medo servia para escravizar as pessoas e começaram a encorajá-lo.

Não deveria ser nem medo de algo tangível; na verdade, é melhor que não seja.

O medo de um demônio, de um deus vingativo ou de um universo perverso também serviu.

O medo fez com que 150.000 egípcios gastassem suas vidas arrastando pedras de 12 toneladas pelo Saara para construir a Grande Pirâmide.

Quem os encomendou?

Um Faraó, seus ministros e dois ARQUITETOS.

NÃO mais de 14 pessoas.

O medo fez os pais desistirem de suas filhas para serem queimadas por bruxas, ou de seus filhos para serem sacrificados em um altar, ou nas trincheiras de Verdun.

Às vezes havia gente que não se submetia, no ano 1000 um grupo de jovens da ilha de Bora Bora cansou-se dos sacrifícios humanos que haviam transformado o paraíso em inferno.

- Se não gostarem, vão embora, desajustados, disseram rindo.

Para onde eles estavam indo?

Então eles carregaram um navio com comida e animais e foram para o mar.

As tempestades, os tubarões, a sede vão matá-los, gritavam.

Eles navegaram por 22 dias sem saber para onde estavam indo, até que encontraram algumas ilhas desabitadas que chamaram de Havaí.

Antes de descer prometeram a si mesmos que nunca mais haveria sacrifícios, que se alguém quisesse homenagear um deus, deveria fazê-lo com flores.

Há uma grande diferença entre FEAR (apreensão) e FEAR (medo).

A apreensão é aquele sentimento que nos permite sobreviver, é aquele “alarme” que nos avisa que temos que cuidar de nós próprios e muitas vezes é fruto de experiências anteriores.

Também nos permite cuidar da vida, da família e dos pertences e é algo natural.

MEDO é aquele sentimento paralisante que o impede não só de pensar ou raciocinar, mas também o incapacita pelo terror que você sente mesmo em níveis muito elevados, imobilizando-o até a morte por sua incapacidade de reagir.

E é precisamente o medo que historicamente nos causou tantas crenças limitantes em nossas vidas.

ROYAL SOCIETY - Reinaldo de Freitas Lopes




Meus iguais , irmãos da Maçonaria universal e especulativa , a discorrer hoje de uma instituição a qual seu brilho resplandecente , tramita *imutável* em sua posição em beneficio da ciência e do conhecimento . A Sociedade Real de Londres para a Melhoria do Conhecimento Natural .

Destinada à promoção do conhecimento científico fundada em 28 de novembro de 1660 em Londres e a Academia Real Irlandesa (Royal Irish Academy), fundada em 1782, é afiliada a ela .

Tem por Augusto Fundamento a responder cientificamente , filosófica e mística , ....*A Origem*.

Desde a sua fundação , um dos primeiros foi o vulto Elias Ashmole , os candidatos devem ser naturais ou residirem no Reino Unido, República da Irlanda ou nos territórios da Commonwealth. Os cientistas proeminentes de outros lugares podem assumir a condição de membro estrangeiro. Os estatutos da Sociedade indicam que os candidatos à eleição devem ter feito "uma contribuição substancial à melhoria do conhecimento da natureza, incluindo matemática, ciência da engenharia e ciência médica".

O lema Nullius in verba afirma a vontade de estabelecer a verdade no domínio dos fatos, baseando-se somente na experiência científica, e jamais na palavra de alguma autoridade. 

Apesar de esta intenção parecer óbvia hoje em dia, os fundamentos filosóficos da Royal Society diferem daqueles observados em outros contextos filosóficos, como, por exemplo, na Escolástica, que estabelecia a verdade científica baseando-se na lógica dedutiva, mantendo-se de acordo com os dogmas da religião católica e citando autoridades antigas, como Aristóteles.

Thomas Bayes foi o primeiro a apresentar um teorema, o teorema de Bayes, diante da sociedade.

Após centenas de anos esta instituição , prevalecendo em seus registros a oferta do que é inquestionável e mais próximo do verdadeiro , enquanto que ao atravessar os tempos , aqui bem próximo a nós a Royal Society é balançada a sua razão :

Em 17 de setembro de 2008, Michael Reiss, diretor de educação da Royal Society, após críticas de outros cientistas e pressionado pela própria instituição, pediu demissão do cargo por ter se manifestado favorável à discussão nas escolas britânicas de todas as formas alternativas para a origem do universo, inclusive o criacionismo. Segundo Reiss, que também é sacerdote da Igreja Anglicana, embora a teoria *criacionista* não tenha qualquer base científica, o assunto deveria ser discutido, já que a sua exclusão faria com que muitas crianças, oriundas de famílias religiosas, se distanciassem cada vez mais da ciência. Ele disse isso uma semana antes durante um Festival da Ciência, em Liverpool. Em sua defesa, disse ter sido mal interpretado, mas foi levado a abandonar o cargo, gerando mais críticas, dessa vez também à atuação da Royal Society, que, em comunicado oficial, declarou seu apoio ao pedido de demissão de Reiss.

Nota : “Michael Reiss , hoje com 61 anos de idade , é um bioético, educador, jornalista e sacerdote anglicano britânico. Reiss é professor do Instituto de Educação da Universidade de Londres”.

*Cronologia da Instituição* :

* Década de 1640 - Primeiros encontros informais ;

* 1660 - Fundação em 28 de novembro ;

* 1661-  O nome da Royal Society aparece impresso pela primeira vez ;

* 1662 - A carta real autoriza a Royal Society a imprimir livros ;

* 1663 - Uma segunda carta real é dada à Royal Society ;

* 1665 - Primeira publicação de Philosophical Transactions ;

* 1666 -  O Grande Incêndio de Londres obriga a Royal Society a se mudar para Arundel House ;

* 1710 - A Royal Society adquire sua sede em Crane Court.

Em Pé e a Ordem .

Todos recebam o meu Tríplice e fraterno Abraço.

O GIZ NA MAÇONARIA - Sérgio Quirino

 





Ir.: Sérgio Quirino - Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024

Saudações, estimado Irmão

Estimo que 90% dos Maçons brasileiros não tiveram acesso ao conteúdo alegórico do giz como elemento da simbologia maçônica. Facilmente compreensível, tendo em vista que a grande maioria de nossas Lojas Maçônicas no Brasil trabalham em Rito Escocês Antigo e Aceito.

Diferentemente ocorre com os queridos Irmãos que laboram no Rito de York, que, em seus princípios mais importantes, são provocados à reflexão sobre o Giz, o Carvão e a Terra.

Como resgate histórico, este simples pedaço de carbonato de cálcio era usado pelos Maçons Operativos para marcar pontos e traçar linhas nas pedreiras e carpintarias.

Nos primórdios da Maçonaria Especulativa não haviam templos. As reuniões ocorriam em qualquer espaço devidamente a coberto das indiscrições profanas. Era preciso preparar o ambiente e caracterizá-lo com nossos elementos e alegorias. Como fazer e desfazer rapidamente mantendo o sigilo dos símbolos?

A solução era desenhar no piso tudo que remete ao propósito da sessão. Com o tempo, substituíram tal prática por Tapetes e Painéis, até chegarmos aos espaços exclusivos construídos para este fim, denominados Templos Maçônicos.

A escolha do giz como elemento de grafia se deu pelas suas qualidades: pequeno tamanho, fácil uso, boa aderência a vários tipos de piso e, principalmente, pela facilidade em apagar os desenhos com um simples pano úmido garantindo a proteção dos arcanos.

O mais interessante é que, sob o ponto de vista histórico, o simbolismo maçônico do giz não diz nada do que foi tratado acima.

NA MAÇONARIA, O GIZ REMETE À LIBERDADE.

LIBERDADE PARA TRAÇAR O NOSSO PRÓPRIO CAMINHO

Todos nós já manuseamos um giz e percebemos nele a suavidade do toque e o exato registro da pressão de sua ponta sobre a lousa.

O GIZ SOMOS NÓS.

O TOQUE É O ESPÍRITO.

O REGISTRO SÃO NOSSAS DECISÕES.

A PONTA É O MOMENTO QUE ESTAMOS VIVENDO.

A LOUSA É A NOSSA HISTÓRIA.

Da mesma forma que o giz vai se consumindo durante o uso e a cada traço deixa um pouco de si, assim também devemos agir, quando nos dedicamos integralmente ao nosso propósito. Não há o que temer sobre a extinção. O mais importante são os traços e os registros que deixamos em vida.

Atingimos quinze anos de compartilhamento de instruções maçônicas. Nosso propósito fundamental é incentivar os Irmãos ao estudo, à reflexão e tornar-se um elemento de atuação, um legítimo Construtor Social.

(Mas é o Carvão e a Terra citados no início do artigo? Trataremos nos próximos artigos.)

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente


julho 18, 2021

DA CONSCIÊNCIA - Heitor Rodrigues Freire





Heitor Rodrigues Freire é corretor de imóveis, advogado, past GM da GLEMS e atual presidente da Santa Casa de Campo Grande. Contribui regularmente com este blog

O despertar da consciência é algo que se desenvolve por ação própria, mas depende da vontade de cada um. Uma vez despertada, ela assume um movimento gradativo, mas constante. Decorre diretamente da individualidade. É um caminho sem volta. E propicia a libertação do ser.

A consciência é inata ao ser humano, nasce com a sua criação, mas demanda um trabalho individual, disciplinado e permanente para sua manifestação e continuidade. É nossa companheira eterna, por toda a eternidade.

Implica numa grande responsabilidade porque conduz ao entendimento de que a vida é aqui e agora. O passado já se foi, e o futuro não é hoje. Esse despertar não aceita adiamentos. Nem faz de conta. Sacode todo o ser, e não permite lero-lero.

É o acordar do sono letárgico que envolve a maioria das pessoas, mostrando de forma muito clara o compromisso de cada um consigo mesmo e com Deus. O indivíduo consciente deixa de fazer parte do rebanho.

Esse despertar nos ensina a evitar todo radicalismo e sectarismo de qualquer natureza, religiosa, filosófica ou política. Aprendendo, como Krishna ensinou ao príncipe Arjuna, há mais de 4 mil anos no poema épico Bhagavad Gita, a seguir o abençoado e dourado caminho do meio.

E com isso, passamos a entender que verdadeiramente somos todos irmãos, oriundos da mesma fonte e destinados à evolução constante. E também a trilhar o caminho, mostrado por Jesus.

E a saber que devemos respeitar tudo e todos. E a não julgar. Nem condenar.  E a entender que nada acontece por acaso e que tudo decorre dos nossos atos, portanto devemos assumir nossas responsabilidades. Entendendo que a vida por si só é um milagre e que nos permite a oportunidade de contribuir com nossa inteligência e consciência na construção divina da Eternidade.

Precisamos entender que a esperança é o fator de alimentação da fé, fortalecendo e motivando a consciência. Que esperança exige fidelidade. 

Temos que ter a coragem de conquistar a liberdade de sermos nós mesmos, sem interferências, aprendendo a ouvir e usar o discernimento que, nas palavras de Krishamurti, é o primeiro passo para a evolução espiritual.

É preciso também saber conviver com opiniões contrárias e buscar o embasamento para as nossas próprias ideias. Segundo José Saramago, o grande escritor português, “o problema não é que as pessoas tenham opiniões, isso é ótimo. O drama é que as pessoas têm opiniões sem saber do que falam”.

Não devemos repetir nada que não tenha passado pelo crivo da nossa própria consciência, e não falar apenas para impressionar os outros. Precisamos aprender a observar o silêncio. 

Temos que aprender que cada um é o fiador de sua própria vida, não dependendo do aval de ninguém. E assim conquistar a nossa verdadeira independência.

Nestes tempos de comunicação instantânea e global é muito comum observar comentaristas de televisão expressarem opiniões diversas, criticando, condenando, determinando atitudes e comportamentos como se fossem seres puros, imaculados e iluminados, arautos da moralidade. Mas se virarmos as câmeras para suas vidas, no entanto, veremos que seus comportamentos não têm nada de republicano e muito do que criticam. Usam dos microfones e câmeras para exibir seus egos inflados e irresponsáveis.

Induzidos pelo discurso dito politicamente correto, muitos querem ditar regras de bons costumes, mas quando isso fica somente no palavreado e não se concretiza na prática, não passa de hipocrisia. Precisamos ter em mente que o politicamente correto é um avanço civilizatório para toda a sociedade, e não deve ficar apenas no enunciado. Se conseguirmos, ao menos, não fazer com os outros aquilo que não queremos que façam conosco, já é um bom começo.

A consciência própria do ser é a grande conquista de cada um.

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GARANTE DE AMIZADE - Newton Agrella


Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Um dos mais destacados intelectuais maçônicos do pais.

De maneira relativamente semelhante às atividades de um Diplomata, no mundo profano, a Maçonaria dispõe de uma função de caráter de relações sociais e culturais, sobretudo no que diz respeito ao entendimento e harmonia entre as Obediências  Maçônicas, chamada de "Garante de Amizade".

Normalmente constitui-se como representante de uma Obediência Maçônica estrangeira junto a uma Obediência nacional, ou o representante de uma Obediência nacional, junto a uma Obediência estrangeira.

Requisitos básicos e preferenciais para desempenhar essa função, via de regra, são os seguintes:

- que seja um Mestre Maçom Instalado.

 - Exercício por um período mínimo de três anos; 

- conhecimento da língua falada no país da Obediência na qual ele pretende ser o representante; 

- estar em pleno gozo dos seus direitos maçônicos perante a Obediência que será por ele representada, dentre outras.

No que se refere às suas principais atribuições cabe ao Garante de Amizade:

- visitar a Obediência pela qual ele foi nomeado, geralmente a cada dois anos; 

- manter correspondência com a Obediência representada, incentivando a frequente troca de informações, publicações, filmes, livros, etc.; e toda e qualquer matéria que possa ensejar interesse relevante mútuo.

- comparecer a solenidades importantes que venham ocorrer na Obediência que ele representa; 

- prestar conta de suas atividades por meio de relatório anual para a Secretaria de Relações Exteriores da Obediência que ele pertença, etc. 

Cabe registrar que há inclusive um Ritual de Consagração de Garante Amizade. 

Pelo fato de ser uma função de alta relevância no universo Maçônico, impõe-se que a Loja receptora, em Sessão Econômica de Aprendiz, reserve a sua Ordem do Dia exclusivamente para destacar esse ato receptivo com o nome de Consagração de Garante de Paz e Amizade. 

Ainda como outro aspecto interessante, vale lembrar que 

"Garante de Amizade" ou "Garante de Amizade e Paz" é a expressão utilizada pela Maçonaria nos países sul americanos. 

Nas demais partes do mundo é chamado de “Grande Representante”. 

Desse modo, quando duas Potencias Maçônicas se “reconhecem”, é regra que troquem Garantes de Amizade, destinados a garantir as suas relações.

É portanto uma função que exige, muita disciplina, elevado nível cultural, diplomacia, clareza nas exposições para que se evitem quaisquer  constrangimentos ou mal-entendidos bem como uma relativa dose de disponibilidade para locomoções. 

Além é claro, de uma ampla articulação linguística e fluidez de capacidade argumentativa.

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ESTRELA FLAMÍGERA - Ir.'. Aparecido Ribeiro Dias - Or. de Santo André



Flamejar: Lançar flamas ou chamas; estar inflamado; arder; lançar raios luminosos; brilhar como a chama; resplandecer.

A Estrela Flamígera ou flamejante é a nossa estrela polar, que indica o nosso norte, a nossa meta, é o símbolo essencial do grau de companheiro, que o preserva da sujeição a quaisquer dogmas. Indica que o iniciado do segundo grau está destinado a transformar-se, ele próprio, em uma espécie de foco ardente, fonte de calor e luz, de compreensão e tolerância. Iluminado por sua inteligência e por seu coração, unido na pesquisa da verdade, deve devotar-se sem reservas à obra, á pratica do altruísmo e da bondade.

A Estrela Flamígera era símbolo desconhecido pelos pedreiros livres medievais. Seu aparecimento na Maçonaria, a partir de 1737, não encontrou guarida em todos os Ritos, pois o certo é que os Construtores medievais conheciam a figura Estelar, apenas como desenho geométrico e não com interpretações ocultas que se introduziram na Maçonaria especulativa. No Rito de York, por exemplo, a “ Brazing Star” tem rigorosamente seis pontas e mais se aproxima do signo de Salomão e do esquadro e compasso cruzados, do que da Estrela de cinco pontas, Pitagórica. Esta se tornou mais universalizada na instituição pelo Irmão Barão de Tschoudy.

A Estrela Flamígera pode ser, em Maçonaria Pentagonal ou Hexagonal. A pentagonal, ou pentagrama, ou pentalfa, ou Estrela de cinco pontas, está presente na maior parte dos Ritos, (a hexagonal ou de seis pontas, está presente no Rito de York).

A Estrela Flamígera é considerada ponto de partida, semente universal de todos os seres.

Para o Maço, constitui o emblema do Gênio que eleva a alma para a realização das supremas tarefas.

Pitágoras recomendava aos discípulos que não deixassem de se referir as chamas quando falassem em assuntos Divinos. Para Pitágoras este Símbolo era um sinal de reconhecimento. Era um símbolo de boas-vindas, que equivalia dizer “Passe bem”.

A Estrela Flamígera, Simboliza a Estrela luminosa da Maçonaria; as chamas purificadoras; a luz que ilumina os discípulos; o símbolo dos livres pensadores; a eterna vigilância e a proteção objetiva do Grande Geômetra.

A Estrela Flamígera, é o símbolo no plano subjetivo; é o fogo interno, o ardor que cada Companheiro coloca dentro de si, para queimar todas as oposições e aspectos negativos do ser humano

A Estrela Flamígera representa os quatro membros do homem. E a cabeça que os governa.Com um vértice dirigido para cima é um símbolo benéfico e ativo. Com dois vértices virados para cima, portanto ao contrário é um símbolo maléfico ou passivo.

A Estrela Flamígera é colocada dentro da Loja sobre o Trono do Irmão 1º Vigilante.

A Estrela Flamígera é a reunião de todas as verdades conciliadas pela Luz, ao mesmo tempo que a claridade pessoal da vida interior.

Para os CComp∴ Maçons, a Estrela Flamígera, com a letra “ G “ no centro é o Símbolo da Divindade Cósmica, além de seus efeitos iniciáticos, ela deve representar um Símbolo de boas vindas e um voto de perfeita Saúde.


Bibliografia: 

- Instrução p/ Loja de Companheiro – Hércule Spoladore, Fernando Sales Paschoal e Assis Carvalho. 

- Ritual do 2° Grau de Companheiro.

julho 17, 2021

COMO RECONHECER UM MAÇOM ?



Irmão W.S.S., Publicado em 23/03/2014. Fonte: Foco arte real

Ser reconhecido Maçom podemos até por um simples PIM na lapela. Por isso nossa preocupação deve ser: Que qualidade de Maçom sou reconhecido? Um Maçom de ouro ou um Maçom apenas dourado (ou nem isso...)?

Maçons existem que se acomodam, julgando que, atingindo o grau de Mestre estão na plenitude maçônica. Na verdade, considerando a Maçonaria Simbólica é o último grau. Porém, não se pode dizer com isso sejam “justos e perfeitos”, vez que o desbaste da pedra bruta somente termina com a nossa ida para o Oriente Eterno. Assim sendo, triste do Maçom que aposenta seu Maço e seu Cinzel. 

Porque a construção de nosso Templo interior só termina com o final de nossa vida material. E não é suficiente somente esquadrejarmos a Pedra Bruta. Necessário se faz também deixá-la bem polida.

Diz o LL que fomos criados à imagem do G∴A∴D∴U∴ (Gên. 1,26); porém a semelhança precisa ser conquistada. O desbaste da nossa pedra bruta, poderá resultar numa ´obra de arte´ ou num ´monstrengo´. Se o monstrengo for o resultado final, o Criador nos irá arguir: “É isto que me apresenta no final de sua caminhada”?!

Nossa responsabilidade vai além do próprio desbaste. Precisamos ajudar os Irmãos na caminhada, não só com nosso bom exemplo, como alertando os acomodados para um melhor desempenho maçônico.

Não basta ser reconhecido Maçom. É preciso também ser reconhecido como MISSIONÁRIO, como autêntico CONSTRUTOR SOCIAL.

As duas horas templárias são importantíssimas para recarregarmos nossas baterias. Assim, não devemos faltar às reuniões da nossa Loja. Até como desculpa, alguns dizem que já fazem maçonaria, fora do templo. Ótimo. Isso é um dever de todo bom maçom. Mas não o isenta do comparecimento às Reuniões.

Alguns dizem que não vai à Loja, porque as reuniões são da mesmice. Ora, se a Loja entrou numa mesmice a culpa é de todos e de cada um. Use-se então o Saco de Propostas e Informações, não para criticar mas para sugerir melhoras. O bom Maçom participa de tudo de sua Loja, de suas decisões, de seus projetos. O bom Maçom não se distancia de seus Irmãos; a prática da fraternidade se faz com o bom convívio (Sl 133).

Quando falo aos Aprendizes costumo perguntar “quem é o responsável pela Loja” e a maioria deles dizem ser o Venerável Mestre. Apontando para ele(s) afirmo: O responsável é você. Somos todos nós.

Talvez muitos Mestres não digam que a responsabilidade da Loja seja do Venerável, mas pensam e agem como se assim o fossem. Por isso não acham grave faltar às Reuniões, motivo porque algumas Lojas têm até abatido colunas.

Seria bom cada um contemplasse o ´OLHO QUE TUDO VÊ´, a onisciência divina, e refletisse: “Como me vê o G∴A∴D∴U∴? Um maçom responsável, presente, participativo, fraterno, preocupado com o bom desempenho da Maçonaria?”

O progresso na maçonaria também se consegue pelo estudo, pela pesquisa, pela apresentação de Peças de Arquitetura. Quem assim faz aprende sempre mais e enriquecem também os outros com seus conhecimentos partilhados. (“A luz que tu levas para alguém, vai iluminar-te também”). Não faz sentido Mestre que não ensina.


TEÍSMO, DEÍSMO E AGNOSTICISMO



*Teísmo*: é a doutrina de um Deus, Eterno, auto suficiente, Onisciente, Onipresente, impregnando toda a criação, Criador, Preservador, Protetor, e Benfeitor de todas as coisas e do Homem. É a negação, o oposto do Ateísmo – a doutrina na qual não há nenhum Deus. Idem para o Politeísmo – doutrina na qual se tem muitos deuses e mesmo do Deísmo, cuja definição vem no parágrafo abaixo.

*Deísmo*: é a crença em Deus, com base somente na Natureza e na Razão. Ela rejeita a revelação sobrenatural e todos os elementos sobrenaturais de uma religião. Desse modo, é um sistema ou atitude dos que, rejeitando toda espécie de revelação divina, e portanto a autoridade de qualquer igreja, aceitam, todavia, a existência de um Deus, destituído de atributos morais e intelectuais, e que poderá ou não haver influído na criação do Universo.

Muitos “livres pensadores”, principalmente da Inglaterra e da França na época do século XVI e XVII foram classificados como deístas. Percebe-se claramente que na realização da primeira edição do Livro das Constituições do reverendo James Anderson, em 1723, há uma tendência de abandono ao cristianismo, liberando as crenças e o pensamento, quando afirma que “Um maçom fica obrigado por ocasião de seu ingresso, a obedecer a Lei Moral e se ele entender corretamente a Arte, ele nunca será um ateu estúpido, e nem tampouco um libertino irreligioso. Porque desde os "tempos imemoriais", os maçons eram obrigados, em todos os países, a seguir a religião de seu país de origem, qualquer que ela fosse; mas atualmente o maçom é obrigado a ter aquela religião, com que todos ou a maioria concorda....”.

*Agnosticismo*: doutrina que ensina a existência de uma ordem de realidade incognoscível. Tem posição metodológica pela qual só se aceita como objetivamente verdadeira uma proposição que tenha evidencia lógica satisfatória. Mantém a atitude que considera a metafísica como algo fútil. É diferente do Ateísmo que é a doutrina (se é que pode ser assim chamada) daqueles que não creem em Deus ou nos deuses. São ímpios, não tendo fé em nada. Incrédulos.


Fonte: Pílulas maçônicas

O CÉREBRO DE UMA PESSOA IDOSA.



 FONTE: New England Journal of Medicine  Enviado por Reinaldo Ramírez Dala (Octogenário)

 O diretor da Escola de Medicina da Universidade George Washington argumenta que o cérebro de uma pessoa idosa é muito mais prático do que normalmente se acredita.  Nessa idade, a interação dos hemisférios direito e esquerdo do cérebro torna-se harmoniosa, o que expande nossas possibilidades criativas.  É por isso que entre as pessoas com mais de 60 anos você pode encontrar muitas personalidades que acabaram de iniciar suas atividades criativas.

  Claro, o cérebro não é mais tão rápido como na juventude.  No entanto, ele ganha em flexibilidade.  Portanto, com a idade, temos mais probabilidade de tomar as decisões certas e menos expostos a emoções negativas.  O pico da atividade intelectual humana ocorre por volta dos 70 anos, quando o cérebro começa a funcionar com força total.

  Com o tempo, a quantidade de mielina aumenta no cérebro, uma substância que facilita a passagem rápida de sinais entre os neurônios.  Devido a isso, as habilidades intelectuais são aumentadas em 300% em relação à média.

  E o pico de produção ativa dessa substância cai entre os 60 e 80 anos.  Também interessante é o fato de que após 60 anos, uma pessoa pode usar 2 hemisférios ao mesmo tempo.  Isso permite que você resolva problemas muito mais complexos.

  O professor Monchi Uri, da Universidade de Montreal, acredita que o cérebro do idoso escolhe o caminho que consome menos energia, elimina o desnecessário e deixa apenas as opções corretas para resolver o problema.  Foi realizado um estudo no qual participaram diferentes faixas etárias.  Os jovens ficavam muito confusos ao passar nos testes, enquanto aqueles com mais de 60 anos tomavam as decisões certas.

  Agora, vamos examinar as características do cérebro na idade de 60 a 80 anos.  Eles são realmente rosados.

 CARACTERÍSTICAS DO CÉREBRO DE UMA PESSOA IDOSA.

  1. Os neurônios no cérebro não morrem, como dizem todos ao seu redor.  As conexões entre eles simplesmente desaparecem se a pessoa não se envolver em trabalho mental.

  2. A distração e o esquecimento aparecem devido a uma superabundância de informações.  Portanto, não é necessário que você concentre toda a sua vida em ninharias desnecessárias.

  3. A partir dos 60 anos, uma pessoa, ao tomar decisões, não utiliza um hemisfério ao mesmo tempo, como os jovens, mas ambos.

 4. Conclusão: se uma pessoa leva um estilo de vida saudável, se move, tem uma atividade física viável e tem plena atividade mental, as habilidades intelectuais NÃO diminuem com a idade, elas só CRESCEM, atingindo um pico na idade de 80-90 anos.

  Portanto, não tenha medo da velhice.  Esforce-se para se desenvolver intelectualmente.  Aprenda novos trabalhos manuais, faça música, aprenda a tocar instrumentos musicais, pinte quadros!  Dança!  Interesse-se pela vida, encontre-se e comunique-se com amigos, faça planos para o futuro, viaje o melhor que puder.  Não se esqueça de ir a lojas, cafés, shows.  Não se cale sozinho, é destrutivo para qualquer pessoa.  Viva com o pensamento: todas as coisas boas ainda estão à minha frente!

 👀 Informações!

   Um grande estudo nos Estados Unidos descobriu que:

   ▪ A idade mais produtiva de uma pessoa é de 60 a 70 anos;

   ▪ O 2º estágio humano mais produtivo é a idade de 70 a 80 anos;

   ▪ 3º estágio mais produtivo - 50 e 60 anos.

   ▪ Antes disso, a pessoa ainda não atingiu o pico.

   ▪A idade média dos ganhadores do Nobel é 62 anos;

   ▪A idade média dos presidentes das 100 maiores empresas do mundo é de 63 anos;

   ▪ A idade média dos pastores nas 100 maiores igrejas dos Estados Unidos é 71;

   ▪A idade média dos pais é de 76 anos.

   ▪ Isso confirma que os melhores e mais produtivos anos de uma pessoa estão entre 60 e 80 anos.

   ▪Este estudo foi publicado por uma equipe de médicos e psicólogos no NEW INGLATERRA REVISTA DE MEDICINA.

   ▪ Eles descobriram que aos 60 anos você atinge o pico de seu potencial emocional e mental, e isso continua até os anos 80.

   ▪ Portanto, se você tem 60, 70 ou 80 anos, você está no melhor nível de sua vida.

 Passe esta informação para sua família e amigos de 60, 70 e 80 anos de idade para que eles possam se orgulhar de sua idade.

 FONTE: New England Journal of Medicine 

 Enviado por Reinaldo Ramírez Dala (Octogenário)

julho 16, 2021

A ALEGORIA DA CAVERNA - Reinaldo de Freitas Lopes



Compartilharei agora com os meus amados e queridos irmãos uma metáfora escrita e descrita por Platão em seu Sétimo livro de : A República .

Nesta alegoria Platão  pretende exemplificar como o ser humano pode se libertar da condição de escuridão, que o aprisiona , por meio da luz da verdade , em que o filósofo discute sobre teoria do conhecimento, linguagem , educação e sobre um estado hipotético.

A alegoria é apresentada após a analogia do sol (508b a 509c ) , 

Seguindo uma linha historiográfica , o filósofo inicia :

Pessoas acorrentadas, sem se poderem mover, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna , sem poder ver uns aos outros ou a si próprios. 

Atrás dos prisioneiros há uma fogueira, separada deles por uma parede baixa, por detrás da qual passam pessoas carregando objetos que representam *homens e outras coisas viventes*. 

As pessoas caminham por detrás da parede de modo que os seus corpos não projetam sombras , mas sim os objetos que carregam. Os prisioneiros não podem ver o que se passa atrás deles e vêem apenas as sombras que são projetadas na parede em frente a eles. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros , associando-os, com certa razão , às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade .

Imagine que um dos prisioneiros seja libertado e forçado a olhar o fogo e os objetos que faziam as sombras (uma nova realidade , um conhecimento novo). A luz iria ferir os seus olhos e ele não poderia ver bem. 

Se lhe disserem que o presente era real e que as imagens que anteriormente via não o eram, ele não acreditaria. Na sua confusão, o prisioneiro tentaria voltar para a caverna, para aquilo a que estava acostumado e podia ver.

Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram , os seus olhos , agora acostumados à luz, ficariam cegos devido à escuridão, assim como tinham ficado cegos com a luz. Os outros prisioneiros, ao ver isto, concluiriam que sair da caverna tinha causado graves danos ao companheiro e, por isso, não deveriam sair dali nunca. Se o pudessem fazer , matariam quem tentasse tirá-los da caverna.

Platão não buscava as verdadeiras essências na simples Phýsis , como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que por acaso se liberte, corre como Sócrates, o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade , é como se você acreditasse , desde que nasceu , que o mundo é de determinado modo e , então. vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta lhe mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. 

Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas , inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna : 

Ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos , ideias enganosas e , por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.

Em *A República* no livro 7 , folhas 517c , Platão escreve :

"Quando vista , esta alegoria deve nos levar à conclusão de que esta é de fato a causa de todas as coisas, de tudo que tem de correto (orthós) e belo (kálos), dando à luz no mundo visível para a luz, e mestra da luz , a si mesma no mundo inteligível fonte autêntica da verdade (aletheia) e razão (nous) , e qualquer um que agir sabiamente em particular ou público deve tomar vista disso".

A interpretação desta Alegoria :

O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância , isto é , a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico , que é racional , sistemático e organizado , que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade.

Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência , isto é , o conhecimento abrange dois domínios: 

O domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e... 

O domínio das ideias (diánoia e nóesis). 

Para o filósofo , a realidade está no mundo das idéias , um mundo real e verdadeiro  e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância , no mundo das coisas sensíveis , este mundo , no grau da apreensão de imagens (eikasia) , as quais são mutáveis , não são perfeitas como as coisas no mundo das ideias e , por isso, não são objetos suficientemente bons para gerar conhecimento perfeitos. 

Inclusive , em 2016 , Neurocientistas chegaram a mesma conclusão de Platão relativo a percepção humana.

Quem aprende convosco é :

REINALDO DE FREITAS LOPES  = MM 

Obreiro da maçonaria universal e especulativa , zelador de meus direitos e senhor de minhas idéias e se reconhecido ou não por algum irmão , ainda assim não sou ele , sou eu e a ele estou sempre :

Em Pé e a Ordem 

Todos recebam o meu Tríplice e fraterno Abraço.

A MAÇONARIA COMO ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL - Breno Trautwein




O protótipo da organização moderna é a orquestra sinfônica. Cada um de seus duzentos e cinquenta músicos é um especialista de alto nível. Contudo, sozinha a tuba não faz música; só a orquestra pode fazê-la. E esta toca somente porque todos os músicos tem a mesma partitura. Todos eles subordinam suas especialidades a tarefa comum. E todos tocam somente uma peça musical por vez. (Peter Drucker)

Faça-se a análise da maçonaria no momento atual. O que ela representa na sociedade? Qual o número de maçons existentes? Por que se reúnem todas as semanas? E o resultado dessas reuniões? Como ela poderia ser mais efetiva e atuante?

Todas as pessoas, bem como suas associações, têm por finalidade prestar uma tarefa a coletividade.

 Como dizem as constituições e regulamentos maçônicos, dentre os quais destacamos a última promulgada em dezembro do ano passado, possivelmente a mais "MODERNA", que em sua declaração princípios traz:

O Grande Oriente de Santa Catarina (GOSC) adota com fundamento na tradição maçônica universal, os seguintes princípios:

1. Jurisdição soberana sobre todas as lojas da obediência, exercendo autoridade sobre os graus simbólicos nelas existentes.

2. Ninguém será levado a iniciação, em qualquer loja jurisdicionada sem possuir as qualidades de probidade, independência e bons costumes.

3. O maçom tem assegurado plena liberdade de crença, mas deverá abster-se de manifestar preconceitos e de provocar polêmicas de natureza política partidária ou religiosa.

4. O Grande Oriente de Santa Catarina, para a consecução de seus fins, se organiza como estado simbólico, sem prejuízo de sua devoção a Pátria comum. 

Poder-se-ia deixar a critério dos irmãos as considerações sobre as incoerências destes quatro parágrafos, porém procurar-se-á destacar-se as mais contundentes como:

Exigir dos maçons "probidade, independência, e prática de bons costumes", já no próprio texto a independência e restrita a prática de bons costumes; os quais variam de cultura para cultura, de época para época; modificados pelos novos hábitos adquiridos pelas transformações do pensamento.

Exemplificando: Tem-se a revolução sexual, consequente do Freudismo, com suas implicações educacionais, familiares e social. 

Contrariando esta proposição repete o chavão da liberdade de crença, desde que fique de boca fechada; esquecidos do "penso logo existo" cansados de todas as polêmicas.

Manda a potência e logo desmanda sobre as lojas jurisdicionadas.

Também, se organiza como estado simbólico, sem prejuízo de sua devoção a Pátria comum, justamente, quando na atualidade a noção de estado-nação vem cedendo espaço aos estados-regiões, não só sob o aspecto econômico, mas das inter-relações culturais. Estão aí União Europeia, Mercosul, OPEP, OTAN, ONU e tantos outros exemplos malgrado ter a pretensão de ser "MODERNA", e em alguns pontos ela é, contudo mantém a figura absolutista do Grão Mestre.

Fala-se em Tradição. QUE TRADIÇÃO?

DAS CORPORAÇÕES E CONFRARIAS MEDIEVAIS, DA GRANDE LOJA UNIDA DE LONDRES, OU DA LOJA DE YORK COM SUAS IMPLICAÇÕES CATÓLICAS?

É necessário rever-se os reais e antigos costumes maçônicos (Poema Régio, Manuscritos Cooke e Swain) e não a própria Constituição de Anderson e os trinta e nove princípios régios de John Payne.

Citando Peter Drucker (Sociedade pós-capitalismo) falando sobre o governo ele diz:

"Portanto o governo precisa recuperar uma pequena capacidade de desempenho. Ele precisa ser reformulado. Esse é um terreno de negócios, mas a reformulação de uma instituição quer ela seja uma empresa, um sindicato, uma Universidade, um hospital ou um governo requer os mesmos três passos": 

1. Abandono das coisas que não funcionam, das coisas que nunca funcionaram; das coisas que sobreviveram á sua utilidade e a sua capacidade de contribuição.

2. Concentração nas coisas que funcionam, que produzem resultados, nas coisas que melhoram a capacidade de desempenho da organização; e

3. Análise dos meio-sucesso, dos meio-fracassos. Uma reformulação requer abandono de tudo aquilo que não funciona e a ênfase naquilo que funciona. 

Não será possível ao nível do presente trabalho analisar com alguma profundidade os itens acima, porém deter-se-á na capacidade de desempenho da organização seja ela de qualquer tipo, entretanto torna-se necessário pensar-se na maçonaria como empresa, a qual é dirigida para PRESTAR UMA TAREFA A COLETIVIDADE.

TER-SE UMA ORGANIZAÇÃO PARA DELEITE DE ALGUNS E PERDA DE TEMPO. Ela tem que ter uma tarefa, um objetivo, o qual irá ditar as normas administrativas gerais e específicas.

Em primeiro lugar ter-se-á a organização um grupo humano formado por especialistas, ligados a uma tarefa comum. A função dela é tornar produtivo os conhecimentos, pois eles por si mesmos, hoje, são estéreis, entretanto quando reunidos e bem gerenciados são produtivos.

Um pré-requisito importante para o bom desempenho de uma organização é que sua tarefa e sua missão sejam bem claros.

Também, existe a necessidade de avaliação e julgamento de seu desempenho em relação a objetivos e metas claros, conhecidos e impessoais, para alimentar os projetos em andamento ou futuros.

Como organização uma organização tem de ter suas equipes transdisciplinares, elas, modernamente não podem ser de "chefes" e "subordinados", mas é um time em busca da vitória. E precisa ter capacidade para criar o novo, exigindo um processo de aperfeiçoamento de tudo que se faz. Hoje na indústria e nos setores de serviço a cada dois a três anos, eles são transformados em verdadeiramente em outros artefatos melhorados. Também cada organização terá de aprender a desenvolver novas aplicações dos seus produtos.

Outro aspecto da sociedade pós-capitalista é a descentralização; e ela precisa operar numa comunidade, pois seus membros e descendentes vivem na sociedade. Porém, a organização não pode submergir na comunidade nem subordinar-se a ela. Sua cultura deve transcender a comunidade .

Enquanto isso esta acontecendo no mundo globalizado para o futuro, continuam com uma administração centralizada na figura onipotente, onisciente e monárquica absolutista do Grão- Mestre.

Não se tem uma tarefa, um objetivo, uma bandeira definida. É simplesmente, um bando desorganizado obediente ou desobediente as leis, decretos, atos, vindos de um chefe, as vezes em benefício de uma minoria que se apossou do poder, e julga-se no direito absoluto de fazerem o que dita seus cérebros vazios e muitas vezes inúteis.

Infelizmente tem-se uma DESORGANIZAÇÃO MAÇÔNICA ditada pela figura centralizadora do grão-mestre que no máximo tem um doutorado específico em sua área profissional, e tem a tarefa de administrar uma caricatura de empresa, bem como ditar normas ritualísticas, conceitos simbólicos, pesquisa histórica e um pensamento filosófico pinçado das dezenas de doutrinas filosóficas modernas.

Conforme já se escreveu para o grão-mestre ficaria a tarefa cultural e a iniciática da ordem (ritualismo, simbólica, história e filosofia), enquanto a parte administrativa teria uma gerencia de preferência feita por um técnico da área de administração com uma pequena secretaria, tesouraria e planejamento e avaliação. Sobrepondo-se a essa estrutura, um colegiado de sete membros, no máximo, com a função de fiscalizar, discutir diretrizes, que seria eleito democraticamente pelos maçons. Poder-se-ia criar regiões eleitorais de acordo com o número de membros do colegiado.

Numa visão global ficaria a pergunta: O que fazer com os órgãos centralizadores atuais: GOB, COMAB,CMSB?

ELIMINÁ-LOS. 

Vê-se, facilmente a imensa tarefa dos maçons atuais e dos próximos trinta anos. Recriar uma maçonaria que seja semelhante a uma orquestra sinfônica. Será possível? Eis a questão, diante de tanta vaidade, orgulho, egoísmo, características do homem atual, "ávido em ter e não em ser".

FICA O DESAFIO:MUDAR OU PERECER.

QUANDO A TEMPESTADE PASSAR - ( Kathlen O ' Meara - Poema escrito durante a epidemia de peste em 1800)

 



Achei cabível para o momento, a beleza desse poema escrito há 2 séculos.


“Quando a tempestade passar,

as estradas se amansarem,

E formos sobreviventes

de um naufrágio coletivo,

Com o coração choroso

e o destino abençoado

Nós nos sentiremos bem-aventurados

Só por estarmos vivos.


E nós daremos um abraço ao primeiro desconhecido

E elogiaremos a sorte de manter um amigo.


E aí nós vamos lembrar tudo aquilo que perdemos e de uma vez aprenderemos tudo o que não aprendemos.


Não teremos mais inveja pois todos sofreram.

Não teremos mais o coração endurecido 

Seremos todos mais compassivos.


Valerá mais o que é de todos do  que o que eu nunca consegui.

Seremos mais generosos

E muito mais comprometidos


Nós entenderemos o quão frágeis somos, e o que 

significa estarmos vivos!

Vamos sentir empatia por quem está e por quem se foi.


Sentiremos falta do velho que pedia esmola no mercado, que nós nunca  soubemos o nome e sempre esteve ao nosso lado.


E talvez o velho pobre fosse Deus disfarçado...

Mas você nunca perguntou o nome dele 

Porque  estava com pressa...


E tudo será milagre! 

E tudo será um legado

E a vida que ganhamos será respeitada!


Quando a tempestade passar

Eu te peço Deus, com tristeza ,

Que você nos torne melhores.

como você nos sonhou.



julho 15, 2021

LIBERDADE - IGUALDADE - FRATERNIDADE - Ir.'. Paulo Silas Castro de Oliveira. Santo André



O ano de 1.789 marca a primeira vitória na luta pelo reconhecimento dos Direitos Humanos, com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, conquista da Revolução Francesa cujo lema era: liberdade, igualdade, fraternidade.

Os lemas de um modo geral são sentenças ou grupos de palavras que tentam exprimir ou simbolizar uma ideia, um sentimento ou um conjunto de aspirações de um grupo, de um partido, de uma religião, de um povo ou de uma nação. A respeito disso nos devemos sempre lembrar que as aspirações simbolizadas nos lemas nem sempre se realizam na vida real para todos os grupos que os idealizaram. Por vezes apenas alguns indivíduos chegam a perfeição idealizada, assim como poucos Maçons chegam ao verdadeiro ideal contido no lema Igualdade, Liberdade, Fraternidade, pois sua realização está sujeita a fatores condicionantes individuais ou coletivos.

O século seguinte a revolução pode ser definido como o século da liberdade. Ainda que a história da luta pela liberdade seja contígua à própria história da humanidade, será durante o século XIX que o ideal de liberdade se consolida. Caem, então, os últimos rincões de escravidão. Esta liberdade “física” — traduzida no direito de ir e vir, e permanecer — é a mais primária delas e, porque não dizer, a mais essencial, posto que todas as outras modalidades de liberdade nela se apoiam. Todavia, liberdade tem significados muito mais amplos do que apenas a da locomoção, como liberdade de pensamento, de expressão, de consciência, de crença, de informação, de decisão, de reunião, de associação, enfim, todas estas (e outras tantas) que asseguram a vida condigna da pessoa humana. Porém, para que a pessoa seja, de fato, livre, é necessário, primeiramente, que ela seja liberta da miséria, do analfabetismo, do subemprego, da subalimentação, da sub moradia. Assim, a luta pela liberdade continua não apenas para conservar as já conquistadas, mas para assegurar a verdadeira liberdade a quem ainda não a conquistou. 

O século passado — o século XX — foi o século da igualdade. Desde suas primeiras décadas, houve movimentos pelo reconhecimento da igualdade entre homens e mulheres, entre brancos e negros. Será no correr do século XX que se formará todo o ideário contra a discriminação baseada em sexo, raça, cor, origem, credo religioso, estado civil, condição social ou orientação sexual. Não se pode tratar de modo diferente pessoas simplesmente por suas características peculiares; ainda que tais características sejam visíveis, não se pode diferenciar indivíduos a partir delas, se não há qualquer critério jurídico que justifique tal diferenciação. Todavia, não se pode olvidar que a verdadeira igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente, os desiguais. Perpetua-se idêntica injustiça diferenciar indivíduos, por sua cor de pele, como dar tratamento uniforme a pessoas que tem, de fato, motivos para serem tratadas de modo diferenciado (ninguém se sente discriminado pela lei que obriga atendimento preferencial a idosos, grávidas ou portadores de deficiência). Assim como pela liberdade, a luta pela manutenção e extensão da verdadeira igualdade é constante. 

A este século que se inicia cabe levantar a última bandeira da Revolução e da Maçonaria: a fraternidade. Faz-se premente que a solidariedade norteie as ações de governantes, empresários e das pessoas em geral. Neste novo século o foco da proteção dos direitos deve sair do âmbito individual e dirigir-se, definitivamente, ao coletivo. São direitos inerentes à pessoa humana; não considerada em si, mas como coletividade; o direito ao meio-ambiente, à segurança, à moradia, ao desenvolvimento. É necessário que tomemos consciência de que nossos direitos apenas nos serão assegurados de fato, quando estes forem também garantidos para todos os demais. Enfim, é o momento de se realizar o bem comum.

*LIBERDADE*

Em filosofia, há várias concepções de liberdade, umas bastante distintas das outras. As teorias da liberdade dizem respeito à metafísica e à ética, à filosofia política.

Assim definamos em primeiro lugar o termo Liberdade. Livre é o homem que não só não está impedido de agir ou se expressar dentro dos limites impostos pela sociedade organizada, mas que tenha também a necessária capacidade física e intelectual para se auto-determinar. Dessa forma a liberdade é um direito social a ser exercido nos limites socialmente impostos, isto é, o direito de um termina onde começa o direito do outro. Uma liberdade irrestrita é evidentemente inadmissível, pois provocaria o caos social.

É pressuposto também que para exercer esse direito é necessário de liberdade socialmente restrita que o homem tenha um determinado grau de cultura que o permita situar-se convenientemente dentro de suas obrigações sociais, ou seja, o homem deve estar apto a reconhecer os seus próprios limites de ação perante os ditames de sua sociedade.

Limites sociais corretos devem ser estabelecidos de tal forma que permitam ao homem desenvolver suas potencialidades e exercer sem óbices essas potencialidades sob qualquer aspecto, o moral, o social, o econômico, o político.

A liberdade de consciência e, portanto, de opinião, é irrestrita. A liberdade de ação, contudo, é limitada pela liberdade alheia. A liberdade do indivíduo não pode ferir os direitos de outrem, inclusive o próprio direito de ser livre. A liberdade é, assim, subordinada ao bem-estar coletivo. Par que a liberdade de crença e de opinião não crie dissensões no seio da Ordem, a Maçonaria não permite discussões político-partidárias, religiosas e sociais em seus trabalhos, nem manifestações de tal modo em seu nome e sob a qualidade de Maçom.

*IGUALDADE*

Igualdade é a inexistência de diferenças entre dois elementos comparados, sejam objetos, indivíduos, ideias, conceitos ou quaisquer coisas que se comparem.

Especificamente em Política, o conceito de Igualdade descreve a ausência de diferenças de direitos e deveres entre os membros de uma sociedade. Em sua concepção clássica, a idéia de sociedade igualitária começou a ser cunhada durante o Iluminismo, para idealizar uma realidade em que não houvesse distinção jurídica entre nobreza, burguesia, clero e escravos. Mais recentemente, o conceito foi ampliado para incluir também a igualdade de direitos entre gêneros, classes, etnias, orientações sexuais etc.

Durante a Revolução Francesa, o termo igualdade compunha a palavra-de-ordem dos revolucionários, Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

No contexto da pós-modernidade, a ideia de igualdade tem sido gradualmente abandonada e preterida pela ideia de diversidade.

Juridicamente, a igualdade é uma norma que impõe tratar todos da mesma maneira. Mas a partir desse conceito inicial, temos muitos desdobramentos e incertezas. A regra básica é que os iguais devem ser tratados da mesma forma (por exemplo o peso do voto de todos os eleitores deve ser igual). Mas como devemos tratar os desiguais, por exemplo, os ricos e os pobres. Se fala em igualdade formal quando todos são tratados da mesma maneira e em igualdade material quando os mais fracos recebem um tratamento especial no intuito de se aproximar aos mais fortes.

A Igualdade deve ser entendida como igualdade de direitos em igualdade de condições, sem distinção de castas, raças ou grupos sociais (políticos, religiosos, partidários, etc.). A igualdade não é portanto, o nivelamento puro e simples dos indivíduos, pois estes diferem entre si pelo seu valor, decorrente das qualidades pessoais. Cada um presta à coletividade serviço de maior ou menor importância, merecendo em retribuição, prerrogativas correspondentes à sua função social.

A Igualdade é sinônimo de justiça e equidade e refere-se ao relacionamento entre os indivíduos. A igualdade é, portanto o direito que todos os homens têm de ser igual perante a lei, isto o é, terem todos os mesmos direitos fundamentais perante a sociedade. É o grau de Igualdade que define a dignidade da pessoa humana, pois a desigualdade é fator de aviltamento. São as desigualdades sociais que perturbam o funcionamento normal da sociedade e é a causa de todas as revoluções e violências.

*FRATERNIDADE*

A fraternidade é um conceito filosófico profundamente ligado às ideias de Liberdade e Igualdade e com os quais forma o tripé que caracterizou grande parte do pensamento iluminista.

A ideia de fraternidade estabelece que o homem, enquanto animal político, fez uma escolha consciente pela vida em sociedade e para tal estabelece com seus semelhantes uma relação de igualdade, visto que em essência não há nada que hierarquicamente os diferencie: são como irmãos ( _fraternos). Este conceito é a peça-chave para a plena configuração da cidadania entre os homens, pois, por princípio, todos os homens são iguais. De uma certa forma, a fraternidade não é independente da liberdade e da igualdade, pois para que cada uma efetivamente se manifeste é preciso que as demais sejam válidas.

A fraternidade é expressa no primeiro artigo da Declaração universal dos direitos do homem quando ela afirma que todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e de consciência e devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Fraternidade, como um sentimento, é o fator primordial da convivência harmoniosa, da paz, da concórdia. A fraternidade é o sentimento que apara as arestas causadas por falta de liberdade ou por desigualdades sociais. É um sentimento eminentemente maçônico.

A fraternidade é a amizade que existe entre todos os seres humanos,  fraternidade também pode ser solidariedade que existe entre os homens, a solidariedade está no nosso dia a dia e é dever do homem ajudar quem precisa dando materiais como roupa dinheiro mas também pode ser através de conselhos, educação, orientação moral e ética.

Liberdade e igualdade são aspirações pela quais luta, ou pelo menos o deveria,  fraternidade é o sentimento básico cujo crescimento dentro do homem é o ideal da nossa Ordem. Na verdade livre igual e fraterno são, portanto as qualidades que definem o verdadeiro homem "livre e de bons costumes" de que falam nossos regulamentos.

Assim sendo, a Ordem Maçônica não concorda e reprova a intolerância, o fanatismo, a verdade única, o racismo, o extremismo, seja de direita ou esquerda. No terceiro milênio a globalização, que desconsidera fronteiras e povos, representa uma prova inquestionável que estamos todos na mesma condição de seres humanos falíveis e mortais, não admitindo uma teoria diferente da qual a liberdade, a igualdade e a fraternidade entre os povos do planeta. A violência, o rancor e a vingança só levará a mais ódio e distanciamento dos povos.

Portanto meus irmãos, abrimos e fechamos nossos trabalhos, pela ACLAMAÇÃO: liberdade igualdade fraternidade que dissemos com a voz alta e firme, e  com nossos corações unidos neste alto ideal maçônico, prometemos divulgar e espalhar a verdade que aprendemos.


Bibliografia:

- Ritual do Aprendiz do Rito Moderno GOB ano 1995

- Ritual do Aprendiz do REAA das GLESP ano 1987

- Enciclopédia Wikipédia

- Dicionário de Filosofia NECOLA ABBAGNANO

- Dicionário de Política Norberto Bobbio.

- História do Direito do Trabalho da  Mulher, Lea Elisa Silingowschi Calil.