agosto 15, 2021

FUNDAMENTOS JUDAICOS NA MAÇONARIA

Reunião conjunta - ARLS Acácia Palhocense, ARLS Pitágoras, ARLS Alferes Tiradentes, ARLS Templários da Nova Era

Palestra: Fundamentos Judaicos na Maçonaria, com o ir ∴ Michael Winetzki.

Hora: 16 ago. 2021 20:00 São Paulo

Entrar na reunião Zoom

https://us02web.zoom.us/j/86027017473?pwd=MFE2TCttWDNjTHpBT1QwS0NtdnROdz09

ID da reunião: 860 2701 7473

Senha de acesso: TFA

agosto 14, 2021

INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO MAÇÔNICA - Charles Boller M.'.M.'.


Especula-se que: o universo é resultado de projeto inteligente com finalidade definida; não é o resultado de ocasionais ocorrências aleatórias; que a vida tem propósito significativo; que é lógico pensar na vida com intenção de preencher finalidade determinada, planejada.

Na contramão disso, o homem percebe que muitas de suas atividades são dispersivas e alienantes no uso da vida. 

Para a maioria a vida não tem sentido, principalmente na forma correta de usufruir o que realmente a natureza intenciona no viver bem.

Na atividade do homem não se concebe que se faça o que é certo em um aspecto da vida, enquanto comete erros em outros. 

Como fará em sua caminhada para não perder a visão de sua vida em sentido lato? 

Como deve agir para usufruí-la como um conjunto indivisível?

O homem que se iniciou nos mistérios da Maçonaria descobre na vida a existência de maravilhas a serem exploradas, questionadas e aplicadas para usufruir de sua existência da maneira mais equilibrada possível, com o propósito do Criador. 

Pela educação maçônica, o homem deixa de ser um morto-vivo de comprometida visão da vida.

A Maçonaria e seus mistérios oferecem ferramentas e instruções que removem barreiras e possibilita o usufruto da vida em sua plenitude.

O senso do mistério alimenta emoções residentes na psique e que são trabalhados nas atividades maçônicas.

A ciência em forma de arte traduz a emoção fundamental para o progresso pessoal.

São mistérios que não inspiram medos, o maçom faz o bem porque isso é parte de sua nova vida e não porque tem medo de algum castigo ou almeje hipotético prêmio depois de morto.

Se aplicada passo-a-passo, de forma simples, a essência da vida é aprendida e, se for da vontade do adepto, liberta-o da escravidão, do servilismo ao sistema desumano de vida, que o espreme e suga toda a sua força ativa até sobrar apenas bagaço. 

Ao sujeitar a ambição ao controle racional, liberta-se do pior tipo de servilismo, pior até que a própria fome e pobreza. 

Ao inspirar coragem e decisão no adepto, a filosofia da Maçonaria conduz àquele que passa a confiar em si mesmo e conduz seus próprios passos ao prazer de conquistar a vitória sobre si mesmo. 

Ao sentir que é capaz de conduzir a si mesmo torna-se apto a conduzir aos que ainda não despertaram.

As noções filosóficas da Maçonaria auxiliam na absorção do conhecimento que livra do obscurantismo e da alienação ao trabalho. 

São aplicadas apenas umas poucas horas semanais em treinamento e convivência que eliminam anos de frustrantes tentativas de acertos e erros até obter a visão necessária para dar sentido à vida. 

Não se trata de entendimento intelectual, político ou crença, mas de um sentido misterioso, ainda inexplicável, de intuição individual que dá sentido à vida. 

Cada adepto usa da Maçonaria para dar o seu próprio sentido para a vida sem ficar batendo cabeça em tentativas inúteis e fantasiosas.

O sucesso pessoal não é devido exclusivamente à força ou ao conhecimento, mas diz respeito à vontade férrea, de coragem para agir. 

O entendimento de como caminhar por conta própria advém do conhecimento esotérico que conduz ao sucesso pessoal, familiar, social e profissional. 

A convivência maçônica inspira o conhecimento intuitivo e o fortalecimento do caráter que conduzem o maçom, que inicia a si mesmo, a uma consciência superior. 

Não um super-homem, mas um homem renascido de sua própria decisão de fazer de si mesmo uma criatura em permanente evolução.

Ao trabalhar em si mesmo, na pedra, o adepto participa na construção de um templo social onde ele é incentivado a ocupar cada vez mais cargos, públicos ou privados, de modo a conduzir a sociedade por bons pastos. 

Não se trata de conduzir gado de corte por fértil campo de engorda e deste ao matadouro da exploração, mas de propiciar oportunidades razoáveis de vida sem eliminar as diferenças e os desníveis que são característica de civilizações saudáveis. 

É a sabedoria salomônica aplicada no dia-a-dia do cidadão. 

O homem sábio é muito mais forte que o bruto, pois o conhecimento aplicado com sabedoria é muito mais forte. 

O conhecimento provê a base sólida da construção pessoal que se afasta da alienação do sistema de coisas humano pela aplicação do pensamento sábio.

Maçonaria é arte. 

É uma ciência que permite construir o intelecto cuja compreensão possibilita o despertar, o abraçar da iluminação que vem da racionalidade conduzida por balanceada espiritualidade - diferente de religiosidade. 

A luz que o maçom busca é o aperfeiçoamento pessoal em seu dia-a-dia. 

A Maçonaria faz deste entendimento o ponto essencial a ser alcançado. 

É mero coadjuvante o esforço das atividades maçônicas restantes ao objeto central que é a evolução do homem. 

O estado de iluminação inspirado pela Maçonaria destrói a mascara da ilusão do sistema de coisas humano que manipula separações e quebra de relações que conduzem a alienação da vida para objetivos fúteis e inúteis. 

No instante em que o maçom abre os olhos e vê a luz do que é certo e errado torna-se sensato. 

Desaparece a ilusão e ele deixa de experimentar o que está errado na tentativa de acertar, torna-se mais objetivo e acerta no primeiro ensaio muito mais vezes. 

Some o ilusionismo com seus truques que submetem o homem a um servilismo voluntário em virtude da perda de noção da realidade.

Surge nova consciência quando a iluminação esclarece a diferença entre religiosidade e espiritualidade. 

Fica claro o entendimento de que a crença em verdades absolutas ditadas pelos sistemas religiosos não torna seus adeptos pessoas espiritualizadas. 

Também não é espiritualizado o maçom que não iniciou a si mesmo, que insiste em aprisionar-se na execução de rituais sem penetrar em seus significados. 

A intenção da educação maçônica é criar a identidade própria do indivíduo afastado de influência ditatorial externa e aproxima-lo da dimensão espiritual que já reside dentro dele. 

Esta dimensão existe em todos. 

Basta que acorde. 

Não está contida no pensamento, mas numa dimensão diferente e inspirada na intuição. 

Por isso a filosofia maçônica incentiva à diversidade de pensamentos. 

Procura-se provocar no homem a obtenção de matéria prima para construir pontes evolutivas que progridem aos saltos sobre os precipícios da ignorância. 

Não se admitem limitações ao pensamento como é objetivo dos sistemas alienantes de crenças. 

O fato de a espiritualidade surgir em larga escala fora do sistema de crenças é novo para a sociedade em geral, mas é usado faz séculos pelos maçons que iniciaram a si mesmos nos mistérios da arte da Maçonaria.

A iluminação, o andar com as próprias pernas inspirado pela Maçonaria desperta a compaixão que se traduz num homem dotado de menos cobiça; torna-o mais alegre porque a sabedoria o afasta do sofrimento; alimenta a igualdade onde se produzem mais amigos unidos pelo poderoso laço do amor; inspira a ternura que remove a discriminação que produz tantos inimigos. 

Afasta ignorância, falsas imaginações, desejos viciantes e estultícia, todas nascidas na própria mente, manifestadas pelas ilusões e manipuladas pelo ego.

A mudança estimulada pela educação maçônica repele os desejos da mente e afastam os sofrimentos, lutas inúteis alimentadas pela cobiça, estultícia e ira. 

Maçom que se iniciou é homem armado com espada - a sua língua, a sua oratória —, e escudo, - o conhecimento de seu cérebro. 

Pela iluminação, - kant, Aufklärung - anda com os próprios pés. 

Está sempre pronto para o bom combate com mente treinada para alcançar o objetivo de construir uma sociedade humana dentro dos desígnios estabelecidos pelo Grande Arquiteto do Universo.

Bom dia e boa leitura meus irmãos. 


Bibliografia:

1. ANATALINO, João, Conhecendo a Arte Real, A Maçonaria e Suas Influências Históricas e Filosóficas, ISBN 978-85-370-0158-5, primeira edição, Madras Editora limitada., 320 páginas, São Paulo, 2007;

2. SILVA, Georges da, Budismo, Psicologia do Autoconhecimento, 222 páginas, Editora Pensamento Limitada, São Paulo;

3. TOLLE, Eckhart, Um Mundo Novo, o Despertar de uma Nova Consciência, tradução: Henrique Monteiro, ISBN 978-85-7542-313-4, primeira edição, Editora Sextante Limitada, 266 páginas, Rio de Janeiro, 2005.

COMO SÃO BOAS AS COISAS ANTIGAS



Existem cinco coisas antigas que são boas:

• Pessoas sábias e idosas.

• Os velhos amigos para conversar.

• A velha lenha para aquecer.

• Velhos vinhos para beber.

• Os livros antigos para ler.


*Émile A. Faguet*

O segredo de uma boa velhice não é outra coisa senão um pacto honrado com a solidão


*Gabriel Garcia Marques*

Envelhecer é como escalar uma grande montanha: enquanto escala, as forças diminuem, mas o olhar é mais livre, a visão mais ampla e mais serena.


*Ingmar Bergman*

Os primeiros quarenta anos de vida nos dão o texto; os próximos trinta, o comentário.


*Arthur Schopenhauer*

Os velhos desconfiam dos jovens porque já foram jovens.


*William Shakespeare*

O jovem conhece as regras, mas o velho conhece as exceções.

 

*Oliver Wendell Holmes*

Na juventude aprendemos, na velhice entendemos. 


*Marie von Ebner Eschenbach*

A maturidade do homem é ter recuperado a serenidade com a qual brincávamos quando éramos crianças.


*Frederich Nietzsche*

O velho não pode fazer o que um jovem faz; mas faz melhor. 


*Cícero*

Leva dois anos para aprender a falar e sessenta para aprender a calar a boca. 


*Ernest Hemingway*

As árvores mais antigas dão os frutos mais doces.

 

*Provérbio alemão*

Se na sua família não tem um velho, adote um


*Proverbio Milenar Chinês*

A velhice tira o que herdamos e nos dá o que merecemos.

agosto 13, 2021

CAMINHHO, VERDADE E VIDA - 𝑅𝑜𝑏𝑒𝑟𝑡𝑜 𝑅𝑖𝑏𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑅𝑒𝑖𝑠




Roberto Ribeiro Reis é intelectual e poeta, da ARLS Esperança e União 2358 de Rio Casca, MG.,


𝐴 𝑝𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑚 𝑒𝑥𝑒𝑚𝑝𝑙𝑜 𝑟𝑒𝑡𝑜, 

𝐴 𝑏𝑒𝑛𝑒𝑚𝑒𝑟𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑙𝑜 𝑐𝑒𝑟𝑡𝑜

𝑆𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑧 𝑎̀ 𝑏𝑜𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑐̧𝑎̃𝑜;

𝐴 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙𝒉𝑎 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑠𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑎

𝐶𝑒𝑟𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒́ 𝑢𝑚𝑎 𝑙𝑖𝑏𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎, 

𝐹𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑒𝑐𝑒 𝑒 𝑠𝑒𝑑𝑢𝑧 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝐼𝑟𝑚𝑎̃𝑜. 


𝐴 𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑛𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖́𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑀𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒, 

𝐼𝑛𝑒𝑓𝑎́𝑣𝑒𝑙, 𝑎𝑛𝑔𝑒𝑙𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑒 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑠𝑡𝑒,

𝑅𝑒𝑣𝑒𝑙𝑎-𝑛𝑜𝑠 𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑐̧𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑢𝑑𝑜;

𝐴 𝑛𝑎𝑟𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑖𝑥𝑎̃𝑜 𝒉𝑖𝑠𝑡𝑜́𝑟𝑖𝑐𝑎

𝑅𝑒𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎 𝑎 𝑑𝑒𝑣𝑜𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑎𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜́𝑙𝑖𝑐𝑎,

𝐶𝑜𝑛𝑣𝑖𝑑𝑎-𝑛𝑜𝑠 𝑎𝑜 𝑎𝑝𝑟𝑒𝑐̧𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑢𝑑𝑜.


𝑁𝑜 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑏𝑜𝑚, 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑎 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐̧𝑎,

𝐴𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑏𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑜 𝑀𝑎𝑐̧𝑜𝑚 𝑒 𝑠𝑢𝑎 𝑐𝑟𝑒𝑛𝑐̧𝑎 

𝑃𝑟𝑖𝑚𝑎𝑚 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝒉𝑢𝑚𝑎𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑐𝑟𝑒𝑑𝑖𝑡𝑎𝑟;

𝑂 𝑝𝑟𝑜𝑓𝑎𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑖𝑣𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑎 𝑑𝑜𝑟 𝑒 𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑒́𝑑𝑖𝑜,

𝑆𝑒𝑚 𝑝𝑎𝑧 𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑎𝑣𝑜𝑟 (𝒉𝑎𝑗𝑎 𝑟𝑒𝑚𝑒́𝑑𝑖𝑜!) 

𝑀𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎-𝑠𝑒 𝑙𝑜𝑢𝑐𝑜, 𝑎𝑜 𝑀𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒 𝑛𝑎̃𝑜 𝑠𝑎𝑏𝑒 𝑎𝑚𝑎𝑟. 


𝐴̀ 𝑔𝑙𝑜́𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑙𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐴𝑟𝑞𝑢𝑖𝑡𝑒𝑡𝑜

𝑄𝑢𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑑𝑢𝑧 𝑢𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑧, 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑜,

𝐷𝑒 𝑝𝑢𝑟𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎̃𝑜 𝑒 𝑚𝑖𝑠𝑒𝑟𝑖𝑐𝑜́𝑟𝑑𝑖𝑎;

𝑆𝑢𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑎𝑑𝑎 𝑐𝑟𝑢𝑧 𝑒 𝑜 𝑓𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑠𝑜𝑓𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

𝑁𝑎̃𝑜 𝑠𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑒𝑟𝑎̃𝑜 𝑛𝑜 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜:

𝑈𝑚 𝑉𝑒𝑛𝑒𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑃𝑎𝑖  𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑟 𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑜́𝑟𝑑𝑖𝑎!


IMAGEM E SEMELHANÇA - O LIVRE ARBÍTRIO




 A sabedoria da Cabalá nos ensina que o ser humano é o único com Livre Arbítrio. O poder de escolher para realizar mudanças em nossa consciência e em nossa alma. Nenhum outro ser possui esse presente, emanado diretamente do Criador para o Homem, à “sua imagem e semelhança”, Tselem (צֶלֶםTzadi, Lamed, Mem). Isso nos traz uma grande responsabilidade.

 Não significa que temos o poder de mudar tudo o que não concordamos no mundo ao nosso redor, nem que possamos alterar a missão que nossa alma veio realizar no mundo da matéria, mas significa que podemos escolher nosso caminho, a cada momento, se isso realmente for um anseio de nossa alma. 

 Se dissermos “sim” à tudo (ou “não” à tudo), é como se rejeitássemos nossa responsabilidade de mudar nossas vidas. Também se deixarmos o desejo físico ou as emoções controlarem a nós e nossos desejos, estaremos sendo apenas reativos, como os animais, que vivem de acordo com seus instintos.

 O Multiplex do Livre Arbítrio

 Há uma analogia que nos ajuda a compreender como utilizar o Livre Arbítrio com sabedoria, comparando-o a uma enorme sala multiplex de cinema, um corredor com um número infinito de salas de projeção, cada uma exibindo um filme.

 Quando escolhemos uma delas e entramos para assistir o filme, não podemos mudar o que já está filmado, e ficando ali, teremos de nos sujeitar a ver o filme como ele é. 

 Porém... podemos resolver sair daquela sala, se não estivermos gostando, e entrar em outra sala que tenha o mesmo filme com um final diferente que nos agrade.

 Com isso, deixamos de ser reativos, e em vez de apenas reagir ao que surge em nosso caminho, passamos a ser proativos, com a possibilidade de reforçar nossa Imagem Divina, o Tselem (צֶלֶם - Tzadi, Lamed, Mem), o recipiente para receber as bênçãos dos mundos superiores, e não apenas os prazeres do mundo físico.

 Só através disso podemos nos tornar donos de nosso próprio destino. E é bom lembrar o que afirma Rav Berg: "Não há Livre Arbítrio sem Restrição".

 Essas três letras somam 720, que os cabalistas interpretam como 10 vezes a força e o poder dos 72 Nomes Sagrados. 

 O Livre Arbítrio não é o mesmo que uma simples escolha no mundo físico. Trata-se de reconhecer o que desejamos com toda nossa alma e coração, e restringir as outras alternativas. A ideia é sempre fazer uma transformação interna, de acordo com o desejo verdadeiro de nossas almas.

 Existe um nome, entre os 72, que nos ajuda a identificar o desejo de nossa alma:

 Alef, Nun, Iud

 Meditar nessa combinação, "Ani" em hebraico, que significa "Eu", nos conecta ao nosso "Eu Superior", nossa voz interna capaz de responder as dúvidas que encontramos. Com isso, resgatamos o desejo verdadeiro de nossa alma, e ativamos nosso Livre Arbítrio.

agosto 12, 2021

COMPRE SEU INGRESSO - Newton Agrella


Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Um dos mais destacados intelectuais maçônicos do pais.


Você já parou algum dia pra se perguntar como os outros o vêem ?

Já se questionou como a sua  "pedra bruta" consegue absorver cada impacto do maço no cinzel e quão profundos são os fulcros produzidos ?

Até que ponto os seus limites toleram críticas e observações que o desagradam ?

Pois é... via de regra,  procuramos passar longe dessa perspectiva; ou pelo menos do olhar analítico e das impressões  que os outros possam ter a nosso respeito...

É o tal do medo à rejeição, do julgamento e do temor de sabermos como somos vistos do outro lado da história.

O lado *A* é aquele que somente nós queremos ver e esperamos que os outros também o façam.

É o lado de nosso marketing pessoal onde vendemos a nossa imagem mais brilhante e atraente. 

Já o nosso lado *B* é aquele em que tentamos a todo custo esconder de nós mesmos e dos outros.  É o lado de nossas limitações, nossos medos e nossas fragilidades. 

É aquele que fingimos que não existe. Ou pelo menos tentamos disfarçar...É onde reside nossa essência mais primitiva e menos edificante. 

Contudo, é inegável que há uma transparência em cada um de nós que não nos impede de revelarmos todo o nosso dualismo.

Cabe lembrar que esse Dualismo é baseado

na  disposição de dois princípios ou de  duas realidades opostas, inconciliáveis entre si e que não admitem uma coalizão de idéias ou de sentimentos e tampouco uma recíproca subordinação.

Quem sabe o ser humano seja perfeito em sua Imperfeição;  considerando que somos e trazemos em nossa essência: matéria e espírito; amor e ódio; força e fraqueza; altos e baixos...

E  então, vamos nos revelar somente no Lado *A*, ou daremos alguma tênue chance ao lado *B*?

Esse é o teatro da vida !



MINHA ALMA ESTÁ EM BRISA - Mário de Andrade

 


Este poema bonito é para aqueles que têm 60 anos ou mais, mas hoje é um luxo para todos.

Leia com calma, você vai gostar disso. 


*Contei meus anos e descobri que tenho menos tempo para viver a partir daqui, do que o que eu vivi até agora.*

*Eu me sinto como aquela criança que ganhou um pacote de* *doces*; *O primeiro comeu com prazer,* *mas quando percebeu que havia poucos,* *começou a saboreá-los profundamente.*

*Já não tenho tempo para reuniões intermináveis ​​em que são discutidos estatutos, regras, procedimentos e regulamentos internos, sabendo que nada será alcançado.*

*Não tenho mais tempo para apoiar pessoas absurdas que, apesar da idade cronológica, não cresceram.*

*Meu tempo é muito curto para discutir títulos.* *Eu quero a essência, minha alma está com pressa ... Sem muitos *doces* *no pacote ...*

*Quero viver ao lado de pessoas humanas, muito humanas.* *Que sabem rir dos seus erros*. *Que não ficam inchadas, com seus triunfos.* *Que não se consideram eleitos antes do tempo.* *Que não  ficam longe de suas responsabilidades.* *Que defendem a dignidade humana.* *E querem andar do lado da verdade e da honestidade.*

*O essencial é o que faz a vida valer a pena.*

*Quero cercar-me de pessoas que sabem tocar os corações das pessoas* ...

*Pessoas a quem os golpes da vida, ensinaram a crescer com toques suaves na alma*

*Sim ... Estou com pressa ... *Estou com pressa para viver com a intensidade que só a maturidade pode dar.*

*Eu pretendo não desperdiçar nenhum dos* *doces* *que eu tenha ou ganhe...* *Tenho certeza de que eles serão mais requintados do que os que comi até agora.*

*Meu objetivo é chegar ao fim* *satisfeito e em paz com meus entes queridos e com a minha consciência.*

*Nós temos duas vidas e a segunda começa* *quando você percebe que você só tem uma...*

agosto 11, 2021

REPAGINANDO O FIRMAMENTO - Roberto Ribeiro Reis



Roberto Ribeiro Reis é intelectual e poeta, da ARLS Esperança e União 2358 de Rio Casca, MG.,


ϙᴜɪsᴇʀᴀ ϙᴜᴇ ᴍᴇᴜ ᴘᴇɴsᴀᴍᴇɴᴛᴏ

ᴘᴜᴅᴇssᴇ ᴅᴇsᴇɴʜᴀʀ ᴏ ᴅᴇsᴛɪɴᴏ,

ᴅᴇɪxᴀɴᴅᴏ ϙᴜᴀʟϙᴜᴇʀ ᴅᴇsᴀᴛɪɴᴏ,

ᴅᴇsᴄᴏʀᴛɪɴᴀᴅᴏ ᴏ ᴇxᴘᴇʀɪᴍᴇɴᴛᴏ.


ϙᴜᴇ, ᴘʀᴀ ᴛᴏᴅᴏ sᴏғʀɪᴍᴇɴᴛᴏ,

ʜᴏᴜᴠᴇssᴇ ᴜᴍᴀ sᴏʟᴜᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴍᴀ́ɢɪᴄᴀ,

ᴏᴜ ᴘᴜᴅᴇssᴇ ᴜᴍᴀ sɪᴛᴜᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴛʀᴀ́ɢɪᴄᴀ

sᴇʀ ᴍᴜᴅᴀᴅᴀ ᴘᴏʀ ᴍᴇᴜ sᴇɴᴛɪᴍᴇɴᴛᴏ.


sᴏɴʜᴀʀᴀ, sᴇᴍ ᴄᴏɴsᴛʀᴀɴɢɪᴍᴇɴᴛᴏ,

ᴄᴏᴍ ᴏ ɢ⛬ ᴀ⛬ ɴᴀ sᴇᴍᴇᴀᴅᴜʀᴀ

ᴊᴜɴᴛᴏ ᴅᴏs ᴘʀᴏғᴀɴᴏs, ɴᴜᴍᴀ ᴀᴠᴇɴᴛᴜʀᴀ,

ᴇ ᴛᴏᴅᴏs ᴏs ɪɪʀ⛬ ɴᴏ ᴀssᴇɴᴛᴀᴍᴇɴᴛᴏ. 


ᴅᴇsᴇᴊᴀʀᴀ, ᴄᴏᴍ ᴀᴛʀᴇᴠɪᴍᴇɴᴛᴏ,

ᴀ ᴜɴɪᴀ̃ᴏ ᴅᴇ ᴛᴏᴅᴏs ᴀᴅᴠᴇʀsᴏs sᴇʀᴇs, 

ɢᴀʟᴀ́xɪᴀs ᴇ ᴜɴɪᴠᴇʀsᴏs ᴅᴇ ᴘʀᴀᴢᴇʀᴇs,

ᴛᴏᴅᴏs ᴇᴍ ᴘʟᴇɴᴏ ᴇɴᴠᴏʟᴠɪᴍᴇɴᴛᴏ.


ᴘɪɴᴛᴀʀᴀ, sᴇᴍ ᴀʀʀᴇᴘᴇɴᴅɪᴍᴇɴᴛᴏ,

ᴀ ᴠɪᴅᴀ, ᴏ ɢɪʀᴀssᴏʟ, ᴀ ᴠᴇʀᴅᴀᴅᴇ ɴᴜᴀ,

ᴀ ᴘᴀʀᴛɪᴅᴀ, ᴏ sᴏʟ, ᴀ ᴠᴀɪᴅᴀᴅᴇ ᴇ ᴀ ʟᴜᴀ,

ᴛᴏᴅᴏs ᴄᴏᴍ ᴍᴜɪᴛᴏ ᴇɴᴄᴀɴᴛᴀᴍᴇɴᴛᴏ. 


ᴀᴍᴀʀᴀ, ᴄᴏᴍ ᴅɪsᴄᴇʀɴɪᴍᴇɴᴛᴏ,

ᴏs ʜᴜᴍᴀɴᴏs ᴇ sᴜᴀs ɪɴғʟᴜᴇ̂ɴᴄɪᴀs,

ᴏs ᴅᴇsᴇɴɢᴀɴᴏs ᴅᴀs ᴇxᴘᴇʀɪᴇ̂ɴᴄɪᴀs,

ʀᴇᴘᴀɢɪɴᴀɴᴅᴏ ᴛᴏᴅᴏ ᴏ ғɪʀᴍᴀᴍᴇɴᴛᴏ.


A HISTÓRIA DO COMPANHEIRO MAÇOM - José Castellani




Doutrinariamente, o grau de Companheiro é o mais legítimo grau maçônico, por mostrar o obreiro já totalmente formado e aperfeiçoado, profissionalmente.

Historicamente, é o grau mais importante da Franco-Maçonaria, pois sempre representou o ápice da escalada profissional, nas confrarias de artesãos ligados à arte de construir, as quais floresceram na Idade Média e viriam a ser conhecidas, nos tempos mais recentes, sob o rótulo de “Maçonaria Operativa”, ou “Maçonaria de Ofício”.

Na realidade, antes do século XVIII havia apenas dois graus reconhecidos na Franco-Maçonaria: Aprendiz e Companheiro. Na época anterior ao desenvolvimento da Maçonaria dos Aceitos ou Especulativa, o Companheiro era um Aprendiz, que havia servido o tempo necessário como tal e havia sido reconhecido como um oficial, um trabalhador qualificado, autorizado a praticar seu ofício.

Na Idade Média, quando as construções em pedra eram comissionadas pela Igreja, ou pelos grandes reis, duques ou lords, a Maçonaria operativa era um lucrativo negócio ; ser reconhecido, portanto, como um Companheiro pelos operários era um passaporte seguro para uma participação no negócio e para uma renda praticamente garantida. Graças a isso, os mestres da obra eram escolhidos entre os Companheiros mais experientes e com maior capacidade de liderança ; e só exerciam as funções de dirigentes dos trabalhos, daí surgindo o Master da Loja, o qual, pelas suas funções e pelo respeito que merecia de seus obreiros, viria a ser o Worshipful Master - Venerável Mestre - o máximo dirigente dos trabalhos.

O grau de Mestre Maçom só surgiria em 1723 depois da criação, em 1717, da Primeira Grande Loja, em Londres e só seria implantado a partir de 1738. Por isso, o grau de Companheiro foi sempre o sustentáculo profissional e doutrinário dos círculos maçônicos, não se justificando a pouca relevância que alguns maçons dão a ele, considerando-o um simples grau intermediário.

Autores existem, inclusive, que afirmam que na fase de transição da Maçonaria, ele era o único grau, do qual se destacaram, para baixo, o grau de Aprendiz, e, para cima, o de Mestre. Na realidade, não pode ser considerado um maçom completo aquele que não conhecer, profundamente, o grau de Companheiro.

A palavra Companheiro é de origem latina.                                                                      

O seu significado tem provocado controvérsias quanto à sua etimologia, pois alguns autores sustentam que ela seria derivada da preposição cum = com e do verbo ativo e neutro pango (is, panxi, actum, angere) = pregar, cravar, plantar, traçar sobre a cera e no sentido figurado escrever, compor, celebrar, cantar, prometer, contratar, confirmar.

Neste caso, especificamente, pango teria o sentido de contrato, promessa, confirmação, fazendo com que a expressão cumpango que teria dado origem à palavra Companheiro signifique com contrato, com promessa, envolvendo um solene compromisso, que teria orientado as atividades das companhias religiosas e profissionais da Idade Média e do período renascentista.

A origem mais aceita, todavia, é outra: o termo Companheiro é derivado da expressão cum panis, onde cum é a preposição com e panis é o substantivo masculino pão, o que lhe dá o significado de participantes do mesmo pão. Isso dá a idéia de uma convivência tão íntima e profunda entre duas ou mais pessoas, aponto destas participarem do mesmo pão, para o seu nutrimento.

Essa origem, evidentemente, deve ser considerada nos idiomas derivados do latim: compañero (castelhano), compagno (italiano), compagnon (francês), companheiro (português). A Enciclopédia Larousse, editada em Paris, por exemplo, registra o seguinte, em relação aos vocábulos compagnon e compagnonnage: Compagnon - n.m. (du lat. cum = avec, et panis = pain) - Celui que participe à la vie, aux occupations d’un autre: compagnon d’études. Membre d’une association de compagnonnage. Ouvrier. Ouvrier qui travaille pour un entrepreneur (par opos a patron). Compagnonnage - n.m. - Association entre ouvriers d’une même profession à des fins d’instruction professionelle et d’assistence mutuelle. Temps pendant lequel  l’ouvrier sorti d’apprentissage travaillait comme compagnon chez son patron. Qualité de compagnon. 

Ou seja:

Companheiro - substantivo masculino (do latim cum = com, e panis = pão) - Aquele que participa, constantemente, das ocupações do outro: condiscípulo, companheiro de estudos. Membro de uma associação de companheirismo. Operário que trabalha para um empreiteiro.

Companheirismo - substantivo masculino - Associação de trabalhadores de uma mesma profissão, para fins de aperfeiçoamento profissional e de assistência mútua. Tempo durante o qual o operário saído do aprendizado trabalhava como companheiro, em casa de seu patrão. Qualidade de companheiro.                                                                   

Nos idiomas não latinos, os termos usados têm o mesmo sentido. Em inglês, por exemplo, o Companheiro, como já foi visto, é o Fellow, que significa camarada, par, equivalente, correligionário, membro de uma sociedade, conselho, companhia, etc.

Daí, temos as palavras derivadas, como: fellow laborer = companheiro de trabalho; fellow member = colega; fellow partner = sócio; fellow student = condiscípulo; fellow traveler = companheiro de viagem; e fellowship = companheirismo.

Não se deve, todavia, confundir o grau de Companheiro Maçom, ou o Companheirismo maçônico com o Compagnonnage - associações de companheiros - surgido na Idade Média, em função direta das atividades da Ordem dos Templários, e existente até hoje, embora sem as mesmas finalidades da organização original, como ocorre, também, com a Maçonaria.

O Compagnonnage foi criado porque os templários necessitavam, em suas distantes comendadorias do Oriente, de trabalhadores cristãos ; assim organizaram-nos de acordo com a sua própria doutrina, dando-lhes um regulamento, chamado Dever.

E esses trabalhadores construíram formidáveis  cidadelas no Oriente Médio e, lá, adquiriram os métodos de trabalho herdados da Antiguidade, os quais lhes permitiram construir, no Ocidente, as obras de arte, os edifícios públicos e os templos góticos, que tanto têm maravilhado, esteticamente, a Humanidade.

O Compagnonnage, execrado pela Igreja, porque tinha sua origem na Ordem dos Templários, esmagada no início do século XIII, por Filipe, o Belo, com a conivência do papa Clemente V, acabaria sendo condenado pela Sorbonne. Esta, originalmente, era uma Faculdade de Teologia, já que fora fundada em 1257, por Robert de Sorbon, capelão de S. Luís, para tornar acessível o estudo da teologia aos estudantes pobres.

E a condenação, datada de 14 de março de 1655, contendo um alerta aos Companheiros das organizações de ofício (os maçons operativos), tinha, em relação às práticas do Compagnonnage, o seguinte texto: 

“Nós, abaixo assinados, Doutores da Sagrada Faculdade de Teologia de Paris, estimamos:

1. Que, em tais práticas, existe pecado de sacrilégio, de impureza e de blasfêmia contra os mistérios de nossa religião;

2. Que o juramento feito, de não revelar essas práticas, mesmo na confissão, não é justo nem legítimo e não os obriga de maneira alguma ; ao contrário, que eles se obrigam a acusar a si mesmos desses pecados e deste juramento na confissão;

3. Que, no caso do mal estar continuar e não possam eles remediá-lo de outra forma, são obrigados, em consciência, a declarar essas práticas aos juízes eclesiásticos; e da mesma forma, se for necessário, aos juízes seculares, que tenham meios de dar remédio;

4. Que os Companheiros que se fazem receber em tal forma assim descrita não podem, sem incorrer em pecado mortal, se servir da palavra de passe que possuem, para se fazer reconhecer Companheiros e praticar os maus costumes desse “Companheirismo” ;

5. Que aqueles que estão nesse Companheirismo não estão em segurança de consciência, enquanto estiverem propensos a continuar essas más práticas, às quais deverão renunciar;

 6. Que os jovens que não estão nesse “Companheirismo”, não podem neles ingressar sem incorrer em pecado mortal.

 Paris, no 14° dia de março de 1655”. 

Nada a estranhar! Era a época dos tribunais do Santo Ofício, da “Santa” Inquisição.

Para finalizar, é importante salientar que muitos dos símbolos do grau de Companheiro Maçom os quais tanto excitam a mente de ocultistas - foram a ele acrescentados já na fase da Maçonaria dos Aceitos, pelos adeptos da alquimia oculta, da magia, da cabala, da astrologia e do rosacrucianismo , já que os obreiros medievais, os verdadeiros operários da construção, nunca adotaram tais símbolos, limitando-se às lendas e aos mitos profissionais.

Eram, inclusive, adversários das organizações ocultistas, combatidas pela Igreja, à qual eles eram profundamente ligados, pois dela haviam haurido a arte de construir e mereciam toda a proteção que só o clero católico poderia dar, numa época em que o poder maior era o eclesiástico. 

Com o incremento do processo de aceitação, a partir dos primeiros anos do século XVII, as portas das Lojas dos franco-maçons foram sendo abertas não só aos intelectuais e espíritos lúcidos, que foram responsáveis pelo renascimento europeu, mas, também, a todos os agrupamentos místicos e às seitas existentes na época. 

Isso iria provocar uma verdadeira revolução nas corporações de ofício e iria começar a delinear a ritualística especulativa do grau, baseada em símbolos místicos e nas doutrinas ocultistas, principalmente na Cabala e na Alquimia Oculta.


BIBLIOGRAFIA

Do nosso Valoroso Mestre que nos enriquece com suas obras José Castellani

Do livro: “Cartilha do Grau de Companheiro

agosto 10, 2021

UMA FACULDADE CHAMADA MAÇONARIA - Cel. Sidney



A Maçonaria sempre se colocou a favor da liberdade, contrária a qualquer tipo de opressão que sonegue ao ser humano o direito de pensar. 

Jamais pode ser radical, pois a virtude mora no meio, no bom senso, na equidade e isonomia. 

Mas, como exige de seus adeptos uma vida de constante exercício de cavar masmorras aos vícios e erguer templos às virtudes, ela sabe que o maior ensinamento que os maçons possam oferecer reside no exemplo oferecido por cada pedreiro livre, que não se esquece do polimento da pedra bruta que somos e da necessidade de erigirmos nosso templo interior. 

É aí que valorizamos o entendimento de Cícero: 

... "Sou livre porque sou escravo da lei!" 

“Andar na lei” é difícil, fácil é andar fora dela. 

O maçom sabe que uma vida digna equivale a um templo erguido à virtude e que somente terá vencido suas paixões quando houver aprendido a respeitar e a amar cada ser humano, nunca se acovardando quando tiver de exigir de qualquer um o cumprimento da lei. 

Principalmente diante da covardia de maiorias que procuram esmagar impiedosamente as minorias, ou fanáticos que usam métodos covardes para valerem suas condutas.

A Maçonaria combate a hipocrisia, o fanatismo, a intolerância. 

E combate esses males procurando conduzir os homens ao entendimento, única forma de se conseguir a paz permanente, pregando a misericórdia para com os vencidos. 

Para nossa Ordem, o vencedor deve ser sempre a humanidade. 

Portanto, todos os maçons são concitados a uma conduta de vida capaz de levar consolo a quem sofre, a comida a quem tem fome, o agasalho a quem tem frio, uma toalha macia para enxugar as lágrimas de nossos semelhantes, a levar o conhecimento a quem o deseja. 

Sabe a nossa Instituição que quanto mais se propagar a luz, menor será o espaço a ser ocupado pela trevas. 

Com isso poderemos nos guiar mais seguramente na direção do GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, luz irradiante que será o próprio caminho do amor, da fraternidade e da tolerância per omnia secula seculorum!

Bom dia meus irmãos.

IRLANDÊSES: OS ESCRAVOS BRANCOS ESQUECIDOS

 


Ê Inglaterra, teu passado te condena…

Eles vieram como escravos: carga humana transportada em navios britânicos com destino às Américas. Eles foram enviados por centenas de milhares e incluíam homens, mulheres e até as crianças mais novas.

Sempre que se rebelavam ou mesmo desobedeciam a uma ordem, eram punidos da maneira mais severa. Os proprietários de escravos pendurariam suas propriedades humanas pelas mãos e incendiariam as mãos ou os pés como uma forma de punição. Alguns foram queimados vivos e tiveram suas cabeças colocadas em lanças no mercado como um aviso para outros cativos.

Nós realmente não precisamos passar por todos os detalhes sangrentos, precisamos? Conhecemos muito bem as atrocidades do tráfico de escravos na África.

Mas estamos falando sobre a escravidão africana? O rei James VI e Charles I também lideraram um esforço contínuo para escravizar os irlandeses. Oliver Cromwell, da Grã-Bretanha, aprimorou essa prática de desumanizar o vizinho do lado.

O comércio de escravos irlandês começou quando James VI vendeu 30.000 prisioneiros irlandeses como escravos para o Novo Mundo. Sua Proclamação de 1625 exigia que prisioneiros políticos irlandeses fossem enviados ao exterior e vendidos a colonos ingleses nas Índias Ocidentais.

Em meados dos anos 1600, os irlandeses eram os principais escravos vendidos para Antígua e Montserrat. Naquela época, 70% da população total de Montserrat eram escravos irlandeses.

A Irlanda rapidamente se tornou a maior fonte de gado humano para os comerciantes ingleses. A maioria dos primeiros escravos do Novo Mundo era na verdade branca.

De 1641 a 1652, mais de 500.000 irlandeses foram mortos pelos ingleses e outros 300.000 foram vendidos como escravos. A população da Irlanda caiu de cerca de 1.500.000 para 600.000 em uma única década.

As famílias foram destruídas porque os britânicos não permitiram que os pais irlandeses levassem suas esposas e filhos através do Atlântico. Isso levou a uma população desamparada de mulheres e crianças sem-teto. A solução da Grã-Bretanha foi leiloá-los também.

Durante a década de 1650, mais de 100.000 crianças irlandesas entre 10 e 14 anos foram retiradas de seus pais e vendidas como escravas nas Índias Ocidentais, Virgínia e Nova Inglaterra. Nesta década, 52.000 irlandeses (principalmente mulheres e crianças) foram vendidos para Barbados e Virgínia.

Outros 30.000 homens e mulheres irlandeses também foram transportados e vendidos pelo maior lance. Em 1656, Cromwell ordenou que 2000 crianças irlandesas fossem levadas para a Jamaica e vendidas como escravas para colonos ingleses.

Hoje, muitas pessoas evitarão chamar os escravos irlandeses do que realmente eram: escravos. Eles apresentarão termos como "Servidores contratados" para descrever o que ocorreu aos irlandeses. No entanto, na maioria dos casos dos séculos XVII e XVIII, os escravos irlandeses nada mais eram do que gado humano.

Como exemplo, o comércio de escravos na África estava apenas começando nesse mesmo período. É bem registrado que os escravos africanos, não contaminados pela mancha da odiada teologia católica e mais caros para comprar, eram frequentemente tratados muito melhor do que seus colegas irlandeses.

Os escravos africanos eram muito caros durante o final dos anos 1600 (£ 50 Sterling). Os escravos irlandeses eram baratos (não mais que 5 libras esterlinas). Se um fazendeiro chicoteava, marca ou espancava um escravo irlandês até a morte, nunca era um crime. A morte foi um revés monetário, mas muito mais barato do que matar um africano mais caro.

Os mestres ingleses rapidamente começaram a criar as irlandesas tanto para seu próprio prazer pessoal quanto para obter maiores lucros. Os filhos de escravos eram eles próprios, o que aumentava o tamanho da força de trabalho livre do mestre.

Mesmo que uma irlandesa conseguisse sua liberdade, seus filhos continuariam escravos de seu mestre. Assim, as mães irlandesas, mesmo com essa nova emancipação encontrada, raramente abandonam seus filhos e permanecem em servidão.

Com o tempo, os ingleses pensaram em uma maneira melhor de usar essas mulheres para aumentar sua participação no mercado: os colonos começaram a criar mulheres e meninas irlandesas (até os 12 anos) com homens africanos para produzir escravos com uma aparência distinta. Esses novos escravos “mulatos” trouxeram um preço mais alto que o gado irlandês e, da mesma forma, permitiram aos colonos economizar dinheiro ao invés de comprar novos escravos africanos.

Essa prática de cruzar fêmeas irlandesas com homens africanos continuou por várias décadas e foi tão difundida que, em 1681, foi aprovada uma legislação "proibindo a prática de acasalar mulheres escravas irlandesas a homens escravos africanos com o objetivo de produzir escravos para venda". Em suma, foi interrompido apenas porque interferiu nos lucros de uma grande empresa de transporte de escravos.

A Inglaterra continuou a enviar dezenas de milhares de escravos irlandeses por mais de um século. Registros afirmam que, após a Rebelião Irlandesa de 1798, milhares de escravos irlandeses foram vendidos para a América e a Austrália. Houve abusos horríveis de cativos africanos e irlandeses. Um navio britânico até jogou 1.302 escravos no Oceano Atlântico, para que a tripulação tivesse comida suficiente para comer.

Há pouca dúvida de que os irlandeses experimentaram os horrores da escravidão tanto (se não mais no século XVII) quanto os africanos. Também há pouca dúvida de que aqueles rostos bronzeados e bronzeados que você testemunha em suas viagens às Índias Ocidentais são provavelmente uma combinação de ascendência africana e irlandesa.

Em 1839, a Grã-Bretanha finalmente decidiu por si mesma encerrar sua participação e parou de transportar escravos. Embora a decisão deles não impedisse os piratas de fazer o que desejavam, a nova lei concluiu lentamente este capítulo da miséria irlandesa.

Mas, se alguém, preto ou branco, acredita que a escravidão era apenas uma experiência africana, eles entenderam completamente errado. A escravidão irlandesa é um assunto que vale a pena lembrar, não apagando de nossas memórias.

Mas, por que isso é tão raramente discutido? As lembranças de centenas de milhares de vítimas irlandesas não merecem mais que uma menção de um escritor desconhecido?

Ou a história deles é a que seus mestres ingleses pretendiam: desaparecer completamente como se nunca tivesse acontecido.

Nenhuma das vítimas irlandesas voltou a sua terra natal para descrever sua provação. Estes são os escravos perdidos; aqueles que o tempo e os livros de história tendenciosos esqueceram convenientemente.

Nota histórica interessante: a última pessoa morta nos Julgamentos das Bruxas de Salem foi Ann Glover Ela e o marido foram enviados para Barbados como escravos na década de 1650. O marido dela foi morto por se recusar a renunciar ao catolicismo.

Nos anos 1680, ela trabalhava como empregada doméstica em Salem. Depois que algumas das crianças que ela cuidava ficaram doentes, ela foi acusada de ser uma bruxa.

No julgamento eles exigiram que ela dissesse a Oração do Senhor. Ela fez isso, mas em gaélico, porque não sabia inglês. Ela foi enforcada.

FONTE: Canada Libre Propulsé parWordPress.com.

agosto 09, 2021

RENASCÊNCIA / O RENASCER - Reinaldo de Freitas Lopes



Discorrerei aos queridos e amados irmãos o despertar a partir da escala mundial das décadas , que marca um ponto rubro , mas esclarecedor .

A Renascença já abastava os seus 350 anos de mudanças estruturais , econômicas , filosóficas e artísticas quando foi então escrito por Rousseau : "voz celeste" : Ali , a lei é apresentada como a "mais sublime de todas as instituições humanas", dada aos homens "por uma inspiração celeste que ensinou o povo a imitar, aqui embaixo , os decretos imutáveis da divindade".

Interessante apontar aos irmãos  que o filósofo não se refere a Cristandade , ao Eu sou , ou até a qualquer dos panteões , mas refere-se a viagem , refere-se também ao que tirou de *Outro* decreto em escrito e inscritos na consciência humana de buscadores da verdade .

Devemos notar, primeiramente, que a referente  lei acima dos homens remonta às Leis de Platão. 

A definição de "lei" aparece no livro IV do filósofo grego, no momento em que um dos personagens, o Ateniense, discute uma situação de "luta pelo poder" na qual seria imprescindível que a lei estivesse acima dos interesses particulares para a manutenção da ordem, e até mesmo os chefes deveriam conduzir-se como : "Servos da lei".

Cada um , unindo-se a todos , só obedece contudo a si mesmo ou ainda , um acordo segundo o qual... 

"cada um dando-se a todos não se dá a ninguém".

Exatamente aqui , meus irmãos que podemos perceber o interagir de Maçons na ordem das nações , nas instituições que regem a união e a esperança a humanidade :

Podemos agora notar com mais clareza que a ideia de liberdade define- se , para Rousseau, em termos de um jogo de oposições entre, de um lado , o dever de obediência às leis , e de outro, o impulso das paixões, estando a *condição de homem livre* associada às leis e a *condição de escravo* associada às paixões. Encontramos esse esquema no capítulo 8 do livro I do Contrato , em que o Cidadão de Genebra discorre sobre a passagem da liberdade natural para a liberdade civil: 

"Porque o impulso do puro apetite é escravidão, e a obediência à lei que se estatuiu a si mesma é liberdade".

Salientando aos meus nobres irmãos que o fato de não haver intrínseco apetite pela Maçonaria especulativa relacionada ao importantes manifestos de Rousseau pode ter sido portanto uma esparrela filosófica , ainda em meados do Renascimento quando , através de sua Obra  *O Leviatã* , Thomas Hobbes descreve a natureza do homem :

O Homem é mau , não presta , baseado em uma figura mitológica que é uma serpente que fez um acordo com os homens .  Na medida em que os homens não cumprem o acordo , a serpente vem e os devora .

Segundo a teoria de Hobbes , se o homem já nasce mau , ele não sabe viver em sociedade e precisa de um estado autoritário , que dite as regras , as normas de convivência. 

*Essa tese vai fundamentar sua visão de estado absoluto*. 

A visão é de que homem não tem pretensão de ser social,  ele é mau, o que causa insociabilidade.

Para se tornar social , é preciso formar um novo pacto, um novo acordo entre homens , para que eles possam renunciar à coisa mais importante num estado de selvageria , que é a liberdade.

Ali também estava vestida a maçonaria meus nobres irmãos , a nossa Sublime Instituição já transcrevia seu curso ao longo da história e procurando instruir-nos (O Homem) a andar Reto , mesmo em estradas tortuosas. disse um dia Sidarta Gautama , porém voltemos , pois o elucidar de novos tempos o buscador livre compreende com primazia que o bem e o mal caminham lado a lado desde o dia da fundação de nosso mundo.

E assim a nossa maçonaria vem sempre trocando de roupa , para melhor se adaptar as mudanças mundiais , preservando sempre a Liberdade , Igualdade e a Lealdade para com todos os maçons espalhados pela Orbe terrestre , permitindo em seu meio homens livres e de bons costumes , homens que congregam entre si , ajudando-os uns aos outros a *Evoluirem* juntos , ainda que a *Viagem* seja *Solo*.

Eu particularmente meus irmãos pode encontrar no Budismo uma verdade inenarrável sobre os Homens: *Toda vez que a humanidade se levanta , para um grande bem*.....*O mal se levanta , na mesma proporção*.

ORDO AB CHAOS

Meus irmãos eu preciso ainda expressar contigo mais um dos gatilhos liderantes de ideias de ser livre :

Foi dito e escrito por Emmanuel Kant que , o comando moral que faz com que nossas ações sejam moralmente boas, se expressa no imperativo categórico: 

“Age só segundo máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”. 

Essa lei está atada à razão pura prática , todo sujeito é racional (tem raciocínio lógico) , por isso tem condição de sujeito moral , dotado de normas. Exercer uma ação contrária levaria ao absurdo. 

O exemplo que Kant nos dá  a respeito da mentira é o mais conhecido. 

Poderia alguém mentir em benefício próprio, de um ente querido, ou mesmo em favor da humanidade? Kant , nos diz não , pois a mentira jamais poderia ser universalizada sem autocontradição : 

Pois , segundo essa lei , não poderia haver propriamente promessa alguma , já que seria inútil afirmar a minha vontade quanto a minhas futuras ações , pois as pessoas não acreditariam em meu fingimento , ou , se precipitadamente o fizessem, pagar-me-iam na mesma moeda. 

Portanto , a minha máxima , uma vez arvorada em lei universal, destruir-se-ia a si mesma necessariamente (Kant ).

Todos podemos ser grande maçons , todos podemos evoluir caminhando para a frente e para o alto , pois a felicidade do maçom depende *deste* comportamento e assim poderemos afirmar para todo aprendiz e companheiro que participam da mesma egrégora , pois somos *todos irmãos*.

Reafirmando que nós os maçons vivemos sob a Égide do Grande Arquiteto do Universo , e sob os auspícios de Nossa Obediência podemos sim evoluirmos , cada qual , com suas ideias , havendo somente observância a época que o iniciado está vivendo e prestar muita atenção na *Roupagem* maçônica da época em questão , fazendo assim o seu *Perfecto habitat*.

Espero hoje ter contribuído com os pensamentos altivos dos nobres irmãos e que a nossa sublime Ordem , amada instituição , não seja nunca maculada por más ideias , maus maçons.

REINALDO DE FREITAS LOPES 

M.M 

Obreiro da maçonaria universal e especulativa , zelador de meus direitos e senhor de minhas idéias e se reconhecido ou não por algum irmão , ainda assim não sou ele , sou eu e a ele estou sempre :

Em Pé e a Ordem .

Para todo maçom é importante pensar sobre o que perguntou Èdipo  à esfinge : Quem sou ? , de onde venho ? , para onde vou ?

Todos estamos a procura do nosso fio de Ariana!!!

Agora para finalizar , como escreveu o próprio Platão . *A ignorância é a raiz de todos os males*.

Nota : esta prancha não é uma Peça de Arquitetura , mas sim uma singela contribuição para todo irmão que compreende a visão de ser *Livre e de bons costumes*

,

ATITUDE DE APRENDIZ - E. Figueiredo



Ao tornar-se adepto da Maçonaria, o Aprendiz Maçom passa a ser um Obreiro do Grande Arquiteto do Universo e deve dedicar-se ás tarefas que lhe compete. Como neófito, contudo, terá que aprender a trabalhar. O aprendizado, para qual usa-se o eufemismo de “Desbastando a Pedra Bruta”, vai ser ministrando-lhe de diferentes formas, a começar pelas instruções que constam do Ritual de Aprendiz maçom. Há que se considerar que a finalidade primordial da Maçonaria é a evolução da capacidade de se ilustrar dos seus membros.

Quando “Vê a Verdadeira Luz”, o Aprendiz Maçom não sabe nada, pois o método de trabalho maçônico é bem diferente daquele que conhece como profano. Como profano, procura-se apenas adquirir o máximo de conhecimentos, enquanto que na Maçonaria o objetivo maior das instruções é de aperfeiçoar o Homem, enriquecendo suas faculdades com a maior cultura possível, para ele, como Maçom, melhor poder agir.

Há quem pense que as ideias são resultado de sua própria inteligência, porém isso não é verdade. As ideias provêm, normalmente da experiência com os homens, animais e natureza num todo. Aquele que não tem o estudo, isto é, não aceita os ensinamentos de outras pessoas, não poderá formar qualquer ideia, por menor que seja. Os filhos aprendem com seus pais, os alunos com os professores, os jovens com os mais velhos, os aprendizes com os mestres, numa maneira natural, que é uma faculdade que o ser humano é provida. O aprendizado, aliado a experiência, faz gerar o cabedal do homem que o fará apto a pensar, dando-lhe condições para buscar a sabedoria.

Quando está realmente aberto para aprender algo, para receber maior conhecimento, descobre que o Universo é um gerador de saber ilimitado e aceitamos, sem constrangimentos, qualquer semelhante como nosso mestre. Identificamos de imediato aquela pessoa que consegue ter boas ideias, como alguém sempre disposto a aprender mais alguma coisa na vida. 

Ao longo da história da Humanidade, aprendemos observando, experimentando, recebendo conselhos, críticas e recomendações de quem tem prática da vida, com os conhecimentos que nos rodeiam, que vão se acumulando em nossa mente e auxiliando a cada novo conhecimento. Desde a criação do mundo a natureza nos oferece a sabedoria e a experiência imprescindíveis ao homem. A flora, a fauna, a criança e mesmos as coisas inanimadas, são fonte de conhecimento, se com elas quisermos aprender.

Quando o Homem está munido de sentimento sincero, de sempre aprender com outras pessoas, observando todas as coisas, ele consegue obter uma sabedoria imensurável, pois estará se abastecendo de incontáveis informações que são matéria prima do conhecimento a do aprendizado. Aprender e conhecer são os melhores caminhos para a prosperidade. Querer aprender é um sentimento humilde que nem todos possuem.

Nesse aspecto, na Maçonaria, o aprendizado não é diferente. O neófito também tem que estar aberto para receber os ensinamentos. O Aprendiz Maçom, ao “Ver a Verdadeira Luz”, acabou de nascer, e como tal há necessidade de aperfeiçoamento para torna-lo apto para o trabalho na Sublime Ordem. Afortunado o neófito que compreende o privilégio de ser um aprendiz. A sua atitude de aprender valerá muito quando estiver “Desbastando a Pedra Bruta”.                     

Baseado num trecho do livro “Caminhos da Vida”, de Konosuke Matsushita”.